Observadores profissionais e experientes, capazes de distinguir objetos aéreos convencionais de extraordinários, são poucos e ainda mais raros quando se trata de UFOs. No entanto, pelo menos 3.500 pilotos militares e civis já reportaram oficialmente terem encontrado objetos não identificados de tipo e origem inexplicáveis racionalmente. Ainda assim, os céticos sustentam que cada um dos milhares de relatórios sobre UFOs preenchidos por pilotos e tripulantes são altamente suspeitos. Do fantástico ao exótico, as explicações usadas para ridicularizar pilotos incluem planetas, meteoros, miragens e experimentos aéreos
ultra-secretos.
Os pilotos que arriscam sua credibilidade, reputação (e, em alguns casos, suas carreiras) por relatarem oficialmente contatos com UFOs têm sido sistemática e indiscriminadamente acusados de identificação equivocada. Mas não chega a causar surpresa o fato de que são bem poucos os céticos em condição de emitir opinião sobre o assunto – apenas alguns têm background em aviação para darmos crédito às suas críticas e comentários. Mas isso raramente é levado em conta pela mídia como causa justificável para se excluir tais pessoas de qualquer discussão séria sobre o tema.
Se um piloto experiente, em seu juízo perfeito, declara ter entrado em contato com algo que ele não pode explicar, esse testemunho individual deve ser tratado com toda a seriedade que merece. Um oficial da Civil Aviation Authority (CAA), que relatou um incidente entre um Boeing 737 da British Airways e um UFO cuneiforme sobre os céus do norte da Inglaterra em 06 de janeiro de 1995, recebeu tal atenção. Após ser investigado durante um ano, uma equipe de especialistas concluiu que o que quer que fosse a-quilo, visto pelo capitão Roger Wills e o oficial Mark Stuart naquele dia, era indefinível. No texto oficial que integra o sumário das discussões da CAA, esses senhores altamente qualificados dentro da aviação produziram um dos mais singulares comentários que já ouvimos:
“O grupo deseja enfatizar que este relatório, produzido por dois pilotos gabaritados, foi considerado sério. Deseja também louvá-los por sua coragem em emiti-lo, e sua companhia, cuja atitude iluminada tornou isso possível. Relatórios como esse são freqüentes motivos de chacota, mas esperamos que esse exemplo encoraje todos os pilotos que tiveram experiências incomuns a relatá-las sem receio do ridículo.
“Foi rapidamente percebido pelos membros da CAA que, por sua natureza extraordinária, poderiam apenas teorizar sobre as possibilidades, uma vez que todos os meios convencionais de investigação haviam sido explorados. Não há dúvidas de que ambos os pilotos viram um objeto e que isso é suficientemente relevante para se produzir um relatório. Infelizmente, a natureza e identidade desse objeto permanecem desconhecidas”.
Abaixo a especulação – O relatório fala de uma atitude esclarecedora. Mas por que tratar o assunto dessa forma? Numa primeira leitura do parágrafo em que fala sobre chacota, fomos imediatamente despertados por seu conteúdo sugestivo. Era como se a CAA estivesse nos alertando de que há a necessidade de se estudar um problema que não é de forma alguma uma ocorrência isolada. Poderia haver um motivo oculto sob tão honesta consideração? Outro trecho do mesmo relatório nos dá uma boa pista do que pensa a CAA: “Especular sobre atividade extraterrestre, por mais fascinante que possa ser, não é da alçada desse grupo e, portanto, deve ser reservado àqueles cujos interesses repousam nesse campo”.
