Com a proposta expressa de aprofundar de forma sensível o debate que se faz hoje sobre a presença alienígena na Terra, integrando pesquisadores e estudiosos do Fenômeno UFO dos mais variados países, foi realizado novamente em Foz do Iguaçu, de 21 a 24 de novembro de 2013, no auditório principal do Hotel Golden Tulip Internacional, mais um evento da série Fórum Mundial de Ufologia, inaugurado pela Revista UFO em 1997. Esta sua quinta edição também se propôs a reunir em torno do tema pensadores, cientistas, militares, autoridades e personalidades que possam contribuir para se alcançar uma compreensão mais profunda e completa da presença alienígena na Terra. “É de grande importância que a Ufologia conte com a participação de pessoas externas à sua área de ação imediata, que possam somar forças com ela”, definiu o conferencista e ativista ufológico norte-americano Stephen Bassett, presente ao evento. Foi justamente isso que se viu em Foz naqueles acalorados dias.
Com 24 conferencistas de 10 países, que trouxeram à tona os mais diversos enfoques na pesquisa atual da manifestação ufológica, um público que superou 400 pessoas e ampla cobertura da imprensa nacional e estrangeira, o evento teve como tema central buscar a resposta para a seguinte indagação: que mensagem, afinal, o Fenômeno UFO está dando à humanidade? “Responder esta pergunta implica admitir que nossos visitantes extraterrestres estejam oferecendo ou provocando uma reflexão sobre nossas vidas e o futuro do planeta, aberta ou veladamente”, definiu o editor da Revista UFO e organizador do evento, A. J. Gevaerd. Assim, todas as conferências realizadas, sobre os mais diversos aspectos da questão, tiveram o tema como elemento central. “Vivemos um momento de muitas mudanças no mundo, e ver a situação da humanidade com olhos cósmicos pode melhorar significativamente as chances de mudarmos o que está errado”, declarou o empresário paulista Francisco Pires de Campos, ao mesmo tempo conferencista e apoiador do evento.
Pedido às Nações Unidas
O V Fórum Mundial de Ufologia (II UFOZ 2013) também se alinhou com iniciativas globais que pedem à Organização das Nações Unidas (ONU) a reabertura das discussões sobre ação de outras inteligências cósmicas em nosso planeta, tendo, ao seu final, alcançado seu resultado mais expressivo: a emissão da Carta de Foz do Iguaçu 2013, endereçada ao Ministério de Relações Exteriores do Brasil. O documento, também chamado de Manifesto da Ufologia Mundial, em resumo, solicita ao Ministério que leve à presidente Dilma Rousseff o projeto dos ufólogos brasileiros de fazer com que sejamos a nação a propor à ONU o retorno das discussões ufológicas, encerradas na década de 80. “É hora de as discussões sobre o tema assumirem uma dimensão maior, globalizada. Já se conseguiu muito em nosso país com a abertura ufológica realizada pelo Governo, por meio da campanha UFOs: Liberdade de Informação Já. Agora é hora de ir à ONU”, disse em apoio à iniciativa o professor paranaense e suplente de deputado federal Wilson Picler, que apoiou o evento em todos os seus momentos. Com esta ousada proposta, a Carta foi assinada por todos os presentes, participantes e conferencistas nacionais e internacionais [Veja matéria nesta edição].
Entre os temas tratados no V Fórum Mundial de Ufologia estiveram os mais fascinantes segmentos da casuística ufológica, como as abduções, mensagens extraterrestres, evidências físicas, ocorrências aeronáuticas, abertura de informações, Agroglifos, Ufoarqueologia, análise de imagens etc. “Não tratar apenas de pesquisas ufológicas, mas também oferecer à plateia um pouco de experiências pessoais, como pude fazer ao descrever a abdução a que fui submetido em 1975, é muito saudável para a Ufologia”, declarou o norte-americano Travis Walton, que fez uma eletrizante palestra. Ao todo, foram nada menos do que 32 horas de atividades, entre palestras, debates, workshop, um requintado jantar de confraternização internacional e, claro, a tradicional Vigília Ufoastronômica, novamente realizada no Polo Astronômico Casimiro Montenegro Filho, unidade do Parque Tecnológico Itaipu (PTI), ao lado da barragem da monumental hidrelétrica.
Apoio da iniciativa privada
O evento contou com o apoio direto de vários órgãos e empresas que reconhecem a seriedade do projeto idealizado pela Revista UFO, e indireto de incontáveis grupos e sites da Ufologia Brasileira, que também veem na iniciativa uma forma de alavancar seu progresso. Entre os apoiadores diretos estão o Instituto Wilson Picler, a Estância Nova Era e a Mythos Editora, que ofereceram fortes subsídios. De fundamental importância para sua realização, também, foi o suporte dado desde a edição anterior do Fórum, de 2012, pelo Iguassu Convention & Visitors Bureau e pela Itaipu Binacional — nunca antes um projeto ufológico recebera a distinção de ser patrocinado pela hidrelétrica. O evento teve como agência dedicada a Frontur Congressos e como transportadora oficial a TAM. E o Hotel Golden Tulip, além de sediar o evento, proporcionou sofisticada infraestrutura para sua realização. “Ver a iniciativa privada ao lado de organismos como a Itaipu apoiarem a iniciativa da Revista UFO nos dá esperanças de que a Ufologia Brasileira vai progredir rapidamente”, disse o coeditor Marco Antonio Petit, autor da palestra de abertura.
Todas as conferências internacionais do V Fórum Mundial de Ufologia, feitas em espanhol e inglês, foram simultaneamente traduzidas e transmitidas por meio de receptores digitais aos presentes pelos voluntários da Equipe UFO Wander Alcaraz e Carlos Casalicchio, da equipe de tradutores. O excelente serviço de sonorização foi prestado pela Promix Audiovisual e todas as palestras foram registradas em alta resolução para produção de DVDs [Veja anúncio nesta edição] por uma equipe do programa mexicano Tercer Milénio, capitaneada pelo jornalista Jaime Maussán, uma das estrelas do evento, e outra do Centro de Altos Estudos da Conscienciologia (CEAEC). Mais membros da Equipe UFO também deram suporte substancial à realização do evento, como Jovanir Medeiros, na cobertura fotográfica, Luciano Vidotto, Maureen Braz e Regina Prata, no acompanhamento aos conferencistas, além de inúmeros auxiliares. Sua administração ficou a cargo da gerente da Revista UFO, Daniela Elisa Fontoura Gevaerd.
