Mais duas “danças-do-Sol”, mensagem ou alucinação?
Em Portugal, na Praia-das-Maçãs, 30 de Agosto (Domingo) de 2009, teve lugar uma Procissão de Nossa Senhora da Praia, antecedida de missa na Capelinha desse lugar que começou às 16h, e estiveram presentes muitas gentes desse e de outros lugares.
Oito andores, com imagens Sagradas (incluida a da Nossa Senhora da Praia) desfilaram por essa Vila, que terminou nas ondas do mar. Houve a comemoração dos 120 anos da povoação.
Uma Senhora relata ter visto o Sol a “pular” duas vezes ao pôr-do-sol. O seu nome é Rute Aparício Amorós, 30 anos, licenciada em Agronomia e usa óculos com pouca graduação. Afirma que não tem outros problemas de visão.
A mesma desceu até à praia, onde relata ter tido uma visão que a perturbou bastante, pois “viu” as águas a subir, formando uma onda gigante que foi em direcção à praia. Esta visão transformou os dias seguintes numa tormenta, chegando a sentir uma grande emoção no peito.
Pelas 19h, ao pôr-do-sol, observou três bolas pretas à volta do sol, e o mesmo conjunto movimentou-se para cima com uma ligeira inclinação para a direita. Subiu pouco e parou. Com alguns segundos de intervalo, voltou a subir mais um pouco. Passado esta observação, o sol voltou ao sítio onde estava já sem as bolas pretas.
A 4 de Outubro deste mesmo ano, outro Domingo, a Rute Amorós voltou ao mesmo local por volta das 17h. De um estado de algum nervosismo, súbitamente sentiu uma calma acompanhada de paz. Voltou a presenciar um movimento sucessivo do sol (desta vez na vertical), e ao seu redor apareceu uma energia branca. Este segundo avistamento durou também alguns segundos.
É também relatado pela Rute Amorós, que a seguir ao avistamento do fenómeno solar por ela observado, a mesma deslocou-se para o miradouro em frente da Capela, onde ficou um pouco a ver o mar. Súbitamente, começou a vêr cabeças pretas de muitos “homens-peixe” que vinham do mar até à beira-mar. Aí permaneceram durante muito tempo. Ela diz ter sentido que esses seres emanavam uma energia forte, mas não queriam magoar ninguém. Diz ter visto muitos e estavam a boiar sem nadar. Simplesmente deixavam-se ir nas ondas.
Não há conhecimento de mais testemunhas de ambas as situações.
Depois deste relato, é de salientar que a Praia-das-Maçãs (muito perto de Sintra ou Monte da Lua) e está a 4 quilómetros a norte do mítico e místico Cabo-da-Roca:
Latitude, 38º 47´ Norte; Longitude, 9º 30´ Oeste. Dizem os entendidos que aqui está o ponto mais ocidental da Europa continental, coordenadas de esperança para quem navega as costas da finisterrae. Coisa pouca, admita-se. Camões preferiu dizer o mesmo por outras palavras e saiu-lhe um «onde a terra acaba e o mar começa».
Simples, belo e tão inquestionável como Latitude 38º 47´ Norte, Longitude 9º 30´ Oeste. Afinal, talvez a única diferença entre as reflexões do poeta e o raciocínio do geógrafo esteja apenas e só na maneira de como cada um diz as mesmas coisas.
A paisagem entra pela alma e quase desperta o \”desejo absurdo de sofrer\” que experimentou um dia Cesário Verde nas ruas de Lisboa, ao anoitecer. Será da vegetação rasteira devastada pela maresia, tentando sobreviver entre os penhascos de rocha crua?
Depois, passado o farol, é o confronto de peito aberto com o mar. Respira-se a custo, sente-se nas costas todo o peso do continente, enquanto os olhos se abrem para o convite do oceano. É no Cabo da Roca que a expressão \”jangada de pedra\” ganha todo o seu significado, com a vantagem de cada um poder sentir-se timoneiro, comandante ou náufrago da embarcação. Ou nostálgico do mar, que é símbolo de partida e da esperança de um eterno recomeço. Certo, certo é que ninguém de lá sai como chegou e para franquear o portal mágico do Cabo da Roca não é preciso password. Basta ir, fazer uma pausa nos fins-de-semana consagrados aos templos do consumismo e recuperar um pouco, nem que seja só um bocadinho, daquela ligação ancestral à terra, à natureza e a tudo o que sensibiliza e enobrece.
Nesta zona, nas praias a norte (incluindo a praia de Santa-Cruz e Ericeira, de onde embarcou a 29 de Novembro de 1807 El-Rei D. João VI para as Terras de Vera-Cruz), sempre foram relatados muitos avistamentos OVNI (UFO), OSNI, Sereias e Humanóides por embarcações de pescadores.
A Capela acima citada, foi mandada construir por Alfredo Keil que ficou célebre por ter sido o compositor do hino de Portugal.
Como investigador, não me dá autoridade de duvidar ou credibilizar este relato. Não há mais dados neste caso para uma análise aprofundada. Só acho curioso é ter sido no local que foi e mais uma vez, coincidente com um culto Mariano. Cada um faça a sua leitura mas de mente aberta. Cada um tem a sua verdade. Não temos é o direito de sermos juízes do que não sabemos. Talvez existam portais temporais ou seres humanos com outras capacidades de utilização de outras zonas do cérebro ainda desconhecidas pela ciência.
Este é um como tantos outros casos que talvez as gerações vindouras encontrarão a resposta: ilusão, querer acreditar em algo superior, doença ou a realidade que nos rodeia e só alguns são capazes de a ver e sentir. Sejamos humildes para podermos dizer: não sei.
Paulo Jorge Cosmelli
(Investigador e Conselheiro Editorial da Revista UFO
Presidente do CEBIUFO: Centro Europeu e Brasileiro de Investigação UFO)