A ideia de que existem civilizações lá fora há muito tempo é discutida no âmbito astronômico e não são poucos os cientistas, como Stephen Hawking, que alertam que o contato com nossos vizinhos cósmicos pode não vir a ser tão amistoso quanto esperado. A fim de proteger a Terra de ser identificada como um planeta habitável por astrônomos alienígenas, o astrônomo David Kipping, da Universidade Columbia em Nova York, teve a ideia de disfarçar a presença da Terra utilizando potentes raios laser. Ele conta que pensou a respeito após analisar o intrigante caso da estrela KIC 8462852, situada a 1.500 anos-luz de distância e ao redor da qual o telescópio espacial Kepler identificou estranhos fenômenos, para os quais a existência de uma colossal obra de engenharia alienígena, embora considerada improvável, é uma das explicações possíveis.
David Kipping pensou a respeito da possibilidade de nós alterarmos os sinais da presença da Terra para alienígenas que também estivessem buscando mundos ao redor de outras estrelas, o que poderia ser muito útil caso estes tivessem intenções hostis. Trabalhando ao lado do estudante de graduação Alex Teachey, eles chegaram à conclusão de que é relativamente simples impedir a detecção da Terra, ou mesmo disfarçar a presença de vida no planeta. O plano depende de sabermos em qual estrela se localizam os alienígenas, e deles utilizarem, tal qual nós mesmos, do método do trânsito para caçar exoplanetas, o mesmo do Kepler. Trata-se de medir pequenas diminuições no brilho estelar causado por um planeta passando diante de sua estrela. A ideia de Kipping e Teachey é fazer parecer que a luz do Sol não diminua, emitindo um poderoso feixe de raios laser.
Os dois cientistas propõem que, conhecendo a localização dos alienígenas e o momento em que eles podem flagrar um trânsito da Terra passando diante do Sol, do ponto de vista deles, um laser ou conjunto de lasers seja emitido na direção da estrela, dando aos astrônomos alienígenas a impressão de que o brilho do Sol não teve variação. Alguns poderiam questionar como poderíamos produzir um laser que imitasse o potencial energético parcial do Sol, contudo os cálculos dos cientistas apontam que a energia necessária seria de 30 megawatts ao longo de dez horas por ano, coincidindo com a passagem da Terra diante do Sol, conforme o ponto de vista dos alienígenas. Essa quantidade de energia é bem menor que aquela coletada pelos painéis solares da Estação Espacial Internacional (ISS) durante um ano, ou a energia usada por 70 casas durante o mesmo período. E naturalmente, finalizado o uso, as fontes de energia do laser ou lasers poderiam ser reabastecidas ao longo de quase um ano, o tempo até o próximo trânsito terrestre. E ao invés de um grande dispositivo, poderiam ser usados vários lasers menores, e de fato Kipping e Teachey afirmam que poderíamos construir em pouco tempo uma camuflagem como essa.
DISFARÇANDO A EXISTÊNCIA DE VIDA
Claro que se os astrônomos alienígenas também utilizassem o método da velocidade radial, a presença da Terra poderia ser detectada pelo diminuto efeito que sua gravidade causa no Sol. E ao não observar o trânsito os ETs suspeitariam de algo, assim os dois cientistas dizem que lasers também poderiam ser usados para editar a assinatura da presença de vida na atmosfera da Terra. Durante um trânsito, e já possuímos essa capacidade, a luz estelar que passa através da atmosfera de um planeta pode ser analisada, e com isso pode-se obter informações sobre os componentes da camada gasosa. Eles defendem que lasers poderiam ser usados para editar essas bioassinaturas, fazendo a Terra parecer um mundo morto e sem vida. Assim, uma civilização alienígena não conseguiria detectar oxigênio ou outros gases ligados à presença de vida em nossa atmosfera, e esse método é menos suspeito do que camuflar todo um trânsito planetário. Kipping e Teachey ainda apontam que com a utilização dos métodos que descrevem civilizações alienígenas poderiam se comunicar através de longas distâncias, e eles defendem que os arquivos de informações obtidas pelo telescópio espacial Kepler sejam cuidadosamente analisados, em busca de sinais de inteligência extraterrestre. O mesmo foi defendido em artigo pelo astrônomo Jason Wright, da Pennsylvania State University, apontando que megaestruturas alienígenas, como a que talvez tenham sido encontradas em KIC 8462852, diminuiriam o brilho estelar, enquanto lasers aumentariam esse brilho.
Leia o artigo de Kipping e Teachey publicado na Monthly Notices of the Royal Astronomical Society
Artigo de Jason Wright sobre como identificar civilizações alienígenas
Assista a um vídeo onde Alex Teachey explica a teoria da camuflagem planetária
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Saiba mais:
Livro: Dossiê Cometa
O Dossiê Cometa é o relatório da entidade homônima francesa – o Comitê Cometa – que analisou as evidências mais marcantes da atuação de ETs em nosso planeta, através de avistamentos e aterrissagens de UFOs que se prolongam há milênios e dos contatos com seus tripulantes. O documento foi entregue ao primeiro ministro francês e a outras autoridades mundiais, com uma séria advertência: devemos estar preparados para grandes transformações em nossa cultura, ciência e religião, pois em pouco tempo os UFOs causarão grande impacto em nossas vidas.