O tema tecnologia antiga é fascinante. Conforme vamos nos aprofundando nele, descobrimos descrições de aparelhos e procedimentos que extrapolam a linha defendida pela arqueologia, que comumente classifica tudo como imaginação e mitologia, e nos damos conta de que os antigos tiveram contato com tecnologias avançadas que nós, hoje, desconhecemos. E nessa questão, o assunto vimanas ocupa um papel importante na discussão, por abranger uma imensa gama de assuntos.
Cidades perdidas, antigas máquinas voadoras e super-armas, a luta entre o bem e o mal com a participação de super-heróis, demônios sobrenaturais e homens-macaco parecidos com wookies de Guerra nas Estrelas, que lutavam do lado do bem, além de algumas belas mulheres, fazem parte da história nos contos do misterioso Império de Rama, contada no Ramayana, o épico sânscrito atribuído ao poeta Valmiki. Outro fabuloso e antigo livro indiano é o Mahabharata, que se constitui em uma série de 18 livros, que incluem uma guerra aérea e a utilização de máquinas voadoras conhecidas, em sânscrito, como vimanas.
Para melhor esclarecer o leitor, é importante notar que uma versão abreviada do Ramayana aparece no Mahabharata como parte de seu estilo de escrita — uma história dentro da história. No entanto, o Ramayana é um livro totalmente separado e os eventos nele descritos aconteceram antes das batalhas relatadas no Mahabharata. Muitas pessoas acreditam que as duas histórias são uma só, mas isso não é verdade. Além disso, as versões do Ramayana na Tailândia e em outras partes do Sudeste da Ásia diferem ligeiramente da versão indiana padrão, principalmente nos pontos relativos à pureza das mulheres e de um segundo casamento, sendo a versão do Sudeste Asiático mais liberal.
De fato, tanto no Ramayana quanto no Mahabharata as histórias estão centradas em complicados problemas de matrimônio e noivado na Índia Antiga, bem como na sucessão dinástica de famílias reais em diversos reinos, um conjunto de ancestrais estados que eram avançados tecnológica e culturalmente. Enquanto modernos estudiosos europeus assumem que esses reinos estavam localizados ao longo dos rios do norte da Índia, a sua distribuição real sobre a Ásia e sobre o mundo ainda é debatida por estudiosos hindus.
Estes colocam alguns dos eventos históricos dos antigos épicos indianos em locais tão distantes como o Círculo Polar Ártico, Afeganistão e cidades insulares fora do subcontinente indiano. Com efeito, certos antigos reis foram descritos como tendo governado toda a terra — e alguns como sendo “governantes de três planetas”. Os planetas seriam a Terra, Marte e algum outro que é, às vezes, chamado de Tiamat ou Planeta X. Seria esse o planeta que havia entre Marte e Júpiter, que teria explodido e que agora constituiria o cinturão de asteroides ali existente? Esta é uma boa teoria. Outro curioso texto é o Samarangana Sutradhara, uma espécie de enciclopédia sobre arquitetura e engenharia civil da Índia Antiga, escrito pelo rei Raja Bhoja há 1.000 anos. Em um trecho, lemos: “Um carro aéreo é feito de luz, parecendo um grande pássaro, tendo uma estrutura durável e bem formada, contendo mercúrio em sua composição e fogo em sua parte inferior”.
O estranho mundo da Índia Antiga
E continua o impressionante relato: “O carro aéreo tem duas asas resplandecentes e é impulsionado pelo ar. Voa por grandes distâncias na atmosfera e tem capacidade de transportar várias pessoas. A construção interior se assemelha ao céu criado pelo próprio Brahma. Ferro, cobre, chumbo e outros metais também são utilizados para a construção dessas máquinas”. Aqui, carro aéreo nada mais é do que um vimana. Quando olhamos para a história contada no Ramayana, vemos que é um conto divertido e surpreendente sobre a sucessão dinástica: quem vai casar com quem, quem vai ser o próximo na sucessão real e quem pode conduzir o vimana para roubar garotas desejadas ou resgatá-las de volta. Assim mesmo. O livro tem todos os elementos de uma novela, na qual os personagens principais possuem algum tipo de empresa aérea e que usam sua frota de aeronaves, devidamente armadas, para voar ao redor do mundo em travessuras sexuais e rivalidades aristocráticas, envolvendo status e disputas familiares. Na verdade, tanto no Ramayana quanto no Mahabharata os vilões não são tão maus assim, mas apenas príncipes obedientes, adoradores de Shiva, embora façam as coisas à sua maneira, incluindo raptar as mulheres que querem.
Toda a história do Ramayana acontece em um tempo anterior ao do popular Krishna e às batalhas descritas no Mahabharata. O primeiro épico é um conto extremamente popular na Índia, Nepal, Tailândia, Sri Lanka e em todo o mundo budista e hindu, mas não é nada menos do que a descrição de um monte de brigas mesquinhas na ordem de sucessão familiar. Um tema recorrente da obra é discutir se uma mulher roubada — oficialmente sequestrada, na história contada no Ramayana — pode ser reabilitada e retornar à sua antiga terra e ao seu ex-marido, reassumindo uma vida normal. A protagonista da história, Sita, vive tudo isso, mas, no entanto, leva alguns atribulados anos antes que ela e seu amado Rama possam ficar juntos novamente, mesmo que brevemente, para desfrutar da felicidade nupcial que tiveram um dia.
