A. J. Gevaerd, nascido em Maringá (PR), em 19 de março de 1962, estudou e foi professor de Química até 1986, quando desistiu da área para se dedicar exclusivamente à Ufologia, uma paixão que tinha desde antes dos 10 anos.
Em 1983, com 21 anos, fundou o Centro Brasileiro de Pesquisas de Discos Voadores (CBPDV), a maior entidade do gênero do Brasil, baseada em Curitiba e com milhares de associados. Entre seus consultores estão os mais destacados e reconhecidos ufólogos brasileiros e estrangeiros.
Em 1985, fundou a Revista UFO, da qual sempre foi editor. A publicação é a única sobre Ufologia existente no país, com quase 40 anos de duração, e a mais antiga em circulação em todo o mundo, recordista em longevidade e tiragem.
Ainda na década de 80, Gevaerd era convidado pelo doutor J. Allen Hynek, pioneiro da Ufologia Mundial, para representar no Brasil o Center for UFO Studies (CUFOS). Também foi diretor no país, desde 1993, da Mutual UFO Network (MUFON), e hoje é seu diretor emérito no país. A MUFON é uma das mais antigas entidades do gênero em todo o mundo, e participa de muitas organizações similares baseadas em vários países. É filiado a inúmeras outras entidades e tem dezenas de artigos publicados em revistas especializadas de todo o mundo, assim como centenas de seus textos publicados nos mais diversos sites da Ufologia Mundial.
Desde a década passada Gevaerd coordena investigações de campo de um dos mais importantes fenômenos ufológicos da atualidade, os agroglifos, sinais geométricos inexplicados e produzidos sem ação humana em plantações de grãos em mais de 40 países, totalizando hoje milhares de figuras. Tendo se iniciado na Inglaterra no fim da década de 70, o fenômeno orginalmente se chamou “círculos ingleses” e se espalhou pelo mundo, chegando ao Brasil em 2008 e manifestando-se em cidades de Santa Catarina e Paraná. Acredita-se que sejam mensagens de avançadas inteligências não terrestres.
Antes desta publicação, pioneiramente no país, Gevaerd também criou e manteve as revistas Ufologia Nacional & Internacional, Parapsicologia Hoje, PSI-UFO, Temas Avançados, Esotera e Contato. UFO conta com um Conselho Editorial com mais de 400 integrantes, sendo o maior corpo consultivo de uma publicação do gênero em todo o mundo.
Além da atual série UFO, Gevaerd foi editor de uma série de livros especializados em Ufologia, chamada coleção Biblioteca UFO, hoje com quase 60 títulos de autores nacionais e internacionais selecionados, e coordenador de uma série de documentários ufológicos em DVDs exclusivos, a coleção Videoteca UFO, com 170 títulos, considerado o maior acervo do gênero em língua portuguesa. No final de 2021, Gevaerd publicou o primeiro livro de sua autoria, Agroglifos no Brasil.
Teve dois filhos, o designer Daniel F. Gevaerd e estudante de farmácia na UFPR Pedro Gevaerd. Sua filha Daniela Elisa Fontoura Gevaerd, que era gerente da UFO, infelizmente faleceu em 07 de março de 2015. Deixou também Jacqueline Koppe Diniz, companheira e até o momento, Gerente da Revista UFO.
Gevaerd começou suas atividades na Ufologia ainda muito jovem.
Desde que passou a dedicar-se ao assunto, já realizou milhares de conferências em todo o Brasil e, desde 1989, realizou pesquisas e palestras em mais de 60 países, onde realizou, até o momento, cerca de 1.000 apresentações em mais de 170 viagens. É constantemente convidado para apresentar-se em eventos no exterior, quando se dedica a mostrar a riqueza e a profundidade da casuística ufológica brasileira.
