Apesar de alguns abduzidos recordarem apenas um único incidente dramático,quando um caso é cuidadosamente investigado, lembram-se de contatos que ocorreram no início da infância ou ainda quando bebê. Indícios de abduções na infância incluem a memória de uma “presença” ou “homenzinhos” no quarto; lembranças de uma inexplicável luz intensa nos cômodos da casa; a sensação de um zumbido ou vibração durante a ocorrência; impressão de ter flutuado pelo corredor ou ter visto de perto de um UFO.
Sonhos realistas de ter sido levado para uma sala estranha ou de estar enclausurado em locais onde foram realizados processos intrusivos; lapsos de memória da passagem de tempo de uma hora ou mais – durante os quais os pais não encontraram seus filhos – são indicadores comuns tanto em crianças quanto em adultos. Às vezes, os aliens são lembrados como amigáveis colegas de brincadeiras, ou até mesmo como curandeiros.
Geralmente, os abduzidos sentem que essas criaturas são protetoras durante a infância, mas os contatos tornam-se mais sérios e perturbadores na puberdade. Entretanto, até mesmo crianças podem sentir-se aterrorizadas com a experiência de serem levadas em direção ao espaço contra a sua vontade e submetidas a processos dolorosos. Com freqüência, as crianças revelam esses contatos aos pais, mas eles dizem ter sido um sonho. Eventualmente, aprendem a seguir na “clandestinidade”, e comumente resolvem não contar nada, até que, quando adultos, decidem investigar esses fatos.
Experiências com abdução seguem com uma família às vezes até três gerações. Também nesse caso, a peculiar mistura de defesas psicológicas e um controle aparente da lembrança através de forças comandadas pelos alienígenas tornam difícil desenvolverem-se estatísticas com relação ao número ou porcentagem de parentes envolvidos.
Pais que eventualmente viram de perto um UFO, ou até mesmo tiveram uma experiência com abdução, no início, geralmente negam suas próprias experiências, e até mesmo as dos filhos, não querendo ser lembrados dos seus próprios traumas com a abdução. Às vezes, crianças relatam ter visto um dos pais na nave, mas ao confrontá-lo com essa experiência, o pai pode não recordar ter sido abduzido. Ou pode ocorrer o inverso: um pai ou um irmão mais velho podem se lembrar de ter sido abduzidos e se sentem profundamente perturbados com o fato de não terem conseguido proteger o filho ou irmão. Ou, ao contrário, uma criança pode se ressentir com o fato de um pai ou irmão não a ter protegido.
Apesar de a abdução poder ser recorrente por toda a vida da vítima, o padrão e a exatidão desses contatos não são claros. Alguns abduzidos acreditam que ocorrem em momentos de estresse motivado por uma receptividade. A natureza imprevisível de sua recorrência é um dos aspectos mais angustiantes do fenômeno, tanto para os pesquisadores quanto para as testemunhas.
Histórico das abduções – Há outros sintomas ligados à associação inconsciente com elementos particulares de experiências desse gênero. Eles podem indicar um possível histórico de abduções, mas não são, por si mesmos, definitivos. Incluem uma sensação geral de vulnerabilidade, principalmente à noite; medo de hospitais (ligado aos procedimentos de intervenção realizados nas naves); medo de voar, de elevadores, animais, insetos e contato sexual. Determinados sons, odores, imagens ou atividades que são perturbadoras sem motivo aparente podem, posteriormente, mostrar-se correlacionados à abdução. Insônia, medo do escuro e de ficar sozinho à noite, dormir com a luz acesa (quando adulto), pesadelos e sonhos de estar em estranhas naves voadoras ou enclausurado, tudo isso é comum entre os abduzidos.
Irritações na pele, cortes, furos ou outras lesões podem surgir da noite para o dia. Sangramentos inexplicáveis do nariz, ouvido ou reto podem ter um significado se forem associados a fenômenos de abdução. Outros sintomas são dores nos sinos nasais, queixas urológicas ou ginecológicas, além de dificuldade urinária durante a gravidez e sintomas gastrointestinais persistentes.
A investigação de casos de abdução pressupõe um desafio especial, já que a maior parte das informações obtidas não se encaixa nas noções da realidade. A tentação é aceitar algumas experiências, principalmente as que parecem fazer algum sentido dentro de nosso paradigma espaço temporal, e rejeitar outras que parecem absurdas e distantes do ponto de vista físico. Desconfio que essas discriminações não sejam sensatas ou úteis. Pois todo fenômeno em si é tão bizarro, do ponto de vista ontológico ocidental, que aceitar algumas experiências e rejeitar outras, por sua estranheza, parece ilógico.
Além do mais, isso poderia limitar prematuramente o objetivo do estudo de um fenômeno sobre o qual conhecemos tão pouco. O critério aqui utilizado partiu da premissa de que seu relato foi sentido e comunicado com sinceridade e forte sentimento com relação ao que foi narrado. Isso não significa que concluímos que o que a vítima descreveu ocorreu literalmente em nosso mundo físico.
