A Ufologia abrange vários campos, assim como qualquer ciência ou estudo sistemático e estatístico de um determinado fenômeno. Dentro desta variedade de temas correlatos temos já se descortinando ao longo dos anos o mistério da Ufoarqueologia. O que seria isso? Trata-se de uma ramificação do estudo ufológico voltado aos indícios da presença extraterrestre na história da humanidade ou até mesmo bem antes de sequer se imaginar a presença humana e mesmo algum animal em nosso planeta. Não é muito difícil uma pessoa leiga, ao se deparar com o complexo Fenômeno UFO, imaginar qual o motivo de se tentar descobrir as origens dos fascinantes mistérios do passado, visto que inegavelmente levam a uma possível correlação com as manifestações ufológicas vivenciadas por toda a humanidade nos dias de hoje. E é exatamente o estudo ufoarqueológico que tenta demonstrar através de milhares de marcas deixadas no passado que somos e fomos visitados por seres inteligentes, certamente de origem extraterrestre. Para as ciências tradicionais, que olham com bastante desprezo para o estudo, assim como para a própria Ufologia, tratam-se sempre de teorias infundadas, baseadas em suposições sem embasamento científico, interpretações forçadas dos relatos antigos e distorções sem fundamento de escritas, pinturas, cerâmicas, afrescos e artesanatos dos antigos.
Escrituras sagradas —Mas também sem lógica são as explicações dadas por estudiosos e cientistas para a infinidade de vestígios e evidências, quase sempre inexplicáveis, espalhadas por nosso planeta que vira e mexe se atrevem a aparecer e botar em cheque o conhecimento científico. Por ser inexplicável, logo, qualquer indício recebe uma rotulação. Como é o caso, por exemplo, de uma estátua milenar com trajes completamente fora dos padrões conhecidos na época e que lembram claramente as roupas de nossos atuais astronautas. Isso resume a uma representação de um deus. A resposta clássica então fornece a determinante explicação dentro dos padrões normais da ciência atual e o fato é encerrado, sequer é passível de discussão. Realmente se o registro fosse um caso único, desta forma poderia ser tratado.
Porém, as evidências são milhares e estão empalhadas por todo o planeta, sendo que através dos tempos correspondem a todas as culturas de todos os povos do mundo. Os registros escritos das antigas civilizações trazem à tona mais questionamentos acerca do que realmente foi descrito ao longo dos séculos pelos cronistas do período. Nossos livros religiosos, escrituras sagradas, a história escrita, os ensinamentos do passado, textos históricos, poemas épicos, pinturas rupestres, quadros da Idade Média, petroglifos, geoglifos, enfim, uma infinidade de informações que nos foram deixadas pelos antigos, nos dão conta de fenômenos inexplicáveis que se observados por uma ótica sem preconceitos podem nos mostrar indícios de que no passado do planeta fomos visitados por seres inteligentes, que tiveram sua passagem registrada por nossos antepassados ou mesmo, como em alguns casos, pela própria natureza. Temos como exemplo uma das mais antigas escritas da Terra, o Candsur Tibetano, que são os textos sagrados do Lamaísmo [Denominação dada ao budismo tibetano pelos estudiosos europeus], tão antigo que teve até hoje somente parte de seu conteúdo decifrado e que já contava sobre máquinas voadoras poderosíssimas e cuspiam fogo e trovão. No final do século XIX foi encontrada gravada em 12 placas de argila a famosa Epopéia de Gilgamesh de mais de 4 mil anos, nas colinas de Kuyundjik, na antiga Nínive, na Assíria, reino situado na Mesopotâmia, entre os séculos XIII e VII a.C.
Trata-se de um poema épico cuja redação pode ser comprovada como sendo dos antigos sumérios e fala dos deuses que vieram das estrelas em carruagens de fogo. No Mahabharata [Que em sânscrito significa grande Índia], escrituras antigas dos indianos de mais de 6 mil anos e mais de 80 mil versos, fala-se dos vimanas que também se apresentam como veículos voadores poderosos. Eles possuíam uma arma letal que matava a todos que tivessem algum metal no corpo e possuíam força para destruir exércitos inteiros. O Sabababaam, livro sagrado dos hindus, cita fantásticas máquinas que tiveram tanta influência em seus antepassados a ponto dos mesmos criarem monumentos antigos para homenageá-las. Os textos de Qumram, mais conhecidos como os Manuscritos do Mar Morto, somente a pouco tempo totalmente decifrados, também fazem menção aos objetos voadores existentes no passado. São uma coleção de cerca de 850 documentos em papiro, incluindo textos do Antigo Testamento, a Bíblia hebraica –, que foram descobertos entre 1947 e 1956, em 11 cavernas próximas a Qumran, uma fortaleza a noroeste do Mar Morto, em Israel. Eles foram escritos em hebraico, aramaico e grego, entre o século II a.C. e o primeiro depois de Cristo e representavam vários pontos de vista, incluindo as crenças dos essênios e outras seitas.
