Os documentos secretos da Aeronáutica sobre registros de aparições de objetos voadores não identificados no espaço aéreo brasileiro revelam as diferenças nos detalhes descritos por cada testemunha, que vão, desde o formato até a cor do que quer que tenham visto. Também indicam que não foram só os militares que acreditaram ter visto UFOs, além deles, empresários, fazendeiros, dentistas, donas-de-casa, estudantes, pedreiros e vigilantes, por exemplo, garantiram ter avistado, conforme os arquivos que estão abertos para consulta pública, no acervo do Arquivo Nacional do Governo Federal, em Brasília.
Num dos famosos casos de suposto ataque de discos voadores no Brasil, que teria ocorrido na base militar do Gama, no Distrito Federal, em junho de 1978, o UFO respondeu os tiros que levou dos militares com uma “pedrada”. Ao menos, é o que diz um dos documentos consultados por O DIA. “O Cabo Pereira abriu fogo na direção das sombras e recebeu como resposta uma pedrada, que bateu na parede e quase caiu em sua cabeça”. De acordo com o relatório, o objeto, visto por quase todos do destacamento e pelos oficiais, tinha aparência de estrela, com velocidade espantosa e cor variando do vermelho para o amarelo. Era ágil, mudava de rota com muita facilidade e sumia sem deixar vestígio. O relato da pedrada desmente o ex-ministro da Aeronáutica Sócrates Monteiro que, em entrevista à Revista UFO, disponível na Internet, teria dito que dera ordens para os militares não atirarem contra UFOs, porque “eles têm uma tecnologia muito mais avançada do que a nossa e não sabemos como reagiriam à nossa ação”.
Nos arquivos abertos pela Aeronáutica, há reproduções de conversas gravadas entre os pilotos e as torres de comando do tráfego aéreo. Dois meses depois do caso da “pedrada”, o piloto de um vôo comercial, vindo de São Paulo para Brasília, informou à torre, em agosto de 1978, ter sido seguido por um disco voador: “Estamos identificando um objeto evidentemente não coerente com os conhecidos. É uma massa disforme, uma nebulosa aqui, como se fosse uma auréola, em relação às 10h00, nos acompanhando. Tem hora que mantém a altitude do bravo, 280, e agora no momento está bem acima do KPB”. Um ano antes, em maio de 1977, um funcionário da torre de controle relatou: “Ele veio do setor norte de Brasília, sobrevoou o Palácio da Alvorada, a Esplanada dos Ministérios. Agora, deve estar sobre o aeroporto. Confirme se avista”, solicitou o funcionário a um piloto da FAB. “Positivo, estou avistando, mas está muito alto. Uma luz azul se deslocando”, confimou o piloto.
Registros dos anos 90 também estão sendo encaminhados – Na semana passada, o Comando da Aeronáutica publicou portaria determinando o envio imediato dos novos relatos ao acervo do Arquivo Nacional, para consulta pública. O material referente ao período de 1952 a 1989 foi aberto ao público aos poucos a partir de outubro de 2008, mas somente agora está sendo digitalizado para esta finalidade. Os registros de supostas aparições a partir dos anos 90 estarão disponíveis para consulta em aproximadamente uma semana.
A Aeronáutica colheu o depoimento de um vendedor autônomo de Goiânia (GO) que contou que, em outubro de 1990, dois extraterrestres num disco voador pousaram no seu quintal, emitindo barulho “semelhante a latas”, destruíram as flores do jardim e ainda deixaram substância não identificada.
Leitores de O Dia também têm relatos. Somente um exemplo da quantidade, certamente bem maior do que se imagina:
“Numa ocasião, estava indo trabalhar às 05h00 da manhã, quando cheguei no ponto, olhei para o alto e avistei dois objetos luminosos cruzando o céu numa velocidade incrível. Eu me perguntei se era um avião, um helicóptero, um caça. Não sei, só sei que não estamos sozinhos neste mundo. Acredito, sim, que era um UFO!” Isací Lima, leitor.
“Por volta de 1971 ou 1972, em Jacarepaguá (na Cidade de Deus), eu estava sentada na beirada da porta da casa de uma colega, quando, de repente, avistei algo voando. Era de forma arredondada, achatada e prateada (mas sem brilho). Saindo detrás do morro, subiu em linha reta na vertical e depois seguiu em linha reta na horizontal. Chegou próximo de onde eu estava, deu uma volta completa no campinho que existia ali naquela época e voltou do mesmo jeito para o morro, desceu e sumiu. Na época, eu com 11 ou 12 anos, pensei que fosse aqueles holofotes que procuram aviões perdidos, mas o objeto visto por mim não possuía a extensão que os holofotes têm. Fiquei intrigada mas deixei pra lá, pois, naquela época, não se falava muito sobre discos voadores. Depois de um certo tempo, já adulta, comecei a ler matérias sobre o assunto e, desde então, tenho a nítida certeza de que, naquele dia, o que havia visto foi exatamente um deles. O engraçado é que no dia em que o fato aconteceu eu não senti nada, mas depois da descoberta do que era, eu fiquei com um pouco de medo.” Tania Maria de Oliveira dos Santos, leitora.
