O ministro da Ciência e Tecnologia, Roberto Amaral, quer a presença de um astronauta brasileiro em uma das próximas missões tripuladas da China. A idéia foi proposta na semana passada, em visita de Amaral àquele país.A China ainda não respondeu oficialmente à sugestão. O Brasil tem um astronauta em treinamento nos EUA, Marcos Pontes. Como participante da Estação Espacial Internacional, o país tem direito a um tripulante para eventual vôo em ônibus espacial.Ontem, o ministro trocou felicitações com o embaixador chinês no Brasil, Jiang Yuande, pelo sucesso no lançamento do Cbers-2, segundo satélite produzido por equipe sino-brasileira. O acordo prevê transferência de 30% da tecnologia utilizada no satélite.O Cbers-2 será usado para monitoramento ambiental e identificação de queimadas. Com o lançamento, Brasil e China se tornam, segundo Amaral, auto-suficientes na produção de imagens.A idéia, agora, é vender os dados obtidos com o Cbers-2. Um diálogo inicial com o governo chinês prevê a comercialização das imagens para países da África portuguesa. Nos próximos meses será analisado o repasse dos dados para países do Mercosul.O programa espacial sino-brasileiro inclui outros dois satélites. O Cbers-3 deve ser lançado em 2006 e poderá obter imagens com resolução (nitidez) de cinco metros.Os dados do Cbers-2 ainda não estão disponíveis, pois o satélite passa por testes técnicos. A avaliação termina em 80 dias.