De tempos em tempos a humanidade é brindada com o nascimento de um gênio que, de alguma forma, muda os rumos da civilização. No encerramento do dia 10 de junho de 1856, de uma noite violentamente tempestuosa, nasceu Nikola Tesla em uma região hoje conhecida como Croácia, mas que então era parte do Império Austro-Húngaro. A noite de seu nascimento foi tão atípica que a parteira, em um rompante de superstição, afirmou que os relâmpagos e trovões que riscavam os céus indicavam mau presságio. A mãe da criança, protetora, interviu afirmando rispidamente que o filho, na verdade, seria um ser humano iluminado. Suas palavras foram proféticas.
A genialidade daquela criança atravessou não apenas o espaço, mas também o tempo, e suas invenções e patentes continuam rendendo frutos até hoje e servindo de base para novas pesquisas e tecnologias. Sua memória, hoje, está em órbita em volta da Terra, enviada por Elon Musk, fundador e CEO da empresa SpaceX, na figura de um automóvel que leva seu nome. Tesla foi, sem discussão, um dos grandes gênios que nosso planeta já viu, mas também foi muito mais do que isso, como veremos neste artigo no qual conheceremos melhor o cientista e sua fantástica história, buscando explorar alguns pontos que podem ligá-lo à Ufologia. Sua figura controversa e genial, cheia de mistérios que a maioria das pessoas não foi capaz de entender ou respeitar, está envolta em uma série de teorias que hoje são conhecidas como “da conspiração” e de alegações que vão de magia a contatos com seres extraterrestres. Seria esta, afinal, a razão de sua impressionante genialidade?
Uma história incomum
Tesla nasceu em uma família de pessoas inventivas e foi influenciado desde cedo, e principalmente, por sua mãe, Djouka Mandici — uma dona de casa criativa que inventava os seus próprios utensílios domésticos —, a buscar métodos alternativos para resolver questões e problemas do dia a dia. Djouka teve um papel muito importante na vida do cientista e ele em certa ocasião lamentou que a mãe tivesse nascido e vivido em um tempo e circunstâncias que não lhe permitiam desenvolver sua grande capacidade inventiva. O pai do cientista, reverendo Milutin Tesla, era membro da Igreja Ortodoxa Oriental e seu maior desejo era que o filho seguisse seus passos e se consagrasse sacerdote. Mas o jovem buscava outros caminhos, outros rumos. Queria compreender o mundo e transformá-lo, não religiosamente, embora nada teve contra a religião, mas desejava fazê-lo por meio da ciência.
Em sua infância na aldeia de Smiljan, no condado de Lika, Tesla começou a sofrer de uma síndrome nunca compreendida pela ciência médica de sua época: o jovem era acometido por disparos mentais momentâneos, que o mantinham pasmo e ao mesmo tempo paralisado. Os tais disparos mentais, como o próprio Tesla chamava os episódios, desferiam imagens e cenas desconexas em sua mente, incompreensíveis a princípio, mas que em seguida se tornavam mais claras — era como se Tesla acessasse, quem sabe, um universo ou uma dimensão paralela no futuro. Ou seja, além de genialidade, ele também tinha alguma paranormalidade, como a capacidade de “ver” o futuro, chamada de precognição.
Sim, ele “via” as coisas no futuro porque elas ainda não haviam sido inventadas em sua época. Por isso, Tesla também pode ser considerado literalmente um futurista. Em um dos seus disparos mentais momentâneos, o menino vislumbrou seu irmão Daniel caindo do cavalo na fazenda da família. No ímpeto de tentar evitar a queda, acabou por desencadear um acidente. No entanto, há algumas outras versões para a morte do garoto, sete anos mais velho do que o cientista. Daniel Tesla era considerado muitas vezes mais inteligente e capacitado do que o irmão mais novo e sua morte foi um duro golpe para os pais, que o consideravam a estrela da família. Nikola Tesla tinha, então, cinco anos.
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