Novos
ventos na Ufologia
A série Fórum Mundial de Ufologia consagra ao mesmo tempo a pujança dos ufólogos brasileiros e a determinação da Revista UFO de fazer eventos que verdadeiramente promovam o tema. Ela foi idealizada por Gevaerd e sua primeira edição ocorreu em Brasília, em 1997, com apoio técnico da Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU) e logístico da Legião da Boa Vontade (LBV). Seus resultados foram surpreendentes e alcançaram vastos segmentos da sociedade brasileira e de muitos países. Depois, apenas duas edições menores do evento ocorreram em Curitiba e foram promovidas por uma entidade local, que teve o título cedido a ela pela Revista UFO. Retomada pela publicação no ano passado, quando também se elegeu Foz do Iguaçu para sediá-la — o que levou à criação do apelido UFOZ —, a série só cresce. Também em 2013, no mês de junho, a UFO promoveu outro evento de peso e de alcance global, o I Fórum Mundial de Contatados, uma que continuará anualmente. “Tantos bons congressos ocorrendo é sinal de que novos ventos sopram na Ufologia de nosso país, renovando-a e ampliando seu alcance e sua função social”, afirmou o também coeditor Fernando de Aragão Ramalho.
É hora de as discussões sobre UFOs assumirem uma dimensão maior, globalizada. Agora é hora de ir à ONU — Wilson Picler
A imprensa nacional e internacional também deu enorme contribuição à divulgação do V Fórum Mundial de Ufologia, aumentando a difusão do tema em nosso país. Tanto antes quanto durante e depois do evento foram incontáveis os veículos de comunicação que fizeram a cobertura dos trabalhos, a exemplo do canal History Channel, que pela segunda vez vem ao Brasil registrar os eventos da UFO. No ano passado, disso resultaram 10 episódios da primeira temporada da consagrada série Contato Extraterrestre, que deu oportunidade a inúmeros ufólogos do país de apresentarem suas pesquisas a todo o continente, onde o programa vem sendo exibido ao longo de 2013. O mesmo se repetiu agora nesta quinta edição do Fórum, tendo o History mais uma vez comparecido para fazer sua segunda temporada da série. “Este é outro resultado direto dos eventos que produzimos: além de uma verdadeira integração entre os ufólogos brasileiros e estrangeiros, que convivem por quatro dias, fazer com que eles sejam conhecidos e reconhecidos por seus trabalhos”, disse Gevaerd. Confira a seguir como foram todas as conferências do V Fórum Mundial de Ufologia e por que você não deve perder sua próxima edição, já planejada para outubro de 2014.
Quem são os extraterrestres?
Com uma abordagem minuciosa, Thiago L. Ticchetti, coeditor da Revista UFO e autor do livro Quedas de UFOs [Código LIV-007 da coleção Biblioteca UFO] — primeira iniciativa brasileira de registrar informações sobre tais incidentes —, fez sua conferência Tipologia Extraterrestre: Quem são Nossos Visitantes? mostrando os diferentes tipos de seres relatados em avistamentos ocorridos em diversos lugares do mundo. E classificou em quatro classes as espécies mais comuns dentre nossos visitantes: humanoides, animalia, robótica e exótica. Humanoides são seres que têm características semelhantes aos humanos, entre os quais estão, por exemplo, os grays [Cinzas], vistos mais comumente no cinema como pequenos seres de pele cinza, cabeças grandes e carecas. Já para a classe animalia existem várias subdivisões, como os mamíferos, insectoides, anfíbios e aviários, sendo os mais comuns os chamados reptilianos, também conhecidos como lagartos. Eles mediriam aproximadamente 1,8 m, teriam pele verde e membranas nos pés e mãos.
A classe robótica, segundo definição de Ticchetti, tem caráter metálico e seus integrantes fazem comunicação entre si, o que caracteriza a existência de vida neles, fazendo com que sua constituição não seja apenas androide. Por fim, os últimos seres abordados pelo conferencista, os ditos exóticos, são entidades físicas que não apresentam atributos comuns às outras classes — um desses seres foi relatado, por exemplo, com a forma de geleia, cerca de 90 cm e apresentando mau cheiro. O conferencista deixa claro que “há uma diversidade enorme de raças que visitam a Terra e ainda não temos conhecimento de todas elas”.
Ainda com enfoque voltado à ortodoxia da Ufologia — que alguns chamariam de científica —, palestrou o engenheiro Christian Marchal, diretor do Escritório Nacional de Estudos e Pesquisas Aeroespaciais da França e autor de mais de 200 artigos. Sua conferência foi intitulada Dossiê Cometa: O Relatório Francês Sobre os UFOs e ofereceu valiosas informações sobre a metodologia de trabalho do Comitê Cometa, que analisou avistamentos ufológicos do século XX, particularmente casos registrados pela polícia francesa. De natureza oficial, o Comitê emitiu, em 1999, o relatório Dossiê Cometa, que foi inicialmente publicado na França e traduzido para diversos idiomas, chegando ao Brasil com o mesmo nome em forma de livro da coleção Biblioteca UFO [Código LIV-021]. Marchal explicou que o Fenômeno UFO é muito difícil de ser estudado, já que implica em algo que não pode ser controlado. Ele dividiu os casos estudados pelo Comitê, do qual fez parte, entre explicáveis, o que inclui uma série de corpos conhecidos e fenômenos atmosféricos, e os inexplicáveis, cuja natureza não pode ser comprovada como terrestre.