Sim, todos os hindus e budistas — mais de um bilhão de pessoas — sabem que essa história inspirada ensina virtudes e que é emocionante, tudo ao mesmo tempo. E ela ainda inclui vimanas, máquinas voadoras controladas por pilotos e que possuem sofisticados sistemas de armas, que podem ser usadas a qualquer momento. Enfim, o mundo da Índia Antiga, como retratado nos textos, era uma maravilhosa terra de grandes cidades, poderosos governantes, guerras ocasionais e incrível tecnologia, incluindo as tais máquinas voadoras. No entanto, esse universo de maravilhas contrasta radicalmente com a Índia Antiga retratada em nossos livros de história atuais. Ela era muito maior do que a Índia atual, espalhando-se a partir das fronteiras da Pérsia [Atual Irã], incluindo o Afeganistão, o Vale do Indo e todo o subcontinente indiano até a fronteira com a Birmânia. A Índia Antiga é tida como um dos impérios mais antigos e influentes em nosso planeta. Mas, em verdade, quão antiga é esta Índia?
Fontes tradicionais, como a Enciclopédia Britânica, dizem que a Índia teve um período pré-histórico que se iniciou por volta de 8.000 a.C., tendo posteriormente um
período agropastoril por volta de 4.000 a.C. Em seguida, teve início a Civilização Harappiana ou Civilização do Vale do Indo, por volta de 3.500 a.C. Essa civilização é chamada Harappa em homenagem a uma antiga cidade de mesmo nome naquele local, e chegou ao seu fim entre 2.000 a.C. e 1.750 a.C., ainda de acordo com a Enciclopédia Britânica.
A Civilização do Vale do Indo
Os historiadores modernos dizem que essa é a mais antiga civilização da região e que teria começado com assentamentos de casas de tijolos na região onde hoje se situa a província de Sinde, no Paquistão. No entanto, esses assentamentos não se limitaram aos sistemas fluviais, já que tinham portos no delta do Rio Indo e ao longo da costa de Gujarat. Uma dessas cidades portuárias é Lothal, agora a vários quilômetros do oceano, e outra é Dwaraka, a cidade do famoso avatar hindu Krishna. Ela é conhecida por estar submersa ao longo das margens da moderna cidade de Dwarka — soletrada um pouco diferente —, no estado indiano de Gujarat.
A Civilização do Vale do Indo foi provavelmente a maior de todas as civilizações antigas conhecidas e estendia-se através do que é hoje o norte da Índia, Paquistão, Afeganistão, Baluquistão, na fronteira persa, até o sul do estado de Maharashtra, na Índia. Especula-se que tenha alcançado uma população de até cinco milhões de pessoas, que teria sido notável pela fabricação de finos tijolos e cerâmicas, pela construção de grandes casas de vários andares, com artesanato altamente desenvolvido e bom conhecimento em metalurgia, utilizando materiais como o cobre, chumbo, estanho e bronze. O ferro era supostamente desconhecido por eles, embora isso possa não estar correto, já que o metal se deteriora rapidamente. Alguns objetos de ferro, tais como uma famosa coluna em Nova Deli, são atribuídas à Civilização do Vale do Indo. Também tinham conhecimentos avançados em hidrologia e construíram sistemas de drenagem na beira das estradas e sistemas de água e esgoto que possuíam bons padrões de higiene.
Tudo isso foi descoberto nas ruínas da cidade perdida de Harappa, em 1842, por um engenheiro britânico chamado Charles Masson, o primeiro a trazer a Civilização do Vale do Indo à atenção dos arqueólogos. Naquele ano, Masson publicou sua Narrativa de Várias Viagens ao Baluquistão, Afeganistão e ao Punjab, na qual afirmava que os moradores locais falavam de uma cidade antiga que se estendia por “13 cosses”, cerca de 40 km. Em 1856, os irmãos John e William Brunton, engenheiros britânicos, foram encarregados de construir uma linha férrea para a Estrada de Ferro da Companhia das Índias Orientais, a qual ligaria as cidades de Karachi e Lahore. Essa parte da estrada corria por uma área desértica e muito desolada do Vale do Indo, o Deserto de Thar, e durante os levantamentos na pequena e desabitada área foi encontrada uma série de cidades antigas, cobertas de areia e pó.
Cidades descobertas
Os irmãos necessitavam, para construir a ferrovia sobre a planície desértica, que um lastro fosse colocado abaixo dos dormentes de madeira, para depois assentarem os trilhos e, com exceção de um monte de areia do deserto circundante, não havia muito com o que trabalhar. No entanto, os tijolos bem cozidos das antigas cidades descobertas na região foram utilizados como lastro para muitos quilômetros de trilhos. Os Brunton foram informados sobre uma velha cidade em ruínas perto das linhas, chamada Brahminabad, e depois de a visitarem ficaram “convencidos de que havia uma grande pedreira para o lastro que nós queríamos”. Brahminabad foi desmontada, tijolo por tijolo, e está agora sob as linhas férreas do Paquistão.