Fértil imaginação — Temos ainda a própria Bíblia que em diversos pontos cita categoricamente carruagens de fogo, como as que surgiram para os profetas Elias e Ezequiel, além de diversas outras citações no mínimo controversas. E assim por todo o mundo e em todas as escrituras sagradas existe uma referência a bolas de fogo, vimanas, deuses alados, pássaros e carruagens de fogo, esferas e cruzes voadoras, além da glória e os anjos do senhor. Na Sérvia, antiga Iugoslávia, existe o Mosteiro de Decani, onde em um lindo afresco do século XIV, há uma cena da crucificação de Jesus e podem ser vistos no céu duas naves e seus tripulantes. Os índios Peles-Vermelha norte-americanos relatavam sobre o Pássaro de Trovão, sendo que os esquimós afirmam que as suas primeiras tribos foram levadas para o norte por deuses de asas de bronze. Em todas as culturas antigas pode-se observar a menção de figuras voadoras, várias representadas em pinturas, como as da Idade Média, através de pintores renascentistas que as retratavam da forma que eram vistas e compreendidas na época, quase sempre ligadas a motivos religiosos.
Nossos antepassados mais antigos, os primitivos habitantes das cavernas, também registraram sua história da única forma possível em seu tempo, através das milhares de figuras rupestres. Em várias delas podem-se observar seres estranhos, com auréolas ou capacetes, mostrando a maneira que eram compreendidas
pelo artista das cavernas, nosso ancestral comum, que na maioria dos casos era um pintor competente, quase sempre delineando com perfeição os animais, as pessoas à sua volta e por alguma razão desconhecida seres estranhos dotados de capacetes, respiradouros, antenas etc. Como poderia um artista pré-histórico retratar em um de seus trabalhos de pintura algo que jamais vira?
Exploradores cósmicos — Os céticos dizem que os seres rupestres encontrados seriam caricaturas comuns à época, o que não se sustenta visto que na maioria das vezes os habilidosos pintores pré-históricos retratavam fielmente os animais, homens e paisagens, sendo que outras criaturas não podiam ser apenas desenhos de sua fértil imaginação. Eles não criavam indivíduos inexistentes, muito menos davam asas à imaginação, pois apenas desenhavam o que era familiar e aquilo que seus olhos pudessem ver. Até mesmo para o maior dos céticos esta explicação de criação abstrata não tem fundamento. Empalhados pelos museus de todo o mundo se encontram peças e artefatos completamente incomuns em seu tempo, inexplicáveis até mesmo pela ciência, que normalmente os classifica como falsos ou fraudulentos, visto que não podem ser compreendidos e desta forma não poderiam existir. Essa atitude é comum nos dias de hoje, especialmente ao se deparar com um fenômeno ufológico que foge a qualquer padrão convencional. Quando ocorrem, apenas o classificam como falsos, simplesmente por serem inexplicáveis. Mas estes indícios desafiam as cientistas e estão espalhados pelo mundo, escondidos em museus e nas mãos de colecionadores, esperando que, talvez no futuro, alguém possa explicar o motivo de sua existência, certamente alheio à ciência tradicional. Um grande defensor da teoria dos deuses astronautas é o cientista russo Alexei Kazantsev, que após realizar um périplo ao redor do mundo procurando vestígios arqueológicos insólitos, e após anos de pesquisa, afirmou categoricamente que os homens da pré-história representavam cosmonautas em seus desenhos, ou seja, nesse período éramos visitados por seres inteligentes de outros mundos.
