Redação — Esta é a segunda parte da matéria publicada na edição UFO 38, A Grande Guerra Mística: A Ascensão do Nazismo e a Manipulação Secreta de Conhecimentos Ufológicos
Após a Primeira Guerra Mundial, em 1918, foi assinado o Tratado de Brest-Litovski. Esse documento deu aos alemães, por terem vencido os russos, extensos territórios no leste europeu. Então, mesmo perdendo as colônias da África para os vencedores da guerra, a Alemanha decidiu organizar as etnias eslavas e germânicas nos países que hoje são a Finlândia, Lituânia, Letônia e Polônia. Na mesma época, em 1920, houve um fracasso na Ucrânia devido ao conflito da Polônia com a União Soviética. Dessa forma, os alemães tiveram que voltar ao país ou se dispersarem pela Europa e Américas.
Com o fito de reconquistar o poder perdido, o exército nazista passou a notar e a incentivar alguns excêntricos que faziam testes com foguetes em Kummersdorf. Entre os lunáticos, um jovem franzino havia lançado, com sucesso, o primeiro míssil em 1933. Era o cientista Wernher Von Braun. Aliados aos laboratórios, os militares deixaram a Física tradicional de lado e pediram aos seus sábios que fabricassem novas armas. Ninguém pensava que se iria travar uma guerra européia na época, pois o país estava enfraquecido e seu armamento confiscado. Esses prussianos bem nascidos não sabiam que estavam tratando com pesquisadores amorais, que fariam de tudo para ter a Europa como cobaia para seus experimentos.
Os cientistas já desenvolviam pesquisas atômicas com finalidades bélicas. Quando a Inglaterra e a França declararam estado de beligerância contra a Alemanha, após a intervenção germânica na Polônia em 1939, o ritmo armamentista – que estava atrasado – acelerou-se: foram fabricados os primeiros mísseis de longo alcance, os foguetes V-1 e V-2 que dizimaram militares de ingleses. Hitler, no entanto, com seu lado místico, temia que os foguetes atraíssem a ira do gelo e do fogo, além de tentar em Dunquerque fazer os soldados ingleses voltarem ilesos à sua pátria, numa tentativa de promover a paz com o governo britânico, o que não aconteceu…
Com o objetivo de reconquistar o poder perdido, o exército nazista passou a incentivar alguns excêntricos da época que faziam testes com foguetes em Kummersdorf. Entre estes lunáticos, um jovem franzido havia lançado com sucesso o primeiro míssil em 1933. Era o aprendiz de cientista Wernher Von Braun
Com anuência do Alto Comando, os laboratórios lançaram os mísseis Wasserfall com sensores infravermelhos, os Schmetterling com detonadores acústicos, os aviões BA-349 que decolavam e aterrissavam verticalmente (como os modernos caças ingleses Sea Harrier) etc. Sem falar num exterminador orbital com ogivas T4-A apontados para os Estados Unidos e União Soviética. Se tudo isso tivesse saído da prancheta… Outras armas de apocalipse também estavam sendo planejadas, tais como a Bomba A-9, cujo alcance era de 800 Km, os submarinos com mísseis que subiam do fundo do mar, como os atuais submarinos americanos Polaris, e outros. Isso sem falar nas armas de infrassons, que confundiam o comportamento elétrico do cérebro, o que provocaria alucinações e falta da noção de tempo nas tropas inimigas.
Micro-ondas — Os sábios de Ahnenerbe descobriram que as pedras produziam micro-ondas que, por sua vez, geravam os infrassons. Sem dúvida, nesta época, houve muitas descobertas na área científica. Nas montanhas do Harz, Brocken, por exemplo, foi instalado um transmissor que paralisava os motores dos automóveis, como acontece com a passagem de UFOs. Muito admirado pelos alemães, o cientista croata Nicola Tesla, inventor da corrente alternada, fez com que a indústria de seu país crescesse. Descobriu que a Terra se comporta como um pequeno condutor elétrico e que as ondas de energia se interpenetravam com as linhas Ley e as do Vril.
Os industriais desaprovaram seus avanços, que visavam transmitir energia sem cabo e gratuitamente, pois isso afetaria a ordem sócio-econômica vigente. Enfim, os malditos privilégios da aristocracia sempre falaram mais alto. Em julho de 1943, Tesla inventou o Raio da Morte, um feixe de partículas que destruiria aviões a uma grande distância – arma que obviamente, terminaria com todas as guerras. Mas o fato é que os países aliados o ignoraram. Mas os alemães não: após a morte de Tesla, trataram logo de pegar todas as anotações do cientista, levando papéis e objetos diante da família, que já havia perdido tudo na invasão americana.