Gevaerd foi idealizador de três séries de congressos que vêm mudou a face da Ufologia Brasileira: o Fórum Mundial de Ufologia, que está em sua 9ª edição e se realiza anualmente, o Fórum Mundial de Contatados, que está em sua 5ª edição e ocorre a cada ano em uma cidade do país, os Congressos Brasileiros de Ufologia, em sua 25ª edição e o UFO Summit. Fora estes, organizou e promoveu eventos também em vários municípios do país, sendo, há 10 anos, o convidado da Prefeitura de Peruíbe, em São Paulo, para coordenar seu Encontro Ufológico Anual de Peruíbe.
Em 2004, foi um dos idealizadores da campanha pioneira “UFOs: Liberdade de Informação Já”, encampada pela Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU), da qual foi criador e coordenador, fundada em 1996 e vigente até hoje, para demandar ineditamente junto ao Governo Federal e à Força Aérea Brasileira (FAB) que abram seus arquivos secretos sobre os discos voadores e admitam a participação civil no processo de investigação do tema em nosso país. Esta campanha foi baseada em declarações secretas de autoridades militares brasileiras sobre a existência dos UFOs, que Gevaerd coletou.
O movimento foi bem-sucedido e os ufólogos da CBU foram recebidos ineditamente pela Aeronáutica em 20 de maio de 2005 e pelo Ministério da Defesa em 18 de abril de 2013, em ambos os casos para discutir o processo de abertura no país. Gevaerd também tem servido como consultor em campanhas semelhantes em várias nações, onde também se busca uma abertura ufológica. Hoje, graças à campanha iniciada por Gevaerd e seus companheiros, o Governo Brasileiro não apenas reconhece oficialmente a existência dos UFOs como também abriu seus arquivos secretos e liberou cerca de 20 mil páginas de documentos ufológicos, enviados ao Arquivo Nacional para acesso de toda a sociedade. Poucos países do mundo fizeram isso.
Em sua tentativa de tornar os segredos militares sobre a presença extraterrestre na Terra conhecidos por toda a população, Gevaerd também localizou e convenceu militares de alta patente a revelar experiências até então mantidas secretas, a maioria deles aposentados da Força Aérea Brasileira (FAB) e do Exército. Dois de seus recentes entrevistados são o ex-ministro da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Sócrates Monteiro, que revelou ter tido uma observação ufológica, e o tenente-brigadeiro José Carlos Pereira, ex-comandante do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Comdabra), o órgão da Força Aérea responsável pela detecção e intercepção de UFOs, como parte de suas funções de defesa do sistema aeroespacial brasileiro.
Gevaerd se especializou na investigação de casos ufológicos no Pantanal e na Região Amazônica e em localizar e expor as investigações e operações militares secretas de investigação ufológica. Por seu destaque na área, foi o pesquisador a quem, em 1997, o coronel Uyrangê Hollanda decidiu revelar pela primeira vez detalhes da Operação Prato, a maior missão militar conhecida em todo o mundo para investigar o Fenômeno UFO oficialmente. A Operação foi conduzida pela Força Aérea Brasileira (FAB) na Ilha de Colares, Pará, em 1977, para documentar secretamente e tentar manter contato com discos voadores, o que realmente aconteceu, segundo Gevaerd apurou. É agora conhecida mundialmente por meio de seus esforços e de suas palestras em inúmeros países.
Gevaerd era constantemente requisitado e tinha participação ativa em praticamente todos os círculos mundiais onde o tema Fenômeno UFO é tratado com seriedade, participando de eventos, debates, programas, campanhas etc. Tem sido regularmente entrevistado em talk shows nacionais e estrangeiros, incluindo Coast to Coast (de George Noory). Ele também atua como consultor ou entrevistado de inúmeros documentários de TV internacionais, tais como “Chasing UFOs” do Discovery, “UFO Connection” do National Geographic, “Contacto Extraterrestre” e Ancient Aliens”, do History Channel, entre outros. Sua última criação, em dezembro de 2017, foi o Instituto Brasileiro de Exopolítica (IBEXO), em Curitiba.
Em 2018, em reunião em Moscou, junto com ufólogos de mais de uma dúzia de países, Gevaerd foi um dos fundadores do International Coalition for Extraterrestrial Research (ICER), hoje a maior iniciativa para demandar a abertura ufológica global. Gevaerd foi diretor para as Américas do Sul e Central do ICER.