“A partir da análise destes casos inexplicáveis, cujas características são totalmente desafiadoras, a conclusão científica óbvia é de que o Fenômeno UFO é real”, disse o francês. Ele lançou a teoria de que talvez nossos visitantes possam não ser apenas originários de outros planetas, mas também terrestres pertencentes a antigas civilizações que há milhares de anos já detinham inusitada tecnologia — por sua ligação com outras espécies cósmicas — e hoje estariam em algum lugar do futuro, de onde viriam até aqui. “O objetivo dessas visitas seria evitar uma nova autodestruição da humanidade”. Ele resgatou a história da Terra desde a última Era Glacial.
É hora de ocorrer um contato?
Ainda sobre os UFOs pelo lado científico, Marco A. Seixas fez a palestra Agenda Extraterrestre: Realidade ou Ilusão? Médico cardiologista pe
la Pontifícia Universidade Católica (PUC) e consultor da Revista UFO, Seixas explorou o tema enfatizando que a realidade ufológica nos impõe cinco indagações principais que, segundo ele, devem ser respondidas em sequência: Os discos voadores existem? Representam uma ameaça? O que ou quem são? De onde vêm? O que pretendem? Utilizando estes tópicos como diretrizes, o conferencista elaborou sua apresentação mostrando que as evidências da presença alienígena são milenares e que mudaram significativamente a visão de mundo do homem moderno. Mas ele se questiona se haveria, por parte dos principais agentes dessa mudança, motivações e objetivos preestabelecidos? Enfim, que motivos levariam os extraterrestres a fazerem contatos com nossa espécie? As hipóteses de invasão e conquista, missões de paz, curiosidade e interesse científico também foram discutidas por Seixas. “Existe a necessidade de pesquisarmos esses fenômenos, mas também devemos despertar nossa consciência para refletir sobre tais eventos”, disse.
O policial e perito criminal do Instituto de Criminalística do Paraná Antonio Inajar Kurowski, conselheiro especial da UFO, fez a conferência A Física das Civilizações: O Que nos Distingue dos Extraterrestres? apresentando um breve histórico do universo desde seu princípio, com o Big Bang, até os dias atuais, adotando um ponto de vista eminentemente científico para concluir que tudo indica que existam bilhões de outras espécies no cosmos. Kurowski revelou que hoje existe registro de até 57 diferentes raças nos visitando, entre elas os grays, os reptilianos e os arianos. Um ponto central de sua apresentação foi voltado para uma discussão das razões de ainda não termos estabelecido contato com nossos observadores. “Talvez eles não queiram ter este encontro e ainda estejam nos estudando”. O palestrante ressaltou que é necessário utilizar as leis da física para compreender algumas características dessas civilizações, já que, independente da tecnologia que tenham, todos se limitam a elas.
Quando decidi me levantar, senti uma luz tocar em mim, algo como uma forte batida com um raio elétrico — Travis Walton
Kurowski classificou as possíveis espécies no universo em quatro grupos, citando inclusive exemplos delas na ficção. São do primeiro tipo as civilizações que, assim como a nossa, usam tecnologias que esgotam os recursos de seus planetas e que, portanto, precisam procurá-los em outros lugares. No segundo estariam as civilizações que saberiam se proteger de ameaças naturais, como meteoros e outros fenômenos, o que lhes conferiria certa imortalidade, como se vê na série Star Trek [1977]. Já o terceiro tipo seriam civilizações que conseguiram aproveitar a energia de sua galáxia, como a representada no filme O Dia em que a Terra Parou [1951]. E o quarto tipo de civilização é aquele que controla os recursos do universo, mas que não têm intenção de dominação.
UFOs e energia nuclear
Considerando as leis da física como base de estudo, o físico nuclear canadense e pioneiro da Ufologia Mundial Stanton Friedman apresentou o tema Por que Eles nos Visitam e o que Podemos Esperar para o Futuro da Humanidade? Ele discorreu, entre outros, sobre o Caso Roswell, do qual foi um dos investigadores. O estudioso, altamente reputado em todo o mundo, contou outras extraordinárias histórias sobre eventos que estudou em todo o planeta. Friedman defendeu que extraterrestres estão envolvidos em muitas atividades em nosso meio, desde o monitoramento de sistemas militares até a abdução de humanos. Para ele, nossos visitantes são atraídos pelo uso que fazemos da energia nuclear para fins bélicos. “Somos uma ameaça à estabilidade do universo, e isso preocupa outras inteligências que vivem em planetas ao redor do Sistema Solar”, disse o físico, que é correspondente internacional da Revista UFO.
Ocupando um dos momentos especiais do V Fórum Mundial de Ufologia (II UFOZ 2013), o seu encerramento, Friedman também mostrou inúmeros documentos que comprovam que há um acobertamento constante da realidade ufológica imposto pelos Estados Unidos, o que impediria a humanidade de ter uma ideia mais completa da ação na Terra desses visitantes. Ele mostrou um gráfico com 3.021 casos registrados pelo governo norte-americano, dos quais 213 seriam inexplicáveis. Ele considera inadmissível a descarada mentira dos militares e de governos sobre o Fenômeno UFO. “Impedir a sociedade de conhecer a verdade é irreparável. Nossas autoridades precisam colocar um fim na política de acobertamento ufológico”, disse Friedman enfático, sendo muito aplaudido.
Abduções e contatos
Entre os assuntos mais tratados no evento estiveram as ocorrências de abduções alienígenas e de contatos diretos com eles. Para tanto se revezaram pesquisadores e até abduzidos famosos, a exemplo do norte-americano Travis Walton, cujo caso é referência na Ufologia Mundial. Walton protagonizou um dos momentos mais eletrizantes do Fórum ao descrever sua experiência nas mãos de extraterrestres em sua palestra Uma Lição Aprendida Diretamente com Seres Extraterrestres. O fato ocorreu em 1975 e foi tema do filme Fogo no Céu [1985]. “Sinto-me até hoje como se estivesse sendo observado por olhos invisíveis”, disse o abduzido [Veja box nesta matéria]. Abordando as abduções também palestrou o sociólogo chileno Rodrigo Fuenzalida, presidente do Agrupamento de Investigações Ovniológicas Nacionais (AION), representante da Mutual UFO Network (MUFON) e correspondente internacional da Revista UFO em seu país. O título da conferência de Fuenzalida, que já é bem conhecido das plateias brasileiras, foi Os UFOs e os Fenômenos da Consciência.
