Avistamentos de UFOs fazendo manobras impossíveis no céu são globais, assim como eles também são quase amplamente ignorados, pelo menos pelos canais oficiais e pelas fontes de poder da nossa sociedade. Isso não é novidade para os ufólogos, que sempre tiveram conhecimento da rejeição governamental, militar e científica que o Fenômeno UFO recebe. A única novidade, talvez, é que agora parece estar havendo uma associação entre a cobertura negativa dada ao assunto pela imprensa e a política de desinformação dos governos. Há muito tempo tenho alertado a Comunidade Ufológica Mundial quanto à inépcia e à má vontade da mídia em discutir com seriedade uma imensa gama de tópicos sobre a presença alienígena na Terra. Isso já é notícia velha.
Os UFOs são estranhos e surreais, é verdade, mas o silêncio dos canais oficiais em torno deles é mais estranho e surreal ainda. Como se pode admitir que milhares de testemunhas de experiências marcantes com naves e seres não terrestres continuem a ser sistematicamente ignoradas? Felizmente, uma pequena parcela do Fenômeno UFO parece ter conseguido quebrar esses paradigmas e atravessar a barreira da rejeição, chegando ao conhecimento público através de uma diminuta, mas consciente, fatia da imprensa. Pelo menos, as extremidades dessa barreira parecem rompidas, quando vemos emergir da vasta casuística ufológica um detalhe de grande importância, talvez o mais ilustrativo da capacidade dos UFOs de nos chocarem — o fenômeno dos UFOs triangulares. Vejamos alguns casos.
Pouco depois da meia-noite de 02 de março de 2003, um segurança da portaria de uma comunidade em Dallas, no Texas, observou por oito ou 9 segundos um triângulo negro e sólido, sem nenhum tipo de luz e totalmente silencioso, rumando em direção oeste, a uma altitude de cerca de 400 m. Assim que o triângulo desapareceu atrás de uma das casas, o segurança contatou o departamento de polícia da cidade, que lhe informou que ninguém mais havia notificado aquele objeto. Este caso foi pesquisado pelo Centro Nacional de Registros de UFOs [National UFO Reporting Center, Nuforc]. Peter Davenport, que administra a organização, entrevistou o segurança e constatou ser ele “totalmente sincero e crível”. Outro caso pesquisado pelo Nuforc aconteceu pouco antes, em 24 de janeiro de 2003. Naquela noite, um homem dirigia tranquilamente por uma estrada silenciosa do Arkansas, quando avistou um objeto triangular.
A testemunha diminuiu a velocidade, desligou o rádio e abaixou o vidro de seu carro. Parado no acostamento, ficou observando o objeto flutuar a apenas três metros acima de uma cabine telefônica, notando que tinha três luzes — vermelha, branca e azul — em cada canto. Depois de uns quatro minutos, o objeto, que não se parecia com um helicóptero e era totalmente silencioso, se foi. Ocorrências como essas se acumulam e são espantosas. As dimensões desses triângulos variam de pequeno a imenso, segundo milhares de testemunhas. Muitos estavam se movendo devagar e a baixa altitude, e ocasionalmente são descritos na forma de bumerangue em vez de triangular. O fato de esses artefatos terem sido vistos voando baixo e devagar, em alguns casos, ou à velocidade excepcional e realizando manobras incomuns, noutros, tende a complicar ainda mais sua investigação e um pedido de explicações oficiais — tanto em âmbito científico quanto político, que muitos ufólogos fazem perante as autoridades.
O famoso avistamento de um gigante objeto triangular por policiais em Evanston, Illinois, no ano 2000, é até hoje o melhor caso de triângulos voadores que temos para confirmar o significado e a complexidade desse fenômeno. Nesse episódio, o artefato era mais largo do que um Jumbo 747, totalmente silencioso e se movia devagar a uma altitude de cerca de 150 m, exibindo luzes brancas intensas em sua borda. Tudo isso por si só já é extraordinário, mas o que realmente torna esse caso de difícil explicação é a maneira como o objeto acelerou. Nas palavras de um oficial da polícia de Evanston, “deu-se em um piscar de olhos e sem qualquer barulho”. Em dado momento estava perto, mas no instante seguinte já se encontrava a dezenas de quilômetros de distância.
