INTRODUÇÃO – Na década de 70, estranhos fenômenos começaram a ocorrer no litoral e interior do Estado do Pará e do Maranhão. As notícias vinham de todas as partes e os depoimentos eram unânimes; misteriosos feixes de luz, projetados por objetos voadores não identificados que, na maioria das vezes, apareciam à noite, queimavam homens e mulheres. Segundo o povo, tiravam o sangue de suas vítimas, originando daí a expressão “Chupa-chupa”, nome pelo qual ficou popularmente conhecido o fenômeno. Noutras regiões, principalmente no Maranhão, o fenômeno ficou conhecido sob o nome de “aparelho”.
O fenômeno, apesar de um longo período de incubação, manifestou-se com força e constância nunca vistas na história da Ufologia nacional. Em poucas semanas, as notícias correram todo o Estado do Pará e do Maranhão, tomando a população de surpresa, gerando um clima de terror e de pânico coletivo. Movidos pela curiosidade e com o objetivo de elucidar o mistério Chupa-chupa, empreendemos uma pesquisa que nos levou a diversos municípios paraenses. Entretanto, devido aos nossos modestos recursos financeiros, e ao tempo disponível, não nos foi possível percorrer todo o Pará e Maranhão. Mas esperamos que, num futuro próximo, alguém ainda complemente esta pesquisa.
O que vamos expor neste artigo não constitui fábulas criadas pelos caboclos ou pelos diversos moradores do interior e do litoral paraense. Procuramos ser fiéis aos fatos e aos depoimentos prestados. Cada entrevistado foi ouvido com atenção e cuidado. Deste modo, selecionamos os relatos mais coerentes, cuja relação com outros depoimentos, somados à idoneidade das testemunhas, constituíram elementos norteadores. O objetivo deste trabalho é traçar um quadro real e um roteiro histórico de uma das mais impressionantes manifestações ufológicas que pudemos conhecer.
OS JORNAIS ANUNCIAM – A primeira parte desta pesquisa constitui-se de um levantamento bibliográfico sobre todos os artigos e reportagens publicadas nos periódicos paraenses como A Província do Pará, O Liberal e o Estado do Pará. O mesmo serviço não foi possível efetuar, pelas razões descritas anteriormente, com a imprensa maranhense, entretanto. Lemos todas as reportagens dos citados periódicos e sentimos que a imprensa paraense relatou de uma forma bastante interessante o desenvolvimento do Fenômeno Chupa-chupa. Todas as reportagens eram fartamente ilustradas e efetuadas nos locais de incidência, junto às testemunhas… Se hoje podemos reconstituir esta onda ufológica, isto devemos à imprensa e aos cuidados da Biblioteca Pública de Belém.
Diversas notícias ufológicas antecederam a onda Chupa-chupa, porém a mais significativa foi noticiada no O Liberal, 16-071977, onde lemos: “O UFO fotografado em Montevidéu, de formato esférico, confere minuciosamente com os estranhos objetos vistos em diversos pontos do território paraense, bem como do lado maranhense do rio Gurupi e ao longo de toda a região fronteiriça Pará-Maranhão. Ainda ontem, tais objetos foram observados em diversas localidades do interior maranhense, causando espanto ás populações, à semelhança do que morre na área de Vizeu, no Pará”.
Alguns dias antes, precisamente no dia 12-07-1977, o Jornal da Bahia noticiava, de maneira clara, o que viria a ser o Fenômeno Chupa-chupa: “Objeto voador que emite luz fantástica atemoriza o Pará: Belém (AJB) – A história fantástico de um objeto voador que emite luz forte e suga sangue das pessoas, ” circula de boca em boca entre a população dos municípios de Bragança, Vizeu e Augusto Corrêa, no Pará, onde muita gente teme sair de suas casas durante à noite para não ser apanhada pela vampiresca luz do estranho objeto que, segundo as informações, já teria causado a morte de dois homens. Ninguém sabe como a histórica começou, mas a verdade é que ela chegou a Belém e ganhou manchete nos jornais locais”.
