Considerada o pulmão do mundo, a Amazônia guarda segredos inimagináveis. A vasta região abriga uma infinidade de espécies vegetais e animais, além de uma rica diversidade de cultura e costumes, o que a torna extremamente exótica aos olhos dos inúmeros turistas que a visitam. No que se refere a discos voadores, é possível encontrar na região incríveis histórias nas quais se constatam desde simples avistamentos até casos de abdução. De acordo com o jornalista e escritor Danilo du Silvan, um dos pioneiros na pesquisa ufológica na Amazônia, em seu livro Mistificadores da Ufologia [Edição Particular, 1988], uma das primeiras observações de naves extraterrestres na região foi registrada na cidade de Manaus, em 1957, quando várias pessoas avistaram em um fim de tarde, na Ponte Cabral, um objeto voador não identificado. O fato chamou a atenção da comunidade e da imprensa, que deu ampla cobertura ao acontecido.
Desde então, tem sido comum o registro de ocorrências ufológicas naquela cidade, que se intensificam com o passar dos anos. Entretanto, acredita-se que a atuação de naves sobre a floresta remonte há séculos, quando nativos de diversas nações indígenas viam estranhos seres descendo do céu e os identificavam através de lendas mitológicas que se perpetuariam por inúmeras gerações. Isso talvez explique o caráter folclórico e religioso com que muitas pessoas tratam o assunto. Seres e objetos observados por tais índios eram representados em rituais e cerimônias, nos quais era possível identificar vestígios de seres altamente inteligentes, conforme historiadores puderam constatar mais tarde. Estudiosos afirmam que, na Amazônia, tais seres teriam se dedicado à pesquisa e exploração de pessoas e dos infindáveis recursos naturais, o que estariam fazendo até hoje.
Porém, em épocas remotas, à sua presença e comportamento eram atribuídas diversas e intrigantes lendas. Muito antes dos portugueses chegarem ao Brasil nossos nativos já haviam criado suas próprias denominações para os avistamentos de sondas e naves extraterrestres, que eram interpretadas como sendo animais e aves. Seus tripulantes, quando desciam dos objetos voadores, eram vistos em algumas ocasiões como demônios e espíritos do mal, e, em outras, como deuses, espíritos do bem. Na obra UFOs no Brasil [Código LIV-010 da coleção Biblioteca UFO. Confira na seção Shopping UFO dessa edição e no Portal UFO: ufo.com.br], o ufólogo mineiro Antonio Faleiro faz um minucioso estudo da possível relação existente entre ocorrências ufológicas e lendas folclóricas.
Em suas pesquisas, pôde apurar que uma das denominações mais antigas atribuídas a um UFO em Território Brasileiro seria M’bai-tatá, que significaria coisa de fogo. A expressão foi citada pelo padre José de Anchieta em uma carta datada de 1560. “Há também outros fantasmas na praia, que vivem a maior parte do tempo junto ao mar e dos rios e são chamados de ‘que é todo fogo’. Não se vê outra coisa senão um facho cintilante correndo. Ele acomete os índios e os mata rapidamente”, escreveu Anchieta. Em seu texto, é possível que a expressão “os mata” significasse apenas desaparecimento ou rapto — e estaríamos diante de possíveis ocorrências de abdução, como acontece na atualidade. Em alguns casos, as luzes fortíssimas emitidas por esses objetos provocavam sintomas nos índios, como irritação nos olhos e indisposição.
A crescente frequência com que seres extraterrestres têm sido observados na Amazônia possibilitou uma classificação quanto à sua aparência e comportamento. O pesquisador Antonio Jorge Thor desenvolveu esse trabalho e chegou a três categorias. Os alienígenas do primeiro grupo seriam amáveis e evoluídos, tanto científica como espiritualmente, enquanto os do segundo grupo assumiriam comportamento extremamente hostil perante o ser humano. Escravizariam pessoas por longo tempo e as deixariam com inúmeros distúrbios físicos ou psíquicos. Já os do terceiro grupo são classificados como seres intermediários, que estariam na Amazônia pelos mais variados motivos, como pesquisas e até mesmo devido a acidentes inevitáveis. A entidade mítica Bep-Kororoti, personagem de uma lenda nativa, poderia ser enquadrada nesse grupo — já que, da mesma forma inusitada e inesperada com que aparecia para as pessoas, desaparecia sem deixar vestígios.
Sondas teleguiadas e extraterrestres
Pesquisando detalhadamente o folclore brasileiro — e em particular o da Amazônia — podemos constatar que muitos “fantasmas” e “assombrações” descritos por indígenas e caboclos são na realidade avistamentos de naves tripuladas, sondas teleguiadas e seres extraterrestres. Uma das lendas mais conhecidas na região é a do Boto, responsável por uma das mais interessantes peculiaridades amazônicas. A história está descrita no livro Os Mistérios da Amazônia [Edição particular, 1992], do sertanista e escritor Walcyr Monteiro, consultor da Revista UFO, que estudou detidamente o assunto. Segundo Monteiro, existem dois tipos de boto, o preto — ou tucuxi — e o cor-de-rosa. O primeiro ajudaria os náufragos, mas somente mulheres, levando-as para as margens dos rios. Para outras pessoas, no entanto, o tucuxi auxiliaria a todos, independente do sexo do necessitado. Não são poucos os que, ao escaparem da morte por qualquer motivo, atribuem seu salvamento à criatura.
