O telescópio espacial Hubble, juntamente com diversos outros telescópios baseados no espaço e na Terra, captou imagens de uma galáxia sendo destroçada pelo campo gravitacional intenso de um aglomerado de galáxias. A descoberta ajuda a explicar o processo pelo qual galáxias espirais, ricas em gás, transformam-se em galáxias de forma irregular, ou elíptico, ao longo de bilhões de anos. A nova observação também revela um dos mecanismos que formam os milhões de estrelas “sem-teto” que se espalham pelos aglomerados espaciais.
As novas observações do Hubble mostram uma galáxia espiral mergulhando no aglomerado Abell 2667, depois de ser acelerada a uma velocidade de, pelo menos, 3,5 milhões de km/h pela gravidade do aglomerado. Conforme a galáxia capturada acelera, parte do gás e das estrelas que a compõem é arrancadaa por forças de maré, assim chamadas por serem análogas às forças geradas pelo Sol e pela Lua, que produzem as marés na Terra.
A destruição também conta com a ajuda da pressão do gás quente que permeia o aglomerado, com temperaturas de milhões de graus. Ambos os processos – as forças de maré a chamada “pressão de aríete” do gás – lembram os efeitos sofridos pelos cometas do sistema solar. Por isso, cientistas apelidaram a galáxia que está sendo destroçada de “Galáxia Cometa”.