Há 47 anos, em 19 de dezembro de 1971, o Brasil foi palco de uma forte onda ufológica que atingiu alguns estados brasileiros, destacando-se o Estado do Rio de Janeiro, com o foco principal de relatos originados na cidade de Itaperuna, e o Estado do Rio Grande do Sul, onde avistamentos foram reportados em pelo menos 60 cidades diferentes. Além destes estados brasileiros houveram numerosos registros nesta data na Argentina, Uruguai e Chile, dentro de uma área delimitada geograficamente.
Os Casos de Itaperuna (RJ)
No Estado do Rio de Janeiro, o foco das aparições deu-se na cidade de Itaperuna, ao norte do Estado do Rio de Janeiro, com alguns casos esparsos em outras cidades. Os primeiros casos ocorreram em setembro e até dezembro ocorreram esporadicamente. A partir de 19 de dezembro se tornaram mais intensos. Veja os mais significativos:
Caso nº1 [Paulo Caetano]: – Em 23 de setembro de 1971, Paulo Caetano Silveira, técnico de máquinas de escritório, passou pela primeira de uma série de alegadas experiências de abdução. Ele regressava de Carangola, por volta das 19h45m, a uns 3 km da cidade de Tombos e notou pelo espelho retrovisor, que era seguido por um corpo luminoso. A distância entre eles foi encurtando até se reduzir a 3 metros. Então, o objeto ficou evoluindo em volta da vemaguet, a meio metro do chão.
Era um aparelho vermelho, de forma elíptica, com uns 3 metros de altura por 2,50 metros de largura. Depois tomou uma coloração branca, de brilho azulado. Nesse momento, o carro começou a perder velocidade até parar. O estranho objeto continuou girando em torno do veículo por uns 3 ou 4 minutos sem nenhum ruído , subindo depois. Paulo notou que o automóvel devia estar engrenado com o motor funcionando pois, repentinamente deu um avanço para frente e o motor morreu em seguida.
Paulo conseguiu acionar o motor novamente e seguiu até a localidade de Tombos onde registrou um boletim de ocorrência na Delegacia local. Após isso, seguiu viagem. Faltando 13 quilômetros para chegar a Itaperuna, na localidade de Bananeiras, notou o corpo luminoso mais uma vez, a uns 500 metros de altura. A 3 Km a frente, em Serraria, que fica no Km-4 da rodovia RJ-100, viu um vulto escuro que pensou ser um animal. Quando se aproximou até ficar a uns 10 metros, a coisa se iluminou toda de luz vermelha e, ao mesmo, seu veículo desligou, seguindo para o acostamento, como por magia, e parou. Então enquanto a cor do aparelho mudava do vermelho para o branco. Paulo tentou desesperadamente sair do local, mas o carro não se moveu. Ouviu um assobio agudo vindo do objeto, uma porta se abriu e, de dentro, foi projetado um facho de luz, que o atingiu. Na sequencia ele foi retirado do carro por 3 pequenos seres que o levaram para bordo do objeto onde foi examinado.
Caso nº2 [Benedito Miranda]: Dois dias depois, em 25 de setembro, ocorreu um novo caso, possivelmente de abdução, nos arredores de Itaperuna. Desta vez, o protagonista foi Benedito Miranda, que viajava pela rodovia BR-040. Na altura da ponte de Carangola ele se deparou com um objeto arredondado, que estava posicionado no meio da estrada impedindo a passagem. Benedito se aproximou do objeto e percebeu dois pequenos seres nas proximidades do objeto. Um deles apontou-se um objeto, semelhante à uma lanterna de onde saiu um facho de luz que atingiu Benedito suspendendo-o no ar. Pouco depois Benedito foi recolocado em seu carro. O protagonista dirigiu até a cidade e registrou um Boletim de Ocorrência relatando o acontecido. No dia seguinte, Benedito esqueceu-se de alguns fatos ocorridos naquela noite, inclusive o próprio momento em que registrou o B.O., só relembrando alguns detalhes posteriormente com o auxílio de hipnose regressiva.
Em outubro e novembro, os casos relatados envolveram o já citado Paulo Caetano. Alguns destes acontecimentos tiveram testemunhas secundárias ou indiretas que puderam confirmar alguns detalhes narrados por Paulo. Em dezembro, os casos aumentaram drasticamente configurando uma onda ufológica na região, nos dias 19, 20 e 21.