Durante a Segunda Guerra, os caças aliados notaram a existência de uma blindagem invisível de bombardeiros, denominada de Bombenableiter. Os pilotos da RAF constataram que algumas usinas estavam desguarnecidas, em especial as de Magdeburg, Frankfurt, Hanover e Peeneland (local onde se lançavam os mísseis). Hanover sofreu 250 bombardeios de setembro a dezembro de 1943, deixando 8 mil mortos e toda a cidade arrasada. A bateria antiaérea alemã, operada pela juventude hitlerista, foi de tal forma reforçada que os ingleses abandonaram novos projetos de destruição.
Os britânicos verificaram que suas bombas, ao serem despejadas contra as cidades alemãs, retrocediam em sua trajetória, estourando a 300 m do alvo. Misteriosamente, os motores de seus aviões falhavam e as aeronaves perdiam o controle ou se queimavam por inexplicáveis radiações. Tudo isso acontecia, provavelmente, devido aos alemães terem controle sobre energia telecinésica, sendo que os prisioneiros de guerra, escolhidos por seu magnetismo, passaram a desviar as bombas aliadas onde fosse possível. De falo, faziam uso de energias extrafisicas para fins bélicos (caso da telecinese). A prova disso foi a grande conservação da indústria alemã, enquanto as cidades eram reduzidas a escombros, muitas vezes de maneira cruel, como aconteceu em Dresden.
Diante de todos os horrores e destruições da Guerra, muitos edifícios e cidades da Alemanha permaneceram praticamente intactos. Em março de 1944, um avião Fieseler Störch fez, sobre as ruínas de Monteségur, o castelo cátaro do sul da França, manobras com fumaça, desenhando uma cruz celta no céu. Isto aconteceu no aniversário do massacre dos hereges ocitanos e, agradecidos, os peregrinos do local compreenderam e admiraram o significado do gesto alemão. “A cada 700 anos (1244-1944), o loureiro florescia, ou seja: mais uma etapa regida pelo fogo venceria o gelo eterno, espiritualizando a Terra”, publicava-se nos folhetins propagandistas de Hitler.
No mesmo ano, alarmados com os primeiros sucessos alemães quanto à fissão do urânio, os americanos convocaram o físico Samuel Goldsmith para que desse informações de como estava o programa atômico do inimigo. Apesar de ter contato com cientistas europeus, Goldsmith não informou muita coisa, mas afirmou que Hitler preferia usar armamentos convencionais a governar um mundo convertido em carvão. O americano Dr. Vannevar Bush [Editor: que mais tarde seria
citado como sendo um dos dirigentes e cabeças de projetos científicos e secretos, norte-americanos, para pesquisa extraterrestre – entre eles os polêmico MJ-12] desconfiou que o inimigo não era tão conservador e o programa nuclear americano prosseguiu com o famoso Projeto Manhattan, tocado em segredo em Los Alamos.
No entanto, outro projeto, muito interessante para nós, conseguiu sair do papel. Um objeto voador com formato discóide voou a mais de 2000 Km por hora, subindo a mais de 12 mil metros em poucos minutos. O que isso significava: os técnicos da SS haviam construído um UFO… Tal objeto não foi encontrado nem pelos russos nem pelos americanos – eles tiveram que esperar 3 anos para estudar um, que caiu no Novo México e que não era terrestre…
Barba Ruiva se Levanta — Devemos nos lembrar dos famosos Foo Fighters, bolas luminosas inteligentes vistas pelos pilotos ingleses que os consideravam armas secretas inimigas. Agora pode-se perguntar se os UFOs avistados eram mesmo protótipos em teste ou se ufonautas auxiliavam a Força Aérea alemã em sua barbárie…
Hitler, em 1941, recebeu a informação de que a União Soviética se preparava para atacar, numa operação chamada Trovoada, com 155 divisões nas proximidades da fronteira alemã. Imediatamente, deu início à invasão ao território russo. Ao mesmo tempo, decidiu, no solstício de verão, trabalhar com o estrategista Sven Hedin para traçar as rotas mais curtas, que facilitassem à elite uma reorganização do Reich em outro território, caso a contra-ofensiva fosse feroz. Demarcaram as opções por submarino ou avião visando regiões como Tibete, Índia ou Antártida. Tal missão recebeu o homônimo da Campanha da Rússia, a Barbarossa, sendo inspirada na lenda de Friedrich I, de Hohenstaufen – o Barba Ruiva, desaparecido em 1190. Conta a lenda que ele não morreu, mas permaneceu adormecido na gruta de Kyffhauserberg, sendo tratado pelos corvos Hugin e Munin, que o despertarão para que trave uma última batalha, na qual a Alemanha sairá vencedora…
Hitler, como um Don Sebastian teutônico, se preparou para entrar na gruta e esperar o grande milagre. O almirante Doentz apoiaria qualquer decisão do Führer, principalmente se fosse para enviar os melhores homens da guerra para abrigos seguros no mar. Esta inimaginável campanha foi tão secreta que nem mesmo Himmler ficou sabendo, o que o deixou transido de ódio ao descobri-la. Rudolf Hess, eminência parda do regime e íntimo do Führer, era a favor de uma paz em separado com a Inglaterra. De mãe egípcia e pai alemão, nascido no Cairo, Hess foi um dos melhores discípulos de Haushrfer, tornando-se secretário de Hitler nos primórdios do partido. Como iniciado de alto grau da Ordem de Thule, procurou partir da Alemanha com alguns companheiros até a Escócia, para entabular conversas diplomáticas com Jorge VI e com o Duque de Hamilton.
