Na segunda-feira, 04 de julho, aquele que é o instrumento científico mais popular da história registrou a sua observação número um milhão. E a milionésima observação do Hubble foi feita em busca de água na atmosfera de um exoplaneta a 1.000 anos-luz de distância. Infelizmente, embora o Hubble seja bem conhecido por suas imagens deslumbrantes, a observação é uma medição espectroscópica, onde a luz é dividida em suas cores componentes. Estes padrões de cores podem revelar a composição química de fontes cósmicas e corpos celestes.
Assim, o milionésimo “Uau!” terá que se contentar com uma ilustração artística do planeta HAT-P-7b, um gigante gasoso maior do que Júpiter, orbitando uma estrela mais quente do que o nosso Sol. O HAT-P-7b, também conhecido como Kepler 2b, tem sido estudado pelo telescópio Kepler, depois que ele foi descoberto por telescópios terrestres. A principal missão do Kepler é encontrar exoplanetas semelhantes à Terra.
O Hubble agora está sendo usado para analisar a composição química da atmosfera do planeta. Nesta observação histórica, ele foi usado para procurar por vapor de água e estudar a estrutura atmosférica do planeta através de espectroscopia. “Nós estamos procurando a assinatura espectral do vapor de água. Esta é uma observação extremamente precisa, e serão necessários meses de análise antes de termos uma resposta”, disse Drake Deming, da Universidade de Maryland. “O Hubble demonstrou que é ideal para caracterizar as atmosferas de exoplanetas e estamos animados para descobrir o que este mundo irá revelar”, completou.
Revolucionário – O telescópio espacial Hubble foi lançado em 24 de abril de 1990, a bordo do ônibus espacial Discovery, na missão STS-31. Suas descobertas revolucionaram quase todas as áreas das pesquisas astronômicas, da ciência planetária à cosmologia. Leia também: Saiba de que forma as fotos do telescópio Hubble e outras são realizadas