Há 40 anos, em 1972, encerrava suas operações, silenciosamente, um órgão da Força Aérea Brasileira (FAB) dedicado à investigação de discos voadores. Em plena ditadura, o Sistema de Investigação de Objetos Aéreos Não Identificados (Sioani) funcionou durante três anos, desde 1969. Ao longo do período, analisou mais de 100 casos envolvendo supostas manifestações de objetos voadores e seres extraterrestres. No Arquivo Nacional, há mais de 1,3 mil documentos produzidos pelo órgão, com textos, fotos e desenhos.
“Imenso é o noticiário da imprensa mundial sobre o aparecimento do fenômeno conhecido como \’discos voadores\’, que passaremos a denominar de Objetos Aéreos Não Identificados (OANI)”, publicou o Sioani em seu primeiro boletim, em março de 1969.
“A partir de 1947, em ondas sucessivas, as notícias se projetam nas páginas dos jornais, a povoar a imaginação dos sonhadores, a fortalecer os argumentos filosóficos dos místicos, a aguçar a curiosidade do homem cotidiano, a ferir o ceticismo dos cientistas, a desafiar a inteligência humana para equacionamento de um problema cujos valores parecem extrapolar o quadro dimensional do mundo em que vivemos. É preciso realizar-se uma investigação metódica, científica.”
Com essa mentalidade científica, o major-brigadeiro José Vaz da Silva coordenava agentes militares e civis em ações de coleta, pesquisa, entrevista e vigília. As saídas de campo eram realizadas por três a 4 homens, que portavam câmeras fotográficas, gravadores, equipamentos de infravermelho e de ultravioleta, magnetômetro, entre outros instrumentos. Muitos entrevistados eram submetidos a testes psiquiátricos, por médicos da FAB. Evidências físicas, como amostras de solo que supostamente haviam tido contato com naves espaciais, eram analisadas no Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos (SP), e em laboratórios norte-americanos.Da sede, situado nas instalações do IV Comando Aéreo Regional, no bairro de Cambuci, em São Paulo, havia troca de informações e conhecimentos com projetos semelhantes de outras nações, como França e Estados Unidos que, na época, estavam extinguindo o projeto Blue Book (em português, Livro Azul) com a alegação oficial de que não havia credibilidade relevante nos casos coletados para a continuidade do programa.
Em entrevista à Revista UFO, um ex-agente civil da Sioani, Acassil José de Oliveira Camargo, conta que, nos três anos em que trabalhou no órgão, ouviu diversas histórias interessantes, mas nunca as presenciou. “Apesar de participarmos de várias vigílias noturnas em várias cidades, nós não observamos e nem registramos qualquer fenômeno”, confidencia. “Pessoalmente, acredito que a maioria dos casos ufológicos relatados pode ser explicada, pois existem muitos fenômenos naturais que confundem as pessoas”.
Lutando com ET
Alguns relatos, no entanto, não se constituem de produto de fenômenos da natureza, embora possam advir da imaginação. Um vigia das Centrais Elétricas de São Paulo (CESP), de Bauru, afirmou ter feito contato visual com três criaturas estranhas em uma noite de agosto de 1968. Ao abordá-los e instá-los a irem embora, o vigia pensou que “o ser estava de costas, mas estava de frente, trajava roupas escuras e apresentava apenas os olhos de fora”. O aviso não funcionou, e logo o homem passou a ser agredido pelos invasores. Antes de deixá-lo, os visitantes indesejados avisaram: “Vá embora, seu vagabundo, que nós voltaremos quando esta obra terminar”. Diante da ameaça, o vigia se afastou correndo, mas ainda teve tempo de observar o grupo se deslocando para dentro de uma nave no formato de uma “Kombi em pé”, que alçou voo produzindo barulho “semelhante ao de fritura”. Tudo isso, claro, conforme a narrativa registrada em relatório dos militares.
Ceia agitada
No Natal do ano seguinte, mais uma ocorrência peculiar. Finda a ceia de uma família de Belo Horizonte, que comemorava a data com um jantar no jardim de casa, os anfitriões começavam a recolher a mesa quando algo assomou nos céus. Por volta das 04h30, dois objetos redondos de grande luminosidade, do tamanho de bolas de futebol, voavam em alta velocidade. Um deles se distanciou enquanto o outro empreendeu acrobacias diante do casal. A história podia ser facilmente ignorada e tachada como falácia se não fosse a alta credibilidade dos donos da casa, que contaram tudo para jornais da região e chamaram a atenção do Sioani.