Alguns meses mais tarde, mais ao norte, a linha férrea de William Brunton seguiu perto de outra cidade em ruínas, cujos tijolos haviam sido utilizados por moradores da aldeia vizinha de Harappa — eles forneceram o lastro para os 150 km da ferrovia que vai de Karachi a Lahore. Na verdade, parece que os tijolos de Harappa e Brahminabad foram utilizados para outras finalidades além de lastro para a estrada de ferro, como em caixas de sinalização e até mesmo em estações ferroviárias ao longo dos trechos que cortam o deserto. Uma antiga civilização avançada estava sendo ressuscitada após milhares de anos e ainda estava ajudando a trazer o “cavalo de ferro” para o norte da Índia.
O carro aéreo tem asas resplandecentes e é impulsionado pelo ar. Voa por grandes distâncias e pode transportar várias pessoas. A construção interior se assemelha ao céu criado pelo próprio Brahma. Vários metais são utilizados em sua construção
Com a construção da ferrovia, o comércio começou a fluir através daquela área desértica e certos artefatos começaram a chegar aos arqueólogos e comerciantes de antiguidades. Esses objetos eram estatuetas, selos e joias. Selos da Civilização do Vale do Indo foram publicados em um artigo científico, em Londres, por volta de 1874. O arqueólogo Alexander Cunningham considerou o curioso texto como sendo as famosas Cartas em Brahmi da história, porém já foi provado que ele estava errado e o manuscrito ainda não foi decifrado.
Em 1912, mais selos harapeanos foram encontrados em uma área em que houve uma campanha de escavações sob responsabilidade de sir John Hubert Marshall, entre 1921 e 1922. A expedição resultou na descoberta oficial da Civilização de Harappa. A maior parte da cidade destruída de Mohenjo Daro havia sido escavada por volta de 1921, mas outras expedições continuaram em Harappa, em outros lugares, para encontrar mais localidades perdidas, como a expedição liderada por sir Mortimer Wheeler, diretor do Departamento de Levantamento Arqueológico da Índia, no ano de 1944.
De acordo com os textos oficiais, a Índia Antiga passou à Idade do Ferro após o colapso inexplicável da Civilização do Vale do Indo, que floresceu entre 3.300 a.C. e 1.300 a.C. Não se sabe o que causou seu desaparecimento, deixando uma espécie de lacuna de 700 anos na história no país, pois apenas em 600 a.C. a Idade do Ferro teria surgido na Índia. O sistema de escrita da Civilização do Vale do Indo desapareceu e muitas das cidades esvaneceram ou foram destruídas em guerras, como a descrita no Mahabharata. Algumas cidades, como veremos, parecem ter submergido no oceano.
Detalhes da Guerra Kurukshetra
Foi na época do surgimento da Idade de Ferro que a Índia supostamente teria desenvolvido sua primeira escrita moderna, o Brahmi, a qual o arqueólogo Alexander Cunningham erroneamente acreditava ser a mesma encontrada no Vale do Indo. O que é curioso aqui é que existem enormes lacunas na história da Índia que são difíceis de preencher, especialm
ente o período histórico entre 1.300 a.C. e 600 a.C. O que aprendemos do antigo épico Mahabharata é que guerras devastadoras foram travadas entre os vários reinos hindus no norte do país, batalhas que teriam dizimado completamente algumas cidades e nações, e que teriam trazido o final daquela era ou yuga. Aqui é importante dizer que os indianos dividem o tempo de forma cíclica, em quatro eras ou yugas, cada uma com seus próprios atributos distintivos, sucedendo continuamente uma à outra.
O Mahabharata é o mais longo épico sânscrito, composto por mais de 200 mil versos. Possui cerca de 1,8 milhões de palavras no total e é cerca de quatro vezes mais longo do que o Ramayana e cerca de 10 vezes mais longo do que da Ilíada e a Odisseia juntas. Foi dito por muitos historiadores que o Mahabharata seria tão importante para a civilização quanto a Bíblia, as obras de Shakespeare ou os épicos gregos. O título pode ser melhor traduzido como Conto da Dinastia Bharata.
A arma Brahmastra
Embora existam muitas subpartes e histórias no Mahabharata, o conto principal é sobre a Guerra Kurukshetra com seus vimanas e armas que eram usadas para devastar as cidades dos combatentes. No período que antecedeu às batalhas de Kurukshetra, vários parentes e clãs, incluindo os aristocratas Krishna e Arjuna, são incitados a tomarem partido na crescente tensão entre os dois rivais e suas famílias e, eventualmente, nações vizinhas também são chamadas para a luta que culminaria em Kurukshetra. O preparativo para a batalha tece uma história complexa de sucessão dinástica, herança, lealdade à família e dever — os personagens lutam com esses conflitos familiares que levam à ponderação filosófica profunda do que é certo ou errado. De certa forma, é como um cruzamento entre uma batalha gigante em um lugar lendário, como o Armagedom, e a tragédia da Guerra Civil Americana, quando famílias foram dilaceradas pelos lados opostos e irmãos literalmente lutaram contra irmãos em uma guerra de filosofia, direitos e de fazer o que é certo.
