Os astrônomos já localizaram, em números até o final de dezembro de 2012, 854 planetas extrassolares. Somente o telescópio espacial Kepler da NASA flagrou mais de 2700 candidatos a planeta, a serem confirmados nos próximos anos. O grande prêmio da caça a exoplanetas será um mundo similar à Terra, com tamanho aproximado e situado na região habitável de sua estrela.
Contudo, boa parte desses mais de 800 mundos são gigantes gasosos como Júpiter ou Saturno, inadequados a vida como conhecemos. Mas uma equipe de astrônomos defende que esses planetas inabitáveis podem possir luas habitáveis, e de fato vários gigantes gasosos foram localizados orbitando a região onde as temperaturas permitem a existência de água líquida.
De acordo com rory Barnes, da Universidade de Washington e do Instituto de Astrobiologia da NASA: “Existe uma zona habitável para exoluas, um pouco diferente da zona habitável para exoplanetas”. Ele e René Heller do Instituto Leibniz de Astrofísica de Potdsdam, Alemanha, explicam que o clima e a luz podem ser bem diferentes para exoluas em comparação a exoplanetas.
Como nossa Lua, tais satélites podem estar travados, sempre com a mesma face voltada para seu planeta, e isso pode diminuir a região habitável da lua. Satélites também possuem duas fontes de luz, sua estrela e a que é refletida por seu planeta, sem falar nos eclipses. Segundo Heller: “Um observador na superfície de uma exolua experimentaria o dia e a noite de maneira bem diferente do que aqui na Terra. Por exemplo, eclipses estelares poderiam lançá-lo na escuridão total ao meio-dia”.
Os dois astrônomos detalharam sua pesquisa em um artigo publicado na edição de janeiro do periódico Astrobiology, e explicam como esses efeitos precisam ser levados em consideração para determinar a habitabilidade de uma exolua. E outros pesquisadores já consideram meios de caçar esses mundos. Por exemplo, o próprio telescópio Kepler, que busca planetas por meio da minúscula variação de brilho estelar resultante da passagens destes diante de suas estrelas. O Kepler poderia medir variações nesses trânsitos, causada pela gravidade de uma exolua atrasando ou adiantando seu planeta.
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