Em um evento realizado na Pontifícia Academia de Ciências, no Vaticano, o Papa Francisco afirmou que a Evolução e a teoria do Big Bang são corretas, e não existe incompatibilidade entre elas e a existência de um criador. Também criticou as pessoas que leem o Gênesis e o interpretam como algo mágico. “Alguns pensam que Deus tenha agido como um mago, com uma varinha mágina capaz de criar todas as coisas. Mas não é assim”, disse Francisco.
O Papa afirmou em seu pronunciamento que o Big Bang, a teoria mais aceita para o surgimento do Universo, há 13,8 bilhões de anos, não se opõe à existência de um criador divino. Disse ele: “A criação do mundo não é obra do caos, mas deriva de um princípio supremo que cria por amor. O Big Bang não contradiz a intervenção criadora, mas a exige”. Francisco também deixou clara a aprovação do Vaticano à Evolução, afirmando que esta não é incompatível com a noção de criação, pois exige a criação de seres que evoluem.
Fundada em 1603, a Pontifícia Academia de Ciências é um órgão independente da igreja, mas financiado por ela, composta por 80 pessoas, cuja nomeação vitalícia é feita pelo Papa. O teólogo Fernando Altemeyer, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), onde é professor de Ciências da Religião, afirmou: “Para a Igreja e a teologia, não há nada de novo. O Papa Francisco está falando para o povo. Essas hipóteses científicas são discutidas na Igreja há mais de 80 anos”.
DIÁLOGO ENTRE RELIGIÃO E CIÊNCIA
Em 1943, o Papa Pio XII (1876-1958) publicou a encíclica Divino Afflante Spiritu (Sob a Inspiração do Espírito Santo), recomendando que os textos da Bíblia não fossem interpretados ao pé da letra. O documento representa a definitiva aceitação, por parte da Igreja, da Evolução e do Big Bang. Em 1996 o Papa João Paulo II declarou que a Evolução era mais que uma teoria, sendo efetivamente um fato comprovado. Ele também determinou, em 1992, a absolvição de Galileu Galilei, reconhecendo que o Tribunal da Inquisição estava errado quanto às suas ideias.
Fernando Altemeyer completa: “Os discursos da ciência e da Igreja não são idênticos, pois cada uma tem sua metodologia, mas não há mais tantas tensões”. E em entrevista para a Rádio Vaticano, o físico Vanderlei Salvador Bagnato, professor da Universidade de São Paulo (USP), além de membro da Pontifícia Academia de Ciências e presente ao mesmo evento, ressaltou a responsabilidade social da ciência: “Queremos avançar em termos de conhecimento, mas também temos de colaborar para a resolução dos importantes desafios que a sociedade está enfrentando”.
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