Walter Haut [1922-2005], foi oficial de relações públicas da Base Aérea de Roswell no ano de 1947, e um dos principais nomes envolvidos no famoso e polêmico caso ocorrido naquela região, em julho daquele ano. Falecido há algus anos, surgiu agora uma gravação em áudio em que o tenente-coronel reconhece a realidade da queda de uma nave extraterrestre e sua recuperação pelos militares norte-americanos.
Em 2002 o militar já havia declarado que de fato reconhecia o Caso Roswell como um evento extraterrestre envolvendo seres inteligentes. Esse depoimento tornou-se famoso graças ao livro Witness to Roswell, além do trabalho realizado por Tom Carey e Don Schmitt. Haut havia admitido anos antes, em 1999, que sabia a respeito do incidente, e permitira que seu testemunho fosse gravado.
O militar pediu que essa gravação fosse divulgada somente algum tempo após seu falecimento, o que ocorreu em 2005 quando tinha 83 anos. Assim ele não poderia ser acusado de quebrar o juramento de segredo que fez na época. Lembramos que foi Walter Haut quem redigiu a famosa declaração do coronel William Blanchard, seu amigo pessoal e comandante da Base Aérea de Roswell, de que o disco voador primeiramente anunciado seria um balão meteorológico, literalmente fazendo o caso ser esquecido por quase 30 anos.
Somente em 2002 o militar admitiu que nada disso era verdade, afirmando que o objeto recuperado em julho de 1947 era na verdade uma pequena nave extraterrestre acidentada. Afirmou que viu esse veículo e um dos seres alienígenas, o que causou comoção no meio ufológico, fazendo mais uma vez crescer o interesse pelo Caso Roswell. Como exposto, em 1999 Haut concedeu essa entrevista agora revelada, para a pesquisadora Wendy Connors. Atualmente ela não mantém uma boa saúde, mas permitiu que o pesquisador Anthony Bragalia tivesse acesso à gravação. Algumas das declarações de Haut foram:
“O melhor que consigo lembrar é que havia um corpo. Era relativamente pequeno, comparado a, talvez uma criança de 10 a 11 anos. Estava bastante degradado”. Após essas frases, Haut parece haver decidido que falara demais, e diz: “Não posso dar a você, para ser honesto, mais do que isso”.
Em outras partes da gravação o militar faz mais revelações. Afirma que o corpo estava parcialmente coberto por uma lona. Também diz que viu os destroços da nave armazenados em um hangar da base aérea, destacando alguns detalhes, e comenta que os corpos podem ter sido levados para a Clínica Lovelace.
Walter Haut confessou que guardava um dos maiores segredos da história da humanidade a poucos de seus conhecidos. Robert Shirkey era oficial de operações da base em 1947, e antes de falecer disse a seu filho, em 1989, que Haut pessoalmente lhe confessara que sabia que o objeto acidentado no deserto do Novo México só poderia ser uma nave de outro mundo. Por sua vez, Lloyd E. Nelson auxiliava Haut em 1947 no escritório de relações públicas da base, e declarou lembrar-se de uma ocasião em que ele lhe mostrara pedaços de destroços, incluindo uma barra com inscrições. Haut também havia confirmadoi a Nelson que o oficial de inteligência Jesse Marcel estava no local da queda, e lhe pediu para nunca dizer nada a respeito.
O oficial de orçamento da Base Aérea de Roswell, Richard C. Harris, afirmou ao autor Kevin Randle em meados dos anos 90 que Haut sabia a respeito dos corpos recolhidos no acidente terem sido mantidos em um hangar da base. Harris soube disso pois foi convidado por Haut para ver os corpos, o que ele não quis. Também conhecido do militar, Fred Wilcox era um funcionário civil da base em 1948, e afirmou a uma amiga que tinham em comum que Haut confirmara a ele sua presença no local da queda, e que havia corpos de seres extraterrestres.
A esposa de Walter Haut afirmou que por anos após o incidente ele recebia visitas de um oficial de inteligência da Força Aérea Norte-Americana que ele conhecia. Ela diz: “Todas as vezes em que havia uma onda ufológica em algum lugar do país ele aparecia. Sempre discutiam a respeito do que a Força Aérea dizia que eram esses avistamentos”.
Haut também recebeu ameaças por telefone ao longo de anos após o incidente. Ele disse a um pesquisador: “Foram tantos que perdi a conta, acho que 20 anos” Uma das ligações veio de um coronel aposentado, filho de um conhecido general já falecido, que lhe disse: “O tenente-coronel deveria saber manter sua boca fechada”. De acordo com o pesquisador Bragalia, o relato deixado por Walter Haut comprova que ele de fato foi uma testemunha privilegiada do incidente em Roswell, fazendo suas revelações relutantemente, mas de livre vontade.
Saiba mais:
Livro: Quedas de UFOs
DVD: Acidente em Roswell