Aos poucos vamos desvendando os segredos de nosso sistema e conhecendo nossos vizinhos, seus satélites e mistérios. O gigante Júpiter e suas luas são as imagens da vez.
Ganímedes é a maior lua de Júpiter e o nono maior objeto de nosso Sistema Solar, maior até mesmo do que o planeta Mercúrio. A última vez que tivemos boas imagens em close foi com a missão Galileu, no final dos anos 90.
Essas imagens forneceram uma visão detalhada de grande parte da superfície de Ganimedes, mas Galileu nunca conseguiu capturar o polo norte de Júpiter. Agora, graças à sonda Juno da NASA atualmente orbitando Júpiter, temos as primeiras imagens do polo norte da grande lua joviana.
Ao contrário da missão Galileu, Juno não foi projetada especificamente para estudar as luas de Júpiter. As imagens da sonda não são de tão alta resolução quanto as de Galileu nos anos 90, em parte porque foram tiradas de locais mais distantes.
E as imagens de Juno mostram a visão no espectro infravermelho, registrando a quantidade de calor irradiada por Ganimedes em vários pontos próximos ao seu polo, mas não aquilo que nossos olhos veriam.
Ainda assim, as imagens fornecem um vislumbre dessa parte de Ganimedes que não era vista até agora. O instrumento JIRAM da espaçonave Juno, também conhecido como Mapeador Auroral Infravermelho Joviano, adquiriu as imagens como parte do mapeamento das regiões norte da Lua.
O JIRAM usou imagens e espectroscopia de alto contraste para estudar as regiões polares de Júpiter durante o sobrevôo de 26 de dezembro de 2019. Naquele momento, Ganimedes estava à vista de Juno. A sonda foi programada para transformar seus instrumentos em direção a Ganimedes durante esse período.
Na volta mais próxima de Ganimedes – cerca de 100.000 km – o JIRAM coletou 300 imagens infravermelhas da superfície da lua, com uma resolução espacial de 40 km por pixel.
Abaixo, as imagens feitas pela sonda:
Várias vistas infravermelhas do pólo norte de Ganimedes, capturadas pela sonda Juno
em 26 de dezembro de 2019. Crédito: NASA
Ganimedes, como vista em cores aprimoradas pela sonda Galileo no final dos anos 90.
Crédito: NASA
Seção transversal do interior de Ganímedes, mostrando um oceano subterrâneo.
Crédito: NASA
Com informações do site EarthSky