Em 24 de junho de 2022, os senadores realizaram uma audiência pública sobre objetos voadores não identificados no Brasil. Tratou-se de uma sessão especial requerida pelo senador Eduardo Girão (Podemos-CE).
O evento ocorreu nos 75 anos do Dia Mundial da Ufologia e deve reunir especialistas no assunto.
Ademar José Gevaerd disse que o sigilo sobre o tema continua, mas muitas nações já fizeram aberturas parciais, inclusive o Brasil e até o Vaticano. Ele comemorou o fato de o governo brasileiro e a Aeronáutica terem liberado mais de 20 mil páginas de documentos, que atualmente estão no Arquivo Nacional, em Brasília, à disposição de quem tiver interesse.
— A abertura não é completa, mas teve um início muito profícuo, e o que estamos fazendo hoje é parte desse processo. Estamos aqui reunidos, por exemplo, para tratar do assunto no Senado, coisa absolutamente rara. Os documentos já começam a aparecer e são reveladores — afirmou.
Fonte: Agência Senado
“No dia 30 de outubro de 2022 em um acidente doméstico resultou, infelizmente, no falecimento de um dos maiores ufólogos do mundo dia 09 de dezembro de 2022, o jornalista paranaense Ademar José Gevaerd, aos 60 anos. Não quero aqui me prender a ilações acerca do acidente fatal, mas prestar uma homenagem sincera, por dever de consciência e coração, ao grande Geva, como carinhosamente era chamado por seus familiares e amigos, de um modo geral, e por todos os que interagiam com ele nos diversos grupos que mantinha nas redes sociais, sobretudo no Whatsapp.
Destaco Geva da mesma forma como admiro Carl Sagan, astrônomo, astrobiólogo, astrofísico e ativista norte-americano autor da maravilhosa série televisiva Cosmos, com que surpreendeu a opinião pública internacional no ano de 1980, estabelecendo uma incrível interação ciência/povo na tentativa de explicar o Universo em uma linguagem popular, sem burocracia científica.
Cinco anos depois, precisamente em 1985, o jovem maringaense Ademar Gevaerd, que então lecionava química, largou as salas de aula para dedicar-se exclusivamente à Ufologia, sua paixão maior. Naquele ano, na onda da empolgação com a criação do Centro Brasileiro de Pesquisas de Discos Voadores (CBPDV), aos 21 anos de idade, fundou a festejada Revista UFO, a mais conceituada publicação ufológica do mundo, campeã em longevidade e tiragem.
Recordo a minha euforia ao saber do surgimento do CBPDV e da Revista UFO em uma época onde a Internet não passava de um sonho e em que o nosso acesso às informações pertinentes à Ufologia e seus eventos, aparições de discos voadores e contatos com seres de outros orbes, abduções, etc, era extremamente difícil num estado isolado da comunicação com as demais regiões do país e do mundo, como o Amazonas.
Lembro de minha tensão na expectativa de correr às bancas de revistas e poder comprar um exemplar da UFO. Cheguei a fazer um rígido esquema com o amigo Raimundo, proprietário de uma banca de revistas na esquina da Avenida Eduardo Ribeiro com a Rua Saldanha Marinho, para poder obter os exemplares. Graças ao Raimundo, eu conseguia exemplares da UFO e também da revista Planeta, lançada no início dos anos 70 e que agitava a Terra com ousadas publicações sobre ciência, religião, ocultismo e ufologia.
A cada número da UFO, notava o entusiasmo e a disciplina militar com que Ademar Gevaerd se dedicava e se aprofundava na abordagem de temas desafiadores no que concerne aos polêmicos discos voadores, ou UFOs. Suas reportagens e artigos acerca do fenômeno aguçaram-me a curiosidade em torno de assuntos que até hoje trato com muita seriedade e que desmistificam dogmas e tabus bíblicos porque que me instigam questões como as estranhas modificações ocorridas em nosso DNA. Quem mexeu em nosso DNA e o reduziu a duas hélices em vez de doze, que seria o correto? Quem cometeu esse crime, e com que interesses, contra a humanidade da Terra, atrofiando as nossas glândulas pineal e pituitária, bem como o hipotálamo, responsável pelas funções dos nossos sistemas endócrino e nervoso ? Terá sido obra do famigerado Javé? Ou foi a diabólica Santa Inquisição? Ou foram os concílios de Niceia, Trento e Constantinopla ? Terá sido algum delinquente draconiano?
