A Equipe de Ação 14(AT-14) foi oficialmente dissolvida após cumprir sua missão. Trabalhando no âmbito do Subcomitê Técnico e Científico da Organização das Nações Unidas (ONU), dentro do Comitê para o Uso Pacífico do Espaço Exterior. A função do grupo de trabalho, integralmente cumprida, era de estudar e coordenar esforços internacionais para mitigar ameaças representadas por Objetos Próximos da Terra (NEOs). O AT-14 coordenou o estabelecimento do Grupo de Aconselhamento e Planejamento de Missão Espacial (SMPAG), e da Rede Internacional de Alerta de Asteroide (IAWN).
Os esforços foram acelerados após o dia 15 de fevereiro de 2013, quando um meteoro explodiu sobre a região de Chelyabinsk, Rússia, ferindo mais de 1.000 pessoas sem gravidade e causando danos menores a edificações, além de incentivar hordas de mistificadores irresponsáveis a lançar inúmeras de suas habituais bobagens pela internet. Após esse acontecimento, que motivou inúmeros debates pelo mundo, foram criados os dois organismos já mencionados. O propósito da IAWN é estabelecer um esforço internacional para detectar, rastrear e caracterizar fisicamente NEOs, a fim de determinar aqueles que representam potenciais ameaças de impacto contra a Terra.
Dessa rede fazem parte instituições científicas, observatórios e outros organismos, realizando observações, computando órbitas, trabalhando em modelos e fazendo toda pesquisa científica adicional para que sejam obtidas todas as informações do asteroide, seu possível impacto e efeitos. Já o SMPAG tem como finalidade preparar uma resposta em nível internacional para uma ameaça NEO através da troca de informações, desenvolvimento de opções para pesquisa em colaboração e oportunidades de missões, além de conduzir o planejamento para operações para mitigar a ameaça cósmica. O SMPAG é atualmente comandado pela Agência Espacial Europeia (ESA). Os dois grupos já realizaram, inclusive, suas primeiras reuniões de trabalho.
NECESSIDADE PREMENTE DE COOPERAÇÃO INTERNACIONAL
De acordo com Ray Williamson, ex-diretor da Fundação de Segurança Mundial, organização sem fins lucrativos, e membro do AT-14 por seis anos: “O sucesso do AT-14 comprova o fato de que, apesar de diferenças políticas, os países podem trabalhar juntos produtivamente para lidar com ameaças globais”. Ele acrescentou que o trabalho do grupo foi fundamental para a criação das duas novas organizações, capazes de lidar com a ameaça dos asteroides na atualidade e até no futuro distante. Agora a questão é lidar com as dúvidas pertinentes a uma missão especial para desviar ou destruir um asteroide em rota de colisão com a Terra.
Para isso, o ex-astronauta da NASA Tom Jones afirma: “O AT-14 encerrou seus trabalhos com merecido reconhecimento, e agora a ONU deveria incentivar discussões no sentido de como autorizar e realizar um esforço internacional a fim de desviar um asteroide”. Jones é diretor do comitê para NEOS da Associação de Exploradores Espaciais (ASE), associação internacional e educacional reunindo cerca de 400 astronautas e cosmonautas de 36 nações. O AT-14 também incentivou o contato entre agências de respostas a desastres de vários países, reunindo-as em um grupo de aconselhamento e planejamento, para lidar com as consequências de um impacto. Entre outros esforços, essas agências estão trocando experiências na resposta a desastres como terremotos, tsunamis, tornados e furacões, como preparação para o que se seguir a um impacto.
Visite o site do Comitê para o Uso Pacífico do Espaço Exterior da ONU
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