Rajadas Rápidas de Rádio, ou FRBs na sigla original em inglês, estão entre os mais misteriosos fenômenos cósmicos. Apenas 33 delas já foram captadas, e somente uma delas, identificada pela sigla FRB 121102, já se repetiu. As teorias mais recentes apontam que todos esses fenômenos se repetem, e apenas precisamos aguardar para captá-los novamente. Porém a escassez de recursos têm impedido tais esforços, e as FRBs têm sido captadas por mera sorte. Elas são monumentais emissões de sinais de rádio que duram somente milissegundos, e recentemente o Radiotelescópio Parkes, na região oeste da Austrália, captou as três FRBs mais potentes que se conhece. A FRB 180301 foi captada em 1 de março, 8 dias depois foi a vez de FRB 180309, e em 11 de março a FRB 180311.
FRB 180309 se reveste de maior interesse, já que é 4,5 vezes mais potente do que o fenômeno mais forte dessa categoria captado anteriormente. Cada fenômeno desses tem uma energia calculada de centenas de milhões de estrelas como o Sol, liberada em poucos milissegundos, fato que tem desafiado as explicações dos astrônomos. Analisando as características desses sinais já se sabe que a maioria tem origem muito distante de nossa localização cósmica, a bilhões de anos-luz de distância. Danny Price, do projeto Breakthrough Listen, afirmou: “As FRBs viajam bilhões de anos até chegar a nós, e duram poucos milissegundos, sugerindo que o mecanismo emissor tem duração muito curta. E para que nós as detectemos tão claramente após essa longa jornada, elas devem ser inacreditavelmente brilhantes”. Um fenômeno tão cataclísmico, e em escala tão gigantesca que pode ser detectado a bilhões de anos-luz, praticamente elimina a possibilidade de uma civilização alienígena ser a responsável por ele, não importa quão avançada seja.
Chegou-se a aventar a possibilidade de ETs construírem poderosos aparatos para impulsionar imensas naves propelidas a velas de luz, porém as FRBs devem ser resultado de fenômenos naturais. Os astrofísicos comentam a possibilidade de tais emissões serem resultado de colisões entre buracos negros e estrelas de nêutrons. A FRB 121102, a única até agora a ser captada repetidamente, tem sua origem em uma galáxia anã a 3 bilhões de anos-luz de distância, em uma região de formação estelar. Provavelmente é causada por uma estrela de nêutrons rodeada por um intenso campo magnético, relacionado a um buraco negro engolindo material, ou pelos restos de uma supernova. Os cientistas especulam que pode haver mais de uma origem para as FRBs, como pulsares com estrelas companheiras, pulsares implodindo, magnetares emitindo flares gigantescos, ou pode haver alguma conexão com explosões de raios gama, produzidas por estrelas de nêutrons que colidem. Especula-se que cerca de 10.000 FRBs possam ser detectáveis da Terra a cada dia, porém recursos limitados permitem que somente uma fração destas sejam efetivamente captadas.
Catálogo de todas as FRBs captadas
Site do Radiotelescópio Parkes
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Livro: Guia da Tipologia Extraterrestre
Há séculos a espécie humana assiste à chegada de estranhos seres geralmente bípedes e semelhantes a nós, que descem de curiosos veículos voadores sem rodas, asas ou qualquer indício de forma de navegação. Quase sempre estas criaturas têm formato humanoide e não raro se parecem com uma pessoa comum, mas com um problema: elas não são daqui, não são da Terra. O que pouca gente sabe é que existem dezenas de tipos deles vindo até nós, alguns com o curioso aspecto de robôs, outros se assemelhando a animais e há até os que se parecem muito com entidades do nosso folclore. O Guia da Tipologia Extraterrestre faz uma ampla catalogação de todos os tipos de entidades já relatadas, classificando-as conforme sua aparência e características físicas diante de suas testemunhas, resultando num esforço inédito para se entender quem são nossos visitantes.