No caso da Guerra Civil Americana, provavelmente poderíamos dizer que os mocinhos, no lado do “que é certo”, ganharam a contenda. Isso não pode necessariamente ser dito a respeito da Guerra Kurukshetra, em que parece que todo mundo perdeu, embora haja um vencedor declarado no final. No encerramento da grande batalha, uma arma fantástica, conhecida como a Brahmastra, é usada para acabar com a guerra. Em última análise, os príncipes Pandava foram os vitoriosos e a guerra acabou. A arma Brahmastra seria como um super míssil com uma ogiva atômica. Poderia ter sido uma arma atômica antiga?
Gurkha, voando em seu poderoso vimana, arremessa contra as três cidades dos Vrishnis e Andhakas um único projétil carregado com todo o poder no universo. Uma coluna incandescente de fumaça e fogo levantou-se em todo o seu esplendor
Não podemos afirmar categoricamente, mas isso é o que parece descrever o texto encontrado no livro 8 do Mahabharata, o Karna Parva: “Gurkha, voando em seu rápido e poderoso vimana, arremessa contra as três cidades dos Vrishnis e Andhakas um único projétil carregado com todo o poder no universo. Uma coluna incandescente de fumaça e fogo, tão brilhante como dez mil sóis, levantou-se em todo o seu esplendor. Era uma arma desconhecida, um raio de ferro, um gigantesco mensageiro da morte, que reduziu a cinzas toda a raça dos Vrishnis e os Andhakas”. Evidentemente estamos vendo a descrição de uma explosão nuclear a partir de um bombardeio realizado com um vimana.
A Brahmastra ou Brahma-astra, considerando que “astra” é um sufixo que significa arma, era uma super-arma criada por Brahma, deus que constitui a Trindade Hindu, juntamente com Vishnu e Shiva. Foi considerada a melhor arma e havia apenas uma defesa contra ela, o Brahmadananda. Outra arma, conhecida como o Brahmashira, era ainda mais potente. É dito que os principais adversários no épico Ramayana, Rama e Ravana, teriam usado o Brahmashira em sua batalha, muitos anos antes da Guerra Kurukshetra. Outras super-armas seriam a Seta de Rama, o Trishul e o Chakram, que eram armamentos pessoais dos deuses, mas, aparentemente, também usadas por seres humanos normais em muitas lutas para resolver contendas como quem casa com quem ou quem fica com a sede do poder após a morte do pai, temas ainda comuns na Índia de hoje.
Poder de aniquilação
A poderosa arma de Brahma, uma vez disparada, aniquilava qualquer possibilidade de contra-ataque ou tentativas de pará-la, a não ser que se usasse uma vara criada também por Brahma. Quando disparada, a arma seguia seu curso até o fim. Por isso, só deveria ser usada em alvos bem definidos devido ao seu poder de aniquilação. De acordo com antigos escritos em sânscrito, a Brahmastra seria invocada por uma frase chave concedida ao usuário quando ele recebia a arma. Um código de lançamento, talvez? Além disso, ela causava graves danos ambientais, deixando o terreno da explosão estéril e extinguindo toda a vida em seu redor. Homens e mulheres se tornavam inférteis, havia acentuada diminuição de chuvas e o aparecimento de fissuras no solo, como aquelas provocadas por secas prolongadas e severas.
Há várias passagens ao longo do épico descrevendo as ocasiões em que a poderosa arma fora usada e as consequências de sua utilização. Aparentemente, dezenas delas foram fabricadas e armazenadas, exatamente como estocamos ogivas nucleares nos dias atuais. O texto também fala sobre as ocasiões em que os deuses precisaram intervir, evitando que a Brahmastra fosse disparada em questões menores.
Os acontecimentos do Mahabharata e da Guerra Kurukshetra se desenrolaram no norte da Índia, possivelmente alcançando a região do Afeganistão. Quando as cidades do Vale do Indo foram finalmente escavadas, nos anos de 1930, 1940 e 1950, verificou-se que haviam sido completamente destruídas e ali foram encontradas pessoas mortas, deitadas nas ruas. Algum tipo de desgraça repentina caiu sobre aquelas cidades, aparentemente matando a todos de surpresa e não deixando ninguém para enterrar os mortos. Isso se parece justamente com a descrição da Guerra Kurukshetra feita no Mahabarata. Teria sido a Civilização do Vale do Indo a sociedade destruída na guerra? Teriam sido os vimanas e os poderosos raios de ferro da Brahmastra usados nessa guerra terrível entre nações? Parece que sim. Vejamos mais uma prova da natureza avançada da Índia Antiga e das áreas adjacentes a seguir.