Mas o que levou esses profissionais, especialistas em aviação, a incluírem tal referência a uma hipótese extraordinária – talvez extraterrestre? Desde 1° de fevereiro de 1996, quando a CAA gentilmente enviou-me uma cópia desse relatório via fax, no dia em que foi liberado, as respostas a essa pergunta continuam evasivas – até agora. Recentemente, recebi um telefonema de um parente de um dos homens que formou a CAA e que investigou o incidente sobre Manchester. Soube, então, que o senhor em questão achou graça das explicações dadas por um ufólogo de plantão, de que o objeto cuneiforme visto pelos pilotos não passaria de um meteoro…
“Então, um meteoro voa horizontalmente ao lado de um avião?”, foi a réplica do relator. É o cúmulo! Um ufólogo argumenta que determinado objeto inusitado não é um UFO quando as autoridades competentes, que deveriam fazê-lo, discutem que sim! A pessoa que nos deu essa informação – cuja identidade é conhecida por este autor e alguns outros pesquisadores – também confidenciou-nos que os membros da CAA não só cogitaram a hipótese extraterrestre como também concluíram que o objeto era, de fato, extraplanetário. Apesar disso, não se deve ter esperanças de que a entidade libere tais opiniões ao público. O grupo não dispõe de provas para sustentar a hipótese extraterrestre, mas apenas os seus instintos baseados em longos anos de experiência. Isso não basta.
Atividade extraterrestre – Mesmo assim, os membros da CAA perceberam também que não havia garantias contra a inevitável exposição que tal assunto provocaria. Questionando sua relutância em falar abertamente sobre tais temas, admitiu duas importantes razões para assim fazê-lo. Primeiro, a CAA dispõe de diferentes padrões de procedimento: “O grupo espera que esse exemplo encoraje os pilotos que tiveram experiências incomuns a relatá-las sem medo do ridículo”. Segundo, isenta-se de responsabilidades ao afirmar não fazer parte do trabalho do grupo de investigação a atividade extraterrestre.
O que podemos presumir é que se alguém levar essa última afirmativa em consideração, certamente concluirá que o UFO cuneiforme colidiu com o 737 da British Airways, provocando a perda de toda sua tripulação, além de 60 passageiros civis. Teriam os parentes dos mortos algum meio de comprovar a causa do acidente? Deveriam os investigadores oficiais de quedas de aviões juntar forças com “aqueles cujos interesses repousam nesse campo”? Duvido muito de que a CAA tivesse em mente apenas pesquisadores de UFOs quando escreveu tal passagem reveladora em seu documento. Estou convencido de que outros comentários oficiais extraordinários foram resultado direto do fato de não terem sido feitos separados de outras evidências relativas ao incidente de 06 de janeiro de 1995.
Suspeito que o evento de Manchester não tenha sido um fato isolado. Em vários artigos na imprensa ufológica, foram detalhados casos com aeronaves civis e militares vistas próximas a objetos aéreos não identificados sobre as Ilhas Britânicas. Um vôo transatlân-tico da British Airways, de No-va York a Londres, encontrou uma formação de pelo menos uma dúzia de enormes objetos triangulares sobre o Atlântico Norte no início de dezembro de 1996. Po-
rém, se algum relatório oficial foi feito sobre o assunto, este não apareceu.
Durante os últimos três anos, as tripulações dos jatos da companhia Icelandair têm encontrado muitos triângulos voadores na costa da Islândia. Inacreditavelmente, nem um único relatório foi liberado para a mídia, por medo de que pudesse trazer publicidade negativa e prejudicasse as relações da empresa com seus passageiros. Tudo isso, apesar do fato da Icelandair estar familiarizada com declarações de pilotos sobre “grandes triângulos voadores não identificados vistos entrando e saindo das águas”. Ainda mais incômodas são as denúncias de um executivo da empresa, de que pilotos de várias companhias estão continuamente relatando objetos triangulares desconhecidos nos céus do Reino Unido.
UFOs quebram pára-brisa – Em dezembro passado, pilotos de uma importante rota da British Airways relataram nada menos do que sete contatos com triângulos voadores no período de uma semana. Recentemente, foi divulgado um artigo na revista UFO Reality que informava sobre uma notificação imposta à mídia a fim de censurar relatos sobre triângulos voadores vistos por pilotos. Entretanto, não vemos motivo algum para não considerarmos essa matéria.
