Em seus longos séculos de existência a Igreja Católica vem acumulando rumores de conspiração, segredos, assassinatos e manobras escusas que parecem não ter fim, sejam eles verdadeiros ou não. Boa parte disso se deve à postura da própria Cúria Romana, que possui 1.700 anos de esqueletos acumulados em seus armários. Dentre os mistérios guardados entre as paredes do Vaticano, estão alguns que se relacionam aos extraterrestres e seu suposto interesse pela administração dessa monumental congregação religiosa. Na verdade, quando examinamos o assunto com cuidado, percebemos que há indícios de que a Igreja tenha sido monitorada por seres alienígenas, em especial na época dos papas João XXIII, Paulo VI e João Paulo I.
Uma das primeiras evidências disso veio à tona em razão da prática do contatismo. Pouco antes da morte de João XXIII, em 03 de junho de 1963, ocorreu um caso intrigante envolvendo o astrônomo amador George Adamski, considerado então o contatado mais importante do mundo. Segundo relatos, Adamski teria se encontrado com o papa e levado a ele uma mensagem extraterrestre.
Acredita-se que o informe viesse da mesma entidade supostamente extraterrestre que contatara João XXIII em 1961, nos jardins de sua casa de veraneio de Castel Gandolfo, assunto que tratamos em detalhes no livro Arquivo Extraterreno [Lúmen editorial, 2012]. Aqui nos resta lembrar que tal incidente foi dado ao público somente em julho de 1985 pelo jornal inglês The Sun, que estampou o testemunho do monsenhor Lóris Capovilla, secretário do papa que presenciara a extraordinária ocorrência.
Os testemunhos sobre o encontro de Adamski com João XXIII dizem que teria ocorrido em 31 de maio de 1963, em Roma. Dias antes, o contatado teria saído dos Estados Unidos para cumprir agenda de algumas palestras na Europa e teria sido visto entrando no Palácio do Vaticano levando nas mãos um pacote, alguns dias antes da morte do papa. Em sucessivas declarações, Adamski disse aos jornalistas que o objetivo de sua viagem era o de entregar a João XXIII uma mensagem extraterrestre. Assim, sua chegada a Roma não passou despercebida.
Testemunhos sobre o encontro
Na ocasião, Adamski estava acompanhado de Louise (Lou) Zinsstag, jovem suíça parente de Carl Jung, de sua amiga May Morlet e do diplomata italiano Alberto Perego, testemunhas que o viram entrar no Vaticano por uma porta lateral, levando na mão um pacote. Na volta, ele teria mostrado aos amigos uma medalhinha pontifícia, que somente os visitantes do papa recebiam de presente — tratava-se de uma medalha dourada de Honra, ou da Paz, segundo outros. Não obstante o presente que patenteava o encontro, o evento se manteve discreto, mas não passou despercebido ao pesquisador Ronald Caswell, que interpelou a Igreja sobre o fato. Ocorre que mais intrigante do que a medalha papal foi a resposta do Vaticano. Segundo o correspondente internacional da Revista UFO na Itália Roberto Pinotti, esta teria sido a mensagem da Santa Sé: “A Secretaria de Estado de Sua Santidade, em resposta à recente carta enviada por Ronald Caswell à Sua Eminência, o cardeal Amleto Cicognane, sente comunicar que não é possível conceder-lhe as informações solicitadas sobre o teor da conversa”.
Com tal resposta, recusando-se apenas a não divulgar o teor da conserva, ficava implícito que a Santa Sé confirmava o encontro do santo padre com Adamski, e que os relatos jornalísticos sobre o teor da conversa, por não terem sido desmentidos, seriam factuais. Afinal, o que um contatado teria a dizer ao papa, senão algo sobre outras inteligências cósmicas? Dentro do Vaticano, no verão de 1961, falava-se à boca pequena que em pleno dia, nos jardins da residência papal, um UFO aproximara-se de súbito e fizera contato com o pontífice. E que agora, em 1963, por meio de Adamski, os ETs teriam entregado ao santo padre um informe, cujo teor, a exemplo do contato de terceiro grau de 1961, jamais seria divulgado.