O chileno fez menção não apenas aos aspectos físicos de casos de contatos diretos com ETs, tidos por ele como “comuns”, mas também relacionou alguns acontecimentos em que houve profunda alteração na consciência dos experienciadores — como são chamadas as pessoas que passaram por tais situações. Os casos apresentados ocorreram majoritariamente no Chile e todos têm o mesmo componente revelador para os protagonistas. “A presença alienígena na Terra tem um enorme impacto na consciência humana, ainda não totalmente conhecido, e o Fenômeno UFO é um forte mecanismo de transformação”, disse. Fuenzalida apresentou as principais características que determinam quando um contato é de origem física ou tem caráter psíquico. Além disso, tocando levemente em outro assunto, relatou que muitas manifestações ufológicas coincidem com movimentos das placas tectônicas na crosta terrestre, que podem liberar uma maior concentração de energia eletromagnética. Rodrigo Fuenzalida finalizou dizendo que muitas ocorrências ufo
lógicas desafiam as leis físicas, o que sugere que essas civilizações tenham um estágio evolutivo mais avançado.
Ainda sobre contatos com ETs o Fórum recebeu o coeditor da Revista UFO Francisco Pires de Campos, diretor da Nova Era Consultoria e Participações, que é dedicada à criação e implantação de projetos alternativos de baixo impacto ambiental. Pires de Campos apresentou a palestra Analisando a Casuística Ufológica do Interior de São Paulo, durante a qual destacou casos ufológicos pesquisados pela Força Aérea Brasileira (FAB) no referido estado. Entre os episódios foram mostrados detalhes de casos investigados em uma das áreas de maior incidência ufológica do país, a Cuesta de Botucatu. O conferencista, em uma palestra muito bem ilustrada, mostrou alguns clássicos da UFO, como o Caso João de Freitas Guimarães, a explosão de um UFO em Ubatuba, a abdução de Thiago Machado em Pirassununga e algumas ocorrências aeronáuticas. Vários destes casos constam dos procedimentos de pesquisas do extinto Sistema de Investigação de Objetos Aéreos Não Identificados (Sioani), da FAB.
Corroborando as teorias de Fuenzalida, Pires de Campos observou que os casos de avistamentos na Cuesta de Botucatu ocorrem devido à alta quantidade de linhas de alta tensão que ali se concentram, gerando elevada energia telúrica e eletromagnética, que podem ser medidas em toda a região. “Soma-se a isso também a existência, naquela área, de um grande braço do Aquífero Guarani”, disse, justificando que historicamente têm sido observados discos voadores próximos de locais que reúnem tais características.
Tratando também de casuística ufológica, e especificamente de evidências físicas, apresentou-se o argentino Carlos Ferguson, que é o único ufólogo civil de seu país a ter sido chamado pela Força Aérea Argentina (FAA) para integrar sua recém-formada Comisión de Investigación de Fenómenos Aeroespaciales (CIFA). Pesquisador desde os anos 70, ele coordena a Rede Argentina de Ovnilogia (RAO) e organiza congressos sobre UFOs em seu país. O título de sua apresentação foi Mensagens de Extraterrestres Através da Estatística, que rendeu uma verdadeira aula sobre como aplicar a estatística à pesquisa ufológica, destacando a importância do trabalho de compilação de dados do Fenômeno UFO.
Estatística aplicada à Ufologia
Ferguson é especialista em aterrissagens de discos voadores e talvez o ufólogo que tenha o maior número de casos do gênero investigados. Seu estudo permitiu determinar o comportamento do Fenômeno UFO na Argentina a partir da análise de 1.500 pousos de naves, com base em um sistema de investigação definido pelo matemático franco-americano Jacques Vallée. “Os dados são surpreendentes e contundentes, oferecendo fortes indícios de que as inteligências extraterrestres por trás dos UFOs estão desenvolvendo um meticuloso processo de alta complexidade e precisão”, disse. Ferguson pôde concluir também que os avistamentos apresentam picos de observações em junho e julho. Os dados compilados de forma estatística possibilitaram, inclusive, uma análise de três fatores muito importantes do fenômeno: o grau de estranheza dos fatos, a credibilidade das testemunhas e a fontes de informação.
É perfeitamente possível deduzir que avançadas civilizações tecnológicas também o sejam espiritualmente — General Paulo Uchôa
Carlos Ferguson, que aceitou o convite do editor e passou a ser o mais novo consultor da Revista UFO, lançou mão de várias conclusões sobre os avistamentos ufológicos documentados por ele em seu país. “Os contatos deixam claro que ‘eles’ estão aqui e o incremento nos avistamentos indica que sua aproximação está ocorrendo gradualmente”. Para o argentino, ao evitarem danos materiais aos seres humanos, nossos visitantes deixam óbvio que não têm uma postura ofensiva. Mas ao mostrarem sua superioridade tecnológica, eles também estariam confirmando sua supremacia em relação aos nossos limitados recursos. O autor do livro Encuentros Entre Pilotos y OVNIs [Editorial Dunken, 2012], que logo receberá uma edição em português pela coleção Biblioteca UFO, foi muito aplaudido pelo seu método de pesquisa.
Ufologia mística também
Uma das áreas da Ufologia que tem ganhado espaço constante nas últimas décadas é a intersecção entre as manifestações ufológicas e a espiritualidade. No V Fórum Mundial de Ufologia (II UFOZ 2013), um dos conferencistas que tratou do assunto foi o general na reserva do Exército Paulo Yog Uchôa, que teve como tema A Avançada Ciência e Espiritualidade em ETs que Atuaram no Brasil Central. Filho e seguidor do renomado ufólogo e também general Alfredo Moacyr de Mendonça Uchôa, pioneiro da Ufologia Brasileira, Paulo Yog foi Secretário Nacional Antidrogas. Sua exposição tratou majoritariamente das experiências vividas por seu pai durante as décadas de 60 a 80, no Planalto Central. Disse que ele comprovou que os seres que lá se manifestaram, muitas vezes em contatos programados, demonstravam elevadas características científicas e espirituais, simultaneamente. “Assim, é perfeitamente possível deduzir que avançadas civilizações tecnológicas também o sejam espiritualmente”.
