Em situações em que nos faltam evidências irrefutáveis para a exposição de um determinado ponto de vista, o que podemos fazer é manifestar uma opinião ou propor uma hipótese de trabalho em relação ao tema — desde que o conheçamos extensivamente, é claro. Tendo a Comunidade Ufológica Mundial, nas últimas seis décadas e meia, pesquisado o Fenômeno UFO a partir de relatos de testemunhas de alta credibilidade e evidências materiais efetivas da realidade ufológica, já temos capacidade de apresentar propostas para explicar a natureza do Fenômeno UFO. Isso se faz, neste texto, a partir de uma premissa fundamental, a de que, baseados nos dados disponíveis, a realidade que nos confronta há tanto tempo pode ser explicada como um processo de contato com seres de outros mundos. Isso é, em síntese, o que chamamos de Fenômeno UFO.
Com isso em mente, o objetivo desse artigo não é tratar de todo o enorme volume de evidências existentes para apoiar essa afirmação, mas fazer uma análise da questão tendo como ponto de partida essa afirmação. Claro que, no entanto, sem conhecermos as motivações dos pilotos dos UFOs, é difícil rotulá-los. Seriam exploradores, cientistas, conquistadores ou salvadores? Ou talvez apenas vizinhos barulhentos? Por ora, vamos chamá-los apenas de visitantes. Se eles de fato estão aqui e pretendem se revelar a nós um dia, a humanidade então entrará em uma nova era, da qual não haverá mais volta. Seria o fim da nossa infância cósmica. Dizer que as mudanças seriam profundas é pouco — reconhecer que a humanidade não está sozinha no universo transformaria todos os conceitos coletivos de nossa espécie, além de fornecer respostas há muito tempo esperadas.
Entretanto, a discussão não é tão simples e há considerações menos subjetivas que devemos ter em mente. Se a visita de alienígenas à Terra for comprovada, as consequências serão imediatas — e talvez terríveis. Será que a sociedade entraria em pânico em todos os países? Mesmo que isso aconteça com apenas uma a cada 100 pessoas, a quantidade de seres humanos em desespero seria imensa. Será que os mercados financeiros quebrariam, os bancos fechariam e as pessoas se apressariam em retirar o dinheiro de suas contas até verem o que aconteceria em seguida? Haveria outras consequências catastróficas, mesmo de curta duração, capazes de deixar a civilização humana na corda bamba? Simplesmente não sabemos. A suposição de que a Terra está sendo visitada por ETs requer um retorno imediato ao ponto zero, além daquelas perguntas básicas, como quem são eles, de onde vêm, como chegam aqui e por que querem nos visitar?
Informação ou omissão?
Mas, de todas, talvez as perguntas que mais incomodam os ufólogos sejam: por que não se revelam de uma vez e o que significará para a humanidade a realidade de sua existência? Claro que existem muitas outras interrogações igualmente graves, como, por exemplo, se os seres que pilotam os UFOs vêm de mais de um planeta e, se vierem, teriam os mesmos objetivos em relação aos humanos? Se não tiverem, devemos dar boas-vindas a uma raça e temer outra? Como se já não bastasse tudo isso em que refletir, podemos também perguntar se os visitantes são de nosso universo físico ou de outra dimensão da realidade, sobre a qual nada sabemos. Enfim, são muitas perguntas e, até agora, nenhuma resposta.
Parece evidente que não teremos as respostas que buscamos enquanto os próprios visitantes não as derem. Um anúncio coordenado pelos governos do mundo a respeito da visita extraterrestre seria o passo inicial. Todavia, mesmo que tal anúncio fosse feito, poderíamos nos decepcionar ao descobrir que nossos líderes sabem pouco mais do que o cidadão comum acerca das exatas origens e motivações dos visitantes. Poderíamos esperar, no mínimo, que os governos revelassem parte de suas informações confidenciais acerca dos UFOs, ainda que de valor limitado, em paralelo ao anúncio público — essas informações poderiam exacerbar a ansiedade da população, em vez de aliviá-la.
Devido a esse temor, é possível que boa parte do que os governos sabem a respeito dos UFOs permaneça oculta indefinidamente. Claro que não podemos descartar que há nações mais abertas à questão ufológica — a despeito das discórdias que suas posições possam gerar. Entretanto, diante da falta de franqueza por parte de nossas autoridades em relação aos UFOs até agora, temos que entender o cenário à nossa frente. Afinal de contas, desde quando houve um consenso total em relação a qualquer assunto por parte de todas as grandes potências da Terra? A política em torno da revelação da presença extraterrestre não deverá ser diferente. Independente do imponderável, incluindo o que os governos do globo podem ou não saber ou fazer no futuro, um esforço público e básico deve ser feito nesse instante para entendermos da melhor maneira possível, diante dos dados reunidos até hoje, a natureza e as intenções dos seres que pilotam os UFOs.
Levando-se em consideração tudo o que já sabemos sobre o Fenômeno UFO, há pelo menos oito questões básicas que precisamos explorar, perguntas que estão na mente das pessoas e que podem ser respondidas, pelo menos teoricamente. As mais básicas são: quem são os pilotos dos UFOs, como chegam aqui, por que estão aqui e há mais de uma raça alienígena vindo à Terra? Já os questionamentos mais avançados sobre a ação no planeta de outras espécies cósmicas seriam: por que há relatos de ETs de aparência semelhante à nossa, por que não acontece um contato oficial com eles, por que há segredos oficiais em torno dos UFOs e o que acontecerá conosco?
