Ao final de agosto causou sensação nos fóruns online a informação de que cientistas russos haviam captado um sinal de rádio que, por suas características, poderia ser proveniente de uma civilização extraterrestre. Com um comprimento de onda de 2,7 cm e demais características analisadas, teve sua possível origem astronômica calculada como vindo da estrela HD 164595. Situado a 95 anos-luz de distância, esse sol tem uma idade estimada de 6,3 bilhões de anos e é muito semelhante ao nosso, com equivalente valor de metalicidade. Além disso, o telescópio espacial Kepler detectou um mundo alienígena semelhante a Netuno em sua órbita, com um período de 40 dias, deixando aberta a possibilidade da existência de mais planetas nesse sistema.
A notícia teve origem em discussões que vazaram sobre a apresentação do astrônomo italiano Claudio Maccone, envolvido no estudo de HD 164595 por parte de cientistas russos utilizando o grande radiotelescópio Ratan-600 em Zelenchukskaya, operado pela Academia Russa de Ciências. Diante da intensa discussão na internet o próprio Maccone publicou declarações aconselhando cautela, mesmo comportamento do Instituto SETI, porém as notícias se tornaram cada vez mais sensacionalistas. O programa de Busca Por Inteligência Extraterrestre utilizou o Conjunto de Telescópios Allen (ATA) para analisar a estrela e nada foi detectado. De salientar que os russos não seguiram o protolo internacionalmente aceito de comunicar a captação do sinal suspeito para outras equipes também tentarem a captação, uma vez que a descoberta da possível mensagem alienígena foi feita em maio de 2015 e divulgada somente agora.
E como foi alertado, novos desdobramentos dão conta de que o sinal não se origina de uma avançada civilização alienígena e, sim, de alguma transmissão da Terra mesmo. A astrônoma Yulia Sotnikova escreveu no site do Observatório Espacial de Astrofísica da Academia Russa de Ciências: “Subsequentes processamentos e análises do sinal revelaram sua mais que provável origem terrestre”. De fato, a frequência captada é pouco usada na Terra, mas é uma das que militares russos utilizam. Provavelmente é um sinal emitido por um satélite militar e é bem possível que a fonte exata nunca seja conhecida, devido ao sigilo inerente dessas operações. A revelação de que não se trata de uma transmissão alienígena é com certeza desanimadora, contudo Seth Shostak, cientista sênior do SETI, afirma que falsos positivos são sempre uma possibilidade nesse ramo de pesquisas, razão pela qual toda cautela é necessária. Ele adverte, contudo, que um resultado positivo, uma verdadeira detecção de um sinal de uma civilização terrestre avançada, que estima que possa vir em no máximo vinte anos, pode potencialmente alterar tudo que sabemos sobre o Universo e nosso entendimento sobre nosso lugar nele.
Seth Shostak fala sobre o caso neste vídeo
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Saiba mais:
Livro: Guia da Tipologia Extraterrestre
Há séculos a espécie humana assiste à chegada de estranhos seres geralmente bípedes e semelhantes a nós, que descem de curiosos veículos voadores sem rodas, asas ou qualquer indício de forma de navegação. Quase sempre estas criaturas têm formato humanoide e não raro se parecem com uma pessoa comum, mas com um problema: elas não são daqui, não são da Terra. O que pouca gente sabe é que existem dezenas de tipos deles vindo até nós, alguns com o curioso aspecto de robôs, outros se assemelhando a animais e há até os que se parecem muito com entidades do nosso folclore. O Guia da Tipologia Extraterrestre faz uma ampla catalogação de todos os tipos de entidades já relatadas, classificando-as conforme sua aparência e características físicas diante de suas testemunhas, resultando num esforço inédito para se entender quem são nossos visitantes.