O Grande Colisor de Hádrons (LHC), imenso acelerador de partículas do Centro Europeu de Ciência Nuclear (CERN), comporta as esperanças dos cientistas para a descoberta de elementos fundamentais a respeito da constituição de nosso universo. Espera-se que, através ele, seja confirmada a existência do Bóson de Higgs, partícula subatômica ainda hipotética que seria responsável pela propriedade da massa da matéria. Outros pesquisadores esperam que com o colossal instrumento possa ser confirmada a Teoria das Cordas e a existência de outras dimensões ou universos paralelos. Ao lado do Tevatron, o maior acelerador de partículas dos Estados Unidos, a expectativa é que tais experimentos provoquem uma revolução na física.
Contudo, na Conferência Internacional sobre Física de Altas Energias, ocorrendo nestes dias na França, os quase 1.000 cientistas de todo o mundo reunidos começam a discutir não apenas os primeiros resultados do LHC, mas também o que poderão ser os próximos aceleradores de partículas. As propostas se resumem a duas, o Colisor Linear Internacional (ILC), e o colisor Linear Compacto (CLIC). Ao contrário dos aceleradores já mencionados, de formato circular, estes são lineares, ou seja, retos. O ILC irá colidir elétrons e pósitrons (o equivalente positivo dos elétrons da antimatéria), e um acelerador de 35 km. O CLIC fará a mesma coisa, mas terá menor extensão, por operar em energias mais elevadas.
Atualmente, o LHC deve funcionar por períodos de 18 a 24 meses e será desligado em 2012 para reparos com duração de 15 meses, então funcionara até 2015, antes de ser novamente desativado para uma grande reforma. Com isso ele deverá permanecer trabalhando até 2030. Se algum dos novos projetos for escolhido, deverá estar pronto para operar entre 2040 ou 2050. O tempo é necessário tanto para aguardar os resultados do LHC, quanto para buscar o financiamento e escolher o local da construção.