O tema deste trabalho – as perspectivas de um futuro contato de nossa humanidade com seres extraterrestres – poderá parecer arcaico, redundante e até mesmo desnecessário para a maioria dos estudiosos e ufólogos que já lidam há tantos anos com o Fenômeno UFO. Mas, trata-se de uma impressão que merece ser revista pois, após tantos anos de estudos e pesquisas em torno da problemática ufológica, todos nós gostaríamos que “eles”, os extraterrestres, falassem abertamente conosco. O que não ocorreu até agora! Por outro lado, qualquer pessoa que tenha uma bagagem cultural razoável reconhece a importância das comunicações e da informática no mundo moderno: simplesmente, nosfra atual civilização dificilmente sobreviveria sem esses processos. Com a evolução de nossa tecnologia astronáutica e o advento das observações ufológicas, já não somos mais uma aldeia global como afirmou o “papa” das comunicações, Marshall MacLuhan, referindo-se à intrincada rede de comunicações em todo o nosso planeta. Já podemos considerar, isso sim, a Terra com sendo uma aldeia pequena numa imensa aldeia interestelar que, da mesma forma que ocorre conosco, tende para a comunicação global.
Neste trabalho, esperamos poder apresentar as principais discussões sobre este tópico. É necessário que os estudiosos do tema reflitam e compreendam a importância da comunicação entre raças diferentes do universo, sob o ponto-de-vista astronômico. E esse assunto – o da comunicação com raças extraterrestres – está muito longe de ser simples! Pelo contrário, mantém firmemente um desafio aos nossos melhores cérebros, como veremos. Neste quase final de século, atingimos um estágio cultural e tecnológico de tal envergadura que muitos de nós simplesmente não nos conformamos mais com a idéia de estarmos sozinhos no universo. Sabemos hoje, que só a nossa galáxia – a Via Láctea – possui cerca de 180 milhões de estrelas e que, segundo um cálculo médio, somos aproximadamente 3 trilhões de seres só nesta galáxia. Mas, devido às imensas distâncias envolvidas nesse contexto, os astrônomos são célicos sobre a possibilidade de comunicação entre nós e esses outros seres. Viagens espaciais seriam, então, totalmente inconcebíveis segundo os padrões atuais de navegação espacial. Mesmo assim, existem inúmeros trabalhos científicos publicados, que circulam apenas entre astrônomos, sobre a busca de planetas extra-solares e, à medida que as observações astronômicas são feitas e desenvolvidas – principalmente com o auxílio de satélites-observatórios -, estamos descobrindo cada vez mais estrelas, entre as observadas, onde há indícios da existência de planetas. Um exemplo disso ocorreu com o satélite europeu IRAS, ao descobrir um corpo semelhante a Júpiter junto à estrela Vega. Este planeta foi denominado “VBSB”.
UMA BUSCA NECESSÁRIA – Estamos, do ponto-de-vista estritamente científico e tecnológico, utilizando-nos do que há de melhor no que diz respeito a recursos para o desenvolvimento da “busca” pela vida extraterrestre. Por outro lado, desde junho de 1947, o mundo começou a ter notícias de que estranhos objetos passaram a singrar os nossos céus, sendo imediatamente denominados pela imprensa de discos voadores – um termo hoje em desuso. Os militares, por sua vez – e na falta de denominação melhor – definiram tais fenômenos como UFOs (do inglês \’Unidentified Flying Objects\’, o que é exatamente o mesmo que o nosso OVNI – \’Objeto Voador Não Identificado\’), seguindo a ótica esverdeada de suas telas de radar. O fato é que “eles” nos alcançaram! Tempos depois do início desta manifestação, na medida em que nos formulávamos a clássica pergunta “mas como foi que \’eles\’ nos acharam nesse fantástico palheiro que é o universo”, o pesquisador e escritor suíço Erik Von Däniken (juntamente com os franceses ligados ao movimento muito bem sucedido denominado \’Realismo Fantástico\’) mostrou-nos como é evidente, pelo menos em alguns casos, que os ETs já estiveram aqui na Terra há muitos milhares de anos. Modificou-se, assim, a pergunta que nos inquietava, pois tais evidências apresentadas por Däniken nos levam a crer que a própria existência dos hominídeos tenha algo a ver com essa presença pretérita de nossos visitantes.
