A descoberta de chaminés vulcânicas nos oceanos da Terra representou uma revolução no estudo sobre como surgiu a vida em nosso planeta, além de apontar onde buscar por vida alienígena em outros mundos. As luas Europa de Júpiter e Enceladus de Saturno são suspeitas de abrigar estruturas desse tipo, podendo ainda hoje existir vida nesses mundos. Agora um novo estudo, publicado nas Nature, aponta que esse tipo de atividade geológica existiu no passado de Marte. O artigo foi baseado em informações colhidas pela nave Mars Reconnaissance Orbiter (MRO) da NASA.
A MRO descobriu na Bacia Eridania, uma região no hemisfério sul de Marte, evidências consistindo em depósitos minerais de que ali existiram chaminés vulcânicas no fundo do oceano que cobriu a área há cerca de 3,7 bilhões de anos. Eridania abriga alguma das regiões mais antigas de Marte, e desde a órbita do planeta descobriu-se que ali minerais foram expelidos das chaminés vulcânicas diretamente para um oceano que continha dez vezes mais água que os Grandes Lagos da América do Norte. Os cientistas estão animados, afirmando que mesmo que não se descubra evidências de que de fato existiu vida nessa região marciana, seu estudo pode prover informações importantes sobre o desenvolvimento da biologia em nosso próprio mundo, auxiliando no entendimento das condições similares que existiram no passado da Terra.
Através das imagens da MRO e de dados colhidos por seus espectrômetros, os cientistas puderam identificar a mistura de vários elementos minerais dos depósitos, além da mistura e formado dos depósitos que cobriram a região de Eridania. Além disso foram encontrados os rastros dos fluxos de lava que se depositaram no local após o desaparecimento do oceano, de novo confirmando a atividade vulcânica na região. O objetivo da NASA, que será o principal da missão do rover Mars 2020 a ser lançado em 2020, é encontrar evidências de vida passada em Marte, e os depósitos hidrotermais na Bacia Eridania representam um novo alvo da astrobiologia a ser feita no Planeta Vermelho. Os cientistas salientam ainda o interesse em pesquisar a região como um paralelo do que aconteceu no início da vida na Terra.
Confira o novo artigo publicado na Nature
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