“Pesquisando o folclore brasileiro, especialmente o da Amazônia, constatamos que muitos ‘fantasmas’ descritos por indígenas e caboclos são avistamentos de naves, sondas e extraterrestres”
O boto cor-de-rosa, porém, é fonte de uma lenda ainda mais exótica, que muitos ufólogos correlacionam à Ufologia. Dizem os moradores dos redutos e regiões ribeirinhas do interior da Amazônia que o boto cor-de-rosa se transformaria em um homem alto, claro, forte e bonito que seduziria as mulheres em noites de festa. Ao sair dos rios, é visto como alguém bem apessoado, elegantemente vestido e portando, segundo a tradição, uma espada na cintura. Ele se aproximaria das vítimas — as mais belas das festas — e as atrairia com um olhar hipnótico. Porém, antes do amanhecer, se transformaria novamente em animal e voltaria para a água. Segundo creem moradores de certas regiões amazônicas, ainda hoje, quando uma mulher residente às margens dos rios fica grávida, não sendo casada ou tendo companheiro, o filho certamente é do boto.
Recursos hipnóticos e sedução
A lenda a respeito é rica em detalhes. Segundo ela, muitas mulheres desaparecem ou fogem para o fundo dos rios, retornando tempos depois. A história de certas localidades dá conta de que vários maridos desconfiados já ar
maram ciladas para pegar o animal. A emboscada geralmente acontece à noite, quando haveria uma luta entre o marido e seu rival. Variações da lenda do boto descrevem embates em que os maridos conseguem ferir o animal, às vezes visto como homem. Mas a criatura sempre escapa mergulhando na água. A riqueza folclórica da Amazônia vai ainda mais longe. Segundo historiadores, no dia seguinte às tais lutas era comum encontrar um cadáver na beira do rio, com ferimentos supostamente causados pelo marido ciumento — só que, em vez de um homem, o que se via era pura e simplesmente o corpo de um boto.
Mesmo atualmente é comum percorrer vilas e remotas localidades e encontrar, nos cartórios municipais, registros de nascimento em que o pai de determinadas crianças é descrito como sendo o boto. Duvidar de tal paternidade, em regiões ribeirinhas, é grande heresia. Mas para certos ufólogos especializados no folclore amazônico, a lenda do Boto esconde a atuação sinistra e camuflada de seres extraterrestres, que estariam selecionando suas vítimas na floresta exatamente como o fazem nas grandes cidades. Usariam recursos hipnóticos para atraí-las e, depois, as seduziriam com charme fora do normal. De qualquer forma, tal lenda não é a única da região que os estudiosos relacionam ao Fenômeno UFO. Outra tradição bastante curiosa é o conto da Cobra Grande. Essa lenda relata que uma índia tomava banho em um rio quando foi engravidada por um boto, chegando a dar a luz a duas crianças, Honorato e Maria Caninana.
Enquanto Honorato era um menino bom e gentil, Maria era má e estúpida. Estranhamente, as crianças tinham o corpo coberto de escamas, cabeças triangulares, olhos oblíquos e línguas pontudas, muito semelhantes a cobras. Uma variação da mesma lenda diz que, à medida que crescia, Honorato teria se transformado em uma grande cobra que amedrontaria os moradores da região. Outra ramificação de tal crença atribui à Cobra Grande a capacidade de voar sobre os rios amazônicos. Ela seria vista como um objeto luminoso e comprido, de movimentos sinuosos, que acompanharia o percurso dos rios. Enfim, descrições de histórias como essas são comuns na região, onde muitas ocorrências ufológicas assumem caráter meramente místico ou religioso. No que se refere à lenda do boto, é possível identificar características presentes também em episódios envolvendo extraterrestres, como a suposta espada que possuía e sua incrível e rápida transformação em um animal, identificado pela população como sendo o mamífero aquático.
Terror alienígena na região
Já a Cobra Grande representaria um objeto de intensa luminosidade que, ao atravessar o céu, deixaria um rastro colorido com formato semelhante ao de uma cobra em movimento. Uma intersecção entre ambas as lendas, muitas vezes enredadas juntas, poderia gerar a interpretação de possíveis casos de abdução com manipulação genética. Eventuais crianças nascidas desses relacionamentos poderiam, de fato, apresentar alterações físicas, e os nativos as viam como cobras. É muito comum também encontrarmos na Região Amazônica a lenda do Navio Fantasma, que surgia e desaparecia muito rapidamente. Inúmeras pessoas garantem ter observado a misteriosa embarcação, como um pescador residente no município de Curuçá, que relata ter notado, em uma noite de trabalho, a aparição súbita de dois homens em um pequeno barco. Um deles comprou peixes do pescador, mas disse a ele que deveria receber o pagamento em outro navio, que estava mais afastado. O homem achou isso muito estranho, pois naquela região nunca havia aportado navio de qualquer espécie.