A expectativa de um contato futuro com os extraterrestres se divide em dois grandes movimentos. Por um lado, os astrônomos calcularam (de acordo com a famosa equação de Green Bank) que somos aproximadamente 3 trilhões de \’almas\’ na galáxia e que existem restos de antigas civilizações em outros mundos; calcula-se algo em torno de 2,5 bilhões de mundos com civilizações extintas. Então, justificava-se buscar o contato com as civilizações vivas de nossa galáxia, é claro, por meios tecnológicos. Isso já acontece desde 1959, com os pioneiros astrônomos Frank Drake, Giuseppe Cocconi e Philip Morrinson, todos do Rádio-Observatório de Green Bank, na Virginia (EUA).
Estes cientistas erigiram o famoso “Projeto Ozma”, cujo objetivo era o de emitir para o espaço, direcionando a antena dos radiotelescópios para determinadas estrelas semelhantes ao Sol e promissoras de vida, feixes de ondas de rádios (pulsos eletromagnéticos) viajando à velocidade da luz, na freqüência de 1420 mega-hertz/segundos (ou megaciclos – que correspondem ao comprimento de onda de 21 cm, do espectro do átomo de hidrogênio – o mais abundante átomo do universo).
AS DIFICULDADES INICIAIS – Para tanto, foram construídos aparelhos caríssimos, mas de difícil manipulação, para poderem manter a potência constante, direcionando corretamente as emissões e filtrando tudo aquilo que fosse \’eletromagneticamente indesejável\’. O problema da potência é o mais grave neste tipo de trabalho, pois ela diminui com o inverso do quadro da distância, de modo que um sinal entre dois mundos que se distanciam 4 vezes terá sua intensidade diminuída em 16 vezes. Mas, que sinal estes cientistas emitiram? Harved I. Ewen e outros cientistas da Cornell University conceberam um código cifrado em matemática binária – a linguagem usada por computadores – representando números e constantes matemáticas universais, tais como o número “pi” e o valor de “e” (a base dos logaritmos neperianos), dentro de matrizes que informavam ao hipotético receptor um desenho de “exemplares” da vida terrestre: um homem, uma criança e uma mulher; e emitiram também uma figura representando o \’código da vida\’, a molécula do ADN. Depois dessa emissão só restava esperar…
As estrelas escolhidas para receberem as mensagens na ocasião eram poucas e relativamente próximas do Sol: Tau Ceti, Epsilon Eridani, 61 Cygni, Estrela de Barnard, a estrela do norte Polaris e Alfa Centauris. Num total de 150 horas, durante os meses de maio, junho e julho de 1960, essas estrelas foram exploradas sem resultado nenhum. N
esse meio tempo, os russos Shlofcovsky e Kardashev faziam algo semelhante no observatório da Criméia e de Pulkovo. Mas perceberam que tinham que ter mais canais de recepção, mais versatilidade e rapidez nas varreduras, e criaram um aparelho receptor multi-canal. Seguiu-se, então, o “Projeto OZMA II”, idealizado por Patrick Palmer e Ben Zuckermaan, que examinou 600 estrelas. Freeman Dyseon, do Instituto de Estudos Avançados de Princeton, em New Jersey (EUA), dava indicações de como se achar vestígios de atividade tecnológica nas estrelas promissoras de vida: as civilizações que ali vivessem, se fossem muito adiantadas tecnologicamente, teriam uma necessidade imensa de energia e provavelmente alterariam o espaço ao redor de sua estrela para poder captá-la. Essa teoria foi chamada, depois, de a “Máquina de Dyson”. Deve-se acrescentar, também, a descoberta de moléculas orgânicas no universo e nos meteoritos que caíam na Terra. Hoje, os rádio-observatórios, que normalmente ficam em lugares desérticos ou muito altos, têm equipamentos sofisticadíssimos, exigindo uma refrigeração especial nos dispositivos eletrônicos. O mais recente programa de busca de vida extraterrestre de que se tem conhecimento é o famoso “Projeto Seti” (do inglês \’Search for Extraterrestrial Intelligence\’), desenvolvido ao custo de 20 milhões de dólares ao longo de uma década. Seu idealizador é o famoso exobiologista Carl Sagan, autor da série Cosmos.