Na verdade, nos últimos meses tem-se falado muito sobre os triângulos voadores em vários jornais e programas de rádio e televisão da Grã Bretanha e outros países da Europa. A forma mais próxima de censura que se pode remotamente encontrar, quanto ao assunto, é aquela aparentemente auto imposta pelas companhias aéreas da Inglaterra.
Mas, e sobre as outras companhias operantes fora do espaço aéreo britânico? Tem havido vários incidentes extraordinários com aviões de tais empresas, durante os últimos meses, que são merecedores de atenção especial. Por exemplo, na manhã do dia de Natal de 1996, uma notícia intrigante surgiu na mídia, através da Britain’s Independent Television Network. Era sobre o avistamento de um UFO por um passageiro de um avião chinês. A história teve origem na agência de notícias Reuters, cujo escritório em Beijing forneceu maiores informações.
O incidente teria ocorrido às 21:00 h de 19 de dezembro de 1996. Um Boeing 757 da Hubei Airlines voava a 9.900 m quando encontrou um UFO em seu caminho. Não se sabe como, mas uma colisão de algum tipo ocorreu, resultando na quebra do pára-brisa do avião e provocando um pouso de emergência. O incidente recebeu cobertura no Yang Cheng Evening News. Infelizmente, parece não haver maiores detalhes disponíveis. Na China, informações ufológicas raramente vazam para o exterior – ainda mais se envolvem a segurança de passageiros em vôo.
Noutro caso interessante, ocorrido em 16 de novembro de 1996, o National UFO Reporting Center (Nuforc), em Seattle (EUA), recebeu muitos relatórios sobre atividades de UFOs. Os avistamentos se deram em vários locais dos EUA, entre eles a cidade de Greenwich, Connecticut, onde um “brilho alaranjado” foi visto cruzando o céu. Grandview, no Missouri, também foi sobrevoada por um UFO de cor escura, que fazia um ruído ensurdecedor.
A primeira reportagem sobre este caso foi divulgada pela estação de TV KSHB, em Kansas City. Os moradores de Longview, no Estado de Nova York, presenciaram dois “flashes de luz azul intensos, que clareavam grandes extensões no céu”, como relatou uma das testemunhas. Segundo informações, eram muito brilhantes para serem meteoros.
Na localidade de Reading, Pensilvânia, um avião de carreira avistou objetos esféricos com luzes alaranjadas voando de oeste a leste, a uma grande altitude. Outra cidade que também observou as evoluções de UFOs foi Alma, no Estado da Georgia. Na ocasião, um avião a cerca de 13.500 m interceptou “dois objetos envolvidos por uma grande nuvem de luz azul-esverdeada” voando a uma grande altitude. Em Orlando, Flórida, outro avião comercial esteve envolvido com avistamentos ufológicos. As testemunhas relataram ter visto dois UFOs tomarem a direção sul, envolvidos numa espécie de névoa verde.
Vanessa Blackburn, repórter do jornal Times Standard, com sede em Eureka, na Califórnia, produziu uma curiosa e extensa lista de avistamentos de objetos voadores não identificados que foi divulgada na região, em 21 de julho de 1996. “Durante os últimos dezoito meses, moradores de Hunboldt e Del Norte relataram vários avistamentos, sendo que alguns deles tiveram mais de 50 pessoas como testemunhas”, disse a jornalista. Observações de UFOs nessas localidades têm sido relatadas numa área que vai de Garberville a Fort Dick, norte de Crescent City, nos Estados Unidos – e diversas ocorrências envolvem a perseguição de aviões por discos voadores e vice-versa. Na lista dos avistamentos ufológicos na região de Crescente City, estão:
12 de agosto de 1994: Um homem de McKinleyville observou duas aeronaves em forma de delta, com luzes piscando em seqüência, a menos de 400 jardas de distância.
15 de agosto de 1995: Uma mulher de Crescent City e sua filha estavam saindo da garagem de sua casa quando viram uma luz voando acima de suas cabeças.