Ao se dirigir ao local indicado, avistou, perplexo, um imenso navio todo iluminado. Dentro dele, muitos homens, mulheres e crianças andavam, subiam e desciam escadas, conversando. A grandiosidade da embarcação e sua intensa luz deixaram o pescador literalmente paralisado, não conseguindo raciocinar direito. Quando finalmente saiu do estado de torpor em que se encontrava, as pessoas e o navio tinham desaparecido. Não havia o menor sinal de que ali estivera alguma embarcação. As descrições do Navio Fantasma variam entre as diferentes localidades. Mas quase sempre o que se vê é algo de grandes proporções, que as testemunhas imaginam ser um grande barco. Acontecimentos como esse, muitas vezes descritos em forma de fábulas ou mitos, evidenciam a frequente presença alienígena na região, principalmente em áreas ribeirinhas — em alguns casos, seres e naves são descritos sugando energia e até sangue de pessoas.
Às margens do Rio Tapajós, nas proximidades de Santarém (PA), está a Vila Gorete. Lá, a senhora Maria Lopes relata um interessante caso envolvendo “estranhos aparelhos” que absorvem energia humana, conhecidos como chupa-chupa. “Vi um objeto pousar silenciosamente nas matas aqui perto. Dele saíram dois homens e uma mulher, que começaram a mexer com dois pescadores”, conta Maria. Outras pessoas presentes no local ficaram paralisadas ao observar a cena. “Ao amanhecer, os homens estavam mortos em circunstâncias idênticas. No coração de cada um haviam sido fincadas dezenas de agulhas”. Em seu livro Vampiros Extraterrestres na Amazônia, o ufólogo e bioquímico Daniel Rebisso Giese descreve em detalhes o fenômeno chupa-chupa, ocorrido principalmente nos municípios próximos à Baía do Sol, ao norte de Belém. Os fatos vinham acontecendo desde o início dos anos 70, mas se intensificaram em 1977, quando todos os moradores passaram a ser atacados por bolas de luz que ora saíam das matas, ora dos rios.
Os ataques do chupa-chupa se agravaram tanto que em certas vilas da região os habitantes buscavam se proteger da ação dos vampiros extraterrestres evitando sair ou mesmo dormir sozinhos à noite. Faziam grandes fogueiras às margens dos rios e ficavam a noite toda juntos, em volta do fogo. Mesmo assim, os estranhos objetos sugavam de alguma forma a energia das pessoas, na maioria mulheres jovens. Muitas tiveram partes de seus corpos arranhadas ao tentar escapar do estranho objeto. Em muitos casos, as marcas deixadas nas vítimas eram conjuntos de cicatrizes que poderiam chegar a até oito orifícios.
“Nunca mais voltei ao normal”
Nestas ocorrências, foi comprovado que as mulheres perderam aproximadamente 300 ml de sangue, daí o termo chupa-chupa. Esse foi o caso de Claudomira da Paixão, residente na Ilha de Colares (PA). Ela afirma que seus familiares já não dormiam dire
ito com medo do que chamam de aparelho. “Num desses dias, por volta da meia-noite, acordei com um forte clarão, uma espécie de foco verde-claro que descia bem em cima do meu peito esquerdo. Tentei gritar, mas minha voz não saiu. Senti uma quentura esquisita… Depois, aquele foco de luz foi diminuindo e vi que estava queimada”. A mulher relatou ainda que avistou um estranho objeto, muito parecido com um guarda-chuva, e um ser de pele clara, olhos puxados (como oriental) e orelhas grandes. Segundo ela, a criatura estava vestindo uma colante roupa verde e teria uma espécie de pistola na mão, da qual teria emitido um feixe luminoso.
Nesse momento, Claudomira sentiu picadas como as de agulhas sobre seu seio. “Depois disso, senti dor de cabeça e uma grande moleza, que me deixou arriada por vários dias”, completa. No dia seguinte ao acontecimento, ela se dirigiu à Unidade Sanitária da localidade, onde foi atendida pela médica Wellaide Cecim Carvalho, que a encaminhou ao Instituto Médico Legal Renato Chaves, em Belém, para exames complementares. Entretanto, o mal-estar e as constantes dores de cabeça se prolongaram por muitos dias, acompanhados de fadiga e fraqueza. Ainda hoje Claudomira não se sente curada. “Minha saúde nunca mais voltou a ser a mesma desde aquela noite”.
Claudomira não é a única a ter passado por tal situação. Estima-se que milhares de pessoas, inclusive homens, sofreram ataques do chupa-chupa nos anos 70 e 80, que ainda hoje ocorrem, embora bem menos numerosos. “Sequelas emocionais e físicas são muito comuns nesses casos”, afirmou a médica Wellaide Cecim Carvalho, que atendeu a testemunha. Embora fosse cética e acreditasse que as ocorrências do chupa-chupa eram crendice popular ou mesmo bruxaria, doutora Wellaide acabou se convencendo da veracidade dos casos ao observar a crescente frequência com que aconteciam. “Com o aumento do fluxo de pessoas atingidas, comecei a prestar cada vez mais atenção nas lesões existentes. Vi coisas que não existiam em meus livros de Medicina”, afirmou. Segundo ela, as vítimas do chupa-chupa apresentavam estranhas queimaduras, não como as provocadas por fogo ou água quente, como se pensava — mas muito semelhantes às produzidas por bombas de cobalto.