GIGANTISMO NA PESQUISA – Para ser ter uma idéia da dimensão do projeto, somente o analisador de espectro multi-canal permite a emissão de 65.000 freqüências individuais, selecionadas e controladas por sofisticados computadores que registram todos os sinais \’incomuns\’ recebidos. O principal rádio observatório utilizado pelo Seti foi o de Arecibo, em Porto Rico, construído na cratera de um vulcão extinto. As mensagens codificadas exigiram a criação de uma linguagem especial, que foi denominada de “LOGLAN” (do inglês \’Logic Language\’), para se poder formular corretamente os sinais emitidos. O próximo projeto da série, denominado “Projeto Cyclops”, usaria 1.500 antenas (com o formato de um radar ou uma antena parabólica), trabalhando juntamente com outros rádio-observatórios no mundo em um programa denominado “Very Large Array Search” (Editor: busca de muito grande alcance) – e tudo isso ao custo de 8 bilhões de dólares. Seu analisador multi-canal, por exemplo, poderá trabalhar com até 8 milhões de canais, apontando para milhares de estrelas ao mesmo tempo e ao longo de vários milhares de anos-luz da Terra.
Mas, à esta altura, os ufólogos perguntariam: “não seria muito mais barato e sensato pesquisar os UFOs que estão nos visitando aqui na Terra do que gastar tempo com essa parafernália tecnológica?” Isso fica ainda mais complexo quando se sabe que o autor e idealizador de todo esse emaranhado de projetos e pesquisas é o conhecido Dr. Carl Sagan – um cientista muito pouco simpático 9 questão dos UFOs. Vamos refletir esse assunto: em primeiro lugar, Sagan apenas quer ter a prova final da existência dos UFOs e, em segundo lugar – e isso é muito importante – ele é considerado um “entusiasta da busca pela vida extraterrena”, coisa pela qual muitos de seus colegas causticamente o criticam, Sagan indiscutivelmente prestou e está prestando um enorme serviço não só a ciência como à própria Ufologia. Aquilo tudo que ele não pode dizer deforma acadêmica ou oficial, está agora em seu espetacular romance-ficção Contato. Sabemos, no entanto, que a maioria dos ufólogos do planeta considera ridícula essa procura por extraterrestres através desses meios, mas ainda assim é importante! Com esses métodos poderemos ter uma linguagem comum entre nós e “eles”-, poderemos, talvez, ter a chave para o contato “mente-a-mente” entre nós e os extraterrestres.
Quem quer que pratique pesquisa ufológica com certeza sentiu um terrível mal-estar ao assistir o filme de Steven Spielberger, Contatos Imediatos do III Grau, quando uma base fantástica foi montada às escondidas para receber os visitantes alienígenas e restritos a poucos “escolhidos” da burocracia militarista norte-americana. O resto da população ficou de fora! Não se iludam os ufólogos, pois essa ficção pode algum dia vir a tornar-se uma triste realidade. Ainda dentro do \’script\’ do filme, havia aquelas pessoas que possuíam poderes paranormais e que acabaram tendo o seu \’contato particular\’ – exatamente como ocorre hoje na casuística ufológica – com os visitantes, em especial os chamados contatos de 5o\’ grau. Sem necessitar de vultosas verbas para emitir sinais inteligentes para o espaço – e sem partirem da premissa de que os ETs têm o hábito de ouvir rádios – os “contatados” ufológicos pós mostram um perfil de diversos meios de comunicação empregados por eles próprios para gerar ou obter informações. Neste caso, tudo que se necessita é de, no mínimo, um UFO verdadeiro (de preferência) e, no máximo, uma testemunha honesta, que tenha um mínimo de sensibilidade paranormal ou um grande poder de concentração e atenção.