Distinguimos, portanto, três tipos ou níveis de informação. O primeiro é o que se poderia chamar de nível físico aparente. Refere-se a fenômenos tais quais o contato visual ou localização por radar, luz e sons, partes de solos chamuscadas, gravidez interrompida e lesões na superfície ou implantes deixados nos corpos dos abduzidos após as experiências. Trata-se de fenômenos que parecem ocorrer dentro dos limites do universo físico familiar à ciência ocidental e que podem ser estudados através de métodos empíricos. O campo da Ufologia preocupava-se primitivamente com a observação direta até a descoberta da síndrome da abdução.
Em segundo lugar vêm os fenômenos que talvez pudessem ser entendidos dentro dos limites do nosso universo espaço temporal, se tivéssemos conhecimento científico e tecnológico e habilidade para isso. Seriam os que sugerem tecnologias milhares de anos à nossa frente. Esses não são, pelo menos teoricamente, discrepantes de alguns tipos de ramificações das leis físicas estabelecidas pela ciência do Ocidente. Nesta categoria se incluiriam o modo pelo qual as naves chegam até aqui, como os alienígenas fazem pessoas flutuarem através de portas, janelas e paredes, o desligamento da memória e da consciência dos abduzidos e outras formas de controle da mente, criação de fetos híbridos e encenação de imagens convincentemente nítidas de paisagens experimentadas pelos abduzidos como se fossem reais.
Finalmente, há as experi&e
circ;ncias narradas por abduzidos para as quais não conseguimos conceber uma explicação dentro dos limites de nossa Física. Incluem o aparente domínio das viagens mentais realizadas pelos ETs e às vezes pelas próprias vítimas, a sensação de que os acontecimentos não se deram em nosso universo espaço temporal, a percepção de outras vastas realidades, a profunda sensação de retornar à fonte do ser e da criação ou da consciência cósmica, a experiência de uma dupla identidade humana/alienígena, isto é, de que são de origem alienígena, e o convincente reviver de vidas passadas, incluindo os grandes ciclos do nascimento e da morte.
Além disso, os extraterrestres parecem mudar de forma, geralmente aparecendo a princípio para os seqüestredos como animais, enquanto que as próprias naves podem ser disfarçadas em helicópteros. A ligação com espíritos animais é bastante convincente para muitos dos abduzidos. Esses fenômenos não podem ser entendidos dentro da estrutura das leis da ciência, embora sejam bastante consistentes em relação às crenças desenvolvidas há milhares de anos por outras culturas não ocidentais.
Há ocorrência de testemunho independente, mas isso é relativamente raro e de natureza limitada. Assim como em muitos aspectos do fenômeno, a evidência pode ser convincente, mas, ao mesmo tempo, sutilmente perturbadora e difícil de ser corroborada com a quantidade de dados de sustentação requeridos por uma prova.
Estado de inconsciência – Maridos e mulheres, por exemplo, costumam ser desligados enquanto um dos cônjuges está sendo seqüestrado e dormem durante o evento. O abduzido, às vezes, sente-se bastante frustrado quando seus altos berros não conseguem acordar o parceiro adormecido, que pode se encontrar num estado de inconsciência mais profundo do que o sonho, aparentemente como se estivesse morto.
O pesquisador Budd Hopkins documentou um caso, agora amplamente discutido, no qual uma mulher lheez um relato de que, da Ponte do Brooklyn, viu Linda Cortile, uma paciente dele, ser levada por seres alienígenas, do décimo segundo andar de seu apartamento no East River, Nova York, até uma nave estacionada que, em seguida, mergulhou no rio. Essas observações correspondem exatamente ao que a senhora Cortile contou a Hopkins sobre sua abdução em 1989. Este é o único caso documentado no qual uma pessoa, que não foi abduzida, revelou ter testemunhado um seqüestro que realmente ocorreu.
Sumiço na noite – As testemunhas, ao que parece, são geralmente os próprios abduzidos envolvidos que levantam questões sobre a objetividade do observador. Às vezes, de acordo com as narrativas, pode ser notada por membros da família ou outras pessoas a ausência do abduzido durante meia hora ou mais; ou, mais raramente, durante dias, como no famoso caso de Travis Walton, ocorrido em 1978. Mas neste e em outros seqüestros, ninguém os viu serem levados a uma espaçonave, e não há provas seguras de que a abdução foi a causa da ausência.
Há o exemplo da filha de oito anos de uma de minhas pacientes, que também já me havia revelado experiências com abdução. Ao procurar por sua mãe, a menina percebeu que ela não estava no quarto durante a noite. A mãe relatou que tivera uma experiência com abdução justamente no período em que a filha lhe revelou ter sumido. Pela manhã, a menina disse à mãe: “O papai estava lá, a coberta do seu lado da cama estava dobrada, mas você tinha sumido”. Outra paciente narrou a abdução de uma colega de quarto, no dormitório da escola. Disse ter visto a amiga voltar, atravessando a porta pela qual tinha sido levada.
Quando os seres devolveram-na, a paciente observou que “a cabeça dela estava caída para o lado, e os cabelos também. Pensei que estivesse morta”. No entanto, tempos mais tarde, ela própria experimentou uma abdução e, portanto, sua credibilidade como testemunha independente poderia ser questionada. Observação independente de um UFO nas proximidades onde uma pessoa revelou ter sofrido uma abdução é outro tipo de prova corroborativa, principalmente quando o seqüestrado não chega a ver a nave.