“Eu tinha uns 10 anos de idade e morava no bairro Abolição. Um dia, no final de tarde, quase anoitecendo, estava no portão do prédio brincando com outras crianças. Olhamos para o céu e vimos, com certeza, um disco voador: era redondo, estava parado e a parte de cima (que parece uma cúpula) girava. A parte de baixo (tipo um prato) tinha luzes em sua volta piscando e estava parado. De repente, ficou de lado e sumiu na maior velocidade. Só quem acreditou em mim foi meu pai (hoje falecido), inclusive, eu tinha um quadro negro e desenhei o que vi para ele. Já contei esse caso para o meu marido e ele ficou rindo. Adorei que finalmente as autoridades resolveram divulgar o que muita gente já presenciou e foi motivo de risadas“. Kátia Gonçalves de Andrade, leitora.
“Meu relato é o seguinte. Em 1975, eu e meu pai vínhamos do centro de Alcântara, S.G, para casa, quando avistei uma luz alaranjada, parecendo oscilar. Estava voando em baixa altitude junto das linhas de transmissão que saiam da sub-estação da antiga CERJ, hoje AMPLA. Então, perguntei ao meu pai o que era aquilo e ele me respondeu que poderia ser um avião. Eu disse que não, pois não havia ruído. Chegando na minha rua, os vizinhos estavam comentando sobre o tal objeto e, para nossa surpresa, ele retornou à sub-estação e ficou parado por mais ou menos um minuto junto à primeira torre. Depois novamente seguiu em direção a São Gonçalo acompanhando a linha de transmissão. Creio que tenha sido uma sonda de origem desconhecida e estava fazendo um leventamento do sistema de alimentação energética da cidade“. Jose Luis Sales Bogea, leitor.
“No ano de 1977 ou 1978, não me lembro exatamente, eu estava pescando
na praia do Sino na ilha da Marambaia, RJ, quando, por volta das 04h00 da madrugada, avistei no céu, direção de Angra dos Reis, um objeto circular, com luzes brilhantes coloridas, fazendo evoluções muito velozes. Subia ou descia em linha reta, ia para a esquerda ou para a direita sem fazer curvas. Houve um momento em que tive a impressão de que estava vindo em minha direção. Fiquei com medo e acabei a pescaria, retornando para minha casa naquela ilha. No outro dia, o jornal O DIA publicou uma reportagem a respeito do objeto voador. Inclusive, trouxe uma foto do UFO bem nítida tirada por um morador de Angra dos Reis. Meu nome é Jorge Anhaia de Freitas, atualmente, moro em Porto Seguro, na Bahia. Conto para meus amigos esta experiência e afirmo que o nosso planeta é observado por seres desconhecidos“. Jorge Anhaia de Freitas, leitor.
“O ano era 1993 ou 94, não lembro muito bem. Eu servia à Marinha do Brasil a bordo do Navio Tanque Almirante Gastão Motta. Numa certa madrugada, estava de serviço como timoneiro e foi avistado algo no horizonte, em forma de losango que brilhava e não aparecia em nosso radar. Através de binóculos de visualização noturna, foi possível ver que era algo com muitas luzes. Estava muito longe e realmente não dava para identificar o que era. Logo depois sumiu. Não foi dada a importância devida (até porque não houve algo relevante) e também não seria possível afirmar que era algo extraterrestre, mas que foi estranho foi“. Sandro Ramos Prado, leitor.
“Me chamo Déborah, tenho 26 anos, na época, tinha 10. Estava brincando e ouvindo música no meu quarto, que fica no terceiro andar da minha casa em Copacabana, Rio de Janeiro, quando me deparei com um objeto estranho. Era redondo, enorme, com luzes piscando em círculos como se estivesse pousado no meu terraço. Meu cachorro não latiu, isso não era o normal dele. Fiquei paralisada durante alguns segundos observando aquilo. Logo depois saí correndo em disparada e fui até a sala onde estavam minha mãe, minha avó e meu avô (atualmente falecido). Com os lábios brancos e trêmula, chamei meu avô para ver o que estava acontecendo. Ele subiu as escadas no mesmo instante, foi até o último terraço onde fica as caixas d´água e nada foi encontrado no céu. Eu sei o que eu vi. E o que eu vi, hoje posso afirmar que foi um objeto voador de forma arredondada. Há três e meio anos atrás, estava eu na janela da minha residência novamente, mas agora no segundo andar. Estava vendo uma luz abóbora no céu, crescendo entre as nuvens. Primeiramente, pensei que fosse a lua, mais depois cresceu tanto e foi ficando mais próxima e, de repente, “poff”. Sumiu deixando um rastro que, levemente, foi desaparecendo.
Há três anos, também em minha residência. Minha amiga, que nunca acreditou nas minhas histórias, passou a acreditar neste dia. Estávamos na janela do meu quarto no terceiro andar da casa, quando eu vi um objeto se movimentando lentamente sobre o mar e com uma luz muito forte e piscando muitíssimo. Não era um avião e nem helicóptero! Fizemos uma filmagem com a câmera do celular dela. Conseguimos filmar e dar um zoom no objeto, mas, o que conseguíamos ver, eram só luzes piscando multicoloridas. Sempre em modo giratório. Esta filmagem, não conseguimos encontrar mais no celular dela depois deste dia. Passamos para o computador e nada. O que conseguíamos ver era tudo preto, apenas o céu. Se é verdade ou não, eu não sei lhes dizer, mas, eu sei o que eu vi, e não eram aviões ou se quer nada parecido com o que já vimos antes“. Déborah do Amaral, leitora.
“Segue uma filmagem que eu fiz [Abaixo] ano passado de duas luzes brancas fixas que se movimentavam em linha reta e distância constante.” André Diniz, leitor.