Se esse fosse um incidente isolado, poderia se argumentar que teria se tratado de uma observação estranha e nada mais. Mas não foi, e é aqui que os problemas se aprofundam. Um objeto praticamente idêntico a esse já tinha sido visto em inúmeras ocasiões próximo de Hudson Valley, ao norte da cidade de Nova York, nos anos 80. Em uma delas, um vídeo foi feito com qualidade suficiente para ser enviado ao Laboratório de Jato Propulsão (JPL), em Pasadena, California, que concluiu se tratar de algo real e não convencional, sem explicação. Em 31 de dezembro de 1982, em plena véspera de Ano Novo, pessoas de diferentes localidades reportaram o objeto, e uma delas chegou a filmá-lo com sua câmera de vídeo.
Armas secretas
O objeto era grande, triangular e voava a menos de 150 m de altura — tinha luzes brilhantes e descrevia círculos no ar. Em certo ponto de uma rodovia, projetou um possante canhão de luz branca para baixo. Em julho de 1984, um objeto similar invadiu o espaço aéreo da Usina Nuclear de Indian Point, em Buchanan, estado de Nova York, desativando aparelhos eletrônicos e sistemas de comunicações enquanto flutuava sobre um dos reatores.
Quando explodiu a onda dos triângulos voadores da Bélgica, muitos estudiosos suspeitaram que os objetos voadores fossem armas secretas norte-americanas, ainda desconhecidas. Mas as suspeitas não prosperaram, porque oficialmente não há nenhum tipo de aeronave de forma perfeitamente triangular, como as observadas e documentadas. O moderno bombardeiro B-2, que tem tecnologia stealth [Furtiva, camuflada] e ao qual foi atribuída a origem dos triângulos, é angular e parece uma besta. Ele não tem formato triangular e tampouco pode fazer o que os UFOs belgas fizeram. Segundo o escritor de aviação Bill Sweetman, da revista Popular Science, “nenhum outro avião supersônico triangular está sendo construído, e nenhum teste com esse tipo de veículo tem sido realizado”.
As dimensões desses triângulos variam de pequena à imensa, segundo milhares de testemunhas. Muitos se movem devagar e à baixa altitude, e ocasionalmente são descritos com a forma de bumerangue em vez de terem aspecto triangular
Há uma boa razão, no entanto, para se acreditar que os Estados Unidos estejam de fato desenvolvendo um artefato voador com formato de triângulo. Em agosto de 1989, Chris Gibson, membro do Grupo de Vigilância Real e um de seus mais reconhecidos e experientes pilotos, tendo particip
ado de vários torneios internacionais e escrito um manual sobre aeronáutica, estava trabalhando na Companhia de Combustível do Mar do Norte, a 100 km da costa de Norfolk, Virgínia, quando viu um perfeito triângulo isósceles — com o nariz num ângulo de 30º — em uma operação de reabastecimento com um avião-tanque KC-135. Dois F-111 Fighters acompanhavam a nave, que era um pouco maior do que um caça convencional — mas ainda não há certeza de sua origem.
Também não faltam aqueles que atribuem esses avistamentos ao fabuloso caça norte-americano Aurora, que seria o sucessor do avião mais rápido do mundo, o SR-71 Blackbird. Até pouco tempo, os Estados Unidos ainda negavam a existência do Aurora, coisa que já está propenso a admitir. Suas dimensões seriam compatíveis com o que Gibson descreveu, mas ele seria bem diferente dos triângulos que sobrevoaram a Bélgica entre 1989 e 1990. E certamente não seria o mesmo objeto avistado no Vale Hudson. O Aurora seria capaz de atingir velocidades superiores a Mach 8 [Oito vezes mais rápido do que o som], mas não de flutuar nem mudar de direção e altitude instantaneamente.