A COMUNICAÇÃO COM ETs – Do que as testemunhas, os chamados “contatados”, precisam, apenas de água, alimento, ar atmosférico, falar ou pensar, ter paz interior e estar no lugar certo, na hora certa e vendo o fenômeno certo. Jacques Vallée, ufólogo francês de grande renome (independentemente de sua última e decepcionante posição em relação aos UFOs), tem razão ao chamar a atenção de todos os ufólogos do mundo para o problema do contatado: é nele que reside a chave da comunicação com os ETs e, talvez, de todo o esclarecimento às perguntas básicas da Ufologia. E devemos, por obrigação metodológica, levar em conta o componente da paranormalidade humana – a chamada PES (Persepção Extra-Sensoriall. Os cientistas desprezam totalmente não só a existência dos UFOs, como também os poderes paranormais do homem. Esqueceram-se, no entanto, de que Sócrates tinha dado uma chave importante para esses mistérios ao dizer as célebres palavras “Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o Universo”. Ele não falava de um universo meramente físico e material, mas sim do “Kosmos” grego – que pode ser bem traduzido no termo “A Ordem Gerada por um Criador”. Uma mente superior, pois ele era um iniciado nos mistérios egípcios.
Por outro lado, os contatados – e mesmo alguns ufólogos, que fazem uma guerra mudar com os cientistas, taxando-os de esnobes e cegos não se preocupam muito em aprimorar sua própria cultura para se prepararem para um contato ou para o eventual “retorno” dos seres extraterrestres que um dia encontraram. Refiro-me, aqui, a alguns casos ufológicos espetaculares da casuística, embora não inverossímeis – como os de Uri Geller e Andrija Puharich, por exemplo. E aproveito para falar também do caso de Barney e Betty Hill, o casal norte-americano seqüestrado para bordo de um UFO gigantesco, nos anos 60. Vamos recordar especialmente o momento em que Betty conversava com o ET que seria o l&i
acute;der ou comandante da nave e pedia a ele para que localizasse o ponto do espaço – demonstrado por uma espécie de mapa estelar dentro da nave – de onde vinham. Betty narrou este episódio em minúcias durante as sessões de hipnose regressiva que passou no consultório do Dr. Simon:
• “Era uma escrita diferente, aquela. Eu não sei dizer pois, embora já tivesse visto japonês escrito, esta escrita tinha algumas linhas agudas e muito finas, enquanto outras eram do tamanho médio. Haviam outras, ainda, que eram muito grossas. Havia alguns pontos, linhas retas e linhas curvas na escrita. O líder da nave riu e me perguntou se eu saberia ler o que estava escrito ali. Eu também ri e disse que não poderia, mas não estava pegando-a para ter – o que seria minha prova de que aquilo aconteceu. E, assim, ele disse que eu podia ficar com o livro todo, se eu quisesse. Eu o peguei e fiquei muito contente; isso era mais do que eu jamais ousar esperar. Nunca vira nada parecido com aquele livro, mas fiquei muito feliz por tê-lo recebido. Eu acreditava que, talvez, de algum modo, com o tempo eu pudesse vir a lê-lo.”
• “E, então, eu perguntei de onde ele viera, pois eu já havia lhe dito que sabia que ele não era da Terra e que desejava saber de onde ele vinha. Nisso, ele me perguntou se eu sabia alguma coisa sopre o universo. Eu respondi que não, que não sabia praticamente nada sobre o assunto, e disse apenas que, guando eu estava na escola, nos ensinaram que o Sol era o centro do sistema solar e havia nove planetas ao seu redor. Eu lhe contei sobre ter visto fotografias de milhões de estrelas do universo, mas isso era praticamente tudo o que eu sabia sobre este assunto. Assim, ele disse que gostaria que eu soubesse mais sobre o universo, quando lhe afirmei que também gostaria de saber. Então, ele atravessou a sala, foi para a cabeceira da mesa e abriu algo semelhante – mas não exatamente – a uma gaveta. Ele fez alguma coisa e, no metal da parede, surgiu uma abertura, de onde ele retirou um mapa e me perguntou se eu algum dia vira algo como aquilo antes. Eu atravessei a sala, inclinei-me sobre a mesa e olhei para o mapa: era um mapa oblongo; não era quadrado. Era muito mais largo do que comprido. E havia vários pontos nele.”