Meses depois, no dia 8 de outubro, O Liberal lançava a primeira de uma série de reportagens, dando conhecimento à população do que era o Fenômeno Chupa-chupa. A reportagem começa de maneira taxativa: “Bicho sugador ataca mulheres e homens em povoado de Vigia: Um estranho fenômeno vem acontecendo, há várias semanas, no município de Vigia, mais exatamente na Vila Santo Antônio do Imbituba, distante cerca de 7 quilômetros da rodovia PA-I40, com o aparecimento de um objeto que foca uma luz branca sobre as pessoas, imobilizando-as por cerca de uma hora, e stiga os seios das mulheres, que ficam sangrando. O objeto, conhecido pelos moradores como “Bicho Voador” ou “Bicho Sugador”, tem formato de ama nave arredondada e ataca as pessoas (principalmente mulheres) isoladamente, apesar de ter atacado alguns homens também… Uma das vítimas, entre várias que ali existem, foi a senhora Rosita Ferreira, casada, 46 anos, residente no Ramal do Triunfo, que foi sugada pela luz, dias atrás, no seio esquerdo, ficando adormecida. Acrescenta parecer tratar-se de um pesadelo, Sentindo como se fossem algumas unhas tentando segurá-la. Ela foi atacada por volta das 3:30h da madrugada. Outra vítima foi a senhora conhecida por “Chiquita”, que também foi sugada pelo estranho objeto, ficando com o seio ensangüentado, porém, sem deixar nenhuma marca”.
CHUPA-CHUPA – Foi, então, em 1610-1977, que O Liberal lançava pela primeira vez a expressão “Chupa-chupa”, como lemos no primeiro parágrafo dessa reportagem: “Chupa-chupa: Foi essa a denominação dada pela população da Vigia a um objeto voador não identificado, que vem colocando em pânico os moradores de Imbituba, Camaru e Km-25, além de outras localidades situadas nas circunvizinhanças daquelas cidades”.
Doravante, até o final da primeira quinzena de novembro de 1977, os jornais paraenses não cessam de trazer ao público notícias sobre o Chupa-chupa. O jornal A Província do Pará trouxe, nos dias 20-10-77, 19-11-77 e 20-11-77, reportagens valiosas para a investigação ufológica. No dia 20 de outubro foram duas páginas inteiras com depoimentos populares, croquis das evoluções dos UFOs nos céus da Vigia e o estranho contato de segundo grau ocorrido com o colono Manoel Matos de Souza (conhecido por Coronha), registrado no vilarejo de Monte Serrado, município de Santo Antônio de Tauá (PA). Este agricultor, 44, foi acordado por volta das 02:00 às 03:00h da madrugada por uma forte luminosidade que rondava o seu terreno e penetrava no seu barraco. Ao abrir a porta, deparou-se com um objeto voador tendo no seu interior duas criaturas. Voltou ao seu quarto e, agora munido de uma cartucheira, tentou disparar na direção do veículo. Para sua surpresa, a arma não detonou e, sentindo que seu corpo começava a paralisar-se
pela luz do UFO, gritou por socorro.
No dia 19-11-77, A Província do Pará publicava, pela primeira vez, fotografias das possíveis lesões do chupa-chupa, registradas na jovem Aurora Nascimento Fernandes, 18, residente à Passagem Tabatinga, no bairro do Juninas (Belém). Aurora se encontrava lavando louça, por volta das 21h do dia 18-11-77, em sua casa, quando uma forte corrente de ar frio a tomou de surpresa, juntamente com uma luminosidade bastante forte avermelhada. A jovem relata: “Eu fiquei apavorada. Chamei minha mãe e, antes dela chegar, uma forte luz vermelha me envolveu, deixando-me atordoada. Ao mesmo tempo, senti furadas muito finas que eram dadas em meio seio, e caí ao solo desmaiada”. Posteriormente, o médico Orlando Zoghbi, ao ver a paciente, enquadrou o fato como um episódio de histeria e de pânico, produzidos pela psicose coletiva em torno do Fenômeno Chupa-chupa, Segundo o Dr. Zoghbi, os ferimentos, presentes no seio direito de Aurora, foram produzidos pela contração das mãos em garra (sobre a mama), num ato instintivo de proteção à possível investida do Chupa-chupa, pela configuração das marcas. Discordamos desse laudo, porque as mesmas se apresentavam concentradas e profundas (como biópsias) dentro de uma pequena área; não há vestígios de arranhões e as feridas não possuem configuração ungueal.