25 de agosto de 1995: Cerca de 60 testemunhas, incluindo um delegado, avistaram “vários objetos estranhos a oeste, fazendo manobra sobre as águas da costa de Crescent City”, conforme declarou a testemunha.
19 de setembro de 1995: Um oficial da Marinha relatou ter visto “um orbe vermelho sob Júpiter”, que moveu-se para a direita, depois esquerda e rasgou o céu em altíssima velocidade.
02 de outubro de 1995: Um homem de Garberville avistou um objeto brilhante que se movimentava de norte a sul mais rápido do que um satélite. Ele ficou assistindo a tudo durante dois ou três minutos, quando então, com um clarão, o objeto desapareceu misteriosamente.
13 de outubro de 1995: Uma moradora em Crescent City saiu de sua casa para apanhar o jornal e viu “luzes brancas que ficaram vermelhas e começaram a ziguezaguear”.
17 de outubro de 1995: Outra moradora em Crescent City viu uma “estranha luz de forma oval sendo perseguida por duas velozes aeronaves”. Os aviões estavam a grande altitude e velocidade, mas o UFO se distanciou facilmente.
09 de fevereiro de 1996: Du-as vizinhas de Eureka viram uma estranha formação de mais de dez objetos com luzes brancas, brilhantes, acima de suas cabeças.
19 de julho de 1996: O Times Standard reportou que um garoto teria observado um objeto redondo e branco no céu,
o qual fez uma volta e desapareceu. “Ele era grande e voava mais rápido do que qualquer avião”.
22 de novembro de 1996: Às 19:30 h, um Hércules CH-130 da Força Aérea dos EUA caiu a 96 km oeste da costa norte da Califórnia, deixando somente um sobrevivente de uma tripulação de 11 homens.
A lista vai mais longe, mas esses são alguns exemplos suficientes. Lembremos que a Califórnia, em especial o Deserto de Mojave, a oeste, e ao longo da fronteira com o Nevada, contém áreas onde estão localizadas bases aéreas de fundamental importância no treinamento de pilotos de guerra, que testam aeronaves e instrumentos sofisticadíssimos [Editor: a noroeste de Mojave, cerca de 400 km, está localizada a Base Aérea de Nellis, ao norte de Las Vegas. Mais adiante, na mesma direção, está a famosa Área 51, a cerca de 530 km de Mojave e 700 km de Los Angeles. Outras bases aéreas, entre elas a de Edwards, fazem treinamento sobre o oeste da Califórnia]. Os casos norte-americanos espantam em abundância e regularidade. Um avião do 304° Esquadrão Aéreo de Resgate dos EUA estava numa missão rotineira de treinamento de sua base em Portland, no Oregon, para San Diego, na Califórnia, quando passou por uma situação inusitada.
O Hércules começou a perder altitude logo após uma misteriosa falha numa de suas turbinas. Depois disso, uma segunda turbina parou, fazendo com que o avião então sofresse uma completa pane elétrica. É importante ressaltar que a área entre Garberville e Fort Dick, no norte de Crescent City, fica exatamente a leste da área oceânica onde caiu o CH-130, e bem próxima. Há indícios de que a tripulação teria visto um objeto voador não identificado durante as emergências.
Do outro lado do oceano, e por todo o mundo, as ocorrências se acumulam. Recentemente tivemos um caso de avião versus UFO ocorrido na Ilha Lewis, no Atlântico Norte, e passamos a reportar uma série de flashes no céu, seguidos de explosões ensurdecedoras, testemunhados por vários moradores no norte de Lewis, na Escócia. Este fato iniciou-se no dia 26 de outubro de 1996. Grandes blecautes foram registrados por toda a região. Uma enorme operação de resgate pelo ar e pelo mar, que durou dois dias, teve início uma semana depois. Uma missão naval da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) – composta de 32 navios de guerra, sete submarinos e 80 aviões – esteve inspecionando a área na segunda-feira, 04 de novembro de 1996.