• “Os pontos estavam espalhados por todo o mapa: alguns eram pequenos, não passando de pontinhos, outros eram tão grandes quanto uma moeda. Havia várias linhas: umas estavam sobre alguns dos pontos e outras, curvas, indo de um ponto a outro. Havia, ainda, um círculo grande, com muitas linhas saindo do mesmo. Muitas linhas indo para outro círculo bem perto, mas não tão grande – e estas eram linhas grossas. Nesse ponto, eu perguntei o que significavam todos aqueles pontos e linhas e ele me disse o seguinte: as linhas grossas eram rotas comerciais: as linhas cheias eram rotas a lugares onde eles iam ocasionalmente: e as linhas pontilhadas eram expedições.
“Assim, em meio à tantas linhas e pontos, eu perguntei onde era sua origem. Ele me respondeu com uma pergunta: \’onde você está no mapa?\’ Eu olhei, ri e respondi que não sabia, quando ele retrucou: \’se não sabe onde está nesse mapa, não adianta eu dizer de onde eu venho\’. Após isso, ele guardou o mapa, enrolando-o e colocando-o de volta no espaço na parede. Senti-me uma idiota com esse diálogo, porque eu não sabia onde fica a Terra no mapa. Perguntei-lhe, então, se poderia abrir o mapa de novo e me mostrar onde fica a Terra. Ele riu de novo! Eu pensei: \’bem, ainda tenho o livro, que é uma prova\’, e comecei a folheá-lo de novo. Mais tarde, no entanto, o livro foi me retirado das mãos.” (Editor: trechos extraídos e editados a partir dos depoimentos sob hipnose regressiva publicados no livro A Viagem Interrompida, de John Fuller)
A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO – Nesta narrativa, percebe-se facilmente a importância do que me referia momentos antes, sobre a cultura necessária para se comunicar com os ETs. Da casuística ufológica mundial, podemos resumir os tipos de comunicação já havidos entre terrestres e extraterrestres da seguinte forma:
(a) Mímica, usada pelos extraterretres para se comunicar conosco e ocorrida em alguns raros casos conhecidos até hoje.
(b) Línguas estranhas, faladas pelos ETs mas que geralmente não são dirigidas ao contatado (são usadas para comunicação entre os seres).
(c) Uso de aparelhos de tradução para o nosso idioma, talvez com o auxílio de uma espécie de computador pessoal ou de bordo (a idéia sustenta-se na TV e, com isso, decifram nossos confusos c variados idiomas).
(d) Escritas estranhas entregues ao contatado, mas estudo da maioria dos casos demonstra serem fraudulentas (exceto em casos como o livro de Mórmon, entregue pelo “anjo Moroni” a Joseph Smith, e o livro presenteado a Betty Hill e tomado depois).
(e) Comunicações telepáticas, ocorridas na maioria dos casos de contatos de 3°, 4° e 5° graus. Este fenômeno já foi verificado cientificamente e na Universidade de Duke, nos EUA.
(f) Comunicações transcendentais, como as que ocorreram com pesquisador e cientista radicado nos EUA, James Hurtak.
ESTUDOS DO COMPORTAMENTO – Temos que levar em conta, também, os diferentes tipos de seres que nos visitam e que podem ter origens diferentes entre si, assim como meios de evolução diferentes e, portanto, processos de comunicação distintos. Os tipos chamados de “Alfa” são aqueles que se comunicam de acordo com os itens (a), (b). (c) e fel acima; já e os tipos conhecidos por “Omeea” se comportam como nos itens (d), (e) e (f). Talvez, a comunicação do futuro seja a telepática, no que os olhos vão desempenhar um papel importantíssimo. Mas, para sabermos como se processaria esse tipo de comunicação, vamos ter que recorrer a uma ciência (terrestre) nova e importante – a “Teoria da Informação” – que procurarei adaptar ao problema ufológico.