O misterioso Rio Sarasvati
Um rio místic
o chamado Sarasvati é mencionado no Mahabharata, bem como no Rig Veda, outro importante livro hindu. O Sarasvati era um rio muito importante e foi mencionado em antigos textos indianos, mas ninguém até hoje o encontrou. Ele é geralmente identificado como sendo o Rio Ghaggar Hakra, que mudou seu curso após um grande terremoto muitos milhares de anos atrás. Ele teria fluído para os desertos do Rajastão e depois para o Rann de Kutch, uma área pantanosa do estado de Gujarat, onde hoje as últimas espécies de leões asiáticos conseguem sobreviver em áreas protegidas. Acredita-se que esse rio tenha secado por volta de 1.900 a.C. Há muitas teorias e estudos feitos na tentativa de se localizar o curso dele, mas até hoje nada de conclusivo foi encontrado.
Uma rede de ancestral de drenagem, formada por vários canais, foi mapeada por diferentes pesquisadores do Rajastão Ocidental e de estados vizinhos. Todo o sistema está enterrado principalmente sob a cobertura de areia do Deserto de Thar e paralelos às Colinas de Aravalli. Nos últimos anos, com o avanço da tecnologia via satélite e o sensoriamento remoto, canais foram localizados de forma sistemática. É importante saber que o movimento das falhas tectônicas existentes na região mudou, e ainda muda, abruptamente o curso de rios e em algumas ocasiões — a depender da intensidade do movimento, os rios simplesmente desaparecem. Talvez o lendário Rio Sarasvati tenha sido vítima de algum poderoso terremoto.
A crença hindu mais recente e popularmente conhecida na Índia atual é a de que o antigo rio ainda corre de forma subterrânea no norte daquele país e encontra os rios Yamuna e Ganges no ponto exato onde eles se unem em Allahabad, tornando o Sarasvati o terceiro rio, porém oculto, na confluência dos outros dois. Se pudéssemos de alguma forma datar quando ele repentinamente mudou seu curso, poderíamos ter uma ideia de quando a Guerra Kurukshetra ocorreu. Isso parece ter acontecido há milhares de anos e, como foi mencionado acima, geralmente é considerado por geólogos que o Sarasvati tenha secado por volta de 1.900 a.C.
Muitos historiadores, embora nem tanto os estudiosos indianos, datam a Guerra Kurukshetra como tendo acontecido durante o repentino ressurgimento da Idade do Ferro, por volta de 600 a.C., mas parece que tanto essa guerra quanto o rio seriam muito anteriores a tal data. Foi por volta de 600 a.C. que essas histórias, contadas por milhares de anos, foram escritas na língua Brahmi. Tanto o Mahabharata como o Ramayana deixam claro em seus primeiros capítulos que suas histórias haviam acontecido muito tempo antes. No caso do segundo, os eventos se passam em uma época em que todo o mundo era governado por Rama e por outros reis em sucessão. Seria possível que os eventos do Ramayana tenham envolvido o mundo todo, de maneira semelhante à Segunda Guerra Mundial? Parece incrível, mas é isso que os textos antigos dizem. E os vimanas estão neste cenário.
Cidades submersas
Outra forma de tentar encontrar uma data para a Guerra Kurukshetra é buscar a cidade onde Krishna teria nascido. Em nossa procura pelo mundo perdido da Índia Antiga, podemos olhar para a lendária cidade portuária de Dwaraka, agora confirmada por arqueólogos modernos como estando submersa ao largo da costa de Gujarat, no noroeste da Índia. O nome de Krishna significa “azul escuro ou preto” e ele é reverenciado no Mahabharata como um avatar de Vishnu, outro deus da Trindade Hindu, e como um herói divino, brincalhão, amante modelo e, em sua juventude, um deus-criança.
Krishna é jovem, enérgico e divertido. Não tem pendores para a modéstia e em certo sentido joga com suas próprias regras. Isso é de grande interesse, uma vez que muito do texto do Mahabharata versa sobre o direito de família e a obediência aos rígidos costumes de seu tempo, como no casamento — Krishna não seguia qualquer dessas regras e é conhecido por ter sido bastante namorador. Além disso, era músico e divertido. Sendo um semideus, ele poderia repreender e punir as pessoas se quisesse, mas preferia brincar ou fazer amor com elas. Dizem que costumava se relacionar com dezenas de mulheres ao mesmo tempo.
Os eventos se passam em uma época em que todo o mundo era governado por Rama e por outros reis em sucessão. Seria possível que os fatos do Ramayana tenham envolvido o mundo todo, de maneira semelhante à Segunda Guerra Mundial?
Na verdade, Krishna, inteligentemente, não participou diretamente da Guerra Kurukshetra. Em vez disso, serviu como piloto de Arjuna em um vimana e não empunhou armas. Ele instruía Arjuna em todos os tipos de coisas enquanto dirigia seu vimana e essas lições formam o livro que é conhecido como o Bhagavad Gità. A passagem é famosa e muitas vezes tida como a parte espiritual do Mahabarata. Krishna, diz a história, nasceu sem que sua mãe houvesse se deitado com seu pai e as circunstâncias de sua concepção lembram muito a história bíblica da concepção de Jesus. Sua mãe, entretanto, não era virgem, posto que já havia dado à luz outras sete crianças.