Às vezes, indivíduos narram ter sido levados para o interior de uma nave através do bojo ou de portais ovais ao longo de seu contorno, embora geralmente não se recordem do momento exato de seu ingresso ao veículo. Lá dentro podem, a princípio, notar que estão numa pequena sala escura, uma espécie de vestíbulo. Mas logo são levados para um ou mais aposentos maiores. Essas salas são claras, iluminadas por fontes de luzes indiretas. As paredes e os tetos são curvos e geralmente brancos, embora o chão possa parecer escuro.
Computadores e outros equipamentos encontram-se alinhados nos lados das salas, que podem ter balcões e vários níveis e nichos. Os instrumentos não são nada parecidos com os nossos. A mobília é pouca, limitada geralmente a poltronas com encaixe para o corpo e mesas com apenas um suporte. O ambiente é geralmente estéril e frio, mecânico e parecido com o de um hospital, exceto quando ocorrem alguns tipos de ações mais complexas.
Dentro das naves, os abduzidos geralmente observam a tripulação ocupada com a execução de tarefas, monitoração da aparelhagem e a manipulação dos procedimentos da abdução. Os seres descritos são de vários tipos. Aparecem como entes luminosos altos ou baixos, que podem ser transluzentes ou pelo menos não sólidos, com aparência de réptil. Assim como seres loiros com semblante humano nórdico, e às vezes são observados ajudantes terráqueos trabalhando junto a humanóides. Entretanto, de longe, as entidades mais comuns são os pequenos humanóides cinzas (grays), com um metro ou um pouco mais de altura.
Descrição genérica – Os cinzas são principalmente de duas espécies – os zangões, ou operários menores em forma de insetos, que se movem ou deslizam como robôs, do lado de fora ou no interior das naves, e executam várias tarefas específicas, e um líder mais alto, ou “doutor”, como os abduzidos costumam chamá-lo. Enfermeiras e seres com funções especiais também foram observados. O líder geralmente é macho, embora também existam líderes fêmeas. A diferen&cc
edil;a de gêneros não é claramente determinada pela anatomia, mas por uma sensação intuitiva a qual os abduzidos encontram dificuldade em verbalizar.
Os grays registrados têm cabeça grande, em forma de pêra, com uma protuberância na parte de trás, braços compridos com três ou quatro longos dedos, tronco fino e pernas espichadas. Não foram vistas genitálias externas, com raras exceções. Os seres não têm pêlos nem orelhas, possuem narinas rudimentares e um fino traço como boca, que raramente se abre ou expressa emoção. De longe, a característica que mais se destaca são os enormes olhos negros, que se curvam para cima. Não parecem ter pupilas, apesar de, ocasionalmente, serem comparados a uma espécie de olho dentro do olho, como se a parte preta externa fosse uma espécie de óculos. Os olhos têm um poder dominador, e os abduzidos em geral sentem medo de fixar o olhar neles. Os alienígenas costumam vestir uma espécie de túnica justa inteiriça, levemente adornada, e botas. Menciona-se também, com freqüência, o uso de uma espécie de capuz.
O líder, segundo revelam, é um pouco mais alto (talvez, no máximo, com um 1,20 ou 1, 50 m) e seus traços são semelhantes aos dos menores, exceto por parecerem mais velhos ou mais enrugados. Ele é o encarregado dos procedimentos na nave. A atitude dos abduzidos em relação ao líder é geralmente ambivalente. Costumam reconhecer a existência deste ente em suas vidas e mantêm uma estreita ligação com ele, experimentando uma forte relação de amor, que até mesmo pode ser recíproca. Ao mesmo tempo, ressentem-se do controle que ele tem exercido em suas vidas. A comunicação entre os aliens e humanos é telepática, sem que seja necessário o aprendizado de uma língua comum.
Alteração da consciência – Os procedimentos que ocorrem nas naves são descritos em detalhes na literatura sob abdução. Podem ser classificados em dois tipos: físicos e informativos. O abduzido quase sempre é despido e forçado, nu ou vestindo apenas uma roupa simples como uma camiseta, a deitar-se sobre uma mesa com encaixe para o corpo, onde ocorre a maioria das operações. O protagonista pode ser o único a estar sendo submetido ao processo durante uma abdução em particular, ou ver um, dois ou mais humanos sendo submetidos a intrusões semelhantes.
Os seres parecem estudar interminavelmente seus prisioneiros, examinado-os com intensidade, em geral com os enormes olhos bem próximos da cabeça dos humanos. Os abduzidos podem sentir como se o conteúdo de suas mentes estivesse sendo revelado ou absorvido. Pele, cabelo e outras amostras do interior do corpo são retirados com a utilização de vários instrumentos, descritos detalhadamente depois da experiência, pois são usados para penetrar em todas as partes do corpo da vítima.
Têm sido relatados extensos processos, como se fossem uma cirurgia, executados no interior da cabeça, os quais os abduzidos acreditam terem alterado seus sistemas nervosos. O procedimento mais comum e mais importante envolve o sistema reprodutor. Instrumentos que penetram no abdome, ou nos órgãos genitais, são usados para a retirada de amostras de esperma de homens e para remover ou fertilizar óvulos de mulheres.