Em conversa com o pesquisador e estudioso do Fenômeno UFO, professor Fábio Zerpa (ONIFE)1, diante do quadro descrito por Aurora e por outras mulheres paraenses que se dizem vítimas do Chupa-chupa este observou que fatos semelhantes ocorreram no sul da Argentina, na década de setenta, onde uma mulher foi atacada por uma entidade que lhe tirou sangue. E interessante notar que os fatos descritos ocorreram em cidades e povoados próximos a rios, lagos ou mares. Isso nos faz lembrar as entidades mitológicas japonesas denominadas os “kappas” que, segundo a lenda, teriam vindo de uma estrela longínqua e povoaram os rios (ou mares) do Japão. Os pesquisadores Scomaux e Piens, na sua magistral obra “A Descoberta dos OVNIs”, relatam: “Os Kappas parecem usar um conjunto submarino ou qualquer coisa do gênero, munido de um aparelho respiratório, bem como de um estranho chapéu com antenas. As orelhas são anormalmente grandes. Pele cor de cobre (ver os homens de bronze que teriam aparecido na represa do Utinga, município de Belém, durante o período Chupa-chupa) e mãos e pés terminando por uma espécie de gancho. Esta descrição lembra alguns ETs humanóides observados em nossos dias, e a reputação que tinham os Kappas, de fazer adoecer as pessoas que dele se aproximavam, faz-nos pensar nos efeitos fisiológicos experimentados por algumas testemunhas atuais”.
O FENÔMENO EM COLARES – A ilha de Colares está situada à cerca de 70 Km à nordeste da cidade de Belém. Faz divisa com o município de Vigia, outra região rica em aparições e casos ufológicos. À sua frente, está a Bafa de Marajó que se encontra separada do continente pelo rio Guajará-Mirim. Colares compreende uma área de 600 Km2, aproximadamente, e abriga diversas comunidades, como Vila de Colares (sede do município), Fazenda, Mocajatuba, Ariri e outras. Sua população, em grande parte, se dedica à pesca e à agricultura.
Durante o período do Chupa-chupa, Colares foi alvo de intensas aparições dos UFOs e diversas vítimas dos misteriosos raios foram detectados. O medo foi tanto que boa parte dos moradores da ilha abandonou suas casas e foi residir temporariamente em casas de parentes, noutros municípios.
O CIPEX localizou diversas testemunhas do fenômeno, durante os dias que permaneceu em Colares. Vejamos alguns casos:
(a) Jonas Ferreira Gondim, 60, casado pescador, confessa, que, na época, sua casa foi iluminada pela luz do Chupa. Tomado de coragem, saiu ao terreiro e soltou uma bomba junina para afugentar o “aparelho”. Seu filho, Cláudio Gondin, nos relatou: “Nesse tempo, a gente não dormia direito. Eu e mais outros colegas salmos para vigílias na casa de compadres. Numa noite, eu vi aquele aparelho sobre as copas das árvores, ali na rua S. João. Ele ficou um instante parado e soltou uma luz clara em cima das árvores e logo sumiu em grande velocidade para outro canto da vila”,
(b) O Sr. Zacarias dos Santos Barata, 74, casado, confessa: “Vi umas duas vezes esse aparelho. A primeira vez ele veio na direção de Souré (Ilha de Marajó) e cruzou a vila bem rápido. Da outra vez, vi daqui de casa quando uma bola luminosa vinha clareando todo o mato do Luzio. Ela não fazia barulho e não dava para ver direito como era, pois a luz era muito forte e de cor azulada”. O mesmo foi observado por seu vizinho, Júlio de Brito Correia, 70, acrescentando apenas que a nave voava baixo e à grande velocidade.