Exatamente às 18:45 h do dia 05 de novembro, dezenas de moradores de Saint Rose e Escambia, nordeste da Flórida, chamaram a polícia para relatar misteriosas explosões no céu. Pessoas de Santa Fé, Mobile, Alabama, Pensacola Beach e até de Cantonment informaram a constatação de tremores em suas casas, que tiveram as janelas e portas vibrando. No dia seguinte, mais pessoas ligaram queixando-se de barulhos ensurdecedores vindos do céu. Em 11 de novembro de 1996, o Pensacola News Journal publicou a manchete: “Tremores envolvendo UFOs e jatos não são causa dos estrondos”. O artigo é de autoria de J. G. David Speicher, porta-voz da estação aérea da Marinha dos EUA, em Pensacola. “Pelo que descobrimos, isso não tem nada aver com algum avião da Naval Air Station (NAS) ou qualquer outra aeronave”, escreveu Speicher.
Explicação convincente – Outras bases militares da região, como as de Hurlburt Field e Eglin, além da Guarda Aérea Nacional do Mississipi, negaram a presença de qualquer aeronave supersônica naquele dia. Um chefe de polícia local disse não ter recebido qualquer registro de avistamento de UFOs na área de Gulf Breeze (Esta praia está a sudeste de Pensacola e é considerada uma área de grande incidência de UFOs). Tais ocorrências misteriosas correm o mundo, ainda sem explicação convincente alguma. Às 13:00 h de 21 de novembro de 1996, uma explosão muito forte fez tremer a cidade de Annecy, assim como a cidade vizinha de Thones, na região de Haute Savoie, França.
A explosão também criou um grande pulso eletromagnético (EMP) que provocou interferências nos radares do Aeroporto de Nice durante alguns segundos. O governo francês imediatamente pôs em prática um procedimento de emergência, fazendo decolar um esquadrão de caças Mirage III-Cs, da Força Aérea. O esquadrão foi convocado para fazer um vôo de patrulha e combate sobre os Alpes de Jura, ao norte de Chamonix e leste de Annecy. A rádio BBC divulgou que algo em torno de 180 homens, além de policiais, bombeiros e grupos de resgate, foram distribuídos pela região.
Nesse mesmo instante, a Europa toda estava sendo questionada sobre qualquer possível desaparecimento de aeronaves. Às 18:00 h daquele dia, o alerta francês foi suspenso e as unidades deixaram a área. Apesar dos moradores de Thones e Annecy terem relatado um “flash brilhante” no céu – que os fez acreditar que uma aeronave tivesse explodido no ar –, o porta-voz do governo francês declarou que nada foi encontrado. “Não esperamos que tal fenômeno seja localizado”, disse.
Em 25 de novembro seguinte, moradores de Ales, uma cidade no sul da França (aproximadamente 96 km a noroeste de Marselha), foram sacudidos por uma enorme explosão aérea às 12:30 h. Várias testemunhas avistaram “fragmentos incandescentes mergulhando no espaço”, (enquanto outros ouviram a explosão), conforme declararam. Como no incidente em Annecy, um completo procedimento de emergência – chamado de Incerfa, na França – envolveu a polícia e autoridades locais, além de equipes de resgate aéreo e de solo.
Segundo Perry Petrakis, da Organização Ufológica Francesa SOS OVNI, a comunidade de Annecy foi completamente isolada durante uma busca de quatro horas que resultou infrutífera. Infelizmente, os curiosos eventos em Lewis e Annecy tiveram pouca divulgação nacional. Coletivamente, os relatórios das testemunhas, ao serem comparados entre si, demonstram um padrão que contém similaridades que de longe superam a coincidência.
Explosões aéreas ensurdecedoras, acompanhadas de grandes fragmentos incandescentes rasgando os céus, exigem investigações profundas. Quando temos reportado que “um grande pulso eletromagnético provocou int
erferências nos radares do Aeroporto de Nice durante alguns segundos”, como consta em relatório oficial, isso é certamente motivo para uma preocupação pública maior. E os casos de UFOs versus aviões se proliferam.