Desafiando a lógica — Kazantsev disse isso porque em todas as partes de nosso planeta se encontram figuras rupestres representando humanóides com capacetes e vestimentas totalmente inconcebíveis para a época, além de objetos voadores com formatos estranhos. O cientista Kasantsev teve logo depois o apoio de outro respeitado especialista russo, o professor Agrest, que afirmava que existiam traços dos exploradores cósmicos nas lendas antigas de diversos povos do mundo. Considerando-se que nos dias de hoje nenhum profissional põe em dúvida a possibilidade de se existir vida em diversos outros pontos do universo, as idéias de Kasantsev e Agret não soam assim tão absurdas, tanto que ambos foram homenageados pela comunidade científica russa. O sérvio Viatcheslav Zaitsev veio depois a corroborar com as idéias dos dois, pois também defendia a tese de que cosmonautas visitaram a Terra a mais de 12 mil anos. Nos dias de hoje já existem dezenas de cientistas que levam em consideração tais teorias, pois se sabe muito pouco em termos cósmicos de nosso universo e de nossa pré-história. Um dos magníficos casos pesquisados por Kasantsev foi o das gravuras rupestres do Deserto de Tassili, na África.
Tais pinturas encontradas pelo explorador francês Henri Lothe, que chegou a dar a maior delas o sugestivo nome de o Grande Deus Marciano, representam de maneira espantosa seres com roupas de astronautas. Desafiando qualquer explicação lógica temos também os mapas encontrados no início de século XVIII, que tinham pertencido ao almirante turco Piri Reis e que estão no Museu de Stambul. Eles são um desafio à lógica, à ciência e ao conhecimento humano de sua época. Todos os acidentes geográficos dos continentes estão retratados com uma precisão completamente impossível para o momento histórico em que foram criados, sendo que muitos dos relevos ali descritos com precisão somente foram possíveis de serem identificados no século XX. Os mapas mostravam os contornos da curvatura da Terra, algo que somente pôde ser comprovado após a descoberta e a aceitação de que o planeta era redondo. Como era possível que aqueles manuscritos pudessem nos trazer esta noção geográfica ainda desconhecida da humanidade? A única explicação que imaginamos seria que os contornos foram orientados de cima. E o que dizer dos achados da região montanhosa na fronteira da China com o Tibete? Lá os arqueólogos descobriram estranhos discos de pedra totalmente recobertos com sinais quase incompreensíveis, totalizando 716 discos, sendo que todos trazem um orifício no centro de onde partem estranhas incisões. Trata-se de uma forma de escrita que ainda não pôde ser totalmente compreensível. O estudioso chinês Tsoum Oum Nui, da Academia de Pré-história de Pequim, após longos anos de pesquisas sobre os artefatos e as escritas do período, afirma que algumas delas narram a chegada de objetos voadores num passado muito distante. Desafiando o tempo, os homens e a explicação lógica, as pirâmides do Egito observam o mundo do alto de sua opulência e é como se desafiassem a todos a explicar a complexidade de sua construção e existência.
Divindades de diferentes civilizações — Até hoje, não se sabe como foi possível sua construção e o transporte das pedras que montam o quebra-cabeças de sua formação, que até mesmo nos dias de hoje, com a mais avançada tecnologia, seria impossível. E em todo o Egito, milhares de construções, megalíticos, estátuas, templos, colossos, aguardam uma explicação sobre qual tecnologia os construiu e transportou. Nas culturas da América pré-colombiana, novamente temos mais perguntas do que respostas. Os fantásticos monumentos espalhados pelo continente também aguardam explicações nas grandes cidades de Chichén Itza, Palenke, Iucatã, Machu Picchu, entre outras. Os Maias, Incas, Astecas e Toltecas deixaram um riquíssimo e vasto campo de pesquisas sobre sua história, seu estilo de vida e principalmente sobre seus deuses. Divindades como Quetzalcoatl, que, segundo a lenda, após governar sabiamente, trazer conhecimento e progresso ao povo Maia voltou para as estrelas. Ou como a entidade Inca Kukulcan, o deus voador representado na cripta de Palenque e até mesmo a citação de Pakal, ser que se jogou na
boca aberta de um mostro e desapareceu. Vemos por exemplo a civilização de Thiuanaco, cidade localizada a 3.800 m acima do nível do mar, às margens do Lago Titicaca, que apresenta a fantástica Porta do Sol, monumento construído em uma única rocha e encontrado na Bolívia.