Caso nº3 [Rua Tiradentes] – 19h30: Segundo o Boletim da SBEDV (85/89), no dia 19 de dezembro de 1971, três jovens, que estavam em frente ao número 45 da Rua Tiradentes, observaram do outro lado do rio Muriaé, a uma distância estimada por eles em 1 Km, uma luz, semelhante à uma estrela, que ora acendia, ora apagava. Uma hora e 45 minutos mais tarde, a uns 70 metros daquele local, os três jovens perceberam na esquina, próximo à uma árvore, a uns 7 metros do solo, um objeto preto, um pouco maior que um Volks, e que era realçado por uma nuvem branca. Esse objeto pôde ser observado por cerca de 3 minutos, quando atravessou a rua e, tomando a direção do centro da cidade foi subindo.
Caso nº4 [RJ-100, Km 2] – horário desconhecido: Ainda no dia 19, na RJ-100, na altura do Km 2, um casal que retornava a Itaperuna, passou por uma experiência de avistamento nas proximidades de Serraria. Nesse local eles observaram um “circulo de fumaça”. Logo em seguida eles notaram que havia um anel circular, luminoso, que se deslocava rapidamente alterando a espessura do anel circundante sem alterar o diâmetro do anel. O casal parou o carro para observar o fenômeno. Um motorista de caminhão fez o mesmo e todos observaram o fenômeno por alguns minutos. Todos descreveram o objeto como sendo escuro e transparente, podendo-se observar as estrelas através do objeto.
Caso nº5 [local não informado em Itaperuna] – 21h10: O médico radiologista Dr. Walter Anderson observou um disco voador redondo, fosforescente com diâmetro aproximado de 1 metro, a uma altura de 200 a 800 metros, sobrevoando as casas da cidade. O Disco voador atravessou a cidade com um movimento em zig-zag, à uma velocidade estimada de 60 km/h. Aparentemente vinha da região de Serraria. Também foi descrito como sendo transparente, permitindo observar-se estrelas através dele.
Caso nº6 [Rua Assis Ribeiro, Itaperuna] – 20h30: O Sr. Aquiles Ernesto Andrade, professor de geometria descritiva na escola de Itaperuna, seus familiares e cerca de 80 pessoas da vizinhança observaram durante 3 dias consecutivos (19, 20 e 21) por volta das 20h30, um objeto luminoso arredondado. Por estimativa ele calculou o objeto como tendo 2 metros de diâmetro, a uma altura estimada de 100 metros de distância e a 300 metros acima do horizonte. Segundo as testemunhas deste caso, o objeto era transparente e por ele era possível observar as estrelas. O objeto teria desaparecido lentamente, durante 15 minutos, até desaparecer num angulo de 60º acima do horizonte.
Caso nº7 [Buarque de Nazareth, Itaperuna] – 20h00: Em 20 de dezembro, cerca de 60 pessoas observaram um objeto branco, luminoso, redondo, num angulo de 45º acima do horizonte, do outro lado do rio Muriaé. Segundo os depoentes, ele tinha estrias douradas e foi descendo lentamente em intervalos aproximados de 5 em 5 minutos, até se tornar invisível atrás das moradias.
Caso nº8 [Hotel Meirelles, Itaperuna] – 20h45: Em 21 de dezembro, o proprietário do hotel e sua mulher avistaram um UFO que segundo eles sobrevoava lentamente os morros situados à margem do rio Muriaé, do outro lado do rio em relação ao Hotel.
Estes casos acima citados e acontecidos, todos em Itaperuna, estão diretamente r
elacionados aos ocorridos na noite de 19 de dezembro, no Rio Grande do Sul. Os detalhes narrados são semelhantes na maioria dos casos.
(Carta celeste de Itaperuna para 19 de dezembro de 1971, olhando oeste. Em 19 de dezembro de 1971, às 19h30, Vênus estava 25º acima do horizonte e pouco mais de 15º à direita do ponto cardeal Oeste. Embora na carta acima tenhamos a indicação da posição da Lua ela estava saindo da fase Nova e era muito pouco nítida na data da observação)
No Estado do Rio Grande do Sul
Os casos gaúchos tiveram início no dia 19 de dezembro, por volta das 20h30, com avistamentos em Passo Novo, Arroio do Meio e Cachoeirinha. Dez minutos depois, às 20h40, os avistamentos ocorriam também em Tramandaí, no litoral. Quinze minutos depois, em 20h55, foi a vez de São Vicente do Sul e Bom Jesus. Às 21h00 ocorreram avistamentos em Nova Palma, Gravataí, Cinquentenário, Tuparendi, Porto Alegre, Canoas, Alegrete e Guaíba. Neste mesmo horário ocorria um avistamento em Itapeva, São Paulo. Às 21h10 era a vez das cidades de Alto União e Ijuí. Uruguaiana registrou avistamentos por volta das 21h15 e às 21h30 foi a vez de Carazinho e Canela no Rio Grande do Sul, e Criciúma, em Santa Catarina e Ipiabas, no Rio de Janeiro.
