Sem dúvida, a maior polêmica de todo o programa Apollo é a que envolve uma gravação que teria sido captada por radioamadores no momento em que os astronautas da Apollo 11 trabalhavam na superfície lunar. Na gravação, cuja legitimidade é contestada por muitos estudiosos, os astronautas descreveriam a presença de naves alienígenas presentes no local do pouso do módulo lunar. Parte da polêmica é sustentada por ufólogos pelo fato de a gravação usar códigos em substituição a palavras que indicassem qualquer coisa de origem não-terrestre, conforme os astronautas haviam sido treinados para fazer. Assim, afirmam alguns pesquisadores, o emprego das expressões como “bebês” no lugar de “naves alienígenas” é indicação de que a gravação seria autêntica.
Tal código foi confirmado por Maurice Chatelain, cientista francês radicado nos Estados Unidos que recebeu a função de preparar os astronautas que foram ao espaço para o que poderiam encontrar. Foi Chatelain que sugeriu o uso de expressões como “bebês” e “papai Noel” para designar objetos voadores não identificados observados no espaço e na Lua. “Certamente, essas expressões pretendiam ocultar de eventuais observadores o que se queria referir”, declarou Chatelain. Eis o conteúdo da polêmica gravação:
Houston — O que há aí? Controle da missão em Houston chamando Apollo 11.
Apollo 11 — Esses ‘bebês’ são grandes, senhor… Enormes! Não, não é uma ilusão de ótica, nem distorção. Oh, meu Deus! Vocês não iriam acreditar nisto… Estou dizendo que existem outras espaçonaves aqui, alinhadas bem do outro lado da beira da cratera. ‘Eles’ estão aqui na Lua nos observando.
Houston — O que está ocorrendo com vocês? Que diabos ocorre aí?
Apollo 11 — Eles estão sob a superfície.
Houston — Algo está funcionando mal? Controle da missão chamando Apollo 11.
Apollo 11 — Roger, Roger. Estamos bem aqui, mas encontramos alguns visitantes. Sim, estiveram aqui durante algum tempo, a julgar pelas suas instalações.
Houston — Controle da missão falando… Confirme a última mensagem.
Apollo 11 — Estou lhes dizendo que aqui há outras naves espaciais. Estão alinhadas em fila, do lado mais distante da borda da cratera.
Houston — Repita… Repita.
Apollo 11 — Examinaremos a órbita. Queremos voltar para casa. Em 625 e um quinto. O relógio automático está colocado. Minhas mãos tremem de tal forma que não consigo (…)
Houston — Filmar?
Apollo 11 — Diabos! É sim. As câmeras estão funcionando mal aqui em cima.
Houston — Vocês, rapazes, conseguiram alguma coisa?
Apollo 11 — Não temos mais filmes agora. Temos apenas três tomadas de UFOs ou o que quer que sejam, mas podem ter velado o filme.
Houston — Aqui é o controle da missão. Estão para partir? Repitam: vocês estão indo embora? O que significa toda essa agitação? Por cenas de UFOs? Expliquem…
Apollo 11 — Eles estão pousados aqui. Estão na Lua nos observando.
Houston — Façam fotografias. Todas as fotografias possíveis dos UFOs. Vocês estão filmando?
Apollo 11 — Sim, os equipamentos estão todos nos seus lugares. Mas esses seres podem vir amanhã e levá-los. Seja qual for sua forma, aquilo eram naves espaciais. Não há dúvida.
Alguns pesquisadores, defensores da autenticidade desta gravação, afirmam que não são poucos os cientistas da NASA que acreditariam nela. Além de Chatelain, o especialista em astronáutica Otto Binder e Christofer Craft, antigo diretor da NASA, acreditam na veracidade das informações contidas no áudio. No entanto, recentemente, o próprio astronauta Neil Armstrong declarou, numa de suas raras entrevistas, que a gravação não passa de um embuste. Sua afirmação apóia-se no fato de que as vozes dos astronautas são diferentes das apresentadas na gravação. Na página da missão Apollo 11, no site da NASA, existem alguns arquivos de áudio em que Edwin Aldrin alerta ao Centro de Controle da Missão, em Houston, sobre a presença de rochas no local de pouso do módulo lunar, justamente no momento da alunissagem. Armstrong então toma o controle do módulo e o pousa em outro local próximo. Possivelmente, o diálogo acima seja uma montagem feita a partir de originais da NASA. Seus autores, bem como seus motivos, permanecem incógnitos.