O Paraná, há vários anos, vem sendo palco de estranhos avistamentos de objetos voadores aéreos não identificados, observados em várias cidades e municípios, reforçando a teoria de pesquisadores locais de que a região é propícia para avistamentos desses enigmáticos objetos. As aparições de UFOs no Estado não são coisa do momento, mas vem sendo registradas há muito tempo. No ano de 1984, por exemplo, na cidade de Laranjeiras do Sul, tivemos uma série de impressionantes observações, incluindo um blecaute, a perda de energia elétrica durante alguns minutos, supostamente ocasionado pela passagem desses objetos. O fato é bastante conhecido na Ufologia Brasileira e foi devidamente pesquisado pelo Centro de Investigação e Pesquisa Exobiológica (CIPEX), através de seu então diretor, Daniel Rebisso Giese
Outro incidente digno de nota ocorreu histórica na cidade de Lapa, pequena localidade com 45 mil habitantes e distante cerca de 100 km de Curitiba. Lá, durante o ano de 1998, muitos moradores testemunharam o estranho fenômeno das bolas de fogo, que muitos ufólogos acreditam tratar-se de sondas não tripuladas. Os objetos assustaram a população. No mês de outubro, Pedro de Freitas e outras seis testemunhas presenciaram, estupefatos, o avistamento de uma dessas bolas luminosas rodeando sua casa. Segundo seu depoimento, o aparelho teria o formato de um “lagarto iluminado”, que possuía uma espécie de cauda. Em seu relato, Freitas destacou que, “depois de anoitecer, a bola de fogo veio de trás do morro, passou por cima da casa e parou em cima de uma árvore de pêra. Depois foi para cima de um pinheiro”.
Curiosamente, dias após o ocorrido, algumas árvores sobrevoadas pelo objeto começaram gradativamente a secar. Aparentemente, não havia sinais de queima em suas copa ou galhos, mas a maioria das folhas estava misteriosamente murcha. E no pinheiro, sobre o qual a bola de fogo se deteve por mais tempo, foram encontrados galhos quebrados.
Avistamentos Constantes — Na área metropolitana de Curitiba temos o município de São José dos Pinhais, uma cidade robusta e com muitas indústrias, onde também está localizado o Aeroporto Internacional Afonso Pena, que atende a ambas as cidade. Em São José também são inúmeros os relatos de estranhos objetos que cruzam o céu, principalmente nas regiões menos urbanizadas. O agricultor Gilsom Luís Campos, 27 anos, e seu filho Bruno Luís Campos, 9 anos, testemunharam o avistamento de um artefato desconhecido próximo de sua casa, no ano de 1998. Quando retornavam para a residência, localizada no bairro Barro Preto, notaram um clarão localizado em cima de um pinheiro, proveniente de um objeto luminoso. Campos não conseguiu definir sua forma com precisão, porém observou que “…possuía o fundo vermelho e diversas luzes coloridas ao redor”, segundo declarou, e que emitia uma forte luminosidade. O UFO desapareceu em poucos minutos, em alta velocidade.
Muitos outros relatos fazem parte da rica casuística da região, como o ocorrido numa quarta-feira, 29 de maio de 2002, por volta das 20h00, quando o senhor Raimundo retornava da empresa na qual trabalha. Sem querer ter seu sobrenome divulgado, Raimundo observou uma espécie de bola de fogo avermelhada, a uma altura de 500 m. “Inicialmente, o objeto estava imóvel mas, após um forte clarão ao seu redor, dividiu-se em duas esferas de mesmo tamanho e mesma cor”. Em seguida, disparou em alta velocidade, uma atrás da outra, no sentido da Serra do Mar paranaense, que fica a leste. Na noite seguinte, no mesmo horário, a testemunha observou novamente o enigmático objeto, que desta vez não se ele dividiu, somente cruzando o céu em alta velocidade, até desaparecer.
Vigília Noturna — Na sexta-feira seguinte, dia 31 de maio, com o tempo colaborando, a equipe CIPEX realizou uma vigília no local dos avistamentos, com o objetivo de tentar avistar e filmar qualquer estranho artefato que pairasse nas proximidades. Infelizmente, nada foi observado pelos ufólogos da instituição, Carlos Alberto Machado, Jaime Barros Júnior e este autor. A rota na qual o objeto trafegou difere-se da rota tradicional utilizada por aviões que pousam e decolam no Aeroporto Afonso Pena, localizado a poucos quilômetros, o que permitiu que a possibilidade de um equívoco na observação fosse descartada. Mas objeto voltaria a ser avistado naquelas paragens. Decorrido alguns dias dos primeiros avistamentos, em 17 de junho de 2002, o senhor Neri César Ceruti, morador do mesmo bairro, observou um objeto parecido com o visto por Raimundo, que também se dividiu e disparou em alta velocidade para o lado oposto ao qual seguia. O caso deu-se por volta das 18h05 e continua sob investigação do CIPEX.