Em 18 de novembro de 1996, um noticiário na mídia chamou a atenção do mundo para mais uma ocorrência suspeita. As reportagens davam detalhes sobre um “risco não identificado” visto pelo co-piloto da Pakistan Airlines momentos após sua decolagem de Nova York, no dia anterior. Tentava-se fazer lembrar o terrível desastre com o vôo 800 da empresa norte-americana TWA, em julho do ano passado, quando 230 pessoas morreram. Até agora, especula-se sobre um míssil não identificado observado no céu por cerca de 20 testemunhas pouco antes da explosão do Boeing 747.
Corredor de vôo – A simples menção a um “risco não identificado” visto no mesmo local do fato foi suficiente para fazer os alarmes soarem. Aparentemente, esse foi o clima na chegada do co-piloto paquistanês frente aos oficiais do FBI. Nos EUA, uma reportagem sobre o fato deu conta de que o vôo da Pakistan Airlines decolou do Aeroporto JFK, em Nova York, e estava ocupando o mesmo corredor do vôo 800 da TWA. “O co-piloto testemunhou um risco luminoso a cerca de 6 km à frente da aeronave”, noticiou a Imprensa.
A luz movia-se de leste a oeste, mas foi muito difícil de se apurarem detalhes a partir das gravações da cabine, porque a voz do co-piloto era gravada e seu sotaque muito forte. Ele estimou a altitude do ‘risco’ como maior que a do avião em que estava. O outro tripulante da cabine nada viu, pois estava ocupado com o checklist e mapeamento. O pesquisador americano Greg Sandow escreveu uma matéria a respeito, a partir das notícias que leu no New York Times, no News e de fatos que apurou a partir disso.
“O Federal Bureau Investigation (FBI) estava interessado na ocorrência, devido à remota possibilidade do piloto ter visto um míssil”, disse Sandow. “Em uma versão, o piloto estimou a distância do flash, objeto ou o que quer que fosse, como sendo de 5 km”. Curiosamente, os dois jornais mencionaram que uma grande chuva de meteoros ocorreu naquela noite, mas isso de forma alguma explicaria tal fato. Novamente uma aeronave é colocada em risco quanto à sua segurança, por ‘algo não identificado’.
Foi relatado em 12 de dezembro de 1996, na rede CNN, que a tripulação de um vôo da Saudi Arabian Airlines, que ia do Aeroporto Internacional de Nova York para Riad, no Oriente Médio, avistou um objeto esverdeado brilhante passando à sua esquerda às 06:00 h de 11 de dezembro. O Boeing 747 estava a 4.000 m do solo quando o objeto foi captado pelo radar a cerca de 24 km a sudoeste de Long Island. O FBI investigou o relatório em busca de pistas, mas não encontrou nada “de grande importância”. Pelo menos um dos tripulantes observou o objeto pela janela da cabine durante cerca de dois segundos. O FBI disse que o avistamento provavelmente poderia ser atribuído à chuva de meteoros…
Acidente aéreo na Índia – Um Boeing 747 da Saudi Airlines e um avião de carga Ilyushin 76 colidiram no ar perto de Nova Delhi, capital da Índia, na noite de terça-feira, 12 de dezembro de 1996, provocando uma das maiores catástrofes aéreas de todos os tempos. Todos os passageiros e tripulantes dos dois aviões morreram. Aproximadamente 351 pessoas pereceram no terceiro maior desastre aéreo da história. O choque ocorreu entre 4.500 e 5.000 m, enquanto o avião da Saudi Airlines que fazia o vôo SV 763 estava decolando do Aeroporto Internacional Indira Gandhi, e o vôo cargueiro KZA 1907, da Kazakhstan Airlines, descia para aterrissar no mesmo aeroporto.