Operação Prato
O “Ioani”, como era chamado o investigador de objetos aéreos não identificados, deixou de existir em 1972, com a extinção do órgão. Até hoje, no entanto, ufólogos brasileiros perscrutam os documentos daquela época, recentemente disponibilizados no Arquivo Nacional, em Brasília, em busca de evidências científicas que corroborem a ideia de que extraterrestres visitam a Terra de vez em quando. Segundo eles, porém, segue a luta pela liberação de supostos documentos secretos do governo, como 16 horas de filmagem da Operação Prato, de 1977, a qual rendeu diversos relatos dos próprios militares que passaram quatro meses na selva amazônica, no Pará. “Só 300 das 2.000 páginas da operação estão disponíveis”, garante o jornalista e editor da Revista UFO, Ademar Gevaerd.
Toda a documentação liberada até o momento, graças à campanha UFOs: Liberdade de Informação Já, Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU) e Revista UFO, mais os arquivos que já estavam em posse de ufólogos, estão disponíveis no endereço http://ufo.com.br/documentos
Informe-se sobre o Sioani nos links abaixo:
http://ufo.com.br/edicoes/ufo/ver/155
http://ufo.com.br/edicoes/ufo/ver/156
Informe-se sobre a Operação Prato nos links abaixo:
http://ufo.com.br/entrevistas/coronel-rompre-silencio-sobre-ufos
http://ufo.com.br/entrevistas/os-resultados-da-operacao-prato
http://ufo.com.br/edicoes/ufo/ver/101
htt
p://ufo.com.br/edicoes/ufo/ver/114
http://ufo.com.br/edicoes/ufo/ver/115
http://ufo.com.br/edicoes/ufo/ver/116
http://ufo.com.br/edicoes/ufo/ver/117
http://ufo.com.br/edicoes/ufo/ver/158
http://ufo.com.br/documentos/Documentos_vazados_anteriormente/Relatorios_da_Operacao_Prato_01/
http://ufo.com.br/documentos/Documentos_vazados_anteriormente/Relatorios_da_Operacao_Prato_02/
http://ufo.com.br/documentos/Documentos_liberados_oficialmente/1970/
Assista documentários sobre a Operação Prato:
Chupa-Chupa: A história que veio do céu
Conheça este documentário exclusivo da Revista UFO, basta clicar sobre o título:
Descrição: Avistamentos de discos voadores e contatos diretos com seus tripulantes são investigados oficialmente e descritos neste documentário. Contém a entrevista exclusiva com o coronel Uyrangê Hollanda, comandante da Operação Prato.
Em nenhum outro lugar do mundo a casuística ufológica é tão rica e intensa quanto na Amazônia, e ao mesmo tempo tão complexa e desconhecida. Há séculos a região é visitada por outras espécies cósmicas, que parecem ter especial interesse pela fauna, flora e também pelos habitantes de certas áreas. E há décadas tal atividade vem sendo objeto de estudos de ufólogos, cientistas e até de oficiais da Aeronáutica, que desenvolveram no Pará a maior e mais expressiva missão militar de investigação da presença alienígena na Terra, a Operação Prato, em resposta à alarmante incidência ufológica registrada nas ilhas de Colares, Mosqueiro e Baía do Sol, entre outros pontos. Lá, milhares de pessoas foram testemunhas e centenas foram atacadas por estranhas naves luminosas, que os nativos chamavam de chupa-chupa.
Com o objetivo expresso de determinar a natureza dos avistamentos e seu risco à segurança nacional, os militares da Operação Prato conseguiam não apenas observar os UFOs, mas também registrá-los em centenas de fotos e muitas horas de filmes. Depois de inúmeros documentários sobre UFOs na Amazônia, a maioria estrangeiros, o que se verá neste DVD vai muito além.
Este é o relatório completo da missão militar que se estabeleceu na área para identificar os objetos voadores não identificados lá observados, como nunca foi revelado antes. Seu personagem central é o coronel Uyrangê Hollanda, comandante da Operação Prato e entrevistado com exclusividade pela Revista UFO, que revela detalhes das ações militares na área – inclusive o contato direto que teve com um ser extraterrestre nas margens do Rio Guajará Mirim, em dezembro de 1977.
Rico em imagens e documentação, o DVD faz ainda um alerta sobre a ação ininterrupta e cuidadosa de visitantes alienígenas sobre a rica biodiversidade amazônica, mostrando até que ponto o Governo Brasileiro e outros acompanham tais manobras.