O início do universo, o famoso Big Bang, não foi o começo de tudo, mas apenas outra etapa de um processo contínuo de criação e destruição de universos, ao menos de acordo com o físico Sir Roger Penrose, ganhador do Nobel.
Antes de o Big Bang acontecer e de nosso universo começar a se expandir rapidamente, pode ter havido um universo anterior cujo lugar nós hoje ocupamos.
Sir Roger Penrose, que é matemático e físico da Universidade de Oxford e que acabou de ganhar o Prêmio Nobel por seu trabalho na área de buracos negros, sugeriu que nosso universo não foi o primeiro a existir e nem será o último, segundo diz o jornal britânico The Telegraph.
“O Big Bang não foi o começo”, disse Penrose, de acordo com o jornal. “Havia algo antes de o Big Bang e esse algo é o que teremos em nosso futuro”.
Na visão de Penrose, um universo continuará a se expandir até que toda a sua matéria eventualmente decaia. E então, em seu lugar, um novo começará.
“Temos um universo que se expande e se expande, e toda a massa se desintegra, e nesta minha teoria maluca, esse futuro remoto se torna o Big Bang de outro éon”, disse ele, de acordo com o The Telegraph .
Roger Penrose, vencedor do Prêmio Nobel de Física em 2020 pelo seu trabalho no estudo sobre buracos negros.
Foto: Biswarup Ganguly/Creative Commons
A prova de sua ideia é o que Penrose chama de Pontos de Hawking, que são os restos de buracos negros anteriores que sobreviveram a seus próprios universos, mas que agora, no fim de sua vida, estão liberando radiação enquanto se extinguem.
“Então, nosso Big Bang começou com algo que era o futuro remoto de uma era anterior e teria havido buracos negros semelhantes evaporando, por meio da evaporação de Hawking”, acrescentou Penrose, “e eles teriam produzido esses pontos no céu, que eu chamo de Pontos de Hawking”.
A evaporação a que Penrose se refere provavelmente é a Radiação Hawking, um conceito criado por Stephen Hawking para explicar os efeitos quânticos sofridos por buracos negros quando estes se aproximam do fim de suas vidas, ressaltando especificamente sua perda de energia.
Penrose, que venceu o Nobel após provar que buracos negros existem de fato, disse ter encontrado seis pontos aquecidos no céu, que seriam os Pontos Hawking, com diâmetro várias vezes maior do que a Lua.
O físico afirma que o tempo necessário para que um buraco negro evapore e libere sua energia é potencialmente maior do que a idade do universo, o que o torna impossível de ser detectado.
Rediação de Hawkins Crédito: Olhar Digital
Entretanto, é de seu entendimento que buracos negros de universos anteriores possam agora ser observados. “Nós os estamos enxergando”, ele disse. “Esses pontos têm cerca de oito vezes o diâmetro da Lua e consistem de regiões ligeiramente aquecidas. Há evidências bem fortes de pelo menos seis destes pontos”.
Embora difícil de comprovar, muitos cientistas que dedicaram suas carreiras ao estudo da física astronômica concordam que o universo reside em um ciclo perpétuo de morte e renovação.
Há teorias sobre o Big Crunch [Grande Colapso] na qual o universo se expande e então volta a se retrair e a se expandir, e também A Morte por Aquecimento, onde as energias termodinâmicas encontrariam um estado de liberação completa, tornando-se inertes demais para conduzirem trabalho.
Fontes: Olhar Digital e Futurism
Assista, abaixo, um video sobre Buaracos Negros: