Quem quer que tenha visto o seu time cair para a segunda divisão e voltar triunfalmente para o primeiro escalão provavelmente vai simpatizar um bocado com a história de Ceres, o único “novo” planeta da lista de 12 que não fica nos cafundós do Sistema Solar. É que, dois séculos atrás, o objeto teve breve estrelato como planeta “real”.
Descoberto pelo astrônomo siciliano Giuseppe Piazzi em 1801, Ceres está justamente no lugar onde muitos astrônomos achavam que um planeta deveria estar. O iimenso vão cósmico que separa a órbita de Marte da de Júpiter.
O nome original do objeto, Ceres Ferdinandea, homenageia Ceres, a deusa romana da fertilidade da terra, e o rei Ferdinando III, da Sicília – por razões políticas, o “sobrenome” acabou caindo. Por estar mais próximo da Terra, os cientistas tomaram conhecimento do astro antes de Netuno – achado em 1846 – e Plutão – só descoberto em 1930. No entanto, com o aparecimento de muitos outros corpos na região, formando o cinturão de asteróides, o status de planeta de Ceres só durou algumas décadas, pelo menos por enquanto.