Apesar da abdução ser decorrente por toda a vida do sequestrado, o padrão e a exatidão não são claros. Alguns abduzidos acreditam que ocorrem em momento de estresse motivado por receptividade. A natureza imprevisível de sua reincidência é um dos fatores mais angustiantes do fenômeno
Abduzidas revelaram terem sido emprenhadas pelos seres alienígenas e posteriormente ter seus fetos híbridos ou não removidos. Viram os pequenos embriões serem colocados em recipientes do interior da nave, e durante abduções subseqüentes puderam ver incubadoras onde os bebês híbridos eram criados. Algumas mulheres chegaram a ver crianças híbridas mais velhas, adolescentes e adultos, que seriam seus filhos, segundo informação dada pelos alienígenas ou porque, intuitivamente, sabiam serem seus. Às vezes os ETs tentam fazer com que as mães humanas segurem e amamentem essas criaturas, que em geral são indiferentes, ou estimulam as crianças humanas a brincarem com as híbridas.
A princípio, tudo isso perturba profundamente o abduzido. O terror deles, entretanto, pode ser amenizado de alguma forma com a garantia dada pelos alienígenas de que não serão machucados seriamente, e através de métodos de redução da ansiedade ou anestesia que eles usam. Estes métodos incluem instrumentos que afetam a “energia” ou as “vibrações” (palavras usadas comumente pelos abduzidos) do corpo, reduzindo em grande parte o medo ou a dor sentida pelas vítimas, levando-as até a estados de considerável relaxamento.
Mas em outros casos, falham completamente, e o terror, a dor e a raiva são produzidos pelos aparelhos usados para a extinção das emoções. Em várias ocorrências, o material traumático da abdução, semelhante ao de um estupro, pode ir alterando-se, à medida que os abduzidos forem atingindo novos níveis de compreensão do que está ocorrendo, ou à medida que o relacionamento deles com os alienígenas for se modificando durante o curso dos trabalhos.
Em suma, o aspecto puramente físico ou biológico do fenômeno da abdução parece ter a ver com alguma espécie de engenharia genética, com o propósito de criar uma prole híbrida humano-alienígena. Não temos provas de uma alteração genética induzida por extraterrestres, no estrito senso biológico, embora seja possível que tal fato tenha ocorrido.
Outro aspecto importante relacionado à abdução tem a ver com o fornecimento de informações aos abduzidos e a alteração da sua consciência. Não se trata apenas de um processo puramente cognitivo, mas que atinge profundamente a vida emocional e espiritual das vítimas, transformando radicalmente a percepção que têm delas mesmas, do mundo e de seu lugar aqui. As informações recebidas referem-se ao destino da Terra e nossa responsabilidade pelas destruições que estão acontecendo nela. São transmitidas por processo telepático e através de fortes imagens mostradas em telas de monitores das naves, semelhantes à televisão.
Cenas da Terra devastada por um holocausto nuclear, vastos panoramas de águas e paisagens poluídas e sem vida, imagens apocalípticas de gigantescos terremotos, incêndios, enchentes e até mesmo fendas no próprio planeta são mostradas pelos alienígenas. As cenas são profundamente perturbadoras para os abduzidos, que as tomam como uma previsão do futuro do planeta. A alguns dos seqüestrados são dadas tarefas para o holocausto futuro, como a de alimentar os sobreviventes, ou são informados de que alguns perecerão enquanto outros serão levados para outro l
ugar, a fim de participar da evolução da vida no Universo.
Certos pesquisadores de abdução acreditam que essas imagens não são mostradas com o propósito de alterar o curso da história do planeta de uma maneira positiva. Ao contrário, sustentam eles, os seres estão estudando as reações dos abduzidos e levando-os a acreditar que estão preocupados com o nosso destino, porque se preparam para dominar a Terra, uma vez que eles mesmos foram destruídos por um apocalipse científico e tecnológico similar ao que poderá nos atingir. Argumentam ainda que, se os alienígenas estivessem realmente interessados em nosso bem-estar, eles manifestar-se-iam de maneira mais decisiva e interviriam diretamente em nossos assuntos.
Retorno à Terra – Vítimas de abdução relatam que os próprios ocupantes de UFOs, quando confrontados com esse assunto, dizem que não estamos prontos para a revelação da existência deles, e que os trataríamos agressivamente. Alguns seqüestrados informam que os extraterrestres não querem fazer mudanças através da coerção, mas sim através de uma transformação de consciência que nos levaria a escolher um curso diferente.
Os abduzidos normalmente fornecem menos detalhes de seu retorno à Terra do que da própria abdução. Em geral são trazidos de volta para a cama ou o carro de onde foram levados, porém às vezes são cometidos “enganos”. Podem ser devolvidos longe, às vezes, até mesmo a quilômetros de distância – o que é muito raro. Pequenos equívocos são mais comuns, como pousar o abduzido virado para o lado errado da cama, com seu pijama abotoado ao contrário ou do avesso, ou faltando alguma peça do vestuário ou jóias.