O general surpreendeu diversos estudiosos e especialistas com sua conferência. Um dos casos narrados por ele foi o encontro de seu pai com uma entidade chamada Yogarin, posteriormente também identificada como mestre Morya, que teria orientado o general Alfredo Moacyr de Mendonça Uchôa a divulgar seus conhecimentos acerca dos fenômenos que vivenciava — assim como suas experiências dentro da parapsicologia e sobre o hiperespaço. Além de relatar fenômenos alienígenas de manipulação da luz, Paulo Yog discorreu sobre casos de cura transcendental por ação extraterrestre, como a que aconteceu com Bernadete Gomes, diagnosticada com mal de chagas e complicações decorrentes no Hospital das Forças Armadas. Quando recebeu seu diagnóstico, Bernadete ouviu que teria apenas mais um mês de vida, mas o pai do conferencista a levou para a cura através de uma luz que, segundo o relato da próp
ria enferma, veio do espaço. Depois deste evento, Bernadete voltou ao hospital já sem nenhum indício de sua doença.
Também mesclando ciência e espiritualidade se apresentou Alcione Giacomitti, escritor e pesquisador de culturas nativas da América do Sul, especializado na civilização Inca. Sua conferência Ufologia, Ciência e Religião: O Que Nós Não Estamos Vendo? trouxe à tona um assunto que para muitos é certeza de polêmica, relacionando o Fenômeno UFO à ciência e à religião. Também usando conceitos elaborados pelo citado Vallée, entre outros, Giacomitti afirmou que tentar compreender o Fenômeno UFO somente com conceitos da ciência convencional ou das religiões tradicionais pode ser o principal motivo que nos impediu de perceber de forma mais ampla a mensagem por trás de algo tão complexo.“Usar as portas abertas pela física quântica e retornar ao passado para melhor entender as tradições religiosas pode ser a chave para decifrarmos o que de fato representam as manifestações ufológicas”, garante.
Preparação para o contato
O estudioso paranaense, que leva grupos para as Viagens de Exploração Ufoarqueológica ao Peru — duas delas ocorridas no ano passado —, causou polêmica quando afirmou que todos devem tomar muito cuidado com o caráter das abduções, pois não conhecemos suas reais intenções, que podem ser obscuras. Foi de Giacomitti, também, o workshop A Herança Estelar dos Povos Nativos das Américas, ocorrido imediatamente após o encerramento do Fórum. E ainda sobre espiritualidade no campo ufológico palestrou Carlos Odone Nunes, mestre em educação, em ciências e matemática, engenheiro químico e professor no ensino médio em Porto Alegre. Odone, que também é consultor da Revista UFO, é fundador do Grupo Aldebaran de Investigações e Debates Ufológicos (GAIDU) e do Movimento Gaúcho de Ufologia (MGU). Sua conferência, O Fenômeno UFO: Indução a uma Preparação Holística para o Contato, trouxe para o evento sua conclusão de que ciência e espiritualidade podem andar juntas na análise da manifestação ufológica. Ele alertou para a necessidade de fazermos uma busca por nossas origens nos contatos com seres mais evoluídos e que temos que estar atentos quanto ao impacto energético, emocional, mental e espiritual que estas situações podem acarretar.
Ainda segundo Odone, a humanidade precisa adotar comportamentos novos para se preparar para o contato com outras espécies cósmicas, como a eliminação da descrença e do ceticismo, assim como o medo pelo desconhecido. “Precisamos zelar pela Terra, trabalhar pela ecologia e melhorar o uso de nossos corpos, deixando o ego de lado para que o ser humano alcance finalmente a transformação”, disse. Também destacou que precisamos evoluir moralmente através da caridade e da consciência do bem, se quisermos chegar ao avanço necessário para o estabelecimento de um contato com espécies que já têm estas características.
Esse pensamento corrobora o da médica Mônica de Medeiros, que é contatada desde os cinco anos de idade e apresentou no V Fórum Mundial de Ufologia (II UFOZ 2013) o tema Projeto Contato: O Futuro da Espécie Humana em seu Destino Cósmico, com base em seu livro homônimo, um dos mais recentes lançamentos da Biblioteca UFO, tendo como coautora Margarete Áquila [Código LIV-024 do Shopping UFO: ufo.com.br]. Já de início Mônica afirmou que ainda somos imaturos para um contato alienígena iminente e que é por isso que a abertura ufológica deve prosseguir de maneira cuidadosa, a fim de preparar a sociedade. “Os seres que nos visitam seguem algumas leis éticas, como, por exemplo, não interferir em nossa evolução”, afirmou. Ela ainda disse que, para nos prepararmos para um encontro direto com outras formas de vida, precisamos nos modificar, e destacou três características das quais a humanidade deve se desfazer: o ceticismo, o medo do desconhecido e a falha moral.
Mônica de Medeiros disse que o contato com forças alienígenas já está sendo feito de maneira sutil porque o planeta Terra está passando por uma transição em nível quântico, espiritual. “Isto está sendo feito por meio de uma intervenção genética que gera uma espécie de seres híbridos para viver em nosso planeta, que são as chamadas crianças índigo e cristal”. Para a estudiosa, essas crianças seriam criadas através de manipulação genética da raça humana por aliens e, posteriormente, implantadas em nossa sociedade, nascendo na Terra e trazendo consigo o que ela chama de Lei da Fraternidade. Sua missão seria auxiliar a nossa espécie a evoluir moral e espiritualmente para estar preparada para um contato direto. Enfim, como todas as demais palestras apresentadas no evento trazendo à tona o conceito de espiritualidade ligada à Ufologia, Mônica mostrou que uma vertente não exclui a outra e que ambas coexistem.
