O Telescópio Espacial Hubble, das Agências Espaciais Norte-Americana (NASA) e Européia (ESA), ajudou pesquisadores a encontrar uma série de 69 minigaláxias localizadas a nove bilhões de anos-luz de distância. Os novos dados serão detalhados na revista científica Astrophysical Journal.
As galáxias recém-descobertas são centenas de vezes menores que a Via Láctea. Mesmo pequenas, essas formações dão origem a um número muito alto de estrelas. A taxa de geração de novos astros é maior até do que a estimada para as galáxias do início do universo, época na qual a criação de estrelas era mais elevada que os padrões atuais.
Essas galáxias-anãs são tão ativas que conseguiriam dobrar o número de estrelas que possuem em “apenas” 10 milhões de anos. A Via Láctea levaria 1.000 vezes mais tempo para atingir o mesmo feito. O Hubble conseguiu revelá-las por conta da radiação das estrelas novas e quentes, que fazem o gás oxigênio ao redor “brilhar” como se fosse um sinal fluorescente.
Para Arjen van der Wel, um dos autores do estudo a ser divulgado no Astrophysical Journal e membro do Instituto Max Planck de Astronomia, na cidade alemã de Heidelberg, as cores incomuns foram decisivas para que os pesquisadores pudessem tomar conhecimento das novas galáxias.
As galáxias-anãs são as mais comuns no universo. Para contá-las, astrônomos iniciaram um projeto chamado Candels, um censo com duração prevista de três anos para reunir informações sobre os astros mais distantes da Terra que existem no cosmos.
Conhecer as galáxias-anãs distantes oferece dados importantes para os cientistas entenderem como funcionam as minigaláxias que circundam a Via Láctea. O Telescópio Espacial James Webb, feito em parceria entre a NASA e a ESA, deverá ser lançado no final desta década para analisar a primeira era de estrelas no universo.