O rastro deixado por Paulo Fernandes, o jovem baiano que se encontrava com extraterrestres, permanece brilhante. Dezesseis anos depois de partir para outro espaço-tempo, suas pegadas continuam sinalizando para o Cosmo. Mais precisamente para Alfa do Centauro. As pistas dos inúmeros contatos com o comandante Ashtar Sheran e muitos dos voluntários siderais que trabalham com ele para ajudar a Humanidade da Terra a avançar em sua evolução — podem ser facilmente encontradas. Estão no Centro de Estudos Exobiológicos Ashtar Sheran (CEEAS), o grupo de estudos que Paulo fundou há 24 anos com o propósito de divulgar a missão do comandante das frotas intergalácticas em nosso planeta.
Paulo, o sensitivo, o contatado, até hoje divide opiniões. E, certamente não foram os seus cabelos longos e extrema simplicidade que motivaram a polêmica. Na Comunidade Ufológica Brasileira é considerado “o místico”. A grande parte dos contatos que se sucederam desde os primeiros encontros físicos dele com Ashtar Sheran, o sub-comandante Auryckx e outros membros da expedição do comando intergaláctico deram-se em níveis mais sutis da consciência. O fundador do CEEAS era um telepata notável, na opinião do general Uchôa — um dos mais respeitados pesquisadores da Ufologia Brasileira. Para o general, os contatos de Paulo “não foram devidamente valorizados, em função dos preconceitos científicos e limitações de crendices religiosas, apesar das condições seguras de comprovada autenticidade em que se realizaram”.
A mensagem recebida pelo jovem baiano aos 21 anos, quando era crooner de um conjunto musical, antagoniza bruscamente os roteiros da ficção científica. Afinal, os extraterrestres que se comunicavam com ele não são gosmentos como aliens nem têm a intenção de invadir Shan, o planeta solitário (assim seus amigos do planeta Methária se referem à Terra). Ashtar Sheran e os homens e mulheres do espaço, que ainda hoje se comunicam com o CEEAS, não são contestados pelos defensores da Ufologia estritamente científica só por serem belos, altos e loiros (ainda que todos os retratos falados deles, através de canais em várias partes do mundo, sejam absolutamente coincidentes). Mas sim pela mensagem que trazem à humanidade da Terra, falando de amor e paz sobre todas as fronteiras — para homens que só aprenderam a assegurar o poder através de meios violentos que corrompem e aterrorizam, isso é deveras contundente, temos que convir.
Quase sempre este conteúdo é arbitrariamente confundido com religião — parece que em Shan a humanidade ainda não consegue compreender o poder de tal revolução. Nas palestras e conferências que proferiu, Paulinho de Salvador — como ficou conhecido no meio ufológico nos anos 70 e 80 — não se cansava de esclarecer que os seres que se comunicavam com ele já habitam planos mais desenvolvidos, tanto do ponto de vista tecnológico quanto espiritual. Paulo trabalhou muito para transmitir informações e conhecimentos que lhe foram passados pelo Comando Ashtar. E nem os problemas cotidianos com o coração frágil o impediram de dedicar os últimos 12 anos de sua vida aos objetivos da instituição que havia fundado com o apoio de sua mãe, Consuelo Fernandes. Difundindo mensagens de cunho ambientalista que procuravam preservar o planeta das explosões nucleares e tentavam promover uma melhor qualidade de vida para seus habitantes, através do vegetarianismo e o não uso de drogas, o CEEAS acabou sendo considerado entidade de utilidade pública.
PRESSÁGIOS CONFIRMADOS — O entusiasmo de Paulo, falando sobre as mensagens do Comando Ashtar e suas experiências de contato de quinto e sexto graus, era algo marcante. O rei Roberto Carlos, de quem Paulo era fã, ficou impressionado. Compôs para ele a canção Eles estão para chegar, que fala da iminência da visita dos extraterrestres. Roberto Carlos esteve com Paulo, mas, mesmo para quem não conviveu com ele naquela época, a trilha que deixou conta suas histórias. Ainda hoje não é difícil para um membro ou outro do CEEAS encontrar alguém que o conheceu e lhe assistiu contatar os “chapas” do espaço.
