Segundo a agência, a nova instalação ficará localizada no Johnson Space Center, em Houston, e será voltada para “receber e curar” as rochas extremamente raras com a maior segurança possível. Conhecido como o projeto de Recebimento de Amostras de Marte (MSR), este empreendimento é, de acordo com a NASA, “(…) esperado para ser a campanha de voo espacial robótica mais complexa já tentada” e está programada para começar em cerca de uma década, assim que as amostras voltarem para a Terra.
Certamente não será uma tarefa fácil. As amostras, que estão sendo preparadas pelo Perseverance na superfície marciana, terão que ser coletadas pelo jipe-sonda da Agência Espacial Europeia (ESA), que ainda está em desenvolvimento, antes de fazer sua longa jornada de volta para casa. Todo o cuidado é pouco: nem todo mundo está feliz com a perspectiva de trazer rochas marcianas para a Terra.
O rover Perseverance da NASA depositou a primeira de várias amostras na superfície marciana em 21 de dezembro de 2022, o 653º dia marciano, ou sol, da missão.
Fonte: NASA
Os cientistas levantaram preocupações com os planos anteriores da NASA de fazer com que a Força Aérea armazenasse as amostras por temores de que os militares pudessem acabar manipulando contaminantes alienígenas potencialmente perigosos. O geólogo da Louisiana State University, Peter Doran, disse em maio do ano passado: “Eu acho que é uma probabilidade muito baixa que haja algo vivendo na superfície de Marte. Mas há uma possibilidade.”
Em um esforço para acabar com esses temores, a NASA afirma em uma ficha informativa que os cientistas “(…) encontraram uma probabilidade extremamente baixa de que amostras coletadas de áreas em Marte tenham seus microrganismos explorados”, pois amostras marcianas já haviam caído na Terra na forma de meteoritos. Podemos confiar?