Para tentar responder a estas indagações, neste texto não usaremos a palavra “hipótese” porque, por definição, uma hipótese é algo testável, e obviamente esse método de verificação não pode ser aplicado quando tentamos responder a tais questionamentos. Simplesmente, tanto os discos voadores quanto seus pilotos, os ocupantes dos UFOs e também chamados de ufonautas, não estão à nossa disposição para oferecer-nos as respostas que buscamos. E assim, temos que partir para o escrutínio das evidências que temos de sua ação em nosso meio, que, aliá
;s, não são poucas. Vamos fazê-lo a seguir.
Afinal, quem são nossos visitantes extraterrestres?
A se considerar que os tais discos voadores sejam de fato espaçonaves, isso implica uma operação por parte de uma tripulação, o emprego de algum tipo de controle remoto ou ambos os métodos. Dos milhares de avistamentos legítimos de naves alienígenas desde 1947, quando começou a Era Moderna dos Discos Voadores, poucos envolveram observações dos ocupantes de tais veículos. Tratamos aqui das ocasiões em que seres vivos, de uma ou outra descrição, foram vistos perto de um UFO aterrissado, caminhando perto dele, observados através das janelas da nave enquanto essa pairava em baixa altitude ou se encontrava estacionária, no solo. E se partirmos do pressuposto de que ao menos alguns relatos de ocupantes de UFOs merecem crédito, logo se torna óbvio que as descrições dos seres observados pelas testemunhas costumam ser divergentes.
Os céticos argumentam que isso é uma evidência de que todos os relatos são falsos ou, no mínimo, prova que diferentes observadores diante de fenômenos desconhecidos relatam coisas distintas, devido a fatores ligados à percepção humana e ao condicionamento psicológico. Portanto, creem tais críticos, não podem ser compilados dados úteis a partir de avistamentos desses supostos seres extraterrestres. Embora tal objeção tenha um grau de validade — por exemplo, 10 testemunhas de um acidente de carro fornecerão 10 relatos um pouco diferentes à polícia —, há outra explicação razoável para a variação nas descrições das testemunhas de ocupantes dos UFOs: mais de uma raça alienígena está atuando em nosso planeta.
Interessantemente, todos os seres observados têm aparência humanoide, o que significa que sua morfologia é semelhante à nossa — cabeça com dois olhos, nariz, boca, geralmente sem ouvidos perceptíveis, fixa a um tronco ereto com dois braços, duas pernas e dois pés. No entanto, além dessa estrutura física básica, os detalhes variam muito. Segundo relatos, em alguns dos seres o nariz não passa de apenas duas narinas, sem protrusão como nos humanos, e a boca costuma ser descrita como uma mera abertura fina, sem lábios. Por outro lado, alguns seres já foram descritos como tendo nariz e orelhas grandes e acentuados. Também já foram relatadas variadas cores de pele, incluindo branco puro, cinza esbranquiçado, branco-azulado e marrom-claro ou escuro — que se saiba, nunca ninguém relatou um ET de pele verde.
Olhos grandes e oblíquos
As texturas da pele de nossos visitantes extraterrestres variam de absolutamente lisa a reptiliana, e alguns seres têm uma aparência semelhante a um lagarto. Há até alguns relatos, a maior parte da América do Sul, de seres cobertos de densos pelos. Suas alturas foram estimadas geralmente entre 90 cm a 1,30 m, mas também se estendem a dois metros ou até mais. E de todos os traços físicos, os olhos dos ETs são mencionados como sendo a característica mais marcante e até assustadora — comumente são descritos como grandes, ligeiramente oblíquos, em forma de amêndoa e pretos, sem área branca como os olhos humanos. Às vezes, os cantos externos dos olhos se estendem até a lateral da cabeça. Outros seres, porém, já foram descritos com olhos semelhantes aos nossos. De fato, alguns dos aliens são relatados com uma aparência tão humana que poderiam facilmente passar por membros da nossa espécie.
Como os extraterrestres conseguem chegar até aqui?
Levando-se em consideração o fato de que alguns UFOs são mesmo naves pilotadas por seres de outros planetas, a pergunta então é: por qual meio eles vêm de seus mundos de origem até o nosso? É quase certo que a resposta envolve não só exóticos sistemas de propulsão, mas também conceitos avançados de astronáutica. Em essência, estamos fazendo uma pergunta em duas partes: primeiro, como as naves voam milhares de quilômetros por hora e desafiam a gravidade e a inércia enquanto operam na nossa atmosfera e, segundo, como podem cobrir as vastas distâncias entre seus planetas e o nosso rotineiramente?
Qualquer discussão a respeito dos sistemas propulsores dos UFOs deve levar em conta a possibilidade de que eles podem variar consideravelmente. Mesmo que só uma raça nos visite, a tecnologia empregada para viagens longas talvez não seja a mesma usada para observação planetária próxima. Vários casos de avistamentos de UFOs sugerem, de fato, uma especialização de dupla função. Apesar de raros, observações bem documentadas envolveram objetos enormes em forma de charuto, geralmente chamados de naves-mãe, das quais saem e às quais retornam veículos muito menores, de formato discoide. Um desses avistamentos foi relatado em 23 de agosto de 1954, perto de Vernon, na França, e entre as testemunhas havia dois policiais da região e um engenheiro do Exército francês.
Fala-se muito sobre o obstáculo imposto pela velocidade da luz. Porém, propostas radicais apresentadas por físicos teóricos nas últimas duas décadas, a respeito da natureza do cosmos, se comprovadas, aboliriam de uma vez por todas a hipotética limitação
Todos os envolvidos com o referido caso foram unânimes ao descrever a observação de um objeto enorme em forma de charuto, estacionário e em posição vertical. Uma quarta testemunha, o empresário Bernard Miserey, já estava vendo aquele espetáculo surpreendente há alguns minutos, quando de repente, da extremidade do fundo do charuto saiu um objeto como um disco horizontal, que descia em queda livre, desacelerou, oscilou e voou horizontalmente sobre o rio, ficando bastante luminoso. “Por um brevíssimo período de tempo, vi o disco de frente”, disse a testemunha — alguns instantes depois, outros três discos saíram, um depois do outro, em curtos intervalos, cada um seguindo uma direção diferente.