No terreno das lendas aeronáuticas haveria outra aeronave que se aproximaria sobremaneira do formato e descrição dos triângulos. É o supercaça Black Manta TR-3, que oficialmente também não existe. Tudo o que temos são rumores de que seria capaz de flutuar silenciosamente no ar. Dizem que há duas versões muito diferentes desse modelo, o TR-3A e o TR-3B. O primeiro teria 15 m de largura, 5 de altura e 22 de envergadura, e o segundo teria o diâmetro de 200 m. A cobertura do TR-3B poderia ser ativada por um estimulador de radar elétrico para alterar sua cor, desviando as ondas de radar. Alcançaria altitudes suborbitais da ordem de 40 km e velocidades superiores a Mach 9. Seria de uma aeronave de reconhecimento tático, fabricada para servir aos órgãos de espionagem norte-americanos e às agências de segurança do governo dos Estados Unidos. Por tudo isso é que qualquer detalhe acerca de sua existência é mantido em altíssimo sigilo.
Black Manta
Os experts em armas secretas dizem que o TR-3B seria dotado de um “desagregador de campo magnético”, um instrumento de formato circular e altamente pressurizado, com um anel de plasma à base de mercúrio cercando um compartimento rotatório de tripulação. O plasma ali contido seria acelerado a velocidades extremas e resultaria na “neutralização da gravidade”, ou seja, o efeito da gravidade seria diminuído em até 89% através desse processo. Isso não é exatamente o que se chama de antigravidade, que providencia uma força impulsiva bastante considerável. Mas, para todos os efeitos, seria algo que tornaria o veículo extremamente leve, com vantagens óbvias em sua performance, o que lhe permitiria acelerar em todas as direções a fantásticas velocidades. Não obstante, o cientista Edgar Fouche contesta os dados técnicos referentes à velocidade de rotação do plasma.
Enquanto que os boatos e as especulações em torno do Aurora e do Black Manta correm soltos, os UFOs triangulares continuam a aparecer, aproximando-se das características dos primeiros, como que querendo confirmá-los. Mas são poucos os especialistas em aviação que defendem a possibilidade que de fato existam. Estou quase certo de que os militares norte-americanos possuem um triângulo voador, e conhecendo as credenciais de Chris Gibson, se ele diz que viu um triângulo isósceles negro sendo reabastecido por um KC-135, não tenho porque não acreditar nele. Também estou pronto para aceitar que provavelmente haja outra aeronave negra de conformação desconhecida. Desde a Guerra Fria, o governo dos Estados Unidos sustenta uma política de manutenção de sigilo que funciona sempre de acordo com suas conveniências. Nos anos 60 e 70, o U-2 foi inicialmente negado e depois se tornou público. Seu sucessor, o SR-71 Blackbird, idem. Somente quando começaram a produzir em série o F-117A Stealth Fighter, em 1988, é que ficamos conhecendo-o, já que não fazia mais sentido escondê-lo.
Ainda que o Aurora ou o Black Manta existam, eles não explicariam satisfatoriamente todos os avistamentos de naves triangulares, talvez somente alguns dos que foram reportados a partir dos anos 90. Mas será que seriam mesmo a explicação adequada? Vejamos um caso ocorrido em Hastings, Minnesota. Certa noite, várias testemunhas viram uma nave triangular se aproximar em alta velocidade. O objeto tinha uma luz alaranjada em cada canto, e todas rodavam algumas vezes em torno dele. Quando estava a cerca de 1.600 m de altitude, estacionou e permaneceu parado e silencioso por quase um minuto — logo depois, fez um giro bem devagar, deixando uma trilha de vapor. Permaneceu parado por mais alguns segundos e acelerou em velocidade impressionante, imobilizando-se novamente em um ponto a cerca de 25 km das testemunhas, para então virar para cima e partir novamente a incrível velocidade. O triângulo em questão era praticamente idêntico ao da onda belga, exceto pelo fato de que foi visto em outubro de 1968.