(c) O carpinteiro Carlos Cardoso de Paula, 45, casado, descreve dois eventos curiosos. Vejamos: “No tempo do Chupa, muitas vezes eu saia à noite para visitar as casas dos compadres e de colegas. A maioria deles se encontrava na rua fazendo fogueira e assando peixe. De vez em quando, faziam barulho com pistolas e latas para espantar o Chupa… Uma vez, ao sair de casa, por volta das 2I.OOh, ouvimos o grito do povo: “Lá vai o chupa”; daqui de casa só vi quando uma bola de fogo vinha correndo em nossa direção, mas logo mudou de rumo, entrando em outra rua. Outra vez aconteceu uma coisa muito estranha, segundo conta: “Estávamos todos dormindo em casa e eu ainda fumava o último cigarro quando, de repente, pela curnieira da casa, entrou uma bolinha de fogo. Aquilo começou a dar voltas pelo quarto até que veio junto a minha rede. Subiu pela minha perna direita até o joelho. Olhava tudo isso com muita curiosidade quando aquela bolinha passou para a outra perna e comecei a sentir fraqueza e sono. O cigarro caiu da minha mão e, assustado com aquela situação, dei um grito. A bolinha desapareceu e todos acordaram. Acho que ela estava procurando uma veia no meu corpo, mas não teve sorte… Quando ela aumentava o brilho, eu sentia uma espécie de calor…”
SONDAS – O relato do Sr. Carlos de Paula, apesar do bizarro, nos indica que a tal bolinha, na realidade, poderia tratar-se de uma sonda, pois as características descritas pela testemunha assim o indicam. Durante nossa pesquisa, localizamos duas pessoas, na Vila de Colares, as quais foram vítimas do chupa-chupa. O quadro clínico deste fenômeno será melhor detalhado com a descrição dos relatos que lá colhemos.
O primeiro foi o do comerciante Neuton de Oliveira Cardoso, 27, casado e que, na época, residia na Vila de Mocajatuba. Uma noite, acordou com um mal estar, sentindo uma “quentura” pelo corpo e, espantado, notou que se encontrava queimado à altura do pescoço, do lado esquerdo. Os familiares o levaram, no dia s
eguinte, à Vila dos Colares para o devido atendimento médico. Neuton comenta: “Fiquei muito fraco e sem ânimo durante vários dias e ainda sinto uma forte tontura e dor de cabeça”. A segunda vítima foi a Sr. Claudomira Rodrigues da Paixão, 43, casada, popularmente conhecida por “Mirota”. Ela foi atingida no seio pela luz do Chupa-chupa, quando então dormia na casa de parentes – Era cerca de meia-noite e dormia na rede: junto à janela, quando foi surpreendida por um intenso clarão; rapidamente, sentiu um calor sobre o corpo que a paralisou, quando então foi projetado um foco (um feixe) de luz esverdeada sobre seu tórax, sendo em .seguida recolhido. Mas era tarde e Mirota já apresentava queimaduras na mama esquerda.
Durante vários dias, sentiu uma grande fraqueza e fortes dores de cabeça, que vez por outra ainda voltam a incomodá-la. Posteriormente, foi conduzida ao Instituto Médico Legal Renato Chaves (Belém) para exames complementares. Anos atrás, inclusive, teve a visita de dois pesquisadores estrangeiros que chegaram à ilha com um avião monomotor juntamente com um intérprete. A dona Claudomira afirma: \’Durante o instante que o foco me atingiu , senti furadas como de agulhas sobre meu peito. Depois não senti nenhuma dor, a não ser dores de cabeça e uma moleza grande que me deixou na rede por vários dias…”
RELATÓRIOS SECRETOS – Ao iniciarem os rumores das curiosas aparições ufológicas no interior paraense e no Maranhão, acrescido do pânico dos populares em torno do fenômeno, o 1º Comando Aéreo Regional (1º COMAR), sediado em Belém, moveu exaustiva operação de campo com intuito de elucidar o enigma do Fenômeno Chupa-chupa. A ordem de comando era a seguinte:
1) O Fenômeno UFO merece um estudo profundo e objetivo;
2) Devem ser recolhidas todas as informações referentes ao fenômeno;
3) Pronunciamentos e comentários públicos sobre o assunto devem ser evitados.
Na época, a Aeronáutica enviou pesquisadores a diversos municípios onde era detectada a presença dos UFO.s, de tal modo que foram recolhidas centenas de relatos de 1º e 2º graus e cerca de 200 fotografias de objetos estranhos, UFOs. Os locais mais ricos em aparições foram a Baía do Sol (Ilha de Mosquei ro) e a Ilha de Colares (Pará), Nessas regiões, foram obtidas diversas fotografias de UFOs, sendo a maioria noturna, e ainda alguns filmes de curta-metragem registrando as evoluções das naves.