Mensagens de ETs
Entre as conferências que o Fórum recebeu, o tema das comunicações feitas por ETs à humanidade foi amplamente debatido, como na palestra de abertura dos trabalhos, intitulada O Processo de Abdução e a Mensagem Extraterrestre, do coeditor da Revista UFO Marco Antônio Petit. Para o estudioso — considerado um dos mais importantes ufólogos brasileiros —, a pesquisa da ação na Terra de outras civilizações cósmicas, principalmente quando entram em contato com seres humanos, mostra que este processo não é aleatório, mas contém uma espécie de “chamamento” para o despertar da humanidade para sua realidade espiritual e para a natureza multidimensional do homem e do universo. “Estariam os ETs nos ensinando o que somos de fato?”, questiona, imediatamente respondendo, em sua conferência, com um sonoro “sim”.
Petit discorreu sobre as abduções identificando os seus diferentes tipos e quais os possíveis objetivos destes procedimentos. O palestrante falou também das intenções das civilizações
que nos visitam, além de citar os casos do gênero mais intrigantes da história da Ufologia, entre eles a Operação Prato e a abdução de Travis Walton [Veja box nesta matéria]. Durante sua apresentação, o coeditor entrou no âmbito particular e descreveu experiências pessoais de avistamentos que viveu ao longo de seus anos de pesquisas na Serra da Beleza, no oeste do Rio de Janeiro, mostrando fotografias de sua autoria registrando sondas e UFOs. “Até mesmo membros de minha família tiveram experiências, demonstrando que todos estão sujeitos a tais acontecimentos, mesmo quando não se dão conta disso”, disse.
Ainda para tratar do mesmo tema, que rendeu momentos excitantes no evento, o Fórum recebeu o internacionalmente conhecido jornalista investigativo Jaime Maussán, correspondente internacional da Revista UFO no México e premiado dezenas de vezes por seus documentários e séries. Um dos conferencistas sobre Ufologia mais requisitados da atualidade, Maussán é o criador do primeiro canal de televisão sobre UFOs na internet, o Tercer Milénio [Endereço: www.tercermilenio.tv], que transmitiu ao vivo para todo o mundo as palestras do V Fórum Mundial de Ufologia. Durante sua apresentação ele brindou os participantes com a exibição de vídeos espetaculares de luzes e discos voadores que compõem seu acervo internacionalmente conhecido de registros recebidos de cinegrafistas amadores de todo o mundo. “Há milhões de pessoas com câmeras espalhadas pelo globo registrando avistamentos e manobras de naves”, sustentou em sua exposição.
Com o título Mensagens Extraterrestres: O que Nossos Visitantes Querem nos Dizer?, em sua palestra o mexicano mostrou que muitos dos vídeos apresentados, assim como inúmeros sinais que estão surgindo em todo o mundo, como os agroglifos, são inequívocas formas de comunicação adotados por raças extraterrestres para se fazerem conhecer à nossa espécie. “Ao longo de décadas, seres que antes eram vistos como anjos ou demônios, e que hoje são compreendidos como visitantes extraterrestres, vêm deixando mensagens a inúmeras pessoas de nosso planeta”, afirma. Para Maussán, às vezes o conteúdo dessas mensagens é de paz, às vezes elas contêm advertências. Mas, vistas emconjunto e bem interpretadas, podem nos indicar que estamos caminhando para um contato oficial e definitivo com outras inteligências.
Além de tratar das mensagens extraterrestres, Maussán também trouxe ao Brasil um programa especial que fez para o seu canal, tratando do Caso Roswell e apresentado conjuntamente com outro conferencista do Fórum, Donald Schmitt. Por fim, Jaime Maussán mostrou uma série de filmagens raras de agroglifos em todo o planeta, em grande parte feitas por ele e sua equipe, referindo-se também aos recentes agroglifos registrados pela Revista UFO em Ipuaçu (SC), tema que teve um momento especial do evento, dado que os últimos casos registrados se deram apenas três semanas antes do início do evento.
Uma polêmica
Outro conferencista a se apresentar foi o paulista Edison Boaventura Júnior, fundador e presidente do Grupo Ufológico do Guarujá (GUG) e adepto assumido da Ufologia Científica. Ele participou das investigações do Caso Varginha, em 1996, e apurou diversos casos de pousos, contatos e abduções em várias partes do Brasil. Há alguns anos Boaventura vem desenvolvendo um levantamento da atuação das Forças Armadas em pesquisas ufológicas, o que, inclusive, levou ao tema de sua palestra: A Pesquisa Ufológica Oficial dos Militares Brasileiros. Ao final da mesma, no entanto, após apresentar uma compilação de vários registros contidos em arquivos militares aos quais teve acesso, o conferencista ouviu uma advertência em público do coordenador do evento, A. J. Gevaerd.
O problema esteve em Boaventura declarar possuir documentos originais das Forças Armadas contendo dados de investigações ufológicas, inclusive de casos de segundo e terceiro graus que foram seriamente registrados pelos nossos militares nas décadas de 60 e 70, alguns dos quais ele mostrou em sua apresentação — entre estes documentos estavam ocorrências clássicas da história da Ufologia no país. Mas, apesar de Edison Boaventura Júnior, ao encerrar seu trabalho, ter oferecido à Revista UFO e à Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU) CDs com versões escaneadas dos referidos arquivos oficiais, o gesto levou o coordenador do V Fórum Mundial de Ufologia a exigir dele que, em vez de cópias, entregue os documentos originais em seu poder — que se estima ter entre 1.500 e 3.000 páginas — a toda a sociedade e aos ufólogos brasileiros, fazendo-o por meio da devolução de tal material às autoridades, no Arquivo Nacional, em Brasília. “É inadmissível que, enquanto buscamos por todos os meios a abertura ufológica em nosso país, pedindo que o Governo abra seus arquivos, um membro de nossa comunidade retenha para seu uso exclusivo centenas de páginas de documentos antes sigilosos ou secretos sobre a forma como nossos militares praticaram Ufologia”, disparou Gevaerd. Boaventura não informou se entregaria o acervo.