Verdadeiro show de tecnologia
Encerrando a fantástica observação, depois de um tempo maior, um quinto objeto saiu do charuto imóvel. “Esse último disco desceu bem mais do que os outros. Ficou estacionário por um instante, oscilando um pouco. Alguns segundos depois, balançou como os outros quatro e se afastou como um raio em direção norte”, completou a testemunha. Outro caso desse tipo foi relatado pelo pesquisador norte-americano Raymond Fowler, envolvendo moradores de Ipswich, Massachusetts, que afirmaram ter avistado uma exibição quase idêntica na beira da praia em 17 de setembro de 1966. Nesse avistamento, porém, vários discos saíram da parte de cima do objeto em forma de charuto, que pairava estático sobre o oceano.
Há ainda outro episódio ufo
lógico assim, ocorrido em 08 de setembro de 1958, perto da base da Força Aérea de Offutt, no Nebraska, sede do Comando Estratégico do Ar (SAC), e foi testemunhado por pelo menos 25 militares daquela instituição, incluindo o major Paul A. Duich, que escreveu: “Enquanto observamos o objeto em forma de charuto, apareceram em sua extremidade inferior numerosos pontos pretos que voavam para todas as direções, como se fossem uma nuvem de mosquitos. Esse processo continuou por um ou dois minutos até os pontos desaparecerem. Então, o artefato, que permanecia imóvel no mesmo lugar, mudou lentamente de posição, de ereto para um ângulo de 45 graus com o horizontal e começou a se deslocar lentamente para o oeste”.
As hipóteses para explicar estas ocorrências são várias, e uma interpretação já sugerida para esses casos é a de que os clássicos discos voadores talvez sejam naves usadas pelos visitantes para operações na atmosfera dos planetas, incluindo o nosso. Enquanto isso, os objetos maiores, em formato de charuto, seriam os veículos de transporte, semelhantes aos nossos porta-aviões, mas projetados para voo espacial interestelar — ou talvez para viagem interdimensional. Se esse for o caso, então a grande maioria dos UFOs relatados, sejam discos, esferas, triângulos e pequenos cilindros, entre outras formas, podem não ser espaçonaves, pelo menos não interestelares, mas sim naves de reconhecimento de aproximação planetária.
Viagens de múltiplas gerações
Entretanto, essa proposta não explica tudo e uma pergunta fica no ar: independente do meio de propulsão usado pelos UFOs, as vastas distâncias interestelares não tornariam qualquer sistema avançadíssimo ineficaz, inviabilizando a viagem entre diferentes sistemas estelares? De um modo geral, a velha argumentação por parte dos cientistas é de que quaisquer seres extraterrestres que viessem aqui teriam que viver em um sistema estelar próximo e usariam animação suspensa, ou contariam com encontros e trocas de múltiplas gerações, simplesmente por causa das vastas distâncias envolvidas na viagem interestelar. Essa crença de que os aliens teriam de vir de sistemas próximos, há tanto tempo apregoada, se baseia na premissa de que quaisquer seres, em qualquer lugar no cosmos, estariam limitados a viagens em velocidades abaixo da luz — conforme determina a Teoria da Relatividade Especial de Einstein.
Consequentemente, diante das vastas distâncias — mesmo entre as estrelas vizinhas e seus respectivos sistemas estelares —, afirma-se que a viagem cósmica seria necessariamente uma perspectiva limitada para qualquer raça inteligente, envolvendo jornadas de muitos anos a destinos relativamente próximos de seu planeta. Mesmo assim, propostas radicais apresentadas por físicos teóricos nas últimas duas décadas, a respeito da natureza do cosmos, se comprovadas, aboliriam de uma vez por todas a hipotética limitação da velocidade da luz. Por ora, diremos apenas que parece que as pressuposições quanto a uma barreira da luz podem ser tão falhas quanto nossos primeiros conceitos acerca da barreira do som — que, teoricamente, limitaria a velocidade máxima que um avião poderia alcançar.
Alguns de nossos visitantes podem ser observadores que há muito tempo acompanham nossa espécie, com o propósito de estudá-la cientificamente, ou possivelmente porque eles tenham algum relacionamento ainda desconhecido com os seres humanos. Mas qual?
Até esse conceito ser quebrado pelo piloto de teste Chuck Yeager, em 1947, supunha-se que a passagem pela tal barreira faria os aviões se desintegrarem. De modo semelhante, a crença quase universal — ou pelo menos humana — em uma barreira imposta pela velocidade da luz para viajantes espaciais tem sofrido um sério desafio científico há mais de 20 anos. Em termos simples, a viagem mais rápida do que a luz ou FTL [Do inglês faster than light] é considerada possível hoje por muitos teóricos. Se isso for verificado, será cientificamente viável argumentar que os ETs talvez venham de pontos distantes de nossa galáxia, ou até de outras. De acordo com as teorias mais exóticas propostas atualmente, alienígenas poderiam vir até mesmo de universos paralelos ou outras dimensões da realidade.
Além disso, se a viagem no tempo é possível, como sugerem alguns teóricos, os ETs podem vir de outra época — ou talvez até sejam seres humanos provenientes do futuro. Mas suponhamos por um momento que os pilotos dos UFOs não sejam humanos do futuro nem venham de planetas relativamente próximos dentro de nosso Sistema Solar, e que tampouco possuam bases neles de onde possam partir. Suponhamos também que suas jornadas interplanetárias não dependam de um planejamento de múltiplas gerações, no qual àqueles que saem de casa morrem bem antes de chegar ao destino, deixando o momento de chegada em outros planetas para seus herdeiros. Então, quaisquer visitantes extraterrestres que vieram até o planeta Terra devem ter descoberto um modo de viajar entre diferentes sistemas estelares em um período de tempo relativamente curto. Isso é óbvio.