A maioria das fotos foram tomadas com câmeras profissionais (Cannon, Nikon) acopladas a teleobjetivas, utilizando filmes de 1000 ASA Kodak, preto-branco, equipamento este pertencente às Forças Armadas. Ao término das investigações de campo, foi iniciada a segunda fase dc operação, que M compreendia a elaboração de um relatório e análise dos dados recolhidos. Esse relatório, de cerca de 500 páginas, incluindo fotografias de UFOs, desenhos, mapas, fichas de entrevistas e recortes de jornais locais, foi todo enviado ao Estado Maior das Forças Armadas (EMFA), juntamente com toda a documentação fotográfica existente (filmes, negativos. cópias fotográficas).
Os resultados obtidos ao longo desse trabalho apontam que o Fenômeno Chupa-Chupa era geral e de natureza ufológica, sendo difícil precisar com objetividade a origem e a finalidade do mesmo.
EVIDÊNCIAS – Em uma pesquisa ufológica, não basta recolher e arquivar casos. E preciso testá-los, confrontá-los com outros e submetê-los a diversas críticas (tanto internas como externas).
O clima que a onda paraense de 1977 gerou no seio da população é complexo e rico de dados; todos os setores da sociedade foram atingidos e as opiniões divulgadas são as mais diversas possíveis. A imprensa efetuou um excelente trabalho, falhando, talvez, ao se deixar levar, por um lado, pelo ceticismo das altas cúpulas; e, por outra parte, pela falta de experiência no campo ufológico. No entanto, essas pequenas falhas são compreensíveis e naturais. Porém, o mesmo julgamento não é válido quando denunciamos o posicionamento da comunidade científica, política e militar que ainda insiste em se esconder só velhos pretextos anti-ufológicos. Essa omissão era de se esperar, sendo em parte proposital.
Táticas desta natureza são bem conhecidas pelos pesquisadores e divulgadores da realidade dos UFOs. Não faltaram as pesquisas sigilosas da Aeronáutica, a ridicularização, os “profetas” anunciando a chegada dos marcianos e ainda a tática de confundir com as preconceituosas afirmações de alguns profissionais liberais com as suas “famosas” explicações convenientes.
CONCLUSÕES – Esta pesquisa, apesar de suas limitações, nos permitiu uma amostragem adequada da onda ufológica paraense, na década de setenta. Destacamos alguns pontos:
1) A zona de ação foi o norte do Brasil, sendo freqüentes as aparições à beira de rios e do Oceano Atlântico;
2) Os UFOs surgiram, na maioria das vezes, à noite, sendo raras as aparições durante o dia;
3) Os depoimentos confirmam a presença de naves – mãe sempre vindas do alto e desaparecendo no céu;
4) Quanto às naves menores, tudo indica que se tratavam de sondas, devido ao seu perfil aerodinâmico e comportamental, como objetos redondos extremamente luminosos, movimentos rápidos, vôos à baixa altitude, emissão de feixes luminosos e perseguição à populares;
5) As queimaduras produzidas pelos UFOs não eram acidentais, mas demonstravam um objetivo. Eram visados homens e mulheres, atingidos preferencialmente quando dormiam;
6) Não há provas cabais de que os UFOs retiravam sangue de suas vítimas; por outro lado, os exames bioquímicos e clínicos efetuados pela Dra. Wellaide C.C. de Oliveira atestaram a diminuição do número de hemácias no hemograma das vítimas, além do quadro clínico bastante peculiar de pessoas que tiveram perda de sangue considerável (tonturas, cefaléias, fraquezas no corpo, impossibilitando as vítimas de ficarem em pé) incluindo a presença de diminutas “picadas” nas regiões atingidas pelos raios dos UFOs;
7) As informações referentes aos ocupantes das naves são poucas, porém apontam a presença de seres de baixa/média estatura, pele esverdeada e enrugada;
8) Há um objetivo específico, de grande importância, que desencadeou a invasão dos UFOs no litoral
do Pará e do Maranhão.
Tudo leva a crer que o fenômeno global era uma missão de grande envergadura, não somente pela freqüência de aparições, mas pelo grande número de objetos visualizados. As zonas incidentes foram escolhidas devido às suas posições estratégicas e pela segurança que apresentava à ação dos UFOs (isolamento geográfico, núcleos populacionais dispersos e pequenos). O objetivo dessa invasão estava relacionada (possivelmente) com a pesquisa e a manipulação biológica do homem por parte dos alienígenas, cuja finalidade não conseguimos, por enquanto, elucidar.