Hopkins conta um caso ocorrido em 1992 no qual dois abduzidos foram devolvidos para os carros errados. Ao se cruzarem na estrada, os motoristas reconheceram o carro um do outro. Foram “reabduzidos” e devolvidos aos veículos certos. Após a abdução, a vítima pode ter vários graus de memória sobre sua experiência. Às vezes, o que aconteceu será lembrado como um sonho. Em geral, fica exausta e sente como se tivesse passado por uma experiência estressante.
O fenômeno físico que acompanha as abduções é importante, mas ganha um significado primordial à medida em que corrobora as próprias experiências das vítimas, pois os efeitos tendem a ser sutis e por si só não convenceriam um clínico com visão ocidental. Por exemplo, embora os abduzidos tenham certeza de que os cortes, cicatrizes e pequenas ulcerações recentes surgiram em seus organismos após experiências relacionadas aos procedimentos executados na nave, essas lesões são em geral bastante triviais para terem um significado médico.
Similarmente, muitas mulheres têm sido engravidadas e o produto da gravidez removido durante as abduções, mas não há ainda um caso no qual o médico tenha documentado que um feto tenha desaparecido como resultado de um seqüestro. Muitos abduzidos têm notado que aparelhos elétricos ou eletrônicos dão defeito por causa da abdução ou simplesmente quando as vítimas estão nas proximidades. Mas é quase impossível se provar que esses distúrbios estejam relacionados a esses fatos, ou mesmo que eles ocorram.
Os abduzidos freqüentemente se convencem de que algum tipo de aparelho localizador foi implantado em seus corpos, sobretudo na cabeça, a fim de que os alienígenas possam rastreá-los ou monitorá-los. Esses supostos implantes podem ser sentidos como pequenos nódulos sob a pele, e em vários casos minúsculos objetos são recuperados e analisados bioquimicamente e através de microscópios eletrônicos.
Origem biológica – Não há provas de que os implantes recuperados não sejam compostos de elementos raros ou combinados de maneira inusitada. Engenheiros químicos e outros especialistas em tecnologia de materiais informaram que seria difícil se fazer um diagnóstico positivo da natureza de qualquer substância desconhecida, sem haver maiores informações sobre suas origens. Na melhor das hipóteses, seria quase impossível atestar se uma substância não é de origem terrestre ou biológica humana.
Caso, de fato, esses objetos tivessem mesmo sido deixados no corpo humano por ETs, não seria difícil adaptá-los, combinando-os com o próprio sistema químico do corpo. Se esse fosse o caso, as análises não detectariam nada incomum. Como é o caso de várias pessoas que sentem nitidamente nódulos em seu corpo, após uma abdução, os quais não estavam lá anteriormente. Quando as vítimas se submetem à extração cirúrgica, o laboratório e os médicos não encontram nada de estranho no tecido.
Houve uma considerável empolgação entre os especialistas quando foi “descoberto” o primeiro implante. Ali, finalmente, estaria uma prova física concreta da realidade das abduções, um objeto verdadeiro recuperado de um mundo alienígena. Entretanto, o fato de que o fenômeno se revele dessa forma não é tão animador. Esperar por isso pode até ser uma espécie de erro de padrões lógicos. Em outras palavras, talvez seja errado torcer para que um fenômeno cuja própria natureza é sutil – e um dos objetivos pode ser ampliar e expandir nossos meios de conhecimento – descortine seus segredos para uma metodologia que opera num nível inferior de consciência.
Por causa da relativa fragilidade das descobertas físicas, apesar de genuínas, uma pesada carga de provas da realidade do fenômeno da abdução cai sobre as experiências vividas ou “testemunhadas” pelos próprios experienciados. Uma teoria que pode começar a explicar o fenômeno dos seqüestros terá que contar com cinco dimensões básicas. Primeiro, o alto grau de consistência dos detalhados relatos de abdução, narrados com a emoção apropriada pelas vítimas.
A ausência de doença psiquiátrica ou outros fatores psicológicos e emocionais aos quais pudesse ser creditado o que está sendo narrado. As transformações físicas que afetam os corpos dos seqüestrados, que seguem sem nenhum padrão psicodinâmico evidente. Outro fator é a associação com avistamento de UFOs in
dependentemente por outros enquanto ocorrem seqüestros (os quais o abduzido pode não ter visto). Além dos relatos feitos por crianças com dois e três anos de idade. Pois, claramente, nenhuma explicação satisfatória para esses elementos é aparente até o momento.
É desnecessário dizer que as abduções afetam profundamente quem as experimenta. Os efeitos são traumáticos e perturbadores, mas também podem ser transformadores, levando a uma signiicativa mudança pessoal e progresso espiritual. Se esses elementos são intrínsecos ao fenômeno da abdução, por causa em parte do trabalho terapêutico integrado com o pesquisador, ou se é um subproduto do acordo com relação à natureza das experiências, é uma questão a ser explorada.
Mulheres seqüestradas revelam ter sido inseminadas por alienígenas e, posteriormente, ter seus fetos híbridos, ou não, removidos por eles. Vêem os embriões serem postos em recipientes no interior da nave e, durante as abduções subseqüentes, podem ver as incubadoras onde os bebês são criados
O aspecto traumático tem quatro dimensões. A primeira são as próprias experiências. Ser paralisado e levado contra a vontade por seres estranhos para uma clausura e submetido a processos intrusivos, como um estupro, alguns dos quais são especialmente humilhantes para a pessoa, é obviamente bastante perturbador. Em vista disso, é surpreendente que as pessoas que são seqüestradas, em geral, não sejam mais abaladas emocionalmente do que são.
