O avistamento remonta à 29 de abril deste ano, efetuada de uma estação situada em Busto Arsizio (província de Milão) e divulgada num portal meteorológico em tempo real pelo autor da filmagem, os astrônomo amador Alberto Mayer. Alberto não se limitou a filmar cuidadosamente o acontecimento, mas também realizou um vídeo com as montagens das diversas tomadas, para que facilitasse o entendimento da trajetória e da velocidade do objeto em relação ao nosso satélite natural.
A filmagem realmente nos deixa de queixos caídos, particularmente, pela nitidez e pela trajetória do objeto que exclui, a priori, um satélite artificial ou qualquer outro meio convencional. O astrônomo conta as circunstâncias do avistamento: “
Na tarde do dia 29 de abril, estava eu ajustando o foco da câmera acoplada a um telescópio. O zoom e a elevada turbulência atmosférica tornavam muito complicado o ajuste. A imagem da Lua aparecia tremida, mas logo percebi a existência de um pontinho negro no limbo de nosso satélite. No momento, achei que pudesse ser sujeira, partículas de poeira presentes no sensor da câmera. Mas em seguida, após uma observação mais cuidadosa, me dei conta de que este pontinho se movia lentamente a apresentava as típicas distorções produzidas pela turbulência atmosférica. Nesse momento, iniciei a filmagem, meio estabanado, com a esperança de obter as imagens mais nítidas possíveis”.
Ao site MeteoLive, Alberto explicou que “a primeira hipótese, isto é, aquela de se tratar de um satélite geoestacionário, foi descartada após as primeiras análises dos dados, ainda que, com efeito, a área examinada coincidia com a trajetória do satélite GeoSync, mas as dimensões não batiam. Com efeito, o objeto filmado devia ter algo em torno de um quilômetro e a possibilidade de se tratar de um satélite artificial era inconcebível. A segunda hipótese, isto é, a de ser um balão ou sonda, parecia ser a mais plausível em um primeiro momento, mas também nesse caso, com base em cálculos trigonométricos, as dimensões e as perspectivas também não se encaixavam, nem mesmo com o horário do avistamento, já que estava muito distante de qualquer base aérea ou aeroportuária”.
O astrônomo também foi auxiliado em suas pesquisas de identificação do objeto por um grupo chamado Astrofili Sheratan.
Ao que parece, foram deixadas de lado as teorias que falam de satélites artificiais e dos balões-sonda, sendo cogitada até mesmo a hipótese de se tratar de uma bexiga comum.As hipóteses, na realidade, deixam ainda mais dúvidas, não somente pela trajetória do objeto, mas também pela nitidez dos contornos que, caso se tratasse mesmo de uma bexiga ou de qualquer coisa próxima da objetiva, tornaria cada vez mais incoerente com o foco da lua.
Torna-se difícil imaginar que um balão, após uma longa trajetória linear, possa parar, fazer uma curva e prosseguir por outra trajetória linear.