PRÉ-VENDA
Ad image

Para combater um universo em expansão, os alienígenas poderiam roubar estrelas

Civilizações avançadas podem ser capazes de estocar fontes de energia antes que elas fiquem fora do alcance. A partir da ideia de que a expansão do universo poderia provocar o esgotamento da energia espacial, astrofísicos apresentaram a hipótese de que civilizações avançadas estariam reunindo estrelas de outras galáxias para usar sua energia quando fosse necessário.

Tainá M. Costa

b8d286357364e8e7c256da75b83e42341550781880

Ilustração de uma esfera de Dyson
Créditos: Marc Ward

Para compensar uma futura escassez de energia cósmica causada pela expansão acelerada do universo, uma civilização super avançada poderia reunir estrelas, capturar sua energia e trazê-la para sua casa, disse o astrofísico teórico Dan Hooper através do arXiv.org.

Ad image

É uma ideia tímida propondo resolver um dilema em um futuro tão distante que os seres humanos dificilmente conseguem vislumbrar: daqui a 100 bilhões de anos, cada canto do universo será abandonado como se estivesse em uma ilha cósmica. O futuro universo inacessível. “Estaremos neste lugar muito escuro e solitário, onde não poderemos ver outras galáxias”, diz a astrofísica teórica Katie Mack, da North Carolina State University, em Raleigh. Esse isolamento é graças a uma misteriosa “energia escura” que está fazendo com que o universo se expanda cada vez mais rápido, salienta Mack.

As sociedades avançadas podem ser capazes de aproveitar a energia das estrelas, envolvendo-as com estruturas hipotéticas gigantes, chamadas esferas de Dyson. Mas a expansão eventualmente tornará impossível alcançar as estrelas fora do território da civilização. Alienígenas que possuem tal tecnologia podem querer maximizar as reservas de energia enviando naves espaciais para recuperar estrelas antes que o isolamento cósmico se estabeleça.

A energia de cada estrela poderia ser capturada com uma esfera de Dyson, e essa energia seria então usada para impulsionar a estrela para casa.  

O estudo não especifica exatamente como uma civilização poderia mover uma estrela, ou o que ela faria com a energia, uma vez capturada. É difícil especular sobre seres tão poderosos capazes dessas proezas extremas, diz Hooper. “Seria como pedir a um homem das cavernas para descobrir como funciona seu carro”, pondera ele.

A melhor opção seria se concentrar em estrelas que não são muito grandes ou muito pequenas, calcula Hooper. Grandes estrelas vivem pouco e morrem jovens, então durante as dezenas de bilhões de anos necessários para transportar as estrelas para casa, elas fracassariam. As estrelas menos massivas, por outro lado, não emitiam energia suficiente para alimentar sua própria propulsão; e elas não seriam capazes de superar a expansão do universo.

Não temos evidências de que tal civilização avançada exista, mas se os alienígenas estão colhendo estrelas, diz Hooper, isso não seria uma atividade sutil. Os cientistas podem ser capazes de detectar sinais das estrelas sendo impelidas pelo universo. Uma carência de certos tipos de estrelas em sítios cósmicos específicos também seria uma dica.

O astrofísico Avi Loeb, da Universidade de Harvard, sugere, no entanto, que não seria necessário coletar estrelas porque a natureza já fez isso por nós. Grandes aglomerados de galáxias já são ricamente povoados de estrelas. Além disso, como os aglomerados estão unidos pela gravidade, eles permaneceriam intactos à medida que o universo se expandisse. Então, ao invés de melhorar sua galáxia natal, coletando estrelas, uma civilização poderia simplesmente passar para jardins mais verdes. “Você só precisa pular de um para o outro”, diz Loeb. Não importa o fato de que a viagem interestelar ainda nos seja possível pelos humanos.

Mack, da mesma forma, observa que o desenraizamento de um aglomerado de galáxias pode ser mais fácil para uma civilização, mas talvez eles tenham apegos sentimentais muito fortes à sua galáxia natal. De qualquer maneira, alienígenas não serão capazes de evitar uma escassez de energia espacial para sempre. Eventualmente, em cerca de 100 trilhões de anos, as estrelas vão parar de brilhar completamente. Reunir estrelas seria uma maneira de fazer o seu máximo, diz Mack, antes que todas as estrelas desapareçam e o universo esteja frio, escuro e vazio.

Fonte: Sciencenews.org, traduzido por Ana Carbone.

c45e346084a9f78ef988e82aa18bea91

Leia mais:

Para combater um universo em expansão, os alienígenas poderiam roubar estrelas

Principal astrônomo de Harvard acredita que alienígenas estão entre nós

Vêm à tona novas informações sobre o chupa-chupa e a Operação Prato

A riquíssima casuística ufológica paraguaia revelada em novo trabalho publicado

Reino Unido parece estar estudando secretamente UFOs

Planeta Ceres pode ter oceano eterno no seu interior

Assine até 01/03 e receba um dos livros da Revista UFO em PDF.

TÓPICO(S):
Compartilhe