A falta de evidências contundentes sobre a realidade dos UFOs é um problema com o qual os ufólogos se deparam constantemente. A sociedade tem nos perguntado repetidamente: se os UFOs são reais, onde estão as provas? Por que não existe uma evidência física de sua existência? Por que, por exemplo, ainda não encontramos os fragmentos de um deles? A verdade é que dispomos de incontáveis evidências das visitas extraterrestres — inclusive restos de naves alienígenas acidentadas em nosso próprio solo. Esses casos vêm de longe. Já em 1950, o jornalista norte-americano Frank Scully publicou seu polêmico livro Behind the Flying Saucers [Por Trás dos Discos Voadores, Victor Gollancz Editors, 1950], no qual relatou vários casos de quedas de UFOs e resgate de seus tripulantes, fatos ainda impensáveis naquela época.
Scully também mencionou projetos ultrassecretos desenvolvidos pelo governo norte-americano para encobrir o assunto, e chegou a fornecer os nomes de cientistas envolvidos na investigação dos desastres e onde tinham acontecido. O grande problema é que Scully não tinha justamente evidências para apresentar e suas fontes, quando existiam, não eram consideradas confiáveis. Como resultado, o livro passou a ser visto com muita restrição, gerando uma imediata suspeita e desinteresse da opinião pública pelas histórias de quedas de UFOs. Toda vez que um novo relato surgia, era chamado de “mais um caso de Frank Scully”.
Nasceu o acobertamento
Mas, na década de 70, finalmente vieram a público informações contundentes sobre o Caso Roswell, que ocorrera no Novo México, em 1947. Após anos de investigações desse novo episódio, vários ufólogos — entre eles Kevin Randle, Stanton Friedman, Wendelle Stevens e o entrevistado desta edição, Donald Schmitt — haviam falado com dezenas de testemunhas e revisado inúmeros documentos relacionados ao caso. Até que chegaram à conclusão de que alguma coisa extraordinária havia acontecido. Na equipe envolvida na investigação do acidente estava o general Thomas J. DuBose, comandante do 8º Comando da Força Aérea Norte-Americana (USAF), que descreveu como começou — justamente devido àquela queda — a política de acobertamento ufológico nos Estados Unidos, que perdura até hoje.
Na época, a USAF inventou a história de que o que havia se acidentado no Novo México era um balão meteorológico, e parte da imprensa engoliu isso. Estava assim implantada uma nova forma de censura ao povo norte-americano — depois levada a efeito em todo o planeta —, que foi recebendo novos formatos a cada ano. Quanto mais os UFOs insistiam em aparecer nos nossos céus, mais teorias mirabolantes foram sendo criadas para “explicá-los”. Em vão, pois o que se descobriu — e se confirmou posteriormente — foi que uma nave de origem não terrestre tinha mesmo caído em Roswell e seus tripulantes haviam morrido no desastre.
Casos abundantes
Assim, com a credibilidade da Ufologia novamente restabelecida, outros eventos surgiram ainda no começo da segunda metade do século passado. Mas, em sua maioria, não foram encontradas provas, evidências ou testemunhas em quantidade para atestar a veracidade das ocorrências, embora muita pesquisa tenha sido realizada para tal. Alguns casos, no entanto, apresentavam indícios abundantes e convincentes de que UFOs se acidentavam de verdade, embora não se tenha qualquer explicação para isso. Um exemplo é a queda de uma nave em Las Vegas, em 1962, com dezenas de testemunhas, que é considerado um caso autêntico de queda de UFO. Em Kingman, Arizona, centenas de moradores também afirmaram ter visto um objeto voador não identificado cruzar o céu e espatifar-se no solo.
Os casos abundam. Em Kecksburg, por exemplo, um cilindro prateado de pequenas proporções também colidiu contra o solo, gerando enorme agitação entre a população. E assim por diante, casos iam sendo descobertos não apenas nos Estados Unidos, mas em todo o mundo. Foi o que ocorreu no porto canadense de Shag Harbour, no deserto africano do Kalahari, na província argentina de Salta, nos desertos do norte do México, em algumas áreas da Rússia etc. Enfim, são inúmeros os locais em todo o planeta onde há casos pesquisados e confirmados de quedas de discos voadores.
Eles também caíram no Brasil
Em nosso país também tivemos acontecimentos espetaculares do gênero, como o de um objeto metálico que explodiu sobre uma praia de Ubatuba, no litoral paulista, em 1957. Fragmentos dele chegaram a ser recolhidos e enviados para estudo, e o surpreendente é que a Marinha brasileira analisou as amostras e alegou que não poderia explicá-las em termos científicos — trata-se de uma liga metálica não encontrada na natureza e dificilmente reproduzível em laboratórios. O caso é um dos mais consistentes até hoje em todo o globo e segue como incontestável prova de que estamos sendo visitados por outras espécies cósmicas — tecnologicamente mais avançadas, é verdade, mas portadoras de veículos que também são passíveis de falhas.
No ano de 1996, o mundo voltou novamente os olhos e ouvidos para o Brasil, quando se noticiou que o Exército havia capturado estranhos seres, vítimas do acidente de uma nave extraterrestre sobre a cidade mineira de Varginha [Veja detalhes no livro O Caso Varginha, código LIV-008 da coleção Biblioteca UFO. Disponível gratuitamente no Portal UFO: ufo.com.br]. Mas, apesar de tantos casos conhecidos, muita coisa ainda continua encoberta — o episódio, por exemplo, até hoje não foi incluído no rol de documentos liberados pelo Governo como resposta à campanha UFOs: Liberdade de Informação Já, empreendida pela Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU) através da Revista UFO.
Há uma década, com a popularização da internet e das novas tecnologias de comunicação e tendências de globalização, no entanto, as notícias rodam o planeta mais rápido do que nunca. Se um UFO cair hoje na China, no mesmo dia o mundo tomará conhecimento do fato. Enfim, felizmente, as notícias se alastram rapidamente, sem controle e sem possibilidade de contenção — e é com esta vantagem que os ufólogos contam hoje para driblar o insistente recurso do acobertamento de informações.