Na tarde de 16 de novembro, domingo, uma semana após a descoberta dos dois primeiros casos de agroglífos brasileiros, foi encontrado um terceiro sinal na cidade de Ipuaçu, semelhante aos anteriores, mas menor. O novo círculo tinha 5 m de diâmetro, novamente um anel externo de plantas não dobradas e, por fim, um mais externo ainda, de plantas dobradas, sempre no sentido horário. No total, a figura apresentou diâmetro de 9 m. Este novo sinal apareceu a cerca de um quilômetro do centro da cidade, na propriedade de Ângelo João Aléssio, e também foi pisoteado. Curiosamente, surgiu ao lado de uma cooperativa agrícola.
Aléssio e seus funcionários estavam colhendo o trigo plantado quando todos viram a estranha formação. Os que compareceram ao local, como o professor de história Jeferson Carlos Brunetto e o vereador de Xanxerê (SC) Paulo Boita, que defende que estarmos sendo visitados por inteligências superiores, confirmaram tratar-se de algo que não foi forjado. Boita ligou para a Revista UFO e deu seu parecer: “É coisa muito intrigante. Eu e todos os que lá estávamos não vimos qualquer rastro que sugerisse que pessoas, máquinas, veículos ou animais pudessem ter causado aquele sinal na plantação”. O vereador garante, pelas características da manifestação, que não havia indícios de interferência humana no evento.
Cerca de 500 pessoas passaram pelo local apenas naquele domingo, mas a formação manteve-se razoavelmente preservada, pois já existe uma consciência em Ipuaçu e a comunidade ajudou a preservar os sinais. Com o aparecimento deste novo círculo, passou a ser certeza que a cidade está vivendo uma onda ufológica. O biólogo e consultor da Revista UFO Carlos Alberto Machado visitou as cidades de Xanxerê e Ipuaçu, investigando os velhos e os novos casos. Ele conduziu investigações para determinar a natureza dos fenômenos. “Muitas testemunhas viram luzes sobrevoando a região onde surgiram os novos agroglífos”, disse.
No vizinho município de Ouro Verde, na manhã do dia seguinte, segunda-feira, 17 de novembro, também foi encontrado um novo agroglífo, este com dimensões praticamente idênticas a dos primeiros, de 09 de novembro, em Ipuaçu. Também neste caso a hipótese de tornado ou de qualquer outro fenômeno meteorológico foi descartada, pois as plantas, tal como nas situações anteriores, estavam acomodadas e bem definidas, sem qualquer sinal de terem sido atingidas por ventos ou chuva. Por sorte, o proprietário das terras onde o agroglífo de Ouro Verde surgiu, Valdir Goulart, impediu no mesmo dia sua depredação, isolando a área. Goulart e o ex-prefeito Afonso Kosinski também afirmaram não terem visto ninguém entrando na área, e igualmente acreditam que o trigo não foi dobrado por seres humanos.
Santa Catarina parece estar definitivamente na rota das inteligências que produzem os círculos, pois, durante o processo de finalização desta edição, eram constantes os e-mails enviados por leitores e até por funcionários públicos de cidades do interior do estado, informando o surgimento de novos agroglífos. Abelardo Luz, Campos Novos, Faxinal dos Guedes, Formosa do Sul, Chapecó e novamente em Ouro Verde e Ipuaçu, novas formações eram achadas quase diariamente no fim de novembro.