Quase na mesma época, Eduardo VIII, o Duque de Windsor, havia abdicado (ou fora forçado a isso porque era simpático à Alemanha e porque não desejava entrar em guerra com Hitler). Suas informações, como grão-mestre maçom, indicavam um iminente perigo, o que lhe fazia ser muito perspicaz. Não queria ter o mesmo destino de Lawrence da Arábia, que foi sondado por Himmler com o objetivo de trabalhar para a Alemanha, o que lhe custou a vida num estranho acidente com sua moto. Mas os idealizadores da guerra não conseguiram realizar completamente os seus desejos belicosos. Hitler, que tinha dito em 1924 que poria um alemão na Lua, agora via o fracasso da missão, lançando foguetes nada inocentes contra as populações da Europa.
Incompetência — Em 1945 A Grande Guerra Mística chegava a seu fim. Hitler reunira-se com Bormann, Goebbels e Krebs, chefe do Estado Maior, sendo que o objetivo era um encontro com o comandante da 8ª Divisão da Guarda Soviética, o general W. I. Tchouikov, para amenizar as exigências da rendição. Primeiro de maio de 1945; Krebs dirigiu-se ao comandante adversário com estas palavras: “Só dois povos no mundo festejam o Primeiro de Maio, os russos e os alemães. Não há motivo para que nos batamos até a morte”. Como o general russo não possuía competência para negociar com os vencidos, perguntou se a Grã-Bretanha e os Estados Unidos haviam recebido a capitulação. Isso não tinha sido feito, então Tchouikov replicou que a rendição seria incondicional.
Às 18:00 h do mesmo dia, um oficial da SS entregou uma carta ao comandante russo, assinada por Bromann e Krebs, declarando que o novo governo alemão não aceitaria as condições impostas pelos soviéticos e reiniciaria as hostilidades. Hitler, ainda no bunker, queria conhecer a reação dos russos a um Reich sem ele, oficializando sua própria morte no dia anterior, com teatral requinte, fazendo, assim, com que as buscas cessassem, escapando. Ele realmente lamentou aquele 30 de Abril: a Lança do Destino, escondida em Nüremberg, antiga sede dos festejos do Partido Nacional Socialista, estava agora em mãos americanas, menos preparadas para entendê-las, mas amadurecidas pelo exercício democrático.
A fuga do führer se deu através dos corredores secretos descobertos em 1983, devido a uma explosão acidental da velha munição ali guardada. chegou-se a pensar que Hitler e sua esposa Eva, juntamente com a filha Ushi, ao saberem da posição russa a respeito deles, saíram da nossa dimensão física através de um UFO
No Aeroporto de Tempelhoi, a 2 km de distância do bunker, um avião Junker da Luftwaffe decolou, num daqueles dias críticos, talvez levando consigo parte da elite do Reich. Entre esses passageiros estavam autoridades como Bormann e os diretores do Castelo de Wewelsburg, sempre anônimos, que teriam seguido sob Berlim até o local da fuga, passando por corredores secretos descobertos em 1983 devido a uma explosão acidental da velha munição ali guardada. Outros pensavam que Hitler e sua amada Eva, juntamente com sua filhinha Ushi, ao saberem da posição russa a respeito deles, saíram da nossa dimensão física através de um UFO. Isso leva a crer que seus verdadeiros corpos nunca foram encontrados, e sim 14 corpos de sósias de Hitler, espalhados pela cidade. Esse fato fez com que o ditador Stalin confessasse a Cordell Hull que Hitler não havia morrido em Berlim, sendo que um dos sósias mortos foi usado para encobrir o embaraço e enterrado em seu lugar.