A concepção de Krishna, no entanto, não foi o resultado de uma relação sexual, mas o resultado do fato de o “fôlego” de Vishnu supostamente ter entrado no ventre de sua mãe, trazendo o jovem deus e herói ao mundo. A data de nascimento de Krishna tem o nome sânscrito de Janmashtami. De acordo com a tradição hindu, essa data corresponde, em nosso calendário, a 18 de julho de 3.228 a.C. Ele teria deixado este mundo no ano de 3.102 a.C., com 126 anos de idade. Krishna pertencia ao clã Vrishni de Yadavas, da região de Mathura, no norte da Índia. Seu clã foi completamente aniquilado ao final da Guerra Kurukshetra. Seus pais eram Vasudeva (pai) e Devaki (mãe).
Pilotando os vimanas
Embora fosse da família real de Mathura, ele finalmente acabou no porto da cidade de Dwaraka, em Gujarat. Em uma intriga da corte, típica da época, seus pais teriam sido jogados em uma prisão por um rei usurpador, irmão de sua mãe. A razão do golpe teria sido uma profecia que dizia que o oitavo filho de Devaki — o ainda por nascer Krishna — causaria a sua morte. Quando Krishna nasceu, seus pais o teriam contrabandeado para fora da prisão e ele teria crescido no país, trabalhando como pastor de vacas. Durante todo esse tempo, ele tocou flauta, se divertiu, fez brincadeiras com as pessoas e frustrou vários atentados contra a sua vida encantada. Diz a lenda que ele matou um demônio que tentou assassiná-lo e domou uma cobra gigante que estava causando problemas no Rio Yamuna. De mais fantást
ico em sua história está o fato de que pilotava vimanas como ninguém.
Por fim, Krishna retornou à corte de Mathura e derrubou seu tio, matando-o. Ele colocou outro parente no trono e viveu na corte enquanto vários inimigos continuavam tentando matá-lo. Finalmente, o deus deixou Mathura e levou um grande grupo de seguidores consigo para Dwaraka, onde estabeleceu seu próprio reinado, criando uma ilha ou elevando uma existente, construindo uma maravilhosa cidade-estado portuária. Krishna se tornou o rei da localidade que criara e se casou com Rukmini, uma princesa Vidarbha, que se supõe ter sido casada com outra pessoa. Krishna a sequestrou, a pedido dela, e Vidarbha se tornou a primeira de suas oito esposas oficiais. Esse tema do rapto de uma mulher que está prestes a se casar ou é casada com outra pessoa é central no Ramayana, embora com um resultado muito diferente.
A cidade de Dwaraka também é descrita como Dwaravati no Mahabharata e acredita-se ter sido a capital do Reino de Anarta, que é o estado de Gujarat da Índia atual. Alguns historiadores sustentam que Dwaraka e Anarta foram dois reinos míticos diferentes — Dwaraka não foi destruída na Guerra Kurukshetra e é mencionado no Mahabharata que Arjuna visitou a cidade durante suas campanhas militares após a guerra. Dwaraka pode ter sido uma cidade muito antiga, mas, até recentemente, se pensou nela como uma cidade lendário, em vez de um lugar real. Hoje, os arqueólogos perceberam que a antiga Dwaraka se encontra debaixo d’água, ao largo da costa de Gujarat, perto da cidade moderna de Dwarka.
“O oceano subiu”
Graham Hancock, em seu livro Underworld: The Mysterious Origins of Civilization [Mundos Ocultos: As Misteriosas Origens da Civilização, Three Rivers Press, 2003], diz que Dwaraka foi destruída e que submergiu logo após a Guerra Kurukshetra, de acordo com textos indianos. Ele toma essa informação a partir destas linhas do Vishnu Purana: “No mesmo dia em que Krishna partiu da terra, a poderosa Idade de Kali começou. O oceano subiu e submergiu toda a Dwaraka”. Então, Dwaraka é uma cidade antiga que dizem ter sido destruída por volta de 3.100 a.C. quando Krishna deixou a terra e a Kali Yuga começou. E esse é apenas o início de outra yuga e, de acordo com as crenças indianas, já houve muitos milhares de yugas e de civilizações e muitos milhares ainda estão por vir. Diz Hancock sobre a natureza cíclica da história no pensamento indiano: “Dentro desse padrão de ciclos em espiral, onde tudo o que vai, volta, a Índia concebe quatro grandes épocas ou idades mundiais de diferentes, mas enormes comprimentos: o Krita Yuga, Treta Yuga, Davapara Yuga e Kali Yuga. No final de cada yuga, um cataclismo, conhecido como pralaya, engole o globo em incêndio ou inundação. Em seguida, a partir das ruínas da antiga cidade, como uma Fênix emergindo das cinzas, a nova era começa. Neste momento surgem com mais intensidade os vimanas, espaçonaves poderosíssimas que carregam armamentos atômicos”. É verdade, mas há milhares de anos?
Hancock também afirma que, no final da mais recente Davapara Yuga, Dwaraka foi uma fabulosa cidade fundada na costa noroeste da Índia. Estabelecida e governada por Krishna, foi construída no local de uma cidade sagrada ainda mais antiga, Kususthali, em um local tomado do mar. “Krishna ocupou um espaço de doze estádios do mar e ali construiu a cidade de Dwaraka, defendida por altas muralhas”, escreveu. Os jardins e as comodidades da cidade eram elogiados, e hoje entendemos que era um lugar de ritual e esplendor.