A Nuforc reuniu 25 avistamentos de UFOs triangulares registrados entre 1967 e 1973, e há outros de até bem antes desse período. Esse dado pode ser apenas a ponta do iceberg. Relatos de naves triangulares se multiplicaram a partir de 1998, quando a internet tornava-se acessível e virou uma ferramenta conveniente para um número crescente de pessoas. Jamais saberemos quantas testemunhas das naves triangulares nos anos 60 morreram antes de terem tido a oportunidade de contar suas histórias, mas suponho que não foram muitas. O pesquisador britânico Victor Kean, idealizador do Projeto Triângulo, recebeu muitos informes de triângulos na Grã-Bretanha, a maioria dos anos 90, mas apontou que o primeiro caso confiável de que tomou conhecimento remontava a 08 de setembro de 1960. Naquela noite, uma nave triangular com três luzes no topo e uma luz vermelha ao redor foi vista em Tyneside e em duas outras localidades — todas com 75 minutos de diferença entre um lugar para o outro. Alguma nação já possuía naves triangulares nos anos 50? Infelizmente, Kean faleceu em junho de 2003 e não terminou seu estudo.
Invasão do espaço aéreo
Casos antigos podem ser de difícil explicação, uma vez que há muitos outros fatores a considerar — e o primeiro deles é a tecnologia. É certo que a militar está sempre anos e até décadas à frente da civil, mas será que nesse caso estaria tão avançada assim? Recapitulemos a história da aeronáutica nas últimas décadas. O primeiro voo do F-15 Eagle foi em julho de 1972. Esse foi o primeiro da série Fighter que teve seu peso maior do que 1:1, significando que ele podia acelerar para cima. O prime
iro voo do protótipo do F-16 foi em janeiro de 1974. O bombardeiro Rockwell B-1 teve seu primeiro voo em dezembro de 1974. O helicóptero Apache teve seu voo inaugural em setembro de 1975. Essas máquinas são todas impressionantes, mas nenhuma faz nada do que se atribui aos triângulos. Asas de formatos não convencionais só se tornaram viáveis com o desenvolvimento da tecnologia fly by wire [Que capacita uma aeronave a fazer inúmeros ajustes por segundo], em meados dos anos 70. Antes disso, tais asas eram naturalmente instáveis.
Outros questionamentos surgem quando examinamos os gastos do Departamento de Defesa dos Estados Unidos. A Força Aérea Norte-Americana (USAF), por exemplo, só em 1980 consumiu em torno de 40 bilhões de dólares. Em 1981, com o início da Era Reagan, os gastos aumentaram de modo exponencial, saltando para US$ 99,4 bilhões em 1985. Em 2006, apenas pouco mais de duas décadas depois, estima-se que os gastos da Defesa norte-americana tenham atingido a ordem de 400 bilhões de dólares. Ao que parece, sempre há um suprimento extra de dinheiro reservado para projetos especiais e secretos. Presume-se que todo esse aporte de recursos tenha se revertido em avanços consideráveis na tecnologia de ponta, em especial a aeronáutica. Em contrapartida, exigiu-se um maior gasto com a manutenção do sigilo sobre tais programas. Assim, levando-se em conta o orçamento oficial, são remotas as chances de que triângulos pudessem ter sido desenvolvidos antes que os recursos necessários fossem devidamente canalizados — remotas, mas não impossíveis.