Velocidades superiores à da luz
Isso quer dizer que, se uma espaçonave alienígena puder se deslocar a velocidades superiores à da luz, a viagem de outro sistema até o nosso se tornaria imediatamente um empreendimento viável — pelo menos em relação ao tempo necessário para o percurso. Além disso, se as velocidades teóricas forem muito maiores do que a da luz, então as excursões interestelares não seriam mais difíceis do que nossos voos à Lua. Na verdade, é concebível que uma viagem mais rápida do que a luz, ou superluminal, de outro mundo ao nosso não demoraria mais do que um voo comercial de Nova York a Los Angeles. Por incrível que pareça, alguns teóricos acreditam que a viagem interestelar pode levar apenas poucos segundos, ainda que tal ideia pareça impossível à primeira vista.
Quais razões fazem os extraterrestres virem à Terra?
Vamos aceitar temporariamente a proposta já formalizada e levar em consideração que muitas raças alienígenas nos visitam. Assim, provavelmente, suas motivações são as mais variadas — algumas talvez estejam apenas de passagem, a caminho de outros lugares. Nesse caso, é possível que realizem uma exploração limitada e coleta de dados enquanto se encontram aqui. Outros visitantes podem ser observadores que há muito tempo acompanh
am nossa espécie, com o propósito de estudo científico ou possivelmente porque têm algum relacionamento ainda desconhecido com os seres humanos — que pode ser tanto o de cuidar de nós quanto o contrário, ou ainda nenhuma das duas ideias. Não há como definir isso, no momento. Entretanto, diante de dados concretos já levantados sobre os UFOs, que apontam seu grande interesse por nossos arsenais nucleares, parece óbvio que uma ou mais raças estão altamente interessadas em nossa capacidade bélica atômica.
À esta constatação, baseada em evidências cruciais colhidas nos Estados Unidos, podemos agregar outra: nossos visitantes parecem querer ou poder interferir no funcionamento de ogivas e mísseis, de tempos em tempos, por razões que ainda não são claras [Veja detalhes nos DVDs Destino Terra e Destino Terra 2, códigos DVD-024 e DVD-047 da coleção Videoteca UFO. Confira na seção Shopping UFO desta edição e no Portal UFO: ufo.com.br]. Talvez tenham apenas uma empatia pela humanidade e desejem nos alertar dos perigos de uma guerra nuclear — ou talvez nosso planeta lhes seja útil por propósitos científicos e eles saibam que uma guerra global destruiria seus experimentos e sua coleta de dados. Seja como for, mesmo que usem a Terra apenas como um ponto de parada do mundo deles até seu destino final, uma catástrofe nuclear provocada pelo homem poderia deixar nosso mundo inviável para o interesse deles por centenas ou milhares de anos.
Posição confortável
Por outro lado, embora tal hipótese seja controversa, talvez os aliens pretendam nos desencorajar de usar armas nucleares porque planejam invadir a Terra um dia e não querem herdar um planeta poluído com radioatividade. Ou talvez tenham um profundo desprezo por nossa raça e estejam aqui apenas para ver quando vamos explodir nosso mundinho e dizimar nossa espécie. É possível que o leitor nunca tenha pensado nessas possibilidades, mas elas existem e devem ser consideradas com muita seriedade.
Embora seja importante considerar todos os cenários possíveis quando especulamos sobre esse assunto, entendo que incidentes envolvendo UFOs e armas nucleares relatados por tantos pesquisadores não apoiam a ideia de que algo alarmante está acontecendo. O que eles sugerem, com certa ênfase, é uma preocupação com o bem-estar da humanidade. Cada estudioso tem opiniões próprias a respeito das motivações dos visitantes em relação às nossas armas nucleares, e é óbvio que ninguém tem respostas definitivas para o enigma, pelo menos no presente.
Por enquanto, digamos apenas que uma pesquisa sobre a relação de UFOs com nossos arsenais atômicos pode ser, um dia, algo positivo para a humanidade. Essa posição parece confortável para nossa espécie, mas é, na verdade, a quem mais perfeitamente encaixa no cenário casuístico que temos para analisar.
Existiria mais de uma espécie alienígena vindo até aqui?
Ao considerarmos que as observações de UFOs correspondem a espaçonaves alienígenas, a noção de que só uma raça avançada na galáxia é capaz de viagens interestelares parece improvável. Em outros mundos, se a viagem mais rápida do que a luz é possível, deve ser óbvio que diversas civilizações avançadas tenham dado o passo de explorar o espaço até o limite de suas habilidades tecnológicas. Acredita-se que muitas e diferentes raças alienígenas estejam nos visitando. Nesse caso, talvez uma ou mais delas queiram garantir nosso futuro, com um “cutucão” ocasional aqui e ali, enquanto outras talvez tenham intenções egoístas ou até insidiosas para com nossa humanidade.
Além disso, talvez existam outras raças alienígenas de “antropólogos galácticos” que não se envolvem, mas apenas estudam nossa espécie para adquirir conhecimento a respeito de outras formas de vida inteligente. Milhares de testemunhas de avistamentos de UFOs em todo o mundo afirmam ter observado seres humanoides, de uma ou outra descrição, de pé ou em movimento perto da nave, ou através das janelas do objeto. Como as descrições de tais seres variam muito, é sensato presumirmos que provavelmente se originam de diferentes mundos. Levando em conta que nossos teóricos propõem vários modos pelos quais a viagem mais rápida do que a luz é possível e efetiva, podemos supor que uma ou mais civilizações avançadas — talvez centenas, milhares ou milhões de anos mais velhas do que a nossa — também tenham considerado a plausibilidade desse tipo de viagem, comprovando sua veracidade e desenvolvido várias tecnologias para se aproveitar dela.