Anos mais tarde, no entanto, quando a Davapara Yuga chega ao fim, Krishna é morto. A Era de Kali, assim inaugurada, acaba por ser a época atual da Terra, a nossa época. De acordo com os sábios hindus, essa era começou há pouco mais de 5.000 anos em uma data no calendário indiano correspondente a 3.102 a.C. Continua Hancock: “É uma idade, adverte o livro Bhagvata Purana, em que as pessoas serão gananciosas, terão um comportamento mau, serão implacáveis, entrarão em hostilidades por qualquer coisa, extremamente voltadas para riquezas e desejos mundanos”. É nesta fase, segundo a história narrada nos livros hindus, que vimanas são usados para matar.
Final de ciclos
Na verdade, cada yuga é progressivamente pior que a anterior, sendo que a primeira, a Krita Yuga foi uma idade de ouro. As pessoas se tornaram menos virtuosas na yuga seguinte, Treta Yuga, e menos ainda na Davapara Yuga. As impressionantes batalhas da Guerra Kurukshetra basicamente encerram esse período, que teria começado por volta de 9.500 a.C. A Treta Yuga teria começado por volta de 16.000 a.C. O que podemos supor a partir de tudo isso é que, em vez de a Guerra Kurukshetra ter ocorrido por volta de 600 a.C., na chamada Idade do Ferro da Índia, ela teria ocorrido antes de 3.000 a.C., antes do afundamento da antiga cidade de Dwaraka ao longo da costa de Gujarat.
Krishna ocupou um espaço de doze estádios do mar e ali construiu a cidade de Dwaraka, defendida por altas muralhas (…) Ele tinha, naturalmente, seu próprio vimana para viajar para onde bem entendesse. Seus contemporâneos também os possuíam
Em 19 de maio de 2001, foi veiculado em canais de notícias na Índia, e em todo o mundo que o ministro de Ciência e Tecnologia do país, Murli Manohar Joshi, anunciara a descoberta de ruínas no Golfo de Cambaia, no estado de Gujarat. O professor Joshi disse que os escombros submarinos, conhecidos como o Complexo Cultural do Golfo de Cambaia, foram localizados no fundo do mar em um trecho a nove quilômetros da costa, a uma profundidade de cerca de 40 m. O local submerso foi encontrado através de técnicas acústicas por uma equipe arqueológica do Instituto Nacional de Tecnologia Oceânica (NIOT), da Índia, em dezembro de 2000. O ponto foi finalmente identificado como a cidade perdida de Dwaraka.
Sumiços misteriosos
O Instituto Nacional de Tecnologia Oceânica continuou suas investigações durante o mês de novembro de 2001, incluindo a dragagem do fundo do oceano, a fim de recuperar artefatos. Mais trabalho foi feito em 2003 e 2004 no local mencionado e amostras obtidas do que se presumia ser cerâmica foram enviadas para laboratórios em Oxford, na Inglaterra, e Hannover, na Alemanha, assim como para diversas instituições na Índia, para serem datadas. Estranhamente, no entanto, um dos artefatos dragados em 2001 foi datado como sendo de 7500 a.C. Entre os escombros, restos do que se acreditam ser vimanas, que misteriosamente sumiram dos laboratórios para
os quais foram enviados.
Segundo afirmou o doutor D. P. Agrawal, presidente do Grupo Policlima e fundador das instalações de testes de carbono-14 na Índia, em um artigo publicado na revista Frontline, uma peça foi datada duas vezes por laboratórios independentes. Um órgão de Hyderabad, na Índia, datou o artefato como sendo de 7.190 a.C. Já outro, em Hannover, na Alemanha, datou a peça como sendo de um período entre 7.545 a.C. e 7.490 a.C. Agrawal argumenta que o artefato é um achado comum, dado que há 20 mil anos o Mar Arábico estava 100 m abaixo de seu nível atual e que o aumento gradual do nível do mar submergiu florestas inteiras.
Com data de cerca de 7.200 a.C. para os artefatos da suposta cidade submersa de Dwaraka, podemos ter outra data possível para os vimanas e para as armas da Guerra Kurukshetra: surpreendentemente 9 ou 10 mil anos atrás. Esse é um período de tempo que nós associamos com a Atlântida de Platão, por volta de 8.000 a.C. até 10.000 a.C. Então, que data atribuir para a Guerra Kurukshetra e para a maravilhosa cidade de Krishna, 600 a.C., 1.800 a.C., 3.000 a.C. ou 7.200 a.C.? Essas datas são para a guerra em si e não necessariamente a do épico Mahabharata, que seria mais recente. Sua origem, como o livro védico ariano Rig Veda, é muito anterior à história escrita e ambos foram memorizados por milhares de anos por sacerdotes bibliotecários especialmente treinados. Graham Hancock menciona que o Rig Veda era tradicionalmente memorizado e que havia uma certa resistência em transcrevê-lo, mesmo quando a escrita já estava disponível.