Retornemos à onda belga. O coronel De Brouwer especulou que os triângulos eram aeronaves norte-americanas B-2 ou F-117, as únicas que remotamente se ajustariam às descrições de seus pilotos e de testemunhas civis. Se fosse assim, a USAF estaria invadindo o espaço aéreo de outro país sem permissão, uma violação gravíssima. O governo belga consultou o norte-americano a respeito, mas a negativa foi imediata. “Nenhuma aeronave com tecnologia stealth estava operando durante o período em questão”, informaram autoridades da USAF ao Ministério da Defesa e Belga, em documento oficial. É interessante notar que a linguagem empregada é de duplo sentido, prestando-se a uma interpretação dúbia. A expressão “nenhuma aeronave com tecnologia stealth” poderia levar à compreensão de que outro tipo de aeronave — que não fosse stealth — pudesse estar em operação. Afinal de contas, o triângulo sobre a Bélgica foi seguido durante algum tempo no radar.
Propulsão aerostática
Restam ainda algumas outras possibilidades a considerar. O Instituto Nacional para o Descobrimento da Ciência (NIDS), sediado em Las Vegas, recebeu de um pesquisador aeronáutico anônimo, em 2002, um documento em que se argumentava que os Grandes Deltas Negros, triângulos negros de enormes proporções, seriam dirigíveis rígidos movidos por “eletrocinética”, uma tecnologia revolucionária. O documento continha ainda a informação de que eram mais leves do que o ar e operados por militares norte-americanos. Em outras palavras, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos teria, desde os anos 80, uma aeronave capaz de se mover mais rapidamente do que qualquer outra e de carregar ogivas nucleares em altas ou baixas altitudes.
O pesquisador anônimo teorizou ainda que esses objetos seriam silenciosos por empregarem um sistema de locomoção não convencional, não necessitando de jatos ou propulsores, já que em vez disso usariam “aerostática” com gás propulsor, como um balão. “Tudo o que se ouve é um zumbido do controle do equipamento de alta voltagem e uma ocasional descarga aureolar nos triângulos negros mais antigos”, disse. Esses aparelhos poderiam ainda acelerar tão rapidamente por não requererem uma fonte de energia instalada, que seria fornecida remotamente por um “sistema de energia baseado em terra, enviando força eletrocinética à plataforma por uma ligação de arames ou por um canal de micro-ondas”. O alcance máximo da transmissão seria em torno de 100 km. Outras características dos Grandes Deltas foram abordadas, como a habilidade para virar sem inclinação ou ocasionalmente projetar luzes intensas.
Se os Grandes Deltas são feitos nos Estados Unidos, cabe-nos perguntar onde estão os transmissores de micro-ondas. Um canhão de micro-ondas requer uma linha de significativo alcance, chamada rectenna, uma ordem de dipolos que põe em perigo qualquer coisa que estiver em seu caminho, como pássaros, por exemplo. Mas não existem, até o momento, notícias dando conta de que pássaros mortos foram encontrados ao longo dos trajetos dos Grandes Deltas. Além do que, eles voavam sem limites de área. Assim, avalio que a fonte anônima do NIDS prestou apenas um desserviço à Ufologia Mundial, não nos ajudando em nada, até porque desconhecemos quem seja, quais são suas credenciais ou reais motivações.
Governo oculto
Remanesce uma última explicação terrestre para o fenômeno dos triângulos, que, entretanto, não é das melhores — a de que poderia haver um grupo ultrassecreto por trás deles. Esse grupo, que teria sido criado pelos próprios militares norte-americanos, supostamente adquirira tanto poder e independência que acabou fugindo do controle dos canais regulares da segurança nacional dos Estados Unidos, tornando-se ainda mais obscuro e secreto do que eles. Não há dúvidas de que os militares norte-americanos possuem algo assim, como os obscuros Programas de Acesso Especial, operações secretas que não sofrem fiscalização nem do Congresso nem do Senado dos EUA, custeadas por fundos secretos de bilhões de dólares. O Congresso até tentou, mas não conseguiu realizar qualquer inspeção efetiva nesses programas. É como se houvesse uma poderosa barreira que impedisse qualquer tentativa de trazer à luz os projetos secretos de construções de aeronaves, que se confundem com UFOs.