Se isso realmente estiver acontecendo, como supomos, talvez alguns de nossos visitantes venham de outras galáxias do nosso próprio universo — ou até de outros universos, caso existam. No entanto, por ora, vamos limitar nossa discussão àquelas raças de viajantes espaciais que partem de planetas de dentro da própria Via Láctea. De acordo com nosso atual nível de conhecimento científico, qual é o número aproximado de civilizações avançadas potencialmente capazes de realizar viagens espaciais dentro desse vasto aglomerado circular de estrelas, planetas e gás interestelar?
Universo repleto de vida
Um estudo confidencial sobre os UFOs conduzido pela Rand Corporation — um órgão de inteligência da Força Aérea Norte-Americana (USAF) ligado também ao Pentágono — chegou a um resultado estonteante. O relatório, emitido em novembro de 1968, recebeu a assinatura do analista da entidade, George Kocher, e foi intitulado UFOs: O Que Fazer? A segunda parte deste documento, denominada Aspectos Astronômicos, também contém uma afirmação surpreendente: “Calcula-se que entre 200 a 600 milhões de estrelas em nossa galáxia tenham planetas onde formas de vida podem ter se desenvolvido”. E esse dado é de 1968.
O relatório em questão segue ainda mais fundo em suas conclusões afirmando, inclusive, “que a história de nossa evolução e desenvolvimento no p
assado não é lenta nem rápida, mas mediana e típica para as formas de vida que se presume existir. Nossa forma de vida é o único exemplo disponível e ninguém demonstrou que outra forma de vida galáctica seria diferente”. Tais citações, extraídas do texto em referência, chocam por sua contundência. Imagine o leitor que os cientistas da Rand Corporation foram ainda mais ousados e chegaram a estimar em cerca de nada menos do que 100 milhões os planetas existentes apenas em nossa galáxia que tenham formas de vida muito mais avançadas do que a nossa. “Esse número seria drasticamente reduzido se elas se autodestruíssem logo que alcançassem nossa era de desenvolvimento”.
Realizado e mantido em segredo, esse estudo é um dos mais incisivos de que se tem conhecimento, após ter vazado — e mostra um pouco do que sabia o governo norte-americano há cerca de quatro décadas. Pode-se entender porque a Rand Corporation — e, por extensão, a Força Aérea Norte-Americana (USAF) — quis manter esse estudo em caráter confidencial. Na época em que o documento foi emitido, em 1968, a postura pública da USAF era que duas décadas de investigação dos UFOs sugeriam simplesmente que eles não existiam e poderiam facilmente ser explicados como fenômenos naturais ou aeronaves terrestres mal identificadas.
Entretanto, como confirmam hoje milhares de documentos já liberados, em muitos casos de avistamentos de naves os fatos apresentam um acentuado contraste com essa posição oficial, que descartava o fenômeno a qualquer custo. O documento da Rand foi escrito mais de quatro décadas atrás, e desde então algumas das estimativas quantitativas foram revistas e aumentadas — por exemplo, o número de estrelas em nossa galáxia, antes estimado em 100 bilhões, hoje é calculado em 200 bilhões, com algumas deduções se estendendo para 400 bilhões.
Alienígenas operando na Terra
Contudo, o estudo ainda é uma análise valiosa do número potencial de raças alienígenas capazes de realizar viagem interestelar e, por extensão, o número daquelas que operam nas proximidades da Terra. Se considerarmos que a estimativa atual do número de estrelas em nossa galáxia aumentou no mínimo duas vezes, partindo do pressuposto de que todos os outros fatores no relatório permanecessem proporcionais, podemos postular semelhante revisão, aumentando o número de civilizações avançadas capazes de viagens cósmicas na Via Láctea. Obviamente, a mera estimativa do número de raças que viajam na galáxia não fornece uma informação real acerca de quantos estão operando em nossas proximidades — tanto em caráter temporário como permanente. Portanto, embora não científicos, os melhores dados no momento vêm das testemunhas da ação de ETs avistados no solo perto de suas naves aterrissadas, ou através de suas janelas.
Por que os extraterrestres apresentam aparência humana?
Os extraterrestres vistos por tantas testemunhas ao redor do mundo são sempre descritos como tendo aparência humanoide. Por quê? Os céticos quanto ao Fenômeno UFO argumentam que isso seria altamente improvável, uma vez que a evolução em outros planetas teria sido diferente. Para afirmar o óbvio, o uso do termo humanoide é uma projeção nossa para outra forma de vida que se assemelha um pouco a nós. Se deixarmos de lado, por ora, as descrições de alienígenas por parte dos abduzidos e usarmos apenas os relatos de seres caminhando ou observados de pé perto de um UFO aterrissado, ou vistos através das janelas do veículo, há pelo menos três — e provavelmente muito mais — razões potenciais para eles terem uma aparência humana.
Consideremos, primeiro, a possibilidade de que a forma humanoide é um modelo evolucionário universalmente distribuído, altamente bem sucedido para seres inteligentes. Um detalhe importante é que essas formas de vida teriam, assim como nós, dois olhos voltados para frente, que permitem uma visão estereoscópica e percepção profunda. Eles também devem ter uma postura ereta, bípede, que os permitem, como a nós, desenvolver mãos que segurem ferramentas e construam coisas — como, por exemplo, espaçonaves. Na verdade, podemos argumentar que outros tipos de inteligências, muitas delas talvez superiores a nós, que não desenvolveram mãos em sua progressão evolucionária, não seriam capazes de construir naves para viajar pelo espaço e, portanto, não chegariam aqui nem seriam vistas pelos humanos.