Ufoarqueologia
A chamada Teoria dos Antigos Astronautas, tema central da Ufoarqueologia, também esteve bem representada no Fórum. Este segmento da Ufologia trata de estudar os indícios arqueológicos deixados tanto por extraterrestres em nosso planeta quanto por nossos ancestrais buscando registrar sua ação aqui na Terra. Sobre isso, três conferencistas expuseram interessantes trabalhos, os brasileiros Ataíde Ferreira da Silva Neto e Wallacy Albino, e o africano Luis Vieira de Matos, que falou representando Portugal, onde também atuou. Silva Neto deu início ao tema. Ele é psicólogo, escritor e presidente da Associação Mato-Grossense de Pesquisas Ufológicas e Psíquicas (AMPUP), e apresentou uma conferência rica em dados arqueológicos dos índios brasileiros, mais especificamente da região central do país. Intitulada Impacto Psicológico da Presença Extraterrestre na Cultura Ancestral, a palestra levantou diversas características de lendas e mitos de etnias brasileiras, sustentando que elas têm origem no Fenômeno UFO. “O que nossos índios viam e descreviam como ‘guerreiros espaciais’ eram, na verdade, visitantes extraterrestres”, garante.
Se recebermos uma mensagem extraterrestre, quem deve respondê-la em nome de toda a humanidade? — Nick Pope
Ataíde Ferreira da Silva Neto mostrou em sua confer&ecir
c;ncia não somente indícios dessa afirmação no Brasil, mas também ocorridos a etnias de outros países, comparando-as entre si e concluindo que nativos ancestrais de todo o mundo falam das mesmas coisas há milênios: naves alienígenas e seus tripulantes. Um dos exemplos disso que mostrou está em duas pinturas rupestres, a primeira localizada em Tassili, no Deserto do Saara, que retrata objetos em forma de disco ao lado de um humanoide gigante, e a outra em uma pedra de grandes proporções atualmente exposta nas proximidades do Rio Araguaia, que contém a imagem de artefatos igualmente discoides e, em vez de uma figura humanoide, outras assemelhadas.
Mundo descontrolado?
“Os UFOs também estão presentes nas lendas dos índios brasileiros bororos, xavantes e caiapós, que têm em suas tradições os mesmos mitos de raças longínquas, como culturas nativas da Indonésia, Vietnã, Filipinas, Zâmbia, Angola, Congo e Nova Guiné”, afirma o estudioso do Mato Grosso, que é consultor da Revista UFO. Luis Vieira de Matos corroborou sua tese e foi além em sua palestra Afinal, o Que o Fenômeno UFO Significa para a Humanidade Terrestre? Renomado pesquisador que tem no currículo investigações de casos ufológicos em vários países da África, em especial entre isoladas etnias, Matos tratou da cronologia da presença alienígena em nosso planeta começando com registros fósseis de ETs no passado, a exemplo de pegadas encontradas no estado norte-americano de Utah, datadas de 250 milhões de anos. “Este sinal mostra um par de pés calçados com um nítido sapato, e que ainda esmagou um trilobite, inseto pré-histórico que viveu na era Paleozoica”, afirmou.
Seguindo com a cronologia, o palestrante chegou até os registros mais recentes em fotos e vídeos, e ainda descreveu como personalidades atuais fizeram significativas declarações recentemente sobre o Fenômeno UFO, pessoas que compõem a elite política, religiosa e científica da nossa era. “Isso só reforça o fato de que algo está acontecendo e que as autoridades têm conhecimento, mas nada veiculam à população por temerem que uma situação caótica tome conta do planeta. Se for instaurado o caos, o controle das massas não será mais possível”, declarou. Em suas considerações finais, o africano, que é consultor da Revista UFO e representou Portugal no V Fórum Mundial de Ufologia — outra das várias nações em que morou —, afirmou que estamos muito próximos de um passo definitivo na evolução de nossa espécie: “O tempo de passarmos de Homo sapiens sapiens para o Homo sapiens aliens está chegando”.
Continuando com as palestras que trataram da ação de aliens no passado da Terra, ao estilo da Teoria dos Antigos Astronautas, a plateia ouviu a conferência Deuses Extraterrestres Colonizaram Nosso Planeta?, do funcionário público paulista Wallacy Albino, conselheiro especial de UFO. Presidente do Grupo de Estudos Ufológicos da Baixada Santista (GEUBS) e integrante da Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU), o autor do livro O Mistério dos Círculos Ingleses, pela coleção Biblioteca UFO [Código LIV-012 do Shopping UFO: ufo.com.br], mostrou outras evidências de contatos com alienígenas em tempos remotos, citando como exemplo pinturas rupestres de diversas civilizações ao redor do mundo, o chamado Astronauta de Palenque da cultura maia, os crânios de cristal, as Pedras de Ica, os moais da Ilha de Páscoa e o mapa de Piri Reis, além de registros de contatos ufológicos desde a era bíblica.
Ação política em debate
Para Wallacy Albino, milhares de evidências da presença extraterrestre em nosso passado remoto comprovam sem questionamento que nossos ancestrais mantinham contatos diretos com seres que vinham das estrelas e que passavam por deuses e anjos. “Esse contato tão próximo foi perdido devido a algum acontecimento, mas o Fenômeno UFO vem atualmente deixando claro que estamos perto de restabelecer essa ligação com nossas antigas divindades alienígenas”, disse ao encerrar sua palestra.