É justamente neste ponto que há uma intersecção entre o fenômeno dos triângulos e os UFOs. A manobralidade do primeiro grupo combina quase que perfeitamente com a do segundo. Milhares de militares já relataram ter travado contatos imediatos com UFOs a curta distância, e curiosamente, na maioria desses casos, as naves não se mostraram tão hostis — embora também não tenham sido propriamente amistosas. Ao que tudo indica, portanto, os UFOs não estão sob o comando dos militares norte-americanos. E o mesmo pode ser dito em relação aos triângulos. Desde que se levantaram suspeitas de que a Área 51 encobriria naves extraterrestres, ela passou a ser quase que permanentemente vigiada pelos ufólogos. Bob Lazar e seus amigos foram lá nos anos 80 e filmaram uma nave bizarra que podia flutuar e voar rapidamente.
Em dezembro de 1990, o físico-químico Gary Schultz estava acompanhado de um grande grupo de pessoas quando todos viram, conforme as palavras de Schultz, “um disco grande e luminoso que pulsava uma luz alaranjada brilhante. Aquilo estava sendo seguido por um helicóptero militar a mais ou menos uns 800 m atrás dele”. O objeto voava lentamente e desapareceu atrás das montanhas, adentrando na Base Aérea de Nellis, enquanto o helicóptero pousou no topo da Montanha Bald [Veja UFO Especial edições 47 e 48, agora disponível na íntegra em ufo.com.br].
Relatos como esses não faltam e não seriam eles a evidência de que os militares norte-americanos estariam testando dispositivos desconhecidos de propulsão e de antigravidade obtidos de discos voadores que resgataram em acidentes ocorridos em várias partes do mundo, devidamente desmontados e estudados? Possivelmente. A edição de 01 de outubro de 1990 da revista Aviation Week & Space Technology trouxe uma relação completa dos projetos aeronáuticos secretos dos Estados Unidos em andamento, incluindo aqueles envolvendo triângulos negros e silenciosos.
Guerras recentes
Onde estaria a verdade? Por que alguns meios de comunicação preferem abafar tudo isso? O que os governos temem que seja divulgado? Sejam quais forem as respostas, elas apontam para situações complexas que requerem uma análise profunda e cuidadosa. Comparemos o silêncio da mídia com o bom trabalho do jornalista de Las Vegas George Knapp, que em seus esforços conseguiu levantar muitos casos de naves sinistras fora da Área 51. De acordo com Knapp, membros no Congresso dos Estados Unidos foram bloqueados em suas tentativas de obtenção de respostas quanto aos supostos projetos de duplicação da tecnologia alienígena naquela base. Se isso é ficção, como sustentam os céticos, por que os deputados norte-americanos se dariam ao trabalho de tentar tal acesso? Enfim, parece não haver dúvidas de que pelo menos parte dos triângulos avistados é de fabricação norte-americana. Mas nem todos. Outra parte deles, no entanto, não é terrestre. Se há uma explicação simples para tudo isso, é a de que um grupo sombrio desenvolve sua própria agenda obscura, independente de qualquer protocolo estabelecido pelo governo.
A despeito dessas especulações e consensos, uma pergunta óbvia continua perturbando: se os militares norte-americanos têm à sua disposição aeronaves secretas com tantos e tão poderosos recursos dissuasivos, por que não há nenhuma evidência de que as tenham utilizado nas guerras recentes, como a do Golfo, em 1991, ou do Afeganistão, em 2001, ou ainda durante a invasão do Iraque, em 2003? Por que abririam mão dessa vantagem, ainda mais hoje em dia, no árduo e difícil combate aos grupos terroristas em regiões conturbadas do Oriente Médio? Ou teriam se valido delas de um modo tão sutil que ninguém chegou a avistá-las? Teriam talvez os comandantes militares e estrategistas preterido tais armas por acharem desnecessárias para vencer o inimigo? Deve haver alguma resposta lógica para essa questão. Particularmente, penso que há os triângulos fabricados pelas potências terrestres e os que vêm de fora, pertencentes, portanto, a alguma espécie alienígena. De qualquer forma, falta ainda uma explicação definitiva.