Segunda: o abduzido sofre uma eterna sensação de isolamento, estranhando as pessoas que o cercam. Lembre ou não conscientemente muitos elementos de suas experiências, a vítima sente que é de alguma forma diferente, que não pertence a esta sociedade. Quando criança, disseram-lhe que os eventos relacionados à abdução foram um sonho, ou mesmo que ele estava mentindo, e é por isso que ele aprende a manter esses assuntos para si mesmo. Também quando adulto, não fala sobre suas experiências, exceto em condições em que há confiança, pois sabe que será encarado com ceticismo e com falsas interpretações, quando não com escárnio.
Seqüelas das abduções – Terceira: os abduzidos experimentam o chamado “choque ontológico” ao se aprofundarem na realidade de seus contatos. Eles, como todos nós, foram criados sob a crença de que os habitantes da Terra estão sozinhos no Universo, e que simplesmente não é possível seres inteligentes entrarem em nosso mundo sem usar as avançadas formas de nossa tecnologia e obedecer as leis de nossa física. Abduzidos têm a tendência a persistir na esperança de que será encontrada uma explicação psicológica para as suas experiências, mesmo quando dizem que o que aconteceu com eles foi verdadeiro.
Finalmente, os traumas relacionados com a abdução são incomuns, uma vez que podem repetir-se a qualquer momento. Os seqüestros são imprevisíveis e sua recorrência na vida de uma pessoa não segue qualquer padrão preestabelecido. Pais abduzidos geralmente procuram primeiro investigar suas próprias experiências, ao descobrirem que um ou mais de seus filhos estão tendo contatos de abdução. A descoberta de que não conseguem cumprir suas responsabilidades protetoras, como pais, rompe a recusa deles e os motiva ao confronto com suas próprias experiências soterradas, para serem mais úteis aos filhos.
Além dos específicos efeitos traumáticos a longo prazo, o abduzido também pode sofrer de uma infinidade de sintomas sutis. Eles incluem vários temores, como os de hospital e seringas, além de sintomas como dor de cabeça, problemas gastrointestinais, urológicos ou ginecológicos, e até distúrbios de função sexual. É de certa forma irônico, em vista dessas seqüelas patológicas, que muitos abduzidos tenham experimentado ou testemunhado a cura de estados que vão desde um simples ferimento à pneumonia ou leucemia infantil.
É interessante que nem todos os abduzidos tenham vivenciado os traumáticos procedimentos intrusivos que caracterizam o fenômeno. Talvez não se trate simplesmente de uma questão de resistência ou recusa. Algumas pessoas parecem ser “selecionadas” para serem instruídas, ou até mesmo esclarecidas, numa espécie de reprogramação por seres geralmente delicados ou luminosos. Talvez essas pessoas, que parecem possuir qualidades de liderança espiritual, tenham uma percepção diferente, sejam mais temerosas – ou mais dispostas a perder o controle e agir movidas pelo seu terror – do que outros abduzidos.
Um histórico de abduções pode causar uma grande tensão numa relação íntima, matrimonial ou de outra espécie. Isso ocorre em especial quando um dos cônjuges é um abduzido e o outro não, e este acha que não consegue aceitar a realidade das experiências do companheiro. Relacionamentos também são rompidos quando um dos dois consegue um desenvolvimento pessoal significativo (direta ou indiretamente resultado de suas experiências), deixando o parceiro “para trás”.
Expansão espiritual – Devemos dar maior atenção aos aspectos do progresso transformacional e espiritual do fenômeno da abdução. Visto que esse lado tem sido ou negligenciado, ou encarado como incompatível com a dimensão traumática. Além disso, essa área tão pouco pesquisada possui um considerável significado. Não está claro por que acontece, mas a maior parte de nossos pacientes está enquadrada nesses casos.
Talvez pelo fato de estarmos abertos a ouvir sobre experiências ou informações consideradas “absurdas” para a maioria dos pesquisadores. Em qualquer evento, tentamos ser o mais escrupulosos possível para não levar clientes a uma direção em particular, a fim de que, se uma informação relevante para os aspectos da expansão espiritual ou da consciência da abdução emergir durante as nossas sessões, isso seja feito livre e espontaneamente, e não como resultado de um interrogatório específico.
É de suma importância a mudança que precisa ocorrer no relacionamento entre o seqüestrado e os alienígenas, antes de ser recebida a informação através do estado alterado da consciência. Embora a interação com os extraterrestres possa ter sido divertida, até mesmo íntima, na tenra infância, ela tende a se modificar para mais perturbadora e traumática
ao se aproximar a puberdade e terem início os “projetos” reprodutivos híbridos. Quando ocorre uma intervenção traumática, os abduzidos tendem a sentir-se como vítimas de seres hostis que os vêem friamente ou simplesmente como espécimes de um projeto que serve apenas às necessidades dos ETs. Podem sentir-se traídos pelos aliens.