Há muitos depoimentos registrados e outros que inusitadamente chegam ao grupo, como o da educadora Petinha Barreto, diretora artística do programa Hora do Recreio, do projeto Pelourinho Noite e Dia. Ela conta que um pequeno grupo de amigos foi para um lugar determinado pela testemunha, em feira de Santana, onde iria aparecer um disco voador. “Todos nós vimos. O disco apareceu mesmo, e ficou muito próximo de nós. Só não aterrissou”, declarou. Além das unhas roxas de Paulo, Petinha lembra-se da cor azul néon da nave que se exibiu para o grupo naquela noite no início dos anos 70.
O jornalista Antônio Jorge, editor de política do jornal Correio da Bahia, também conheceu o contatado quando moravam no nordeste de Amaralina. No começo de 1970, Paulinho já havia iniciado a construção do CEEAS. Antônio Jorge conta que certa vez ele e outros amigos da turma foram à orla de Salvador. “Paulo falava muito sobre seus contatos com extraterrestres, mas nós sempre duvidávamos. Aí, naquela noite, para acabar com a discussão, ele pediu para que ficássemos quietos olhando para um ponto no céu, onde iria aparecer um disco voador. Depois de um tempo, um objeto luminoso fez algumas evoluções diante de nossos olhos. Ficamos boquiabertos”, lembra o jornalista.
Alguns anos depois, já à frente dos trabalhos do centro de estudos e diante de enormes platéias, Paulo Fernandes tinha a mesma coragem de falar sobre a existência de outras humanidades do espaço e muita seriedade para revelar a missão de Ashtar Sheran, através do conteúdo profundo de suas mensagens. Ele impressionou muito também a pesquisadora Irene Granchi, considerada pioneira na pesquisa ufológica no Brasil. “De ufóloga científica ou acadêmica que eu era. passei a interpretar a Ufologia de uma maneira inteiramente diferente”, declara ela no prefácio do livro O jovem que se encontra com extraterrestres, no qual Paulo conta como aconteceram seus encontros com Ashtar Sheran, nos arredores de Salvador.
Ao longo dos anos o jovem técnico em eletrônica se especializou em temas controversos que não mais questionavam a existência de vida em outros planetas, mas que se detinham em discutir o prop&oacu
te;sito dos homens do espaço entre nós. Todos os estudos desenvolvidos pelo CEEAS são de caráter científico, filosófico e espiritualista. Através de Ashtar, Paulo Fernandes aprendeu que os homens não serão inteiros se virem as coisas como se fossem postas em compartimentos separados. O trabalho realizado por Paulo até 1981, e hoje em dia por esta autora, atual presidente do grupo — vem sendo apresentado em vários eventos ligados à pesquisa ufológica no Brasil.
O próprio CEEAS vem organizando programas públicos como expedições, lançamentos de livros e anuncia para o período de 25 a 28 de setembro, a realização da quarta edição do Congresso Nacional sobre Discos Voadores, que desde 1992 reúne na capital baiana atuantes pesquisadores brasileiros. Paralelo ao congresso – este ano apoiado pela Bahiatursa, órgão oficial de turismo no Estado — será realizado o Primeiro Encontro Latino de Ufologia, evento que marca as comemorações do CEEAS referentes ao cinqüentenário da pesquisa ufológica contemporânea. Desde já estão confirmadas as presenças dos mais respeitados ufólogos do país.
O CEEAS, que Paulo fundou e cujos conhecimentos deixou como herança preciosa para os que viriam — e virão fazer parte do trabalho expandiu-se. Filiais hoje funcionam em São Paulo, Curitiba, Brasília e Rio Grande do Norte, realizando basicamente os mesmos programas da matriz que quinzenalmente, aos domingos, convida o público para suas reuniões. As pegadas de Paulo ainda pulsam; continuam seguindo as rotas interestelares que apontam para novos horizontes no planeta Terra.