Em outras palavras, embora talvez existam outras formas de vida inteligente não humanoides no universo, elas podem ficar confinadas ao seu mundo. No momento, isso não pode ser comprovado de maneira alguma, mas essa teoria explicaria por que as avançadas raças que vêm à Terra em espaçonaves parecem ser apenas de seres com olhos estereoscópicos, de postura ereta e com mãos que pegam coisas como ferramentas. Claro que os diferentes ambientes físicos na Terra parecem modificar os atributos específicos de um ser — como, por exemplo, o tamanho dos olhos em reação ao nível de luz local, ou o grau de cobertura e densidade dos pelos ou da pele, dependendo da temperatura do lugar, e assim por diante.
Evoluções diferentes
A consequência desta conclusão é de que não é insensato sugerir que o padrão hipotético universal para um ser inteligente ereto e bípede, se de fato existe tal padrão, evoluiria de modo um pouco ou muito diferente em diversos planetas, resultando em uma vasta gama de variações em altura, peso, cor de pele, traços faciais, comprimento dos dedos e muitas outras características do ser. É normal, portanto, encontrarmos variação, em vez de uniformidade, na aparência dos alienígenas que têm origens diversas, justamente o que se verifica nas observações de UFOs por parte das testemunhas em todo o mundo. O grau de diversidade descrito é tão pronunciado que podemos descartar a possibilidade de que todos esses seres venham do mesmo planeta — tais divergências são bem maiores do que os contrastes entre as raças caucasiana, negra e mongol da Terra.
Embora provavelmente existam diferenças raciais em outros mundos, a diversidade física coletiva dos seres relatados ao lado de UFOs em solo é grande demais para que todos venham do mesmo lugar [Veja detalhes no DVD Levados, código DVD-031 da coleção Videoteca UFO. Confira na seção Shopping UFO desta edição]. O mais not
ável, diante do que nossos paleontólogos sabem acerca da evolução humana, com o tamanho do cérebro e do crânio tendo aumentado no decorrer das eras, é que podemos especular que os diversos relatos de testemunhas descrevendo ETs com uma cabeça muito grande em proporção a um corpo pequeno e esguio indiquem um passo evolucionário previsível para um humanoide extremamente avançado.
Não podemos esquecer, porém, de outros seres vistos saindo de UFOs, cujas proporções entre cabeça e tronco são semelhantes à nossa. Já uma segunda explicação possível para a similaridade entre a nossa aparência e a dos relatados alienígenas é a de que nós somos eles. Se os extraterrestres têm vindo aqui há muito tempo, não é absurdo especular que a evolução humana tenha sido deliberadamente modificada por influências externas. Essa possibilidade é rejeitada pelos biólogos por causa da antiga crença de que um cruzamento entre espécies diferentes, nesse caso humanos e alienígenas, seria altamente implausível, se não impossível. Entretanto, esse argumento se torna menos viável a cada ano, em nosso admirável mundo novo de clonagem, em que se implantam genes de uma espécie em outra, bem como de outras maravilhas já praticadas ou propostas de engenharia genética humana.
Prodígios tecnológicos
Se somos capazes de realizar tais proezas, após poucas décadas de pesquisa, imagine o que uma raça avançada de viajantes espaciais já alcançou, milhares ou até milhões de anos atrás, enquanto visitava a Terra quando era povoada por nossos ancestrais. É desnecessário dizer que a ideia de que uma raça extraterrestre criou ou até alterou de forma drástica a raça humana abala as pessoas tradicionalistas e religiosas, de todos os credos, que acreditam sem questionar no que a Bíblia, o Alcorão ou qualquer outro texto sagrado diz — que foi Deus quem criou a humanidade, fazendo-o à sua imagem. Contudo, mesmo que a intervenção alienígena em nossa evolução nunca tenha ocorrido, será que essa possibilidade pode ser descartada por aqueles que não se apegam a crenças religiosas?
Mas há ainda uma terceira possível razão para a alegada semelhança entre os extraterrestres e nós — e ela envolve o conceito, hoje respeitável, da viagem no tempo. O leitor pode se surpreender com o número de físicos teóricos que atualmente propõem essa realidade, dentro ou não dos clássicos paradoxos da viagem no tempo observados tanto por cientistas quanto por autores de ficção científica. Por exemplo, se alguém volta no tempo e mata seu avô antes de seu pai ser concebido, essa pessoa não poderia existir e, portanto, não seria capaz de fazer tal viagem. Seja como for, se a viagem no tempo é possível, então talvez alguns dos avistamentos de humanoides com cabeças e olhos grandes como de inseto, sejam apenas observações de humanos do futuro muito distante, que evoluíram em algo semelhante, mas não idêntico, ao Homo sapiens de hoje.
ETs praticamente humanos
Embora não sejam abundantes, também há relatos ocasionais de ocupantes de UFOs que são praticamente humanos — até nos menores detalhes. Se esses seres específicos são do futuro, e não outra espécie tecnologicamente mais avançada, com um caminho evolucionário quase idêntico ao nosso, então a implicação óbvia é de que nossa raça utilizará a viagem no tempo em um futuro relativamente próximo, talvez alguns milhares de anos daqui, antes que a evolução modifique de maneira drástica nossa aparência física. Assim, diante da grande diversidade de formas físicas dos ocupantes dos UFOs, conforme relatos das testemunhas, só a hipótese de humanos do futuro não basta para explicar todos os relatos.