No mesmo dia, os russos descobriram mil cadáveres uniformizados com emblemas da SS: era parte da colônia de 1926. Um ciclo se fechava, o loureiro não florescia… A revista Neue Zeitalter n° 22, de 1980, publicou que “… após 1946, os UFOs partiam da Antártida e visitavam o sistema solar, e que isso explicaria o porquê de as duas Alemanhas não reivindicarem a Nova Suábia no Pólo Sul”. Dez anos após o término da Guerra, os geofísicos batizaram o ano de 1964/65 de “O Ano do Sol Tranqüilo”, referindo-se a expedições secretas no sexto continente. Tal expressão poderia significar o opo
sto de um sol radiante, um sol pálido, um sol negro.
Abertura no Pólo Norte – Em 23 de novembro de 1978, o satélite norte-americano Essa-7 fotografou imensa abertura circular no Pólo Norte, documento polêmico que foi pouco divulgado. Os monges orientais falharam, a magia não funcionou e as armas milagrosas mal saíram do papel. A mediocridade e a rivalidade entre militares aristocratas que desprezavam colegas não prussianos, a organização dos aliados e a estabilidade das democracias triunfaram sobre a imaginação e o ocultismo políticos. A Física judia de Einstein e Planck fora encarada com a seriedade merecida pelos inimigos da Alemanha, a ponto de Stalin se antecipar aos americanos na obtenção de uma bomba nuclear.
Desde abril de 1938, a Academia de Ciências da União Soviética criou um conselho de Física e um de minerais com 14 membros. Entre os membros desses conselhos estavam Fietr Kapitza e Kourtchatov, que trabalharam com a idéia de fabricar uma ogiva nuclear. Ambos construíram 2 usinas que separavam isótopos de urânio nos Urais e Cáucaso, e mais uma outra que produzia grafite pura, acelerando a fabricação das armas. Em 19 de agosto de 1943, Pietrzak, cientista que fizera 912 experiências com energia atômica, acionou um dispositivo, após verificar o envelope de grafite.
Correu até o abrigo, mas o calor devorador o apanhou. Foi a primeira vítima de um teste nuclear na ilha Maramouke, no lago Zyriajervi, na república da Komi, Sibéria. Stalin, satisfeito, esperou que Truman cometesse o erro político de atacar Hiroshima e Nagasaki, desfazendo a imagem de paladino da paz. Assim, a União Soviética só declarou que possuía uma Bomba A em 1949. Os vencedores riram dos vencidos, esquecendo de sua própria crueldade. Não que eles não usassem o misticismo para ganhar a guerra, mas queriam, com o uso dos ritos martinistas, diminuir a repressão da Gestapo em Paris, inimiga, como as demais organizações alemãs, das tradicionais escolas de mistério. Membros moderados e patriotas da Aurora Dourada formaram vórtices protetores sobre a Grã-Bretanha.
Até mesmo o controverso Aleister Crowley (1875-1947) entregou um talismã a Churchill, conhecido por suas propriedades mágicas e que teria contribuído para o término da batalha da Inglaterra. Mas o talismã era uma magia posta a serviço do mundo racional, dos homens de negócio. Os UFOs reapareceram dois anos depois da Segunda Guerra e, aparentemente, para policiar o universo das pessoas tranqüilas. Pessoas essas que ficariam menos sossegadas se soubessem que os que crêem nas mesmas coisas que Hitler estão disseminadas mundo afora, distribuindo velhas crenças com roupagem religiosa, apresentando os UFOs de forma messiânica, prontas a ouvirem uma voz que os reúna em um só corpo, a Horda Furiosa de Wotan. Estejamos atentos: saibamos escolher a que magia abraçar, a do amor aos homens ou a do amor ao poder.
Erratas – O endereço do autor Pedro Raul Mercado de Medeiros, em vez do que foi publicado na edição anterior, é Avenida Angélica 141/803, CEP 01227-000. Na página 12 da edição UFO 38, na terceira coluna, onde se lê deusa Shiva, leia-se deus Shiva. O erro foi de digitação.