A médica vai além: “As lesões variavam de extensão. Primeiramente iniciava com uma intensa vermelhidão na área atingida, conhecida como hiperemia. Posteriormente, os pelos da região afetada começavam a cair (alopécia) e dias depois a pele descamava”. Nesse estágio, de acordo com doutora Wellaide, era possível notar dois pontos bem próximos, semelhantes a furadas de agulha. Um dos casos mais interessantes atendidos pela médica aconteceu com uma senhora que tinha problemas cardíacos. Ela chegou ao seu consultório muito nervosa e imediatamente mostrou seu seio esquerdo, no qual havia dois estranhos orifícios. A senhora se queixava de tontura, falta de ar e fraqueza — sintomas já característicos das pessoas atingidas pelo fenômeno. Wellaide tentou acalmá-la e a senhora retornou para casa. Por volta das 15h00, no entanto, a médica foi chamada às pressas à residência da mulher, que se encontrava em coma profundo. Seu corpo estava totalmente enrijecido e a respiração ofegante, mas não apresentava febre ou vômito.
Diante da gravidade da situação, a médica levou-a para um hospital em Belém. Horas depois, recebeu o laudo médico e a certidão de óbito expedida pelo Instituto Médico Legal Renato Chaves, no qual constava parada cardíaca como causa da morte. O intrigante é que em nenhum momento os médicos de Belém mencionaram algo sobre as lesões no corpo da vítima e nem sequer efetuaram exames complementares. Mas o fenômeno chupa-chupa não era restrito às regiões próximas a Belém, como se pensava no início. No vilarejo de Santo Antônio de Imbituba, próximo à cidade de Vigia, o então delegado de polícia Alceu Marcílio de Souza recorda perfeitamente fatos que se abateram sobre a população. “Estivemos várias vezes em Imbituba, em diligência policial. Nas noites que ali passamos, foi possível observar a intranquilidade das pessoas. Na época, uma equipe da Aeronáutica andou pela região e alguns de seus membros chegaram a falar comigo a respeito das aparições”.
Ostensiva invasão do espaço aéreo
Daniel Rebisso Giese, consultor da Revista UFO, em sua obra já citada, destaca dois fatores que foram imprescindíveis para determinar a participação da Força Aérea Brasileira (FAB) na investigação do chupa-chupa: a ostensiva invasão do espaço aéreo local por aeronaves alienígenas e a constante pressão que sofreu, tanto dos moradores da região quanto dos prefeitos dos municípios mais atingidos. Esses motivos foram suficientes para que o I Comando Aéreo Regional da Aeronáutica (I COMAR), sediado em Belém, determinasse a elaboração de um relatório completo sobre o fenômeno, que deveria ser analisado detalhadamente e de forma objetiva. Para se chegar a tal documentação foi constituído um grupo de militares sob comando do então capitão Uyrangê Bolívar Soares Nogueira de Hollanda Lima, que tinha a atribuição de percorrer as vilas atingidas e coletar depoimentos de testemunhas e vítimas. Operação Prato era o nome da missão desenvolvida pelos militares, e tinha também o objetivo de documentar manifestações do Fenômeno UFO na área.
A operação, sigilosa, durou de setembro a dezembro de 1977, e resultou na elaboração de um documento de aproximadamente duas mil páginas, incluindo cerca de 500 fotografias de discos voadores, desenhos, mapas e cópias de reportagens jornalísticas. Ainda foram obtidos cerca de 16 horas de filmes em formato 8 e 16 mm evidenciando naves extraterrestres na Amazônia. Em entrevista concedida à Revista UFO em 1997 [Veja edições UFO 054 e 055, agora disponíveis na íntegra em ufo.com.br], quase 20 anos após o caso, o militar responsável pela operação fez declarações surpreendentes. Reformado como coronel e residindo em Cabo Frio (RJ), U
yrangê Hollanda afirmou em entrevista exclusiva à Equipe UFO que não poderia revelar antes o que sabia devido à possibilidade de sofrer sanções das autoridades aeronáuticas. “Agora, na reserva, me sinto na obrigação de relatar o que acontecia na Amazônia”, disse ao editor de UFO A. J. Gevaerd.
Hollanda foi muito além em seu depoimento: “A operação tinha o objetivo inicial de desmistificar aqueles fenômenos. Eu mesmo era cético quanto à natureza extraterrestre daqueles fatos. Mas depois de algumas semanas, quando os discos voadores começaram a aparecer de todos os lados, não tive mais dúvida”. Ele ressaltou que muitos oficiais encaravam o Fenômeno UFO como algo duvidoso e até mesmo crendice popular. De acordo com o coronel, os discos voadores eram vistos com muita reserva, como algo improvável, sendo motivo de chacota entre os próprios militares. Superando até mesmo sua expectativa, a Operação Prato resultou na comprovação da origem extraterrestre dos fenômenos que vinham se manifestando em toda a área ribeirinha e litorânea do Pará, ainda que essa confirmação tivesse que permanecer em sigilo durante longo tempo. Uma das mais curiosas experiências vividas por Hollanda aconteceu às margens do Rio Jarí, quando algo similar a um charuto voador, nas cores verde e vermelha, produzindo um som idêntico ao de uma turbina, parou a poucos metros de onde ele estava com sua equipe — quando decidiram ir embora, uma intensa luminosidade da cor do Sol cruzou o rio à aproximadamente 2.000 m do solo.
