Durante séculos, os astrônomos especularam que o Sistema Solar contém planetas não descobertos que orbitam nos distantes e escuros confins do reino do Sol. Esta também é a base de algumas teorias dentro da Ufologia. Mas, e se ele não existir?
De tempos em tempos, astrônomos avistam os efeitos gravitacionais de corpos desconhecidos em nosso sistema Solar, forçando-os a procurar o culpado. Netuno e Plutão foram descobertos dessa maneira. Mas não eram eles os responsáveis pelas distorções.
Agora, os pesquisadores têm um quebra-cabeça semelhante em mãos. Há algum tempo, eles vêm coletando evidências de que um planeta massivo deve estar orbitando o Sol a uma distância de cerca de 500 unidades astronômicas, ou 70 bilhões de km.
A evidência vem das órbitas de corpos gelados no Cinturão de Kuiper, situado além de Netuno. Esses objetos parecem se agrupar de maneiras que só podem ser explicadas se estiverem sendo “agrupadas” por algum objeto maciço.
A óbita alongada so suposto Planeta Nove
Crédito: Mediun
Esse objeto – o Planeta Nove, como é chamado – deve ter entre cinco e 10 vezes a massa da Terra, mas está tão longe que é difícil vê-lo, apesar de as inúmeras pesquisas em andamento.
Mas há outra razão pela qual o Planeta Nove pode ser difícil de ver: porque talvez ele não seja um planeta. Em vez disso, os astrônomos dizem que uma possibilidade é que possa ser um buraco negro primordial, deixado pelo Big Bang, mas capturado pelo Sol.
Embora entre cinco e dez vezes mais massivo que a Terra, esse buraco negro seria minúsculo, com apenas cinco centímetros de diâmetro. Consequentemente, é quase impossível detectá-lo com um telescópio.
Entretanto, há uma pequena possibilidade de que tal buraco negro possa ser observado por meio de sua interação com a matéria escura, mas isso não é de forma alguma garantido. Os astrônomos estão coçando a cabeça para encontrar outra maneira de encontrá-lo.
Frota de naves espaciais
Frota de naves espaciais. Crédito: Wikipedia
Hoje, eles têm uma resposta, graças ao trabalho de Ed Witten, físico do Institute for Advanced Study em Princeton, Nova Jersey. A ideia de Witten é procurar as forças gravitacionais que esse buraco negro deve exercer sobre qualquer coisa que passe por perto.
Então, ele propõe enviar uma frota de naves espaciais em sua direção e depois procurar desvios inesperados da trajetória esperada.
“Se um estudo mais aprofundado do Cinturão de Kuiper reforça o argumento da existência do Planeta Nove, mas a descoberta por buscas telescópicas ou um sinal de aniquilação da matéria escura não se segue, uma pesquisa direta por uma frota de naves espaciais em miniatura pode se tornar atraente”, diz ele.
Witten não é o primeiro a imaginar o potencial da nano-nave espacial. Vários cientistas e visionários estudaram a ideia de usar poderosos raios laser terrestres para impulsionar pequenas naves espaciais baseadas em chips em direção às estrelas.
A grande vantagem é que as naves não precisam carregar seu próprio combustível, mas sim ficar na ponta do raio laser gerado na Terra. O feixe de laser poderia acelerá-las continuamente por longos períodos de tempo, permitindo atingir velocidades enormes de talvez um ou 2% da velocidade da luz.
“Para procurar o Planeta Nove, gostaríamos de velocidades de naves espaciais (pelo menos) centenas de quilômetros por segundo”, diz Witten, acrescentando que essas velocidades permitiriam que uma espaçonave viajasse 500 UA em uma escala de tempo de 10 anos.
Fonte: Discover Magazine
A pergunta que fica de tudo isso é a seguinte: se não existir um Planeta Nove, e todos os distúrbios gravitacionais que se registra vêm de um buraco negro, como ficam as teorias ufológicas que pregam a existência deste misterioso e fugidio planeta?
Veja, abaixo, um video sobre o assunto: