Ao longo dos anos, muitas informações adicionais têm surgido sobre o Caso Trancas, em geral pequenos detalhes acrescentados por novas testemunhas que vêm se somando ao episódio. Considerado um dos mais sólidos e contundentes da Ufologia Mundial, e igualmente um dos mais investigados pela Ufologia Argentina, a ocorrência permanece como um marco da casuística ufológica.
Recentemente, o ufólogo Guillermo Giménez, consultor da Revista UFO no país vizinho, recebeu um e-mail de uma nova testemunha indireta do caso, que não viu os acontecimentos, mas estava presente durante a ocorrência e teve ligação com o que a família Moreno viveu nos anos seguintes a ele. Trata-se de Nancy Chávez Niepagen, filha de Argentina Moreno, que era um dos bebês dormindo na residência da fazenda Santa Teresa, naquela noite de 21 de outubro de 1963.
Hoje residindo na Califórnia, casada e com quatro filhas, Nancy relata o que ouviu de sua mãe e demais familiares durante sua infância e juventude, uma vez que a experiência dos Moreno jamais foi esquecida por eles. Vamos ao seu relato que fez a Giménez. “Lembro-me como se fosse ontem de minha amada mãe Argentina falando e discutindo algo que parecia secreto e do qual tratava com temor com minhas tias Yolanda e Elvira.
Não as havia escutado da primeira vez, mas sabia que conhecia o tema anteriormente, pois era algo amedrontador que envolvia protagonistas da minha família, entre os quais ela, meus avós, minhas tias e a empregada, que viram luzes, sentiram cheiro de enxofre e um intenso calor, tudo associado a muito medo. “Eu era apenas um bebê quase recém-nascido na época, que, como os cães e animais da fazenda, dormiram tranquilamente durante o incidente — exceto, soube depois, por ter suado de maneira incomum durante o episódio daquela noite, como meu primo Guillermo, então com dois anos, e minha irmã Vitória, da mesma idade. Anos depois, quando eu e Vitória perguntávamos a minha mãe sobre os fatos, ela não queria nos contar diretamente e não sei do que tinha tanto medo. Mas, pelo que ela falava, entendemos que algo estranho aconteceu durante o caso.
“Minha mãe viu algo incomum sobre os trilhos do trem que passava perto da fazenda, a poucos metros da casa. Eram luzes de todas as cores que se refletiam por toda a propriedade e raios semelhantes a laser, pela descrição que me deram. Infelizmente, minha mãe faleceu em 1997, assim como minhas tias Yolanda e Elvira, nos anos que se seguiram, e com elas levaram detalhes que eu gostaria de ter sabido, apesar de guardarem esta informação com muito cuidado. “Acho que fui, apesar de muito nova, protagonista de algo extraterrestre, uma coisa que não acontece todos os dias, e me arrependo de não ter perguntado um pouco mais a respeito à minha mãe, pois este incidente a marcou por toda sua vida. A meu respeito, a única coisa que tenho hoje é o que os médicos chamam de estresse na forma de sonhos e pesadelos, sempre os mesmos, em que corro desesperada, suando e procurando um lugar onde me esconder de seres extraterrestres. Mas seria mesmo apenas estresse, alguma fobia pela que passei enquanto bebê ou medo de algo que escutava quando era menina? Talvez algum dia eu saiba a resposta”.