Os casos se acumulavam
Inúmeros outros casos aconteceram com esses militares que se aventuraram a desvendar os fenômenos ufológicos na Amazônia. Tudo o que viam e ouviam era detalhadamente documentado e publicado pela Revista UFO [Veja edições UFO 114 a 117, agora disponíveis na íntegra em ufo.com.br]. Depois que a operação foi encerrada, o material coletado permaneceu em Belém. “Várias vezes tentei escrever um relatório final, pois o original era fragmentado. Mas não conseguia. Pelo o que poderia escrever, baseado em fatos e coisas que vimos, achava que as demais autoridades iriam me chamar de louco. Afinal, não estavam no local para presenciar todos aqueles fenômenos”, analisou Hollanda. Ao ser questionado sobre o motivo do acobertamento das informações obtidas, o coronel destacou que uma das principais razões seria evitar constrangimento perante a população. Se os documentos fossem liberados, assegurava, iriam surgir muitas indagações que o Ministério da Aeronáutica e o Governo Brasileiro não estão aptos a responder.
Para Hollanda, todos os documentos e relatórios só deverão ser de conhecimento público quando acontecer uma ocorrência ufológica de grandes proporções, com evidências irrefutáveis. “Se acontecer um caso desses, um pouso de UFO na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, ou coisa assim, aí não tem jeito. Sinceramente, acredito que em breve teremos contatos claros, testemunhados por várias pessoas, que poderão ser transmitidos pelas redes de tevê mundiais”, finalizou. Embora não possam ser de conhecimento público, já se sabe da intensidade das ocorrências ufológicas na região norte do país. Inúmeras testemunhas confirmam o que as autoridades acobertam: seres extraterrestres sempre estiveram naquela área, observando, analisando e até mesmo interagindo com os nativos locais. Hollanda suicidou-se alguns meses após ter dado sua entrevista à Revista UFO, em outubro de 1997.
A diminuta localidade de Coração de Jesus, no município de Vigia, é exemplo da ação do fenômeno. Lá, moradores avistam constantemente estranhos objetos luminosos. “A gente ouvia muito comentário sobre o tal aparelho que rondava Santo Antônio de Imbituba, até que em uma festa de final de semana, já de madrugada, vimos aquele estranho objeto. Ele voava devagar, sem fazer barulho, tinha muitas luzes coloridas e era muito parecido com um helicóptero”, relata o colono Oswaldo Pinto de Jesus. Segundo ele, instantes depois o objeto apagou as luzes e desapareceu rapidamente. A descrição de estranhas naves tem sido constante desde a Baixada Maranhense até a Ilha de Marajó (PA). De acordo com testemunhas, além de esferas luminosas são observadas também naves muito semelhantes a helicópteros, pipas ou ainda a peixes como as arraias — em Belém, por exemplo, duas bolas muito grandes e amareladas intrigaram, há algum tempo, moradores da região.
“Aparelhos com seres dentro”
Os moradores também afirmam que de dentro delas surgiram três “homens de bronze”, com roupas douradas e brilhosas, que em minutos desapareceram. Essas e inúmeras outras ocorrências ufológicas comprovam que a Região Amazônica, além de rica em sua fauna, flora e cultura, abriga muitos mistérios e casos vistos como corriqueiros pela população local. Por causa de tanta intensidade, as pessoas já não se intrigam ao observar estranhas luzes e seres, aos quais atribuem as mais diversas explicações, quase sempre folclóricas e religiosas. A Equipe UFO pôde comprovar isso ao visitar recentemente a Vila de São Tomé, no Arquipélago de Anavilhanas, a 70 km de Manaus. Em um local paradisíaco conhecido como Entrada do Acajatuba, às margens do Rio Negro, pudemos constatar casos até então inteiramente desconhecidos de ataques do chupa-chupa, raramente registrados no Amazonas.
Ao entrevistar os nativos do local, constatamos uma diversidade de casos que espanta, desde objetos noturnos — vistos quase diariamente —, até naves estruturadas em operação pela densa mata. Um caso interessante é o do pescador Naílson Araújo de Moraes, que afirmou ser frequente a observação de estranhas luzes no céu. “Elas passam de um lado para o outro e piscam muito. Mas nunca descem e em questão de segundos desaparecem”, declarou. Mas discorda que se trate do chupa-chupa. “Acredito que aquelas luzes são aparelhos com pessoas ou seres dentro”. O senhor Abdon Ferreira de Siqueira, um cearense que adotou a Amazônia e mora na região há 40 anos, também protagonizou um caso muito interessante. Ele estava com sua esposa em seu barco navegando pelo Rio Negro quando avistou um estranho objeto luminoso, que se aproximava lentamente de sua posição. Siqueira tentava atravessar o extenso rio remando na pequena canoa para levar sua esposa à casa de familiares, na margem oposta. Apesar da extensão do Rio Negro, naquela localidade, chegar a mais de dois quilômetros, Si
queira não se intimidou quando o estranho objeto o perseguiu no meio daquele mar fluvial.
