A Nasa divulgou no dia 18 um verdadeiro “mapa do perigo” espacial, marcando com uma espécie de “cordão de isolamento” cósmico estrelas superquentes que podem ser culpadas de impedir o nascimento de planetas em suas vizinhas. Estrelas jovens têm um disco de gás e poeira ao seu redor. É nesse local que os planetas se formam, ao longo de milhões de anos. O disco, no entanto, pode ser destruído pela proximidade prolongada de uma estrela mais velha e quente. A radiação ultravioleta da vizinha indesejada evapora o disco e seus ventos empurram o material para longe.
Os astrônomos da Nasa destacaram essas grandes estrelas que acabam com a fertilidade alheia e fizeram cálculos para definir qual é a distância segura para estrelas menores. Segundo o estudo, se há mais de 1,6 ano-luz de distância (cerca de 16 trilhões de quilômetros), o perigo é reduzido. Se as jovens estrelas, no entanto, ficarem a uma distância menor, elas provavelmente terão seus planetas em formação sendo jogados aos confins do espaço.
Segundo o astrônomo Zoltan Balog, da Universidade do Arizona em Tucson, as estrelas estão constantemente em movimento. Os planetas de estrelas frias podem sobreviver dentro da “zona de perigo” se não ficarem muito tempo por ali ou se forem gigantes, mais ou menos do tamanho de Júpiter, que se formam com mais rapidez (coisa de menos de um milhão de anos). Mas se a estrela ficar muito tempo na área, ela provavelmente acabará estéril.