Mas, à medida que o nosso trabalho se aprofunda, especialmente quando a força desse extraordinário contato é reconhecida e o abduzido passa a aceitar a sua falta de controle sobre o processo, o medo e a adversidade do relacionamento parecem dar lugar a uma relação mais recíproca, na qual pode ocorrer uma mútua comunicação entre humano e extraterrestre. O abduzido pode até sentir um profundo amor pelos alienígenas e perceber que é correspondido. O contato através dos olhos parece desempenhar um importante papel na evolução desse processo.
Ao invés de, por exemplo, os abduzidos ficarem ressentidos com o fato de terem seu esperma e óvulos usados pelos alienígenas no projeto de hibridização, eles passam a sentir que estão participando de um valioso processo de criação e evolução da vida. Há os que poderiam argumentar que essa mudança nos seqüestrados diante de uma situação de impotência como a da própria abdução é, na realidade, uma mudança defensiva com a finalidade de mitigar a dor e o pânico.
Seqüelas das abduções – Isso poderia ser considerado uma tentativa do ego de manter o senso de domínio, abrindo mão da voluntariedade que está sendo tomada à força, ou uma tentativa de reduzir uma dissonância cognitiva, fazendo crer que o custo emocional dessa experiência traumática possa ser equilibrado pelo fornecimento de algo bom e positivo para o Universo.
Por outro lado, é possível que a superação da experiência do seqüestro possa dar ao abduzido acesso a experiências de significado transpessoal, amor universal e união que tornem possível essa compaixão. Da mesma forma, torna-se difícil, na área das experiências relacionadas ao progresso espiritual ou transformacional, separar causa e efeito, ou mesmo pensar apenas em termos causais. Será que um abduzido recebe (e transmite) informações sobre a experiência de uma vida passada porque sua percepção está aberta à possibilidade de tal assunto? Ou a emergência na consciência da lembrança de uma vida passada, facilitada pelo nosso trabalho em conjunto, revelou um horizonte pessoal expandido e alargou o senso do próprio ser em relação à urdidura maior da consciência universal?
O fato de que o relacionamento entre abduzidos e alienígenas possa evoluir de forma expressiva com o tempo nos faz questionar a divisão dos seres entre os que são construtivos, bons e amáveis e outros que são traiçoeiros e hostis, dispostos a dominar o nosso planeta. Por exemplo, a idéia de que os seres de luz são bons ou atenciosos, e de que os cinzas são metódicos e indiferentes. Essa espécie de rótulo caracteriza os grupos humanos e as relações étnicas, e tem muito pouco a ver com as relações interespécies.
Além do mais, é comum aos abduzidos se encontrarem, por exemplo, com entidades de luz e também com os pequenos cinzentos, répteis e outros tipos de seres, durante a mesma abdução. É possível que estejamos lidando com relacionamentos evolucionários por natureza e não compreensíveis nos termos lineares de nossas polaridades. Há alguns tipos de experiências durante abduções que parecem estar relacionadas com o progresso pessoal e de transformação. Ocorre o total experimento de terror e raiva associados à impotência e à instrumentação intrusiva nas naves. Então o reconhecimento e a aceitação das experiências tornam-se possíveis, e seguem-se mais relacionamentos em que podem ter lugar o progresso pessoal. À “morte do ego” seguem-se outros níveis de transformação.
Ser personificado – Os extraterrestres podem ser vistos como entidades intermediárias entre o estado total de encarnação dos seres humanos e a fonte primal da criação ou “Deus” (no sentido de uma consciência cósmica, e não de um ser personificado). Nesse caso, os abduzidos às vezes tomam os alienígenas como anjos ou outros “seres de luz”. Os abduzidos podem realmente experimentar a si mesmos retornando à sua fonte cósmica ou “Lar”, um reino belíssimo além, ou não, do espaço-tempo que conhecemos. Quando isso ocorre durante uma sessão de hipnose, surge uma forte e indescritível sensação de alegria.
De maneira inversa, abduzidos podem chorar de tristeza quando experimentam ter que deixar seu lar cósmico, voltar à Terra e novamente tendo que encarnar. Vidas passadas são experimentadas durante as sessões com uma forte emoção em relação ao material que está emergindo.
Isso é mais comum de acontecer quando o pesquisador recolhe pistas durante sessões nas quais foram vividos contatos na infância. São feitas queixas ou simplesmente observações de estar outra vez aqui na Terra, ou estar de volta ou ter retornado. As vidas passadas que emergem parecem ter relevância com relação ao desenvolvimento pessoal ou evolução do abduzido. Experiências passadas dão ao seqüestrado (e ao pesquisador) uma diferente perspectiva do tempo e da natureza da identidade humana. O ciclo de vida e morte, diante das longas extensões do tempo, pode ser revivido, fornecendo um senso menos derivado do ego e da pequenez de um período de vida individual, a partir de uma perspectiva cósmica.