Localizada no litoral paranaense, à 110 km de Curitiba, a Ilha do Mel é um verdadeiro patrimônio e um paraíso ecológico, para o qual se destinam milhares de turistas a cada ano. Dos 2.710 hectares de sua área total, 95% são de áreas verdes, compostas por vegetação nativa. O acesso a ilha é possível somente através de barcos, que partem de uma praia do continente, no município de Pontal do Sul. A localidade é cercada por mistérios, desde avistamentos de supostos fantasmas – que, segundo acreditam os ilhéus, seriam espíritos dos marinheiros mortos nas águas ao seu redor – a observações de UFOs, como não poderia deixar de ser. São inúmeros os relatos de estranhas luzes que sobrevoam a ilha há vários anos, como no caso descrito a seguir.
Numa madrugada estrelada de verão, em 1997, Arauldo F. Alves e sua esposa Cristina, que não se lembram exatamente da data, passaram por uma interessante situação. Proprietários da Pousada Dona Quinota, Alves e Cristina, em companhia de outro casal, observaram pela segunda vez uma estranha luz “…com uma cor que não dava para definir”, segundo descreveram. O fenômeno surgiu bem em frente da pousada, que se encontra voltada para outra a Ilha das Palmas, também localizada na região. A luz não identificada movimentava-se em várias direções e estava bem acima da referida ilha, que é totalmente desabitada. “Aquilo luz ficou por bastante tempo ali, depois movendo-se até o forte e depois desaparecendo”, disse Alves.
O forte a que se referiu é a Fortaleza de Nossa Senhora dos Prazeres, um ponto turístico muito conhecido na região, monumento militar construído entre os anos de 1767 e 1770, a mando de Dom José I, Rei de Portugal. A instalação que tinha o objetivo de proteger a Baía de Paranaguá, onde estão a ilha do Mel e das Palmas, dos
ataques de piratas espanhóis. Neste local temos também vários relatos de fenômenos misteriosos, que os moradores chamam de assombrações, e até a mítica visão de um padre sem cabeça que, contam, costuma aparecer por lá em algumas noites…
Canhões Expostos — Segundo relata um soldado que faz a guarda do forte, os projéteis dos canhões, que ficam lá expostos, movimentam-se sozinhos, deixando-os perplexos e assustados. Essas são apenas algumas das muitas lendas contadas pelos nativos do local. Estranhas mortes de animais e avistamentos de luzes não identificadas também têm sido registradas no Paraná. Na manhã do dia 31 de maio de 1999, ao acordar, Pedro Lourenço deparou-se com sua cabra e seu cabrito mortos, em estranhas circunstâncias. Morador de uma chácara localizada na Cidade Industrial, na região metropolitana de Curitiba, Lourenço notou que os dois animais apresentavam perfurações milimétricas no pescoço e no corpo, sem quaisquer manchas de sangue. O local onde está sua propriedade é cercado por um bosque e por algumas casas. Lourenço ainda possui alguns cachorros na chácara, que na noite do incidente ficaram tão assustados que sequer latiram, escondendo-se embaixo da casa. Os moradores próximos do local do incidente não ouviram nenhum barulho na noite do ocorrido.
Passados três dias, novas mortes de animais foram verificadas. Desta vez eram seis gansos, todos encontrados com perfurações no peito, de aproximadamente 3 cm de diâmetro. Ao seu redor não havia qualquer vestígio de sangue, apesar das aves terem penas brancas, permitindo que qualquer gotícula do líquido fossem perfeitamente visíveis, por menor que fossem. Novamente, os moradores do local nada ouviram. No entanto, o estudante Maikom Moraes, 17 anos, quando retornava da escola juntamente com sua namorada, por volta das 23h20 da noite anterior a este ataque, avistou uma luz não identificada exatamente em cima da propriedade de Lourenço, que havia perdido os animais. Moraes informou que a luz “parecia uma lâmpada de poste”. Ele a avistou por alguns segundos apenas, já que em seguida o objeto realizou um movimento em forma de C e desapareceu.
Na madrugada de 27 de junho do mesmo ano, apenas 27 após o último ataque, ocorreram mais mortes de animais na região, agora em uma outra chácara, próxima do local do primeiro incidente. Desta vez, as vítimas foram cinco porcos, dos quais dois ainda permaneciam vivos, embora seriamente machucados. O dono dos animais, senhor Sebastião Pedro Mesquita, 65 anos, disse que começou a ouvir um estranho barulho por volta das 05h00, quando os vigilantes de um posto de gasolina localizado ao lado estranharam a agitação dos animais e resolveram chamá-lo. Ao verificar o que se passava, deparou-se com os animais mortos e feridos. A maiorias deles provavelmente foi arremessada contra a parede, pois esta ficou estranhamente suja com seu sangue. Curiosamente, o restante dos animais do curral não apresentava vestígios de mutilação ou mesmo de sangue em seus corpos. O senhor Sebastião também possuía outras criações, como galinhas, vacas e cavalos, mas somente os suínos foram agredidos e mortos.