Sinônimo de tecnologia de ponta desde sua fundação, em 1958, a Agência Espacial Norte-Americana (NASA) sempre foi vista como uma espécie de celeiro digital no qual os computadores mais modernos do mundo controlam missões a milhares de quilômetros da Terra com segurança e precisão absolutas. Infelizmente, tal imagem carece de revisão. Em depoimento concedido ao Comitê de Ciência, Espaço e Tecnologia do Congresso americano na semana passada, o inspetor-geral da agência espacial, Paul K. Martin, deu detalhes estarrecedores sobre as brechas de segurança nas redes e máquinas do órgão [Veja NASA Cybersecurity: An Examination of the Agency’s Information Security].
Apenas nos dois últimos anos, 5.408 incidentes foram contabilizados. Eles vão desde a simples contaminação por um vírus a invasões organizadas, que partiram de países como Turquia, Estônia e Nigéria. “Algumas das ocorrências afetaram milhares de computadores, causando danos a missões e resultando no roubo de dados sigilosos”, disse Martin durante a audiência. No mais grave dos casos, os hackers chegaram a controlar os sistemas do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da NASA. O endereço de IP da máquina que fez o ataque está localizado na China, um dos principais concorrentes dos EUA na corrida espacial contemporânea.
Além das agressões via internet, as máquinas portáteis são outro fator de altíssimo risco, já que apenas 1% dos laptops, tablets e outros computadores de mão da agência são criptografados – processo no qual a informação é codificada de tal maneira que somente a pessoa (ou o computador) com uma chave específica pode decodificá-la. Há cerca de um ano, um notebook com os algoritmos usados para controlar a Estação Espacial Internacional (ISS) foi roubado, colocando em risco uma iniciativa de bilhões de dólares. Por sorte, não houve consequências.
Diante dos fatos, a única resposta possível para a NASA é um investimento cada vez maior em sua segurança digital. Ainda segundo o depoimento do inspetor-geral da agência, US$ 58 milhões de um orçamento anual de U$ 15 bilhões foram gastos no setor em 2011. Os astronautas que vagam pelo espaço a bordo da ISS a 400 km da Terra agradecem.
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