Houveram ainda outras cidades gaúchas sobrevoadas mais ou menos no mesmo horário; São Leopoldo, Viamão, Santo Ângelo, Santa Maria, Estrada Pinhal e Novo Hamburgo registraram casos. Em 70% dos casos os objetos foram descritos como vindos do sul e seguindo em direção ao norte. Cerca de 20% foram descritos como vindos do sudoeste para o nordeste e em 10% dos casos como tendo desaparecido na vertical. Veja os mais significativos:
Caso nº9 [Gravataí (RS)] – 21h00: Um objeto luminoso posicionado no alto do céu foi observado em Gravataí (RS). Ele tinha um tamanho aparente superior ao da Lua Cheia, e assemelhava-se à um anel circular com centro escuro e transparente. Era cercado por uma nebulosidade esbranquiçada. Aparentemente vinha do sudoeste e dirigia-se para o nordeste. Dois aviões T-6, da Base Aérea de Canoas aproximaram-se do objeto. Seus pilotos descreveram-no como um objeto de natureza metálica, no centro de um anel nebuloso.
Caso nº10 [General Vargas e Ijuí (RS)] – Horário desconhecido: Em duas cidades, General Vargas e Ijuí foram observados 4 objetos, sendo três pequenos e um grande. Segundo as testemunhas estes três objetos aproximaram-se do objeto maior, dois vindo pelo sul e um pelo leste, e entraram no objeto maior que vinha do sul e seguiu ao norte.
Caso nº11 [Alegrete (RS)] – 21h00: A congregação da Igreja Adventista do 7º Dia, reunida em oração, foi interrompida para ver a passagem de estranhos objetos sobre a cidade.
No Boletim da SBEDV, já mencionado, encontra-se uma tabela de casos ocorridos naquela noite dentro do estado, a qual reproduzimos aqui para melhor entendimento:
A Tabela a seguir refere-se a casos ocorridos em Porto Alegre e região:
As ondas ufológicas
Uma das primeiras onda ufológicas registradas pela Ufologia Mundial ocorreu em 1947, disparada com o famoso avistamento de Kenneth Arnold, a bordo de seu avião, nas proximidades do Mount Rainier, no estado de Washington, Estados Unidos. Na época desse avistamento, ocorria uma grande movimentação ufológica no país, chamando a atenção de pessoas que perceberam que havia algo muito importante acontecendo e que a Força Aérea norte-americana escondia ou tentava esconder do público. “A Força Aérea norte-americana captura disco voador num rancho na região de Roswell”, era a notícia replicada por inúmeros jornais nos Estados Unidos e no mundo, repercutindo uma nota oficial da Base Aérea de Walker, localizada na cidade de Roswell, Novo México, sobre um disco voador acidentado.
As notícias sobre Kenneth Arnold e Roswell podem ser considerados os gatilhos para a primeira onda ufológica brasileira. Os jornais brasileiros noticiaram discos no Rio de Janeiro, São Paulo, Presidente Prudente (um suposto disco acidentado), Campinas, Santos, Belo Horizonte, Recife. O jornal O Globo chegou a anunciar: “Enchem-se de discos voadores os céus do Brasil”. A onda refluiu na segunda quinzena de julho de 1947.
Em 1952, em uma segunda onda ufológica, registrou-se 613 casos de avistamentos pelo mundo, sendo 10 casos no Brasil. Após a onda ufológica de 1971, se sucedeu o Caso Operação Prato no Brasil, em 1977, com inúmeros avistamentos de UFOs na região do Pará e arredores, com seus relatos de ataques à população que, através do uso de raios luminosos, causavam nas vítimas queimaduras, perda de sangue, marcas de agulhas e até a morte, além de uma série de sintomas clínicos como paralisia e tremores. O fenômeno foi chamado de chupa-chupa.
Em 1978, uma outra onda ufológica atingiu as cidades de São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Brasília (DF), tendo milhares de testemunhas oculares em diferentes pontos descrevendo insólitas experiências. E em 19 de maio de 1986 ocorreu a Noite Oficial dos OVNIs, quando 21 UFOs saturaram as telas de radares da Força Aérea Brasileira, mobilizando o sistema de defesa aérea nacional. Os UFOs foram perseguidos por caças da Força Aérea Brasileira, sendo testemunhados por milhares de pessoas em vários estados brasileiros.
Embora os avistamentos tenham sido relatados constantemente durante todo esses anos, em inúmeras cidades brasileiras, os entusiastas da Ufologia acreditam que o ano de 2019 será ainda mais intenso para o Fenômeno UFO e que o contato com seres alienígenas no âmbito mundial está realmente próximo. Aguardamos ansiosos!
Ouça a reportagem pela EBC – Radioagência Nacional: História Hoje: Aparições classificadas de Onda Ufológica aconteceram há 47 anos
Fontes: EBC, O arquivo, Fenomenun
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