“Era quinta-feira, às 13h00, dia 12 deste mês, eu estava numa altitude de 14.500 pés indo para Corumbá, quando entrou o alarme de alerta (no painel) dizendo tráfego. Foi aumentando a intensidade do aviso e eu desviei à direita para evitar uma colisão“. O relato é do piloto de uma companhia aérea comercial, comandante Nelson Marin Rodrigues, de 52 anos, que pela primeira vez em três décadas de aviação, se deparou com fato inusitado tendo a bordo 55 passageiros. “Um objeto não identificado passou do meu lado esquerdo, só vi o alvo na tela“, disse. Passado o susto aéreo, de enfrentar possível colisão frontal com outra aeronave, o comandante Marin teve a certeza de que algo “estranho” estava vindo em seu caminho, mas não obteve explicações exatas e nem teve como investigar o caso. “Eu consultei Curitiba (que controla o tráfego aéreo da região) e me disseram que não havia nenhum tráfego nessa altura, só uma aeronave a 7,5 mil pés abaixo da minha, o qual foi identificado no equipamento, vindo em direção contrária a minha“, comentou. Após essa informação repassada pelos controladores de vôos, o comandante Marin constatou que o objeto não identificado realmente não era nenhuma aeronave e, ao calcular a velocidade dele, em torno de 2,8 mil km/h, em cinco segundos, acredita que seja um extraterrestre.
“Eu não posso dizer que era um UFO, porque eu não vi, só surgiu como alarme anti-aéreo no meu equipamento, no TCAS (aparelho que identifica aeronaves). Mas tenho a certeza de que não era um vôo clandestino, mesmo o transponder (outro equipamento do painel) desligado, se fosse aeronave, ele seria visto na tela como alvo“, explicou, demonstrando como seria essa imagem na tela de um avião, tipo Bandeirante, de fabricação Embraer 110, de prefixo PT-SHN. O comandante explicou na tela da aeronave, do tipo Bandeirantes, como visualizou a presença de um UFO. Abaixo da aeronave abordada pelo UFO, estava o comandante Rosaldo Barbosa Lins, conduzindo o outro transporte aéreo identificado pela Central de Curitiba, como testemunha da ocorrência “curiosa“. Para ele, também não restam dúvidas de que um UFO passou ao lado do piloto da aeronave que partiu de Campo Grande com destino a Corumbá. “A princípio, ele pensava que era o avião que eu estava pilotando. Eu estava na mesma rota de colisão, só que eu a 7,5 mil pés abaixo e temos conhecimento pelo controle aéreo que não era vôo clandestino“, enfatizou.
Em 32 anos de aviação, segundo o comandante Lins, essa não é a primeira história que ele acompanha de objetos não identificados no ar. “Eu nunca vi nada, mas meus colegas contam muitas coisas. Eu não duvido na existência deles (extraterrestres)“, disse. RadarO sistema de radar, inaugurado há um mês, situado a 40 milhas de Campo Grande, segundo o comandante Nelson Marin, localiza qualquer aeronave no espaço aéreo. “Qualquer um é visualizado, ele permite fazer a seqüência para agilidade para aproximação nos aeroportos evitando risco de colisão. Com o transponder ligado, tem altimetria e a altitude que o avião está voando“, explicou. Assim, de acordo com o comandante Marin, o Centro de Curitiba abrange grande parte do país e há outros centros em Manaus, Recife e Brasília. “Daqui é impossível sair sem plano de vôo. Se não fizer, a aeronave pode ser interceptada“, comentou.
Em 1986, o piloto Américo da Costa Leal, que na época, estava com apenas cinco anos de experiência profissional, ficou na história da aviação pela experiência de ter visto por colegas e populares sendo perseguido por um objeto não identificado no ar, durante apresentação de manobras, no interior de São Paulo. “Eu nunca vi, mas várias pessoas no chão viram algo bem próximo do meu avião“, enfatizou. Segundo Costa Leal, ele foi fazer uma manobra de praxe sobre o aeroporto Tietê antes de transladar o avião para outra cidade, quando vivenciou um episódio “interessante“. “Eu decolei, chequei o avião e fiz a manobra conhecida como Stoll. Puxei o avião para cima até 90º e iniciei um mergulho de recuperação de velocidade. Quando desci, ficou alguma coisa parada no ar que em seguida tomou rumo contrário; quatro pessoas em pontos diferentes do aeroporto viram a mesma coisa. Essas se perguntaram entre si se perceberam algo estranho se soltando do avião, até que um mecânico me chamou pelo radio perguntando se estava tudo “Ok”? Respondi que sim, pois nada havia percebido. Quando cheguei a São Paulo, vi na TV que vários UFOs tinham sido avistados por toda parte no céu do estado de São Paulo, por aviões de Linha Aérea, jatos executivos (um deles com o presidente da Embraer a bordo) e até aviões da Força Aérea Brasileira (FAB)”, recordou.
Apesar da repercussão nacional, o comandante reconheceu que nunca teve a certeza do que realmente aconteceu naquela ocasião. “Eu não posso dizer que era UFO, porque eu não vi. Mas uma coisa que me deixou intrigado: o céu estava azul quando entrei no avião, mas na hora da apresentação, quando o avião estava apontado para cima, eu me lembro que tudo ficou cinza como se o céu estivesse encoberto. Estava tão concentrado e preocupado com a manobra que não me atentei a cuidar o que estava acontecendo lá fora“, lembrou.
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