De acordo com o diretor geral de aviação da Índia, H. S. Khota, às 18:40 h o Sol estava se pondo naquela região do país. O avião comercial da Saudi Airlines estava em boas condições até subir a 4.500 m. Enquanto isso, KZA 1907 tinha condições liberadas para descer aos 5.000 m e aguardar comando para pouso [Veja diálogo mantido com a torre no box à página 18].“Foi tudo muito rápido e simultâneo. Uma fatalidade”, disse Khota. Os aviões chocaram-se numa velocidade de 10 km por minuto – sem respeitar os necessários 500 m de distância requeridos entre aeronaves em vôo.
Antes do choque, eles estavam a aproximadamente 20 km de distância entre si. Portanto teriam ainda, no mínimo, dois minutos de vôo. O Boeing 747 da Saudi Airlines sofreu uma longa abertura no alto da fuselagem, resultante do choque com o KZA Ilyushin. Mas a colisão não danificou totalmente o painel de controles do 747.
O piloto do Saudi teve controle de direção suficiente para evitar uma queda na água e trazê-lo para o terreno de uma fazenda perto de Charkhi Dadri, sudoeste de Nova Delhi. A fuselagem do avião abriu uma vala de 60 m de comprimento por 5 m de profundidade no solo. Os moradores disseram que o piloto parecia ter mantido o controle do 747 antes da colisão. Ao que parece, o Jumbo em chamas foi guiado até um campo aberto.
“Foi a atitude do piloto que evitou que os moradores fossem atingidos”, disse Jeet Ram Grupta, um advogado de Charkhi Dadri. Se a colisão aconteceu dessa forma, pode-se então explicar por que o Ilyushin 76 ficou sem uma asa: ela deve ter tocado o 747 e se partido, quando então começou a girar e perdeu o controle. Mesmo tendo o avião perdido as duas asas, sua fuselagem permaneceu intacta após a queda.
“Não foi uma colisão frontal. O cockpit e a fuselagem do KZA 1907 foram encontrados ilesos”, disse o oficial de aviação civil da Índia, Yogesh Chandra. “O controlador de radar viu que os sinais estavam sobrepostos. Mas eles não se separaram”, disse A. K. Bhardwaj, secretário da Air Traffic Controller’s Guide. “De repente, os sinais dos dois aviões sumiram”, alegou Khota.
Houve apenas uma testemunha ocular do acidente, que ocorreu num aglomerado de nuvens, tornando-se ainda mais denso pela fumaça das fogueiras do Festival Hindu de Diwali. Essa testemunha foi um capitão de aviões C-141 da Força Aérea dos EUA, que transportava suprimentos à embaixada norte-americana em Nova Delhi. Seu testemunho, exibido no noticiário da CNN Headline News, em 13 de novembro, foi diferente do que seria divulgado pelos jornais no dia seguinte.
Bolas de fogo – Na fita exibida pela CNN, o capitão dizia que “um brilho alaranjado dentro da nuvem, que se expandiu e tornou-se muito grande, pôde ser visto à distância”. Deveria ser de proporções enormes. “Pensamos que fosse um relâmpago”, concluiu o piloto. Já na versão distribuída pela Associated Press, o capitão teria dito que ele e sua tripula&c
cedil;ão notaram do lado direito da aeronave “uma grande nuvem a iluminar-se com um brilho alaranjado. A intensidade começou a diminuir e as duas bolas de fogo começaram a cair”.
O C-141 circulava a uma altitude de aproximadamente 6.500 metros, preparando-se para aterrissar no Aeroporto Internacional Indira Gandhi. No entanto, pode ser que o que o piloto observou em seu radar não tenha sido mencionado na CNN e nem nas histórias da Associated Press. Dentre as questões não respondidas estão: por que a torre perdeu contato por rádio com os dois aviões cerca de dois minutos antes deles se colidirem? Se o KZA Ilyushin acertou o 747 apenas lateralmente, como o primeiro conseguiu perder as duas asas? O que pôde revelar o radar do C-141?