Torres douradas, varandas de cristal
A cidade que Krishna construiu em Dwaraka era fantástica, projetada por um arquiteto dos deuses, uma pessoa misteriosa chamada Tvastr. Sua cidade-ilha era grande, com 154 km de área, e tinha arranha-céus com torres de ouro. Em algum lugar aparentemente havia um aeroporto. O livro Bhagvata Purana nos diz sobre Krishna e a cidade de Dwaraka que “o senhor fez uma fortaleza no mar ocidental. Nela, construiu uma cidade de 12 yojanas [154 km] de área, maravilhosa em todos os aspectos. O edifício da cidade exibiu a experiência em arquitetura e a habilidade em alvenaria de Tvastr, o arquiteto dos deuses. As estradas, pátios, ruas e áreas residenciais foram construídas em conformidade com os princípios prescritos pela ciência da arquitetura pertinentes à construção de cidades. Nesta cidade foram estabelecidos jardins com árvores celestiais e trepadeiras, e foram feitos parques maravilhosos. Foram construídas torres de ouro e varandas de cristais. Havia celeiros de prata e bronze, adornados com jarros de ouro. As casas ali eram de ouro e de grandes esmeraldas”.
O mundo perdido da Índia Antiga também incluía o Reino Vidarbha, do qual a primeira esposa de Krishna, Rukmini, era proveniente. Vidarbha é mencionada no Mahabharata como sendo o reino mais meridional dos reis Yadava. Vidarbha, cuja capital era chamada Kundinapuri, foi a única nação a ficar neutra durante a Guerra Kurukshetra. Embora seja dito no Mahabharata que o rei local ofereceu seus serviços para ambos os lados — os Pandavas e os Kauravas —, as ofertas não foram aceitas e o seu reino se manteve neutro durante as muitas hostilidades. Ali estavam, segundo os livros hindus, concentrados vários tipos de vimanas, que não foram usadas na batalha e sim em recreação.
Um mundo desconhecido
Então, como vamos pintar o retrato do maravilhoso mundo da Índia Antiga? Como o descrito nos épicos do país? Em vez de um mundo de carros de boi e criadores de gado arremessadores de lança chegando para lutar como um bando de hunos e vândalos em alguma planície poeirenta da Antiguidade, temos um mundo que inclui aeronaves avançadíssimas, cidades magníficas, navios enormes que atravessam toda a terra e uma rede mundial de civilizações que um dia cobriram o globo — essa rede possuía agricultura avançada, sistemas hidráulicos, construção naval e navegação, além da capacidade de construir usando blocos gigantes de pedra e de voar pelo ar em vimanas.
Sim, eles deviam ter algum tipo de eletricidade e de conhecimento de todos os metais e elementos que temos hoje. Muitas vezes nos perguntam onde os vimanas dos tempos antigos estariam hoje e por que não descobrimos algum veículo daquela época em uma duna de areia no deserto ou em uma caverna nas montanhas? São boas perguntas, mas o problema com a maioria das máquinas, incluindo aeronaves e maquinaria pesada, é que elas têm que ser construídas a partir de algum tipo de ferro, aço ou liga de metal. Esses materiais rapidamente se oxidam e viram pó, a menos que sejam mantidos em um clima praticamente anaeróbico e seco. A famosa coluna de ferro que está hoje em um subúrbio de Nova Deli é um objeto que alguns dizem ser uma relíquia do tempo, ou de um dos tempos, em que Índia Antiga tinha conhecimento metalúrgico especialmente avançado.
Muitas vezes nos perguntam onde os vimanas dos tempos antigos estariam hoje e por que não descobrimos algum veículo daquela época em uma duna de areia no deserto ou em uma caverna nas montanhas? São boas perguntas, mas sem respostas
Infelizmente, a maioria dos objetos de metal oxida e se desintegra ao longo de um período de algumas centenas de anos, e nenhuma escavadeira, avião, caminhão ou trator permanece por mais de 200 anos sem corrosão. O ouro, por outro lado, não decai e é essencialmente indestrutível. Todo este metal dos tempos antigos ainda existe hoje e grande parte do ouro usado em joias até os tempos atuais é, provavelmente, reciclado dos antigos artefatos. Mas o metal é demasiado macio para ser utilizado em máquinas, embora seja muito útil em aparelhos elétricos. Mesmo ligas com ouro são geralmente muito moles para qualquer propósito prático, exceto joalheria. Apenas metais muito duros, como bronze, ferro e os modernos supermetais e ligas, como o aço inoxidável e titânio, podem ser utilizados para a fabricação de máquinas.
Provavelmente a cultura da Índia Antiga não era uma civilização de consumo que necessitasse de diferentes modelos e marcas para comprar, mas uma com edifícios gigantescos, grandes navios oceânicos e, sim, vimanas para voar. Estes discos voadores do passado podem ter sido equipados com uma estonteante variedade de armas incríveis, como já dissemos. O que precisamos agora é de um olhar cuidadoso sobre alguns dos textos antigos e sobre o que eles dizem especificamente sobre os vimanas e sua utilização.