Portanto, além da possibilidade de que alguns dos seres observados perto de UFOs aterrissados sejam humanos de nosso futuro, muitos outros provavelmente são verdadeiros alienígenas de várias civilizações avançadas em diversos pontos da galáxia ou talvez de todo o universo, multiverso ou matriz de dimensões paralelas. Constata-se, ao acabar essa parte do presente trabalho, que o cosmos era muito mais fácil de descrever décadas atrás. Hoje, com o advento da internet e a profusão de cientistas e pensadores mergulhados nestas questões, temos muito mais opções a considerar.
O que falta para um contato oficial e direto com eles?
Vivemos um mundo em que o cinema dita muitas regras. Imagine a cena vivida por um personagem que é abordado por um ET, como em tantos filmes que temos à disposição. “Leve-nos ao seu líder”, teria dito o estranho. Essa imagem estereotipada de alienígenas visitantes, embora própria de desenho animado, é, em essência, o que muitas pessoas acreditam que aconteceria no instante em que os visitantes descessem de suas espaçonaves. Os céticos também se perguntam por que, sendo os UFOs espaçonaves extraterrestres, um deles não pousa no gramado da Casa Branca e resolve essa questão de uma vez por todas? Muitos desses críticos afirmam que, como tal evento nunca ocorreu, os ETs não devem estar nos visitando.
Tal argumento é sem dúvida um ponto de vista simplista da situação. Um contra-argumento, sugerido por certos pesquisadores, é o de que, se alguns UFOs são realmente alienígenas, então talvez os seres que os pilotam estejam empenhados em uma forma gradual, porém deliberada, de se exporem. Seu intuito seria sensibilizar a humanidade de maneira lenta, mas definitiva, da realidade da sua presença. Se for assim, nossa curiosidade será um dia satisfeita, mas precisamos ter paciência.
Essa ideia, porém, não se baseia em pressuposições necessariamente válidas. Por exemplo, se os ETs dominam o meio de viajar e explorar o cosmos, através da viagem mais rápida do que a luz, então as aludidas vastas distâncias não seriam tão extraordinárias como presumem os céticos —
e o comportamento dos visitantes ao chegar a outro mundo seria adaptado em numerosos sentidos, o que seria compreensível. Assim, apesar das visões simplistas dos críticos quanto à questão, há vários outros cenários muito mais lógicos relacionados ao contato extraterrestre com a humanidade. Talvez não nos deva surpreender o fato de que muitos cientistas descrentes quanto aos UFOs argumentam que o primeiro pedido de eventuais visitantes extraterrestres seria algo desse tipo: “Queremos conhecer algumas das melhores mentes desse planeta, saber sobre suas descobertas e partilhar com eles nosso conhecimento”.
Contato imediato com humanos?
Os críticos do Fenômeno UFO afirmam que, como os extraterrestres, após as supostas décadas de viagem até a Terra, não aterrissaram e nem solicitaram um encontro com os cientistas humanos ou as melhores mentes de nossa espécie, esse fato em si descarta a possibilidade de que estejam realmente nos visitando. Em outras palavras, esse ponto de vista cético depende, em primeiro lugar, da premissa dúbia de que a viagem interestelar é uma proposição que consome muito tempo e que resultaria, pela lógica do argumento, no desejo, por parte dos visitantes, de fazer um contato imediato com os humanos, os estudiosos ou, pelo menos, os líderes do governo, tão logo chegassem à Terra.
Entretanto, como vimos antes, a noção de que as leis universais só permitem viagem abaixo da velocidade da luz é falha, como afirmam cada vez mais os físicos. Além disso, a opinião de alguns cientistas de que os aliens desejariam trocar informações com eles assim que chegassem tem muito a ver com a autoimagem inflada de tais indivíduos, bem como com cenários plausíveis relacionados ao seu primeiro contato com a humanidade. Na verdade, é muito mais provável que até os visitantes menos inteligentes sejam tão avançados em relação aos cientistas humanos que considerem nossas melhores mentes como algo equivalente aos nossos bebês ou animais de estimação, e as tratem sob tal perspectiva.
Os céticos se perguntam por que, já que os ETs nos visitam de fato, não fazem contato? Essencialmente, estão indagando se é lógico o fato de alienígenas avançados viajarem vastas distâncias só para exibirem um comportamento indiferente, que é típico do Fenômeno UFO
Supondo que uma ou mais raças alienígenas estejam operando aqui e não queiram aterrissar em Washington, Moscou, Pequim, Brasília ou qualquer outra capital, nem se apresentem aos representantes dos governos da Terra ou se reunirem com nossos cientistas mais brilhantes, quais seriam suas intenções para um contato final com os humanos, se é que existe tal objetivo em sua agenda? Entramos aqui no campo dos palpites. Ninguém, pelo menos entre aqueles que não trabalham para as agências de inteligência dos Estados Unidos, Rússia ou qualquer outro país, pode saber com certeza a resposta a essa pergunta — e talvez nem esses agentes saibam.
Mesmo assim, temos o direito — e o dever — de especular de forma saudável sobre as razões de ainda não ocorrer um contato oficial com nossos visitantes extraterrestres usando os dados disponíveis e o raciocínio indutivo. Hoje, alguns estudiosos trabalham com quatro cenários principais para tratar da questão. O primeiro é a Teoria da Não Interferência, que defende que os ETs simplesmente não querem contato conosco, apesar de nos visitarem, para não produzir uma mudança em nossa trajetória natural. Há também a Teoria da Interferência Limitada, que presume que eles queiram contato, sim, mas de forma muito limitada para não causarem grandes “estragos” em nossa história, que serão inevitáveis — coisa óbvia em qualquer contato com culturas mais avançadas.