ENCONTRO COM O COMANDANTE — Ainda este ano, o Centro de Estudos Exobiológicos Ashtar Sheran (CEEAS) deverá lançar Palavras das estrelas, sua quarta publicação. Tal como as duas últimas, Mensagens cósmicas e Toda vida é sagrada, ambas lançamentos de 1988 reunindo mensagens de Ashtar Sheran, Auryckx, Setun Shenar, Ithakar e Adhanara, captadas telepaticamente não só por Paulo Fernandes como por Raimundo Santos, também canal do grupo. No primeiro livro editado pelo CEEAS, O jovem que se encontra com extraterrestres (reeditado em 1995, com nova capa e uma atualização no título, agora transformado em O jovem que se encontrava com extraterrestres), Paulo relata os primeiros contatos físicos com o Comando Ashtar. Escrito com extrema simplicidade, inúmeros detalhes e autenticidade perceptível na narrativa, que não esconde nem o sentimento de fragilidade de um homem diante de um enigma gigantesco, o livro é um dado importante da pesquisa no Brasil. Eis então um trecho do encontro com o comandante das frotas intergalácticas, membro do Conselho de Andrômeda, que ocorreu em 02 de julho de 1969, em uma fazenda próxima a Salvador:
“Uma luz fortíssima resplandecia em torno de sua cabeça. Seus cabelos de uma cor indefinível: do castanho ao loiro, passando pelo prateado e róseo. Seu porte era majestoso e cada passo seu era como se salpicasse a longa esteira de chuva de prata. Seus passos cadenciados lembravam o de um militar alemão. Seu rosto, de uma beleza máscula, tinha a dureza de uma rocha e a suavidade de uma flor. Seus olhos, de um brilho estranho (meigo e severo), tinham uma tonalidade também indecifrável, e no seu peito resplandecia o brilho de sete estrelas cintilantes, cada uma de uma cor, o que dava um belo contraste com a suavidade do verde em suas roupas. Ao chegar na ponta da esteira que saía da nave e que formava um pequeno patamar, colocou a mão direita espalmada para a frente e a esquerda no peito. O jovem caiu sentado ao ouvir um estampido como o de um trovão… \’Pax!\’, então falou o comandante. E finalizou o discurso assim: \’Saúdo-vos, ó filho das estrelas! Que a paz do Altíssimo se faça em vosso coração e a luz da verdade brilhe em nossa consciência. Pax! Eu sou Ashtar Sheran!”.
Congresso baiano de Ufologia
O Centro de Estudos Exobiológicos Ashtar Sheran (CEEAS), sob a coordenação da pedagoga Ana Santos, promoverá de 25 a 28 de setembro o 4º Congresso Nacional de Discos Voadores. O evento trará grandes discussões sobre os caminhos da Ufologia no próximo século e seu momento atual. O congresso contará com a apresentação de farto material em slides e vídeos, que serão apresentados no luxuoso Hotel Meridien, de Salvador (BA), além das palestras de renomados ufólogos e contatados de vários cantos do país e das Américas.
Paralelamente ao congresso, acontecerá o 1º Encontro Latino de Ufologia, em que os convidados explanarão sobre os mais diversos temas, como a casuística da America Latina, misticismo e as tendências religiosas da Nova Era. O evento contará com a presença de destacados nomes da Ufologia Nacional, como A. J. Gevaerd (MS), Ademar E. de Mello (SP), Alberto Romero (BA), Almiro Baraúna (RJ), Antônio Faleiro (MG), Arismaris Dias (SP), Emanuel Paranhos (BA), Eustáquio Patounas (SC), Gilda Moura (RJ), Irene Granchi (RJ), Marly Pedra (SP), Paulo Santos (SP), Rafael Cury (PR), Reginaldo de Athayde (CE), Ubirajara Rodrigues (MG), entre outros, além de grandes nomes da Ufologia Mundial, como Rodrigo Fuenzalida (Chile), Roberto Banchs (Argentina) e Chris Griscom (EUA).
Aproveitando ainda a ocasião, os ufólogos do Nordeste prometem comemorar os 50 anos da Ufologia em alto estilo. Será uma grande festa, mesclada com muita informação — como todo bom baiano gosta. Eis uma oportunidade imperdível para os ufófilos e estudiosos que desejam se manter informados sobre o que está acontecendo de mais importante na Ufologia. Você também está convidado. Maiores informações no CEEAS, através do telefone (071) 247-6700, ou pelo endereço: Rua da Paciência 193, 1º andar, 40210-800 Salvador (BA).