Estrela invisível — Mas, apesar de tudo, um dos grandes mistérios pesquisados pela Ufoarqueologia é o da tribo dos Dogons que vive na república do Mali, na África Ocidental. Segundo informações do astrônomo britânico Robert Temple, que pesquisou por vários anos o assunto, há comprovações que desde os tempos mais remotos esses indivíduos conheciam a posição, gravitação e órbita de um astro invisível, que acompanha a estrela Sírio, chamada pelos astrônomos de Sírios B. A cada 50 anos os Dogons celebram a festa Sigui em que cada geração deve confeccionar máscaras novas, as quais vão sendo conservadas ao longo dos anos. A festividade é realizada a cada 50 anos, por ser este o período percorrido pela estrela, por eles chamada de Digitaria, para completar uma volta ao redor de Sírio. Como estes selvagens poderiam ter este conhecimento, que somente após anos e anos de estudos de astronômicos pode ser revelado? O saber dos Dogons é outro mistério, visto que esta estrela é invisível ao olho nu e foi descoberta somente em meados do século XIX. Quem e em que época teria passado as informações sobre um outro sistema a uma tribo africana?
O que dizer das esculturas japonesas encontradas na Ilha de Honso, as estátuas Dogú, que contrastam com toda a arte pré-histórica japonesa e que tem presumivelmente mais de 5 mil anos. Elas mostram seres com estranhas vestimentas parecidas com as usadas pelos escafandristas e que são cobertas de ornamentos que poderiam ser até mesmo confundidos com instrumentos técnicos modernos. Lembram as roupas de nossos atuais astronautas, com capacetes, viseiras e uma infinidade de detalhes inexplicáveis. Em Val Camonica, nos Alpes italianos, por volta de 1960, Emmanuel Anati estudou e classificou milhares de gravuras rupestres esculpidas nas rochas. Dezenas destas representações gráficas simbolizavam homens com estranhos capacetes e objetos na mão. Claramente podemos notar nestes petroglifos as antenas que nos foram legadas pelos antigos primatas da pré-história. Temos também a famosa pilha de Bagdá, atualmente em exposição em seu museu, composta de uma liga de diversos metais, que só foram descobertos 1.600 anos depois, sendo que, ainda hoje, com a adição de uma solução de cloreto de sódio é capaz de gerar energia. Esta característica que desafia a lógica somente pôde ser descoberta quando foi testado dentro de nossos atuais conhecimentos e, assim, provado que seria um gerador de energia, ou uma pilha elétrica de milhares de anos. Além disso, podemos tentar entender a existência de lentes polidas encontradas em sítios arqueológicos com mais de 2 mil anos, sendo que a tecnologia para o polimento somente existiu no século XVI. No continente australiano temos também milhares de pinturas rupestres, algumas até hoje veneradas pelos aborígines, como a Wandjina, conhecida como a deusa da Via Láctea.
O aspecto representativo destas gravuras mostra uma semelhança assustadora com os seres relatados dentro da casuística ufológica mundial, conhecidos como grays [Cinzas]. Mas um dos maiores desafios para os detratores da Ufoarqueologia está em tentar explicar o quadro La Madonna e San Giovannino pintando no século XV e atribuído a Filippo Lippi, exposto no Museu Palazzo Vecchio, em Florença, na Itália. No canto direito deste afresco é mostrado claramente e sem nenhuma sombra de dúvida um objeto voador de formato tradicional e discóide, com características que lembram os famosos UFOs. Nota-se inclusive que o artefato é observado com atenção por dois personagens no fundo, um homem, presumivelmente um pastor devido à sua roupa, e seu cachorro. Logo encontramos frente à esta terrível e claríssima evidência uma explicação dos céticos de que se trata de algum simbolismo ou icnografia sagrados, que a forma discóide do objeto é apenas uma coincidência, entre outras tantas explicações possíveis para o desenho. Realmente se analisarmos por uma ótica simplista podemos dizer que a representação poderia ser da glória do senhor ou dos anjos que aparecem para os pastores, fato bíblico que todos conhecem. Mas repousa exatamente nesta particularidade o fato ou indício de conteúdo ufoarqueológico.
Simbolismo histórico — Sabemos que todos os pintores da Antigüidade viviam num período de perseguição religiosa sem precedentes. Um exemplo é o célebre Leonardo da Vinci, que como todos sabem nutria uma certa antipatia pela igreja e tendo-a como sua maior cliente usava seus quadros para através de metáforas transmitir seu pensamento, seus conhecimentos e suas crenças, que muitas vezes iam contra os “ensinamentos” do catolicismo na época. Por que então outros artistas que também dependiam financeiramente do clero e que, além disso, precisavam proteger suas vidas da ira insana da Inquisição, vide o exemplo clássico de Giordano Bruno, não fizeram o mesmo? Essa teoria é forte, porém sabemos que se pode usar a história religiosa como um todo para se ter a certeza que a igreja somente trouxe à tona os fatos históricos que corroboram com suas idéias. Sempre foi assim. Temos como exemplos os livros apócrifos, as escrituras e textos antigos que foram destruídos ou guardados pelos padres jesuítas e que para impor os ensinamentos cristãos aos índios da América destruíram toda a sua história considerada pagã por eles.