“Avistamentos de discos voadores e de extraterrestres são comuns na Amazônia, quase sempre envolvendo gente simples e de pouca instrução, mas que enfrenta problemas na selva quase diariamente”
O UFO tinha formato redondo e a intensidade de sua luminosidade era comparável a de um holofote. O estranho “fogo”, como descreveu, os acompanhava na travessia. “Mesmo sentindo muito medo, tinha a sensação de que o fogo estava me protegendo. Ele nos seguiu durante algum tempo e o interessante é que, quando eu parava de remar, para descansar um pouco, ele também parava no ar. Assim, mantinha sempre a mesma distância do meu barco”, relatou. De acordo com a testemunha, o objeto somente deixou de segui-los quando se aproximaram de uma árvore, na margem oposta. Nesse momento, a bola de fogo ficou pairando no ar, enquanto a embarcação se distanciava. Ao chegar à casa de sua cunhada, que era o destino da viagem, Siqueira mostrava-se apavorado com o que acabara de presenciar. Ao entrevistá-lo, a Equipe UFO notou que o que mais chamava atenção era a valentia desse senhor, que garante não ter sentido medo em momento algum. “Foram horas para atravessar o rio no remo, com a correnteza muito forte, mas o fogo não me assustou”.
Avistamentos como esse são comuns na região, quase sempre envolvendo gente simples e de pouca instrução, mas que enfrenta problemas na selva quase diariamente. No entanto, temos casos ainda mais surpreendentes que o de Siqueira. A senhora Luzia Nascimento de Moraes, por exemplo, teve contato com um ser estranho no quintal e dentro de sua casa, às margens de um afluente do Rio Negro. Luzia acredita que o que viu era o chupa-chupa, embora já tivesse observado diversas luzes no céu, geralmente à noite. Mas nada podia ser comparado ao que aconteceu em sua casa. “Eram cerca de 23h00. Eu estava na cozinha quando vi uma forte luz no mato, que se aproximava rapidamente. Tive muito medo! Em seguida surgiu inexplicavelmente um homem, que logo foi entrando em minha casa”, declarou. Segundo Luzia, o homem era baixo, magro, forte e aparentava uns 30 anos. Tinha algo na cabeça que parecia um chapéu e estava vestido como um soldado. Após passar por ela rapidamente, o estranho ser teria subido no telhado da casa, de onde foi possível ouvir um barulho semelhante ao de uma máquina de costura.
Naquele momento, Luzia e seu marido saíram da casa para observar o que estava acontecendo. “O homem entrou em um aparelho branco e brilhante, acima da casa, que possuía janela”, disse. Através da tal janela foi possível observar na nave outro homem, exatamente igual ao que tinha estado em sua casa. Luzia e seu marido ficaram apavorados com o acontecimento e, assim que o estranho objeto com os dois seres desapareceu, foram para a casa de sua mãe, onde passaram a noite. Quando a Equipe UFO perguntou se tinham sentido medo do acontecido, a senhora, já com mais de 60 anos, garantiu que não. “Aqui na mata a gente vê muita coisa estranha, mas igual aquilo eu nunca tinha visto”. O UFO se assemelhava a um disco voador típico, e o ser, que teria se aproximado do casebre, subiu pelas paredes com seu corpo em posição perpendicular a elas, como se não houvesse gravidade.
Invasão de propriedades por ETs
O ruído que o objeto emitia, semelhante a uma máquina de costura, tem sido regularmente descrito por testemunhas em várias partes do mundo. Luzia, seu marido e diversos conterrâneos daquela região já tiveram muitas experiências do gênero. Mas, ao contrário do que algumas pessoas imaginam, essas e outras ocorrências não se restringem aos pequenos povoados da floresta. Próximo aos grandes centros metropolitanos da Amazônia, como Manaus, também é possível tomar conhecimento de inúmeros fenômenos ufológicos. Um caso interessante e mais recente foi analisado pelo ufólogo Manoel Gilson Mitoso e ocorreu no Sítio Picanço, localizado no quilômetro 19 da rodovia que liga Manaus a Boa Vista [Veja UFO 047, agora disponível na íntegra em ufo.com.br].
Raimundo Picanço dos Santos Filho, engenheiro agrônomo e dono da propriedade, ficou muito intrigado quando, por volta das 19h00, uma luz intensa, do tamanho de um carro, surgiu à aproximadamente 50 m de sua casa, sendo avistada pelos moradores do local. O UFO assumiu várias formas, como uma semicircunferência, e efetuou movimentos rápidos e desconexos. Muito abalado com o fenômeno, Picanço acionou a Polícia Militar, mas recebeu a resposta de que os oficiais não estariam preparados para lidar com esse tipo de ocorrência, sendo orientado a contatar as Forças Armadas, o que fez imediatamente. No dia seguinte, recebeu um telefonema, supostamente do Ministério da Aeronáutica, tentando tranquilizá-lo. “Eles disseram já saber do que se tratava e que eu deveria aguardar 72 horas sem divulgar o acontecimento a ninguém. Posteriormente, técnicos entrariam em contato comigo e viriam até o sítio para analisar o local da aparição”, relatou.