Interferência não desejada
Além desta, temos ainda que considerar a Teoria da Interferência Crescente e a Teoria da Interferência Não Desejada, que advogam situações opostas. No caso da hipótese da interferência crescente de nossos visitantes extraterrestres, o processo resultaria em um contato oficial e definitivo, mas a ocorrer apenas depois de uma longa preparação. E no caso dos visitantes que não desejam contato, bem, esse grupo talvez tenha interesse apenas em nos observar para fins, digamos, científicos — sem que vejam a necessidade de sua raça interagir com a nossa. Mas há que se fazer uma observação importante sobre os cenários acima apresentados: se mais de uma raça alienígena estiver agindo em nosso planeta, todos os cenários acima devem estar ocorrendo simultaneamente — o que nos leva a questionamentos ainda mais sérios sobre a manifestação de outras espécies cósmicas em nosso meio.
Por que os governos ainda escondem o que sabem?
Teorias para explicar a razão de ter-se implantado a política de sigilo aos UFOs não faltam. Mas um funcionário aposentado do governo norte-americano, que trabalhou durante a Guerra Fria, resumiu muito bem a estratégia envolvida em manter segredos governamentais: “Você inventa a melhor história possível para acobertar algo. Levanta uma muralha e nega tudo. Assim, a história se torna apenas um rumor que é difícil de confirmar, quando não impossível”. Se os governos do mundo — e principalmente o dos Estados Unidos, que inventou a política de acobertamento ufológico — realmente sabem que os UFOs são espaçonaves pilotadas por seres extraterrestres mais avançados, por que adiam o inevitável e simplesmente não revelam tal fato à humanidade?
Enfim, por que essas hierarquias oficiais continuam negando algo que, de acordo com as pesquisas de opinião pública, um crescente número de pessoas já acredita existir? Embora atualmente não haja respostas a essas perguntas, pelo menos no domínio público, muitas teorias são apresentadas pelos pesquisadores e até por alguns analistas do governo para explicar o acobertamento militar em torno do Fenômeno UFO. Primeiro, do ponto de vista dos governos, o anúncio aberto da presença extraterrestre seria um risco extremamente grande — e com consequências imprevisíveis. Sabe-se, por exemplo, que milhares de norte-americanos correram às ruas, em pânico, ao ouvirem a transmissão radiofônica de A Guerra dos Mundos, de 1938, na qual o ator Orson Welles e uma trupe de outros talentosos atores simularam de forma vívida uma devastadora invasão de marcianos à Terra — completada com a destruição de Nova York e outras cidades nos Estados Unidos.
heceriam os riscos do contato com as mais jovens
Tal programa causou verdadeiro pânico nos Estados Unidos, mas hoje rimos da ingenuidade dos ouvintes de rádio da década de 30. O incidente ilustra bem as possíveis consequências de se anunciar abruptamente a presença de alienígenas na Terra. Mesmo em nossos dias, na primeira década do século XXI, milhões de humanos em todo o planeta, em culturas sofisticadas ou primitivas, poderiam reagir de maneira negativa diante de um confronto súbito com a realidade da existência de visitantes extraterrestres. Na peça A Guerra dos Mundos, os marcianos eram descritos como conquistadores que visavam à destruição da raça humana. Até agora, nós, o público, não temos evidências de que os pilotos dos UFOs tenham objetivos semelhantes — e os líderes mundiais tampouco têm indícios de uma intenção hostil.
Longe dos olhos da humanidade
Nesse cenário, se o governo de qualquer outro país decidisse revelar a realidade da presença alienígena no planeta, pelo menos nenhum alerta tétrico de destruição iminente por parte dos céus acompanhará o anúncio capaz de abalar a Terra e alterar nossos paradigmas. No entanto, o mero reconhecimento de que o Fenômeno UFO é o sinal de visitas extraterrestres será, com certeza, uma excitante confissão, cujas consequências serão extensas e imprevisíveis. Portanto, teorizam alguns, para refrear o potencial de pânico ou quaisquer outros tumultos indesejáveis na sociedade humana, a política implementada pela maioria dos governos do planeta seria um esforço concentrado para manter em segredo, enquanto possível, a realidade das visitas extraterrestres.
Mas e se a política for de fato essa mesmo — e tudo indica que sim —, então a segurança nacional dos Estados Unidos deve ter sido influenciada pelas descobertas de vários analistas que estudaram a questão. Um de seus resultados dá conta de que a súbita descoberta da existência de raças extraterrestres inteligentes e tecnologicamente superiores desencadearia uma miríade de implicações dramáticas e potencialmente desastrosas. Um exemplo das ramificações destas conclusões nos remete a novembro de 1960, quando o Instituto Brookings lançou um relatório intitulado Estudos Propostos Acerca das Implicações de Atividades Espaciais Pacíficas Para as Questões Humanas, encomendado pela NASA, que tem informações espantosas. Na seção As Implicações da Descoberta de Vida Extraterrestre, o relatório que especula sobre as potenciais consequências para a humanidade é resultante de tal evento. É sugerido que tais implicações dependeriam do tipo de vida encontrada.
Certos tipos de pessoas poderiam sofrer forte impacto negativo com tal descoberta, afirma outra parte do relatório: “De todos os grupos, os cientistas e engenheiros talvez sejam os mais arrasados pela descoberta de seres relativamente superiores, pois tais profissões têm uma ligação mais íntima com o domínio da natureza. É possível que a posse de um conhecimento avançado dela por outras espécie invalide todas as nossas teorias, isso se não exigir uma cultura e talvez um cérebro inacessível aos cientistas da Terra”. Quanto ao restante dos humanos, o texto afirma que a ideia da existência de seres intelectualmente superiores também pode provocar ansiedade — não se sabe com clareza quais seriam as reações a criaturas de inteligência semelhant