O jornal mais lido da Índia, o The Times, exibiu a seguinte manchete na segunda-feira, 11 de dezembro de 1996: “Cientistas do Planetário de Nehru falharam ao tentar solucionar o mistério do recente avistamento de UFO na cidade”. Segundo o jornal, alguns UFOs foram vistos tanto durante o dia quanto à noite. Relatos do Bairro de Kanivli, em Bombaim, descrevem “um objeto do tamanho de uma bola de críquete que apareceu às 06:00 h, soltou parte de sua estrutura e desapareceu às 06:45 h”. No Bairro de Thane Panvel, a senhora Brooks viu um “objeto em forma de disco fazendo movimentos circulares por volta das 21:00 h”. O UFO desapareceu em poucos segundos, mas não sem antes emitir um raio de luz.
“Eu estava com meu binóculo e telescópio, que uso para observar estrelas, mas antes que eu pudesse pegá-los, o objeto desapareceu. Aquilo era estranho: mais brilhante, dourado, e sem as luzes coloridas que se vêem nos aviões. Era algo como o planeta Saturno visto de lado e sem os anéis”, disse a senhora. Os jornais preferiram ignorar completamente o fato, mas ficou aquela sensação estranha de que um objeto não identificado foi visto na Índia, em local próximo de onde houve uma gigantesca tragédia aérea. E, como das vezes anteriores, preferiu-se o silêncio a respeito das coincidências.
Em 12 de dezembro passado, dois aviões colidiram próximo ao Aeroporto Indira Gandhi, na Índia, matando 351 pessoas. As tripulações do Boeing da Saudi Airlines e do cargueiro da Kazakhstan Airlines, que se chocaram em pleno ar, observaram algo no céu antes da tragédia e entraram em contato com a torre para relatar o fato, e foram interrompidos. Eis parte da conversação mantida:
KZA 1907: Um-nove-zero-sete passando de [nível de vôo] dois-três-zero para um-oito-zero, 74 milhas de Nova Delhi.
TORRE: Desça a um-cinco-zero. Relatório pronto.
KZA 1907: Um-cinco-zero.
SV 763: Aproximando um-zero-zero.
TORRE: Claro, um-quatro-zero.
SV 763: Aproximando nível um-quatro-zero. Para mais alto.
TORRE: Mantenha nível um-quatro-zero. Aguarde instruções para subir (…) KZA um-nove-zero-sete. Reporte distância de Delhi.
KZA 1907: Alcançado um-cinco-zero, 46 milhas. Radial dois-sete-zero.
TORRE: Mantenha um-cinco-zero. Tráfego [objeto] identificado doze horas recíproco. Boeing Saudi 747, 14 milhas, avisem quando avistarem [o objeto intruso].
KZA 1907: Kazakh um-nove-zero-sete. Reporte quantas milhas.
TORRE: 14 milhas agora. Roger [câmbio] um-nove-zero-sete (…) Tráfego em 13 milhas.
KZA 1907: Um-nove-zero-sete.
Aviador colombiano filma seis UFOs
Na noite de domingo, 22 de dezembro de 1996, diversos telespectadores de Bogotá, capital da Colômbia, ficaram surpresos quando a rede de televisão NTC exibiu um incrível vídeo que mostrava seis UFOs brilhantes, de forma discoidal, sobrevoando a cidade. Os insólitos objetos foram filmados na manhã de sexta-feira, 13 de dezembro de 1996, pelo cabo da Força Aérea Colombiana (FAC) Juan Carlos Morales.
O piloto voava sobre a região da Cordilheira Central, quando olhou pela janela em direção ao Monte Monserrate. Nesse momento, Juan viu seis discos prateados e luminosos saírem de uma nuvem. De acordo com seu testemunho, “…os aparelhos voavam em duas filas distintas indo em direção a Bogotá”.
Imediatamente, o aviador pegou sua câmera filmadora com a intenção de registrar imagens dos objetos, enquanto estes passavam sobre a Avenida Jimenez de Quesada e a Plaza de Toros de Santa Maria, tomando a direção noroeste. O major Gonzalo Gardena, chefe do comando de transportes da FAC – como era de se esperar – declarou que esses UFOs não foram captados pelo radar do centro de controle de tráfego aéreo do Aeroporto Internacional El Dorado.