Em busca de outras evidências que pudessem comprovar a veracidade do fenômeno, Picanço reuniu aproximadamente 15 pessoas em sua propriedade para presenciarem o fato. Entre as novas testemunhas estavam amigos e repórteres. “Minha intenção era chamar pessoas idôneas, que pudessem servir de testemunhas”, conta. E deu certo, pois, por volta das 21h00, o grupo notou a chegada de um objeto voador. Em certo momento do avistamento, parecia que eram três UFOs em vez de um. De acordo com os presentes, as naves emitiam um som muito parecido ao de um barbeador elétrico.
O químico e ecólogo da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), professor Antonio dos Santos, ao analisar o acontecimento e conversar com as pessoas envolvidas, descartou a possibilidade de que o fenômeno observado fosse de origem química ou resultado de combustão de gases, pois essas ocorrências teriam características totalmente diferentes das observadas na propriedade de Picanço. Embora fique evidente a manifestação de um fenômeno extraterrestre, presenciado por várias testemunhas, autoridades ainda insistem em negar os fatos. O capitão Raul Azevedo, do VII Comando Aéreo Regional (VII COMAR), por exemplo, informou que na ocasião não houve qualquer anormalidade na região.
Análise sob hipnose regressiva
Temos ainda muitos outros envolvendo vítimas de abdução da região, que sequer se recordam de ter vivido experiências com naves ou seres extraterrestres. Em alguns deles só é possível comprovar a natureza ufoló
gica dos fatos através de hipnose regressiva. Um desses casos ocorreu em Belém, em uma igreja do modesto bairro do Guamá, e foi pesquisado pelo ufólogo José Luis Lanhoso Martins Filho [Veja UFO 25 e 47]. “Olha, até uns dias atrás eu não acreditava muito em discos voadores. Mas agora tenho certeza de que eles existem”, disse Alfredo de Oliveira Mendes, sacristão da igreja. Ele relatou que em certa noite percebeu uma luz muito intensa vinda de uma das árvores do quintal. Ela se deslocava rapidamente em todas as direções, o que deixou o sacristão apavorado. Alfredo tentou então acordar seu amigo, que dormia em um quarto próximo. Mas quando esse abriu a porta, o UFO já havia desaparecido — o mais surpreendente é que ele não recorda ter se deslocado até o quarto.
“Estava próximo ao portão quando vi a nave, e no instante seguinte já me encontrava gritando e batendo na porta do quarto de meu amigo. Mas não me lembro de ter ido até lá. Além disso, apesar de estar gritando com todo o pulmão, meu amigo disse que acordou com o barulho dos socos que eu dava na porta. Em nenhum momento ouviu minha voz”, relatou. Alguns dias depois, ao mandar cortar o gramado do pátio da igreja, Mendes reparou uma estranha marca, que só poderia ter sido feita por aquele objeto não identificado. Ao analisá-la, o pesquisador Lanhoso pôde verificar que tinha a forma de um anel circular, com dimensões externas de 2,15 m por 2,25 m, e possuía quatro saliências triangulares. O círculo interno estava fortemente destacado na grama com tonalidade amarela, mas as deformações externas ainda não estavam totalmente secas, e coincidiam com a trajetória de chegada e partida do UFO. Ao ser submetido a uma hipnose regressiva, o sacristão descreveu exatamente o que se passou naquele dia. Ele afirmou que se sentia vigiado por um objeto ou criatura, que estaria acima dele, à aproximadamente 100 m de altura.
Segundo Mendes, o UFO era da cor prata e teria pousado no quintal. Logo em seguida teria surgido outra nave, maior e muito luminosa, com uma pequena saliência na parte superior. Ela teria recolhido a primeira. “Neste segundo disco voador com certeza tem gente, pois vejo braços e uma espécie de chifre. Estou agora envolvido por uma forte luz esverdeada, e não sinto mais o chão sob os meus pés. Estou apavorado”, confessou o sacristão durante a sessão hipnótica. Inesperadamente, disse também ter sido atraído para dentro da nave, que segundo ele possuía um vidro muito resistente, semelhante ao de aquários. Já a sala em que esteve era uma espécie de purificador. Nesse momento, diz ter sentido a presença de oito criaturas prateadas. “Elas não possuíam ouvidos, tinham cerca de dois metros de altura, olhos compridos e uma barbatana na testa. Suas roupas tinham uma espécie de emblema, onde, de acordo com ele, era possível observar os desenhos de uma pirâmide e de uma asa”.