O peruano Anthony Choy trouxe toda sua experiência dentro da casuística ufológica para apresentar sua conferência Multidimensionalidade e Poder Político na Compreensão da Realidade Extraterrestre. Além de jornalista investigativo, Choy é membro do órgão ufológico oficial da Força Aérea Peruana (FAP), a Oficina de Investigación de Fenómenos Anómalos Aeroespaciales (OIFAA), e tem presença em documentários dos canais History e Discovery Channel, sendo também correspondente internacional da Revista UFO em seu país. Choy abriu sua palestra afirmando que 75% da população mundial já tiveram experiências ufológicas ou paranormais, o que significa que esta realidade está mais presente em nosso dia a dia do que muitos imaginam. “Porém, o poder político das nações, principalmente as de maior influência mundial, recorre a estratégias diversas para abafar o Fenômeno UFO. Aliados à mídia, influentes políticos promovem a desinformação e censura de notícias acerca de acontecimentos envolvendo Ufologia e paranormalidade”, assegurou.
Entre os casos pontuados por Choy está o pedido feito ao seu governo e Forças Armadas de informações e documentos sobre casos ufológicos, que foi respondido com evasivas, sob a alegação de que não existiam. Porém, a insistência no requerimento levou os mesmos órgãos a responderem, agora, que eles existem, mas eram confidenciais. “Isso deixou claro que as autoridades peruanas tratam o Fenômeno UFO como real e que os registros existem, mesmo que não sejam abertos à população”. Mudando um pouco de enfoque, Anthony Choy se disse adepto do que chama de Paradigma 33, uma tese que determina o estabelecimento de um novo padrão humano baseado em três conceitos: a interação da consciência com que lidamos, a concepção de realidades multidimensionais nesta interação e a evolução do poder político como fator decisivo na tomada de consciência sobre a presença deinteligências superiores não humanas na origem e evolução de nossa civilização. Por fim, o peruano disse acreditar que os seres que nos visitam não são necessariamente extraterrestres, mas que poderiam também pertencer ao nosso mesmo planeta, porém em outras dimensões. “Não estamos sós na Terra e nunca estivemos, porque somos parte de um todo”.
Também tratando da influência política na Ufologia, embora com um viés diferent
e, o V Fórum Mundial de Ufologia recebeu o ativista norte-americano pela liberdade de informações ufológicas Stephen Bassett, consultor de UFO que, levando a questão política mais a fundo, ofereceu sugestões práticas para o encerramento do acobertamento. O palestrante é um dos criadores da Exopolítica, movimento que pretende dar tratamento político à questão dos discos voadores, e diretor do Paradigm Research Group (PRG), além de ser realizador das Audiências Públicas sobre Abertura. Sua conferência Liberação de Informações e Uma Conferência nas Nações Unidas conseguiu posicionar bem todos os presentes quanto à situação política em torno do Fenômeno UFO nos Estados Unidos. Sua comparação entre política e um jogo de xadrez deu o tom aos seus argumentos bem fundamentados, sendo que desde a abertura de sua palestra ele se mostrara incisivo ao afirmar que “segredos e mentiras são uma combinação tóxica, e tal combinação é o que acontece na política norte-americana no momento”.
UFOs nas Nações Unidas
Bassett não é o único, mas é o mais expressivo ativista ufológico a reconhecer que o Brasil tem liderança mundial quando o assunto é abertura, tanto que o documento emitido pelo evento, a Carta de Foz do Iguaçu 2013, teve um pouco de sua inspiração em suas atividades semelhantes nos Estados Unidos, onde tenta fazer com que o governo, a exemplo do brasileiro, abra seus arquivos. Para ele, houve grande progresso no processo global de abertura de informações em 2013, com inúmeras iniciativas em vários países. “Agora é a vez de a ONU receber os ufólogos para uma conferência mundial sobre a realidade ufológica e o Brasil tem papel importante e até crítico nesse processo”, declarou. Sobre exatamente esta premissa — a de que temos que dar passos cada dia mais ousados em busca da liberdade total de dados ufológicos —, palestrou o também coeditor da Revista UFO Fernando de Aragão Ramalho.
Ramalho é autor regular de artigos nesta publicação e também de ações para dar andamento à campanha UFOs: Liberdade de Informação Já, assim como da entidade que a sustenta, a Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU), da qual é coordenador. Ele aposta em ações como as Cartas de Foz do Iguaçu e sua palestra foi exatamente sobre a do ano retrasado: Os Resultados Efetivos da Carta de Foz do Iguaçu de 2012. O geógrafo e funcionário público federal residente em Brasília mostrou que, durante o IV Fórum Mundial de Ufologia, os participantes e conferencistas presentes foram bem sucedidos ao assinarem o documento, que solicitava ao Ministério da Defesa a abertura de importantes casos da Ufologia Militar do país. De fato, protocolada em janeiro de 2013, a Carta logrou êxito inesperado e rápido, quando autoridades do Ministério convocaram os membros da CBU para uma reunião inédita, que ocorreu em 18 de abril [Veja edição UFO 202, agora disponível na íntegra em ufo.com.br]. “Isso nos estimulou a continuar nosso pleito”, afirma.
Nossos visitantes estão deixando sinais por todas as partes do globo, como no caso dos agroglifos — Jaime Maussán
Ramalho teve papel fundamental na elaboração da Carta de Foz do Iguaçu 2013, ao lado do editor Gevaerd e contando com sugestões de Thiago Ticchetti e Wilson Picler e outros membros da Equipe UFO, conforme se mostrou no processo de sua leitura solene, em uma das noites do Fórum, com sua sucessiva aprovação pela plateia. O novo documento — a Carta de Foz do Iguaçu 2013 — agora pede ao Ministério de Relações Exteriores que leve à presidente Dilma Rousseff o projeto dos ufólogos brasileiros de fazer com que sejamos a nação a propor à Organização das Nações Unidas (ONU) o retorno das discussões ufológicas, encerradas na década de 80. “Se conseguimos promover a abertura ufológica em nosso país, o que parecia improvável, também teremos êxito nesta nova empreitada”, diz confiante [Veja matéria nesta edição].
Mudança na visão de mundo
Os dois últimos conferencistas do V Fórum Mundial de Ufologia a terem suas apresentações descritas neste trabalho são importantes personagens da Ufologia atual, o inglês Nick Pope e o norte-americano Donald Schmitt, ambos que tornaram o evento ainda mais atrativo. Schmitt também tratou da relação íntima entre Ufologia e política, a exemplo de Bass