Primeiramente, a palavra comunicação vem do latim “communicatione”, que é o processo pelo qual idéias e sentimentos (razão e emoção) se transmitem de indivíduo para indivíduo para tornar possível a interação social na comunidade. Comunicar dizer ‘ligar, unir, por em ligação ou contato’ (este termo é o item mais importante da Ufologia). Vamos conhecer, também, a importância e o significado da palavra religião. Ela vem do latim “religare” e significa \’ligar de novo aquilo que um dia, no passado, esteve ligado e se rom
peu\’. E deve-se tentar nova ligação. Isso tudo implica em que, se os ETs são seres gregários e sociais como o homem, respeitando as diferenças evolutivas e culturais, eles, como nós, têm a necessidade de se comunicar com outras espécies. Porém a Teoria da Informação nos diz que não existe a comunicação perfeita – sempre haverá um mínimo de ruído (tudo aquilo que atrapalha a transmissão). A Teoria diz, também, que deve haver um repertório comum e um campo comum de experiências – ao que tudo indica, já possuímos um repertório mínimo e um campo de experiências, que é viver neste planeta, controlá-lo e transcendê-lo, como eles mesmos fizeram com os deles.
FALTA SINTONIA COM OS ETs – A importância da ciência e da cultura surge no momento em que compreendemos que, pela Teoria da Informação, quanto maior for a superposição do repertório e quanto mais elementos possuírem ambos em comum, melhor a eficiência da comunicação. Para isso, deve-se eliminar ao máximo o número de ambigüidades perante nossos “parceiros” ETs. Deve-se evitar palavras como geometria, rádio-aparelho eletrônico, coisas do gênero e certos verbos como ser, estar, etc. Pense como transmitir a um extraterrestre recém-chegado ao nosso planeta seus conhecimentos sobre o mundo, sobre o universo e sobre você mesmo. Haverá uma enorme dificuldade de explicar o significado de certos termos – e de nada adiantará que leiam a Enciclopédia Britânica, seja em que idioma for, se não houver um codificador e decodificador comum (uma “interface”, na linguagem da informática). É por isso que a Teoria da Informação afirma que a eficiência dc uma transmissão é proporcional à sua repetição, para garantir a maior probabilidade de êxito possível na recepção da mensagem. Observem a desova de peixes e entenderão o significado disso. O ruído pode ser evitado ou minimizado, “complicando” o código utilizado.
No caso da Ufologia. a repetição é uma mesma mensagem comunicada ao maior número possível de pessoas – terrestres – e a “complicação” do código é intervir diretamente em nossos cérebros, que possuem padrões únicos de codificação e decodificação. A comunicação é eficiente quando não há redundância: de que adianta eu comunicar algo a alguém se este receptor já sabe o que vou comunicar. Portanto, a eficiência está na informação nova, ou na informação velha explicada de uma nova forma. A pessoa que recebe uma nova mensagem – que não possui ainda em seu repertório e nem está “cadastrada” em seu código receptor – vai por tentativas sucessivas, através da repetição, traduzindo, assimilando e assumindo, por fim, o significado próprio e verdadeiro da mensagem. A eficiência da comunicação leva também em conta a capacidade de manipulação e processamento dos elementos que se possuem, que se recebem ou se transmitem. Para nós, isso poderá significar que a comunicação plena com os ETs só se realizará quando controlarmos e harmonizarmos os nossos cérebros, ou ainda, quando dermos um novo salto evolutivo, aumentando ainda mais a capacidade cerebral humana, em níveis semelhantes aos cérebros dos extraterrestres do tipo “Alfa” – os de cabeça grande e corpo de criança. Em Evolucionismo, isso recebe o nome de “neotenia” – cérebro altamente desenvolvido, e por isso maior que o normal, e corpo atrofiado.
COMUNICAÇÃO É EVOLUÇÃO – Comunicação e controle (as origens da Cibernética) fazem parte da essência da evolução da natureza e, principalmente, da vida interior do homem. Por conseqüência, isso deve valer também para outros seres do universo. A comunicação e o poder da informação é um dos mais importantes meios de libertação do homem. A posição na escala evolutiva é determinada pelo maior ou menor grau de comunicação dos indivíduos ou povos. Como necessidade biológica, a comunicação é a força evolutiva que atua por seleção – e esta por informação genética; como necessidade grupal, a comunicação é o único veículo adequado e capaz de expandir o progresso e a cultura, reelaborando o conhecimento em níveis sempre mais altos que, sem uma intensa rede de comunicação que nos envolve desde nossos primeiros dias no mundo, seria totalmente impossível. Quando pessoas ou grupos progridem em sua cultura, há um reflexo imediato na linguagem empregada por esse grupo. Quanto mais intensas as comunicações de sinais e informações que fazem viver o grupo – e quanto mais facilmente esta transmissão se opera – mais o grupo estará vivo e apto ao desenvolvimento e à evolução. A maior motivação nas comunicações entre grupos é a capacidade de expressar amor e solidariedade.