Os estranhos seres o observaram durante alguns minutos e lhe estenderam a mão em um pedido de paz. Logo após isso, segundo Mendes, eles o teriam deitado e retirado seu esperma, para possíveis experiências. Algum tempo depois, o sacristão afirma ter entrado na nave menor, supostamente uma sonda, que o levou de volta à Terra. Quando voltou a si, estava gritando e dando socos na porta do quarto do outro sacristão. “Só me acalmei ao ver meu amigo perto de mim. Não queria acreditar no que tinha visto. A princípio, achei que fosse o tal chupa-chupa”. O sacristão revelou ainda, em uma segunda sessão de hipnose, que teria sido abduzido em outra ocasião, na qual os seres extraterrestres teriam retirado um estranho ferro de sua narina esquerda, o que provocou um sangramento. “Eles também me asseguraram que não estão aqui para fazer mal a ninguém”, finalizou.
Terríveis transformações futuras
Católico extremamente dedicado, Mendes acreditava ser um escolhido para ajudar os seres extraterrestres. Sua forma de analisar o caso comprova o caráter religioso com que muitas pessoas tentam explicar os fenômenos ufológicos, atribuindo a eles designações divinas ou mesmo satânicas. Outras ainda pesquisam tais ocorrências sob o ponto de vista da corrente mística da Ufologia. No livro Contatos Extraterrestres na Amazônia [Edição particular, 1992], por exemplo, a canalizadora Umaia Farid Ismail, residente em Manaus, relata suas fantásticas experiências com aliens, entre eles aquele que chama de comandante Lay, “que vem de esferas sutis do planeta Marte”, segundo Umaia. Ela acaba de lançar a segunda edição de seu livro [Confira na seção Shopping UFO dessa edição e no Portal UFO: ufo.com.br].
Vendo suas experiências pelo aspecto místico, Umaia afirma que os seres com os quais se relaciona alertam para terríveis transformações a que nosso planeta está sujeito. Por isso, estariam intensificando suas visitas — principalmente na Amazônia — e nos auxiliando a superar as dificuldades de nosso planeta. Independente da forma como analisamos essas e outras ocorrências ufológicas, de qualquer forma, é inegável a presença e ação marcantes de seres alienígenas em nosso planeta. Eles nos visitam desde tempos imemoriais, em que eram vistos como deuses, demônios ou seres sobre-humanos. Decifrar os motivos de suas visitas e aparições é, sem dúvida, um dilema para testemunhas, ufólogos e interessados em Ufologia, que certamente encontrarão vasto e consistente material na rica e diversificada casuística ufológica regional. A Amazônia parece conter uma das chaves para o enigma.
Médica que atendia vítimas teve contato com UFOs
Por Equipe UFO
Wellaide Cecim Carvalho, médica sanitarista e diretora do Departamento de Programas Espaciais da Secretaria Municipal de Saúde de Belém (PA), foi uma das raras profissionais da área de saúde a ter um contato direto com as vítimas de radiações emitidas por UFOs. Wellaide teve uma oportunidade ímpar durante sua permanência na Unidade Sanitária da Ilha de Colares
, epicentro do fenômeno chupa-chupa, quando assumia as responsabilidades de saúde da ilha. Entre as dezenas de relatos ali existentes, foi possível selecionar duas testemunhas importantes: Claudomira da Paixão e Newton Cardoso, ambos vítimas da temível luz vampiresca que a todos assustava.
Claudomira, residindo em uma casa simples, próxima ao antigo campo de aviação, e na companhia de seu marido e da filha caçula, relatou sua experiência: “Na época do chupa-chupa a gente não dormia direito. Todo mundo ficava com medo dos aparelhos e por causa disso fomos dormir na casa de minha prima Maria Isaete de Pantoja, aqui perto. O pessoal já estava descansando e logo tratei de arrumar um lugar para dormir”. Ela então colocou sua rede bem próxima à janela, cobrindo-a com um pedaço de plástico. Vestiu seu camisão estampado e logo se deitou. Mas, por volta da meia-noite, acordou com um forte clarão, uma espécie de foco de cor verde clara. “Ele descia bem em cima do meu peito, do lado esquerdo”.
Incapaz de recordar a data exata do acidente, ocorrido durante a penúltima semana de outubro de 1977, a mulher guarda até hoje sequelas de seu contato. “Tentei gritar, mas a minha voz não saiu. Senti uma quentura. Depois, aquele foco de luz foi recolhendo e eu vi que estava queimada. Tudo foi muito rápido”. O jornal O Estado do Pará, de 02 de novembro do mesmo ano, noticiou a experiência: “No centro da cidade de Colares, Claudomira, com febre alta e sinais no seio e no braço direito, evidenciando ter sido focalizada pela luz esverdeada, procurou atendimento médico”.
Ainda segundo Claudomira, no momento em que o foco de luz a atingiu, ela teria sentido picadas na pele como se agulhas estivessem sendo espetadas. Além disso, também sentiu dores de cabeça e uma moleza grande que perdurou por vários dias. No dia seguinte, dirigiu-se à unidade sanitária, onde foi atendida pela médica Wellaide Cecim Carvalho, sendo posteriormente encaminhada a Belém para exames complementares no Instituto Médico Legal Renato Chaves. O mal-estar e as constantes dores de cabeça se prolongaram por muitos dias, acompanhados de uma indisposição geral e falta de força nos membros. Anos depois, a testemunha confirmara que ainda sentia súbitos sintomas, principalmente dores de cabeça, idênticos aos de 1977. “Minha saúde parece que não ficou a mesma depois do acidente”, afirma.