Agência tem o dobro do espaço necessário no complexo para realizar suas experiências. Cientistas que quiserem usar a área não terão que pagar os custos operacionais da ISS. A Nasa dispõe do dobro do espaço necessário na Estação Espacial Internacional para realizar suas experiências, e por isso busca parceiros dentro dos EUA nessa inusitada propriedade, disseram autoridades na segunda-feira (25).
“O que estamos tentando fazer é abrir o segmento dos EUA da Estação Espacial para ser usado por uma variedade de gente”, disse Bill Gerstenmaier, administrador-associado da Nasa, a jornalistas.A agência espacial norte-americana planeja gastar US$ 1,5 bilhão por ano para operar o complexo orbital, e não vai repassar esse custo a eventuais parceiros. Mas os parceiros terão de fabricar seus próprios equipamentos e pagar o salário dos pesquisadores, além de confiarem nos astronautas da Nasa e nos outros moradores da estação para cumprirem suas tarefas.
O esquema, que ainda está sendo desenvolvido, deriva de pedidos parlamentares para que a Nasa avaliasse a possibilidade de a estação ser tratada como um Laboratório Nacional uma vez que esteja concluída, em 2010. A Nasa cogita criar ou contratar um instituto que supervisione o Laboratório Nacional, que teria acesso a cerca de metade das instalações destinadas aos EUA, além de energia e outros serviços de apoio a bordo da estação.
Além do laboratório norte-americano Destiny, em órbita desde 2001, a Nasa tem direito a ocupar metade das baias de experimentos no laboratório europeu Colombo e no japonês Kibo, que devem ser enviados ao espaço respectivamente neste ano e no próximo. A agência espacial norte-americana pretende usar sua parte na estação para se preparar para permanências prolongadas na Lua e desenvolver a tecnologia necessária para enviar humanos a Marte. O resto ficaria disponível para pesquisadores dos EUA.O Instituto Nacional de Saúde já demonstrou o maior interesse na proposta, segundo Mark Uhran, administrador-associado-assistente da estação.
A Nasa também vem conversando com os Departamentos de Defesa, Energia e Comércio, além da Fundação Nacional de Ciência e empresas privadas. “Há um interesse geral”, disse Gerstenmaier. Um obstáculo seria chegar à Estação Espacial, que flutua cerca de 350 quilômetros acima da Terra. Atualmente, a estação está cerca de 60% concluída, e a Nasa estima que ela permanecerá operacional até 2020, pelo menos.