Tem-se assim a possibilidade de que o autor, tendo retratado um fato do cotidiano, fora dos padrões da igreja, o tenha feito justamente para se parecer com os tantos outros quadros da anunciação, em que vemos anjos e não objetos discóides aparecerem para os pastores trazendo a boa nova do nascimento do messias. Assim, acho difícil que se trate de algum simbolismo que esteja associado a qualquer tipo de iconografia sagrada, como insistem em explicar os céticos, para deixar de sugestionar a hipótese que o autor quis dar pintando uma possível evidência de um fenômeno ufológico, que pode sim ter ocorrido nos meados da
Idade Média. Temos assim na pintura um dos maiores indícios de que alguém em nosso passado, num período conturbado da história da humanidade, pôde através de sua arte mostrar uma cena do avistamento de um possível objeto voador não identificado.
Túmulo de Pakal Votan — Outra das grandes teses em defesa da Ufoarqueologia é a fantástica tampa da cripta de Pakal Votan, na cidade perdida de Palenque, México, que foi descoberta em 15 de julho de 1952 pelo arqueólogo Alberto Ruz Lhuillier, juntamente com uma equipe de arqueólogos. A escultura lavrada sobre a tampa da tumba mostra claramente um astronauta em uma cápsula espacial. Há também a interpretação de um rei dinástico sendo levado no momento de sua morte “para baixo”, em direção às mandíbulas do monstro da Terra. Esta é parte da lenda de Pakal Votan, mestre galáctico que declarou ser um iniciado, aquele que possuía o conhecimento. O ser deixou a misteriosa Valum Chivim e dirigu-se para Yucatán, terra dos Maias. Atravessou a Morada das Treze Serpentes e chegou em Valum Votan, no Rio Usuamainta, não muito distante de Palenque, que supostamente teria fundado. Por fazer várias visitas à sua terra natal ele descobriu em uma torre, que veio a ser destruída posteriormente devido a uma confusão de línguas entre seus construtores, uma passagem subterrânea que chamou de Rocha do Céu.
Há em Palenque numerosos edifícios cívicos e religiosos, tais como Templos do o Sol e da Lua, com inscrições sagradas. Este último abriga em sua mais alta pirâmide a sepultura do dignitário, que tinha em seu rosto uma mascara de jade. O túmulo de Pakal Votan, cuja câmara funerária é decorada com o simbolismo dos nove senhores da noite ou do tempo, por si só é um verdadeiro mistério. Sob a lápide que tem o comprimento de 3,80 m de altura e 2,20 m de largura e que pesa seis toneladas, repousava o esqueleto de um homem cuja morfologia era totalmente diferente dos Maias, pois tinha uma altura de 1,7 m, o que ultrapassava em 20 cm a altura média dos indígenas. O túmulo de muitos séculos de idade tinha a forma de um peixe, sinal sagrado dos iniciados que vinham do além. O sentimento de abandono e de silêncio humano ainda hoje ressoa em toda parte. Por que Palenque foi abandonada? Para onde foram os sacerdotes, astrônomos e artesãos? Que conhecimentos levaram com eles e por quê?
O templo das inscrições é um dos mais famosos da meso-américa porque não era simplesmente a base para um santuário como todos os outros, mas um monumento funerário, como explica o livro The Mayas – 3.000 Years of Civilization [Os Maias – 3 Mil Anos de Civilização, 1954]. Há também na localidade um tipo de escultura que os Maias deixaram, o Quiriguá, que exibe figuras aparentemente humanas, com pés formando um ângulo agudo como se estivessem flutuando, subindo, descendo e entrando em êxtase. Tem 10 m de largura e está localizado no Templo das Inscrições. O túmulo de Pakal Votan, descoberto apenas em 1952, é, sem dúvida, uma das maiores e mais desconcertantes evidências ufoarqueológicas de todos os tempos. Apesar disso, temos um enorme caminho a percorrer, visto que, assim como na Ufologia, de maneira geral, na Ufoarqueologia as perguntas são mais numerosas do que as respostas. Mas precisamos ir além de nossos conceitos pré-determinados e olhar para o assunto com a consciência de que iremos aprender muito. Quem sabe, esse aprendizado venha através das mensagens deixadas por nossos ancestrais na pré-história. Só o tempo dirá…