Desde que teve sua diretoria nacional substituída, em agosto passado, a Mutual UFO Network (MUFON) está cada vez mais estruturada em nosso país. A entidade, cuja sede mundial está localizada no Texas, é a maior do mundo, com cerca de 5 mil associados em dezenas de países. No Brasil, entretanto, a entidade tinha, até então, sob a diretoria anterior, um número insignificante de associados. Hoje a situação é totalmente diferente. O atual diretor da entidade no país, A. J. Gevaerd, já convocou os mais destacados ufólogos brasileiros para participarem conjuntamente no processo de estabelecimento da MUFON no Brasil.
Cerca de 40 estudiosos foram assim indicados para cargos de diretores estaduais e diretores estaduais regionais em 18 estados e no Distrito Federal. A intenção é criar uma rede de trabalho coesa que tenha acesso a basicamente tudo que ocorra em termos de manifestação ufológica no Brasil. Este processo deveria ter sido realizado desde que a entidade norte-americana estabeleceu seu primeiro diretor nacional no país, em 1991. Mas o então ocupante do cargo, Sr. Philippe Piet van Putten, não conseguiu reunir um número mínimo de pessoas para tal tarefa, por querer centralizar todas as decisões que afetam a MUFON no Brasil e por não gozar da credibilidade necessária perante a Comunidade Ufológica nacional.
Como resultado, a Ufologia Brasileira perdeu um importante elo de ligação com o mundo. Em todo o planeta, os principais ufólogos e pesquisadores são ligados à Mutual UFO Network (MUFON), de onde extraem subsídios para seus trabalhos e onde encontram fóruns de discussões avançadas sobre Ufologia. Apenas no Brasil e em poucos países da África e Ásia isso não ocorreu. “Nenhum ufólogo realmente dedicado à investigação séria e aprofundada sobre o Fenômeno UFO pode prescindir de filiar-se à MUFON”, declarou Gevaerd durante a apresentação de sua nomeação, no Congresso Brasileiro de Ufologia, em Curitiba, setembro passado.
OBJETIVO PRÁTICO — O processo de estruturação da MUFON no Brasil tem um objetivo prático: fortalecer as ligações com entidades de todo o mundo, principalmente nos EUA, abrigadas sob o manto poderoso da organização texana. A MUFON faz circular mensalmente o melhor boletim de pesquisas ufológicas do mundo, o MUFON UFO Journal, do qual participam os mais renomados autores na área. Igualmente, todo ano há uma convenção geral da entidade, da qual participam mais de mil pessoas. Além desse evento, outros menores – mas igualmente expressivos – pipocam em todo o território norte-americano quase todos os meses. Para os ufólogos de lá (e também do Canadá) não há nada melhor. No Brasil, em breve, atividades do mesmo gênero estarão disponíveis.
No momento, as vantagens de se filiar à MUFON no Brasil estão no recebimento a preço bem em conta de seu boletim, na participação ativa da maior rede mundial de Ufologia e no desconto que os sócios têm ao adquirirem materiais de estudo. Fora isso, quem tiver um computador com modem pode acessar qualquer uma das muitas BBS que a entidade oferece, com espaços para correspondência, consultas a bancos de dados, troca de informações, debates e conferências.
Ingressar na Mutual UFO Network (MUFON) é relativamente simples e pode ser feito por qualquer um. A taxa de anuidade está fixada em US$ 30,00, o que dá direito ao recebimento mensal do Journal via marítima, que leva de dois a três meses para chegar ao Brasil. Quem preferir receber o boletim via aérea (com chegada no Brasil no máximo duas semanas após lançamento nos EUA) paga uma anuidade de US$ 48,00. Além disso, a entidade despacha aos seus sócios uma carteira de identificação, certas instruções e informações regulares. Os interessados em ingressar na MUFON podem contatar o endereço abaixo e solicitar uma ficha de inscrição.
Quando estiver devidamente estruturada no país, a Revista UFO servirá de fórum de discussão dos associados da MUFON. No momento, o passo mais importante já foi dado, que é a nomeação dos principais pesquisadores nacionais como diretores estaduais e estaduais regionais. Além desses, desde a posse de Gevaerd e publicação de informações em nossa edição 39, dezenas de pessoas já se filiaram e foram indicadas para vários cargos em todo o país. “Queremos fechar 1996 com 500 associados no Brasil. Ficaremos atrás apenas dos EUA em termos de número de membros. E estaremos à frente, inclusive, do Canadá”, concluiu Gevaerd.