Como necessidade estrutural, a comunicação – no contexto sócio-político-econômico planetário e devidamente atendida e elaborada – é o fator de equilíbrio mais precioso no conjunto das atividades humanas. É por isso que Carl Sagan aspira tanto o contato com os ETs: é comunicação definitiva para que possamos resolver de vez os problemas gerais do planeta, como por exemplo as curas para certas doenças e até orientação para acabarmos de vez com a ameaça de nossa própria autodestruição. Como necessidade conjuntural, temos a dizer que a origem de todos os conflitos está na deficiência de comunicação. O problema do ruído, em relação aos nossos cérebros que atuariam como canais de comunicação está, no momento, atrapalhando demasiadamente a ocorrência de contatos de 5° grau: não temos o controle emocional suficiente para receber certas mensagens. Vamos examinar o exemplo de uma comunicação de alto nível, aqui mesmo na Terra, cuja mensagem é de difícil tradução e compreensão e o nível de ruído (emocional) é alto. Refiro-me a escritos de Krishnamurti, que depois de ter sido considerado por alguns como a encarnação de Cristo na Terra, passou por uma estranha doença que quase o levou à morte e, depois disso, desligou-se de tudo, passando a proferir palestras comunicando mensagens aos homens para libertá-los de seus próprios grilhões.
Sua mensagem é exatamente o modelo de uma mensagem extraterrestre oriunda de uma raça estranha para nós. E totalmente destituída de crenças, de anjos, de Deus, de poderes ou forças, etc. Ele põe o homem diante de si mesmo e o convida a conhecer o universo.
PERIGO CONHECIDO – O contato-a nível global ou mundial – não deverá jamais acontecer, creio eu. O silêncio dos extraterrestres, sua invisibilidade, sua ausência, sua imprevisibilidade e seu comportamento fugidio parecem indicar que eles sabem do perigo que correriam contatando-nos de forma global ou “oficial”. E esse mesmo comportamento parece indicar também que eles respeitam nosso livre-arbítrio, nosso esforço para que cheguemos até eles por nossa própria vontade e condições. É difícil – mas necessário – ter que admitir, mas são eles que escolhem com quem falar e não o contrário! E necessitam de pessoas com cérebros e espíritos harmonizados para tal. Nesse aspecto, é importante citar mais um trecho do contato de Betty Hill, enquanto dialogava com o líder do UFO que a raptou:
• “Não posso dizer onde fica a Terra no mapa. Eu não sei! Também não sei responder a todas essas coisas que você me pergunta: sou uma pessoa muito limitada, tentando apenas conversar com você. Mas há outras pessoas neste país que não são como eu, e que ficariam imensamente felizes em conversar com você. Elas poderiam responder à todas as suas perguntas. Mas, se você voltasse para poder encontrar-se com eles, eu não saberia onde encontrá-lo. ” Nesse ponto exato do diálogo, segundo Betty, o extraterrestre sorriu e lhe disse: “Não se encontrá-la muito bem. Sempre encontramos quem desejamos.” Betty sorri também.
CONTROLE ABSOLUTO – Já no caso de Andrija Puharic, outro importante contatado dos anos 70, o diálogo parece ser mais completo, pois neste caso o contatado é uma pessoa instruída, um cientista. Para se ter uma idéia da comunicação que trocou com seus interlocutores extraterrestres, citamos a pergunta que Puharic fez a um dos seres que pareciam ter mais controle da situação; “Vocês estão por trás das observações de UFOs desde que começaram nos Estados Unidos, em 24 de junho de 1947, quando Kenneth Arnold viu 9 discos voadores?” A resposta foi taxativa: “Estamos”. Para que possamos ter uma idéia mais completa do tema que abordamos aqui, vamos continuar a descrever o diálogo de Andrija Puharic com seus interlocutores:
Andrija: Quando e por que eu fui notado por vocês?
Resposta: Em 1946. Nossos computadores estudam cada pessoa na Terra; você foi notado como o homem ideal e perfeito para esta missão.