A consciência é experimentada não como acoplada ao corpo, e a noção de uma alma com uma existência separada do corpo torna-se relevante. Uma vez que se consegue a separação entre a consciência e o corpo, tornam-se possíveis outros tipos de experiências transpessoais. Ocorre a identificação da consciência com tipos praticamente intermináveis de seres e entidades através do espaço e tempo. Por exemplo, um abduzido brasileiro, que descobriu que os seus contatos com os alienígenas o deixaram aberto à identificação com mitos e entidades espirituais de sua cultura folclórica, da qual havia sido desligado pelo seu treinamento científico e intelectual ocidental.
Procedimentos reprodutivos – Um diferente, porém importante, aspecto desse tipo de experiência transpessoal é a sensação de o abduzido possuir uma dupla identidade humano/alienígena. No seu eu alienígena, pode descobrir-se fazendo muitas das coisas que os outros extraterrestres fizeram a ele e a outros seres humanos, como estudar suas mentes ou até executar procedimentos reprodutivos. A identidade alienígena parece estar ligada de alguma forma à alma do eu humano, e uma das tarefas com as q
uais o abduzido então se defronta é a da integração de suas partes terráquea e extraterrestre, que assume o caráter de uma “realmalização” de sua humanidade.
A experiência de reviver a abdução leva o abduzido a se abrir para outras realidades, em reinos que costumam ser descritos como estando atrás de um véu ou outro tipo de barreira que o mantém em um estado de consciência limitado ao mundo físico. Quando interrogado sobre essas experiências, o abduzido tem problemas em encontrar palavras para descrever o que ocorreu e falar sobre colapso espaço-temporal, da não relevância das noções de espaço e tempo, e de estar no mesmo momento em tempos e lugares múltiplos.
O resultado das experiências para os abduzidos é a descoberta de um novo e alterado senso de seu lugar no Cosmo, um lugar mais modesto, respeitoso e harmonioso em relação à Terra. Emoções como estupefação, respeito pelo mistério da natureza e um elevado sentido do que é sagrado no mundo natural são experimentadas, com profunda tristeza, pela aparente impotência diante da crise ambiental da Terra. A seqüência dos casos em geral reflete um tipo de progressão que vai das histórias mais simples às narrativas mais complexas e multidimensionais. Essas experiências sugerem que o fenômeno da abdução possa influenciar na transformação de nossas instituições e vidas coletivas.
Como se processa a abdução
Normalmente os contatos começam nos lares ou em automóveis. Em alguns casos, o abduzido pode estar caminhando pela rua. O primeiro indicativo de que está para ocorrer uma abdução pode ser uma inexplicável luz azul ou branca que inunda o quarto, um estranho zunido, apreensão, sensação de uma presença estranha ou até mesmo o avistamento direto de um ou mais humanóides e, é claro, da própria nave.
Quando uma abdução ocorre durante a noite ou, como é comum, durante as primeiras horas da manhã, o abduzido pode a princípio achar que se trata de um sonho. Mas um cuidadoso interrogatório revelará que o protagonista não estava dormindo e que a experiência teve início num estado consciente, após ter acordado. Ao começar o processo, a vítima pode sentir uma sutil mudança de consciência, mas esse estado é real, ou, melhor ainda, maior do que o normal.
Às vezes, há um momento de choque e tristeza quando o seqüestrado descobre, na entrevista ou durante uma sessão de hipnose, que aquilo que pensava ser um sonho e o fazia sentir-se mais confortável foi, na verdade, uma experiência bizarra e apavorante, que lembra ter acontecido, mas para a qual não tem explicação.
Após o contato inicial, o abduzido normalmente “flutua” pelo corredor, através de paredes, janelas ou teto de carro. Em geral se espanta ao descobrir que atravessou um objeto sólido, sentindo apenas uma leve sensação vibratória. Na maioria dos casos, o raio de luz parece servir como uma fonte de energia para transportar o abduzido do local onde ele estava até um estranho veículo que se encontra à espera dele.
Geralmente a vítima é acompanhada por um, dois ou mais humanóides que a guiam até a nave. Nesse ponto, descobre que foi dominada ou paralisada por um toque de mão ou por um instrumento manejado por um dos seres. O abduzido consegue mover a cabeça e geralmente pode ver o que está se passando, apesar de freqüentemente fechar os olhos, numa tentativa de negar ou evitar a realidade. O terror associado à impotência mescla-se com a natureza apavorante dessas experiências.
Quando a abdução se dá no quarto, a vítima pode inicialmente não ver a nave, que é a fonte de luminosidade e se encontra do lado de fora da casa. De tamanhos variados, os UFOs emanam fortes luzes de cores branca, azul, alaranjada ou vermelha, de sua parte inferior e das aberturas laterais, com a forma de escotilhas, que contornam sua borda exterior. Após serem levados de casa, os abduzidos geralmente avistam um pequeno veículo que pode estar apoiado sobre longas pernas. Inicialmente, são levados para esse objeto, que então segue para a nave-mãe.
Em outras ocasiões, experimentam ser levados para o alto, diretamente para a nave maior, e vêem a casa ou o chão lá embaixo diminuindo velozmente. Normalmente, o abduzido reage nessa e em ocasiões posteriores para deter a experiência, mas isso de nada adianta, a não ser para dar ao paciente uma sensação vital de que ele não é apenas uma vítima passiva. Entretanto, há pequenas variações sobre o que é experimentado durante essa fase da abdução.