Andrija: E de que missão se trata?
Resposta: Não pergunte. Ela será revelada. Esteja preparado. Seja sensato, seja calmo. Tranqüilize-se. Há uma tarefa muito pesada em seus ombros para os próximos cinqüenta anos. Há muita coisa a ser feita para ajudar o universo. O cérebro cósmico ser-lhe-á enviado.
É claro que essas informações são assustadoras e perigosas. Podem, inclusive, dar origem a cultos estranhos, entre eles a “ufolatria” – uma espécie de adoração aos UFOs e aos extraterrestres. Mas, Albert Einstein já dizia a mais 40 anos: “Sustento que o sentimento religioso cósmico constitui a mai$ nobre e forte motivação para o conhecimento humano”. Essa é a chave para podermos conviver com a enorme responsabilidade de um contato entre nós e os extraterrestres – o amor e o conhecimento. Durante todos estes séculos, o homem vem estudando a natureza, o átomo, a célula e o universo, mostrando-se muitas vezes intolerante com os mitos da Criação defendidos por outras pessoas. Mas o homem se esqueceu da mentira constituía os seus próprios mitos – de que estava sozinho no universo, de que era o centro dele e de que era a maior perfeição biológica já acontecida na natureza.
Contatos com ETs no Brasil: A falta de definição
Existe no Brasil alguma literatura interessante sobre o tema contatos com extraterrestres, quer no aspecto intrínseco da pesquisa científica, quer no que diz respeito aos contatados ufológicos. Aliás, sobre estes há fartíssima literatura, escrita por contatados conhecidos ou anônimos. O Centro para Pesquisas de Discos Voadores (CPDV) tem recebido regularmente novos livros publicados sobre experiências de contatados, mas avalia, no entanto, que a grande maioria destes relatos – cerca de 85% do total – corresponde tão somente às conhecidas e inevitáveis fraudes ou alucinações psicopatológicas de seus autores ou pretensos “gurus”. Alguns casos são críticos, de pessoas que afirmam convictamente estarem sendo \’representantes de civilizações extraterrestres era nosso planeta\’. Outros acreditam estar em contato com \’comandantes supremos de frotas interestelares em missão na Terra\’. E há outros, ainda, que supõe-se – e chegam a afirmar isso publicamente – \’ser amigos de extraterrestres\’. Enfim, há casos diversos, para alimentar pesquisas psicológicas por décadas…
Mas, evidentemente, há os casos que estão cobertos de veracidade e são tratados de modo absolutamente diferenciado dos casos anteriores. Estes são os “clássicos contatados”: aqueles em que há evidência real do contato, tais como Antonio Villas-Boas, Luli Oswald, Onilso Patero, Freitas Guimarães, Tiago Machado. Jocelino de Mattos, Turíbio Pereira, Antonio Alves Ferreira e tantos outros que foram devidamente checados e estudados por ufólogos brasileiros (e estrangeiros, em alguns casos). Na realidade, são estes os casos que formam, hoje, a espinha dorsal da Ufologia Brasileira – e foi através deles que a pesquisa do assunto em nosso país foi conhecida e passou a ser bem reputada em todo o mundo. Por outro lado, existem também alguns excelentes – embora controversos – casos de contatados psíquicos (também chamados de paranormais) no Brasil. Suas experiências dificilmente poderão ser comprovadas, pois se dão a nível suprafísico; mas, da mesma forma, será igualmente difícil determinar sua fraude.
Entre os exemplares nacionais que merecem respeito neste tipo de contato, está o arquiteto e sensitivo Luiz Gonzaga Scortecci de Paula, atualmente residindo em Curitiba. Scortecci passou por uma série de experiências psíquicas em que recebeu centenas de valiosíssimas informações sobre a origem, o presente estado e o futuro do planeta Terra. Tais dados serviram para que escrevesse uma série de artigos, um livro sobre o assunto (Mensagens Extraterrestres) e estruturasse um arrojado projeto de construção de \’estações\’ independentes para a tentativa de contato com extraterrestres. Estas instalações foram chamadas de \’estações interplanetárias\’ e o projeto que as concebia de \’Projeto Alvorada\’, hoje extinto. Scortecci pode ser contatado através do endereço: Caixa Postal