Foram as matérias e os artigos do querido Geva que me ajudaram a buscar, no fenômeno extraterrestre, explicações racionais para essas polêmicas e outras relacionadas a vida humana na Terra e ao esquema de manipulações que, com o ardiloso jogo das religiões, até hoje obstaculizam a sintonia entre nós, humanos, e o Universo. Sem medo de encarar desafios de qualquer natureza, Geva produziu farta obra jornalística que o colocam entre os gigantes da Ufologia, seja ela científica ou mística. Seu vasto trabalho abrange tudo por ser rico e profundo, como se pôde constatar quando da cobertura da Operação Prato. Como se sabe, a Operação Prato é uma das coisas mais controversas da Ufologia nacional pela forma como foi deflagrada e conduzida pela Ditadura Militar que infelicitou o Brasil entre os anos de chumbo de 1964 e 1984. Sob o comando do falecido coronel Uyrangê Holanda, a Operação escamoteou fatos referentes a ataques de “luzinhas assassinas” contra populações de cidades dos estados do Maranhão e Pará em 1977.
Em sensacional entrevista com Uyrangê Bolivar Soares Nogueira de Hollanda Lima, nos anos 90, Gevaerd, na companhia de outro brilhante ufólogo, Marco Antônio Petit, arrancou do coronel declarações contundentes sobre o que a Ditadura escondia com relação aos ataques das “bolas de fogo” principalmente na cidade paraense de Colares, com a participação do governo dos Estados Unidos. Publicada, a entrevista colocou luz no fenômeno extraterrestre em nosso país, especialmente na Amazônia.
Inquieto, Gevaerd se convenceu de que a Operação Prato não fora, na verdade encerrada no final de 1977 e que muito a seu respeito prossegue trancado a sete chaves pelo governo estadunidense, que se apropriou de quase todo o acervo da Operação sem resistência da Aeronáutica brasileira. Por isso, Geva atirou-se com força no movimento nacional e internacional em favor do desarquivamento geral envolvendo a Operação e outras situações focando o fenômeno ufológico.
O desarquivamento, vale ressaltar, fez parte de um elenco de questões que permearam a realização de uma histórica sessão legislativa no Congresso Nacional, em junho deste ano, que teve em Ademar Gevaerd uma de suas principais estrelas, em comemoração dos 75 anos do Dia Mundial da Ufologia. No evento, Geva elogiou a liberação de mais de 20 mil páginas de documentos guardados no Arquivo Nacional, em Brasília, mas cobrou o desarquivamento de mais documentos reveladores.
Esse era o nosso amado Geva, incansável guerreiro a serviço da causa da vida fora da Terra e da realidade cósmica das nossas origens. Um Guerreiro da Luz. Um Cidadão do Universo que tive a alegria de abraçar pessoalmente em maio deste ano por ocasião de palestra sua, em Manaus. Ele nos encantou com bons esclarecimentos sobre a liberação de 1.574 páginas de documentos secretos do Pentágono. Foi a oitava vez que Geva brindou o Amazonas com palestras a respeito dos objetos voadores não identificados. Foi a última aparição de Geva no cenário ufológico amazônico.
Graças aos escritos de Geva na revista UFO, abri meus olhos para o Infinito e para a busca da compreensão acerca da nossa situação na Terra diante das estrelas. O que, de fato, somos? De onde viemos? Para onde iremos um dia? A obra de Geva, se não nos responde a contento, nos brinda com imensas razões para rompermos o cipoal de preconceitos armado para nos brecar o acesso ao entendimento. A mim, sua obra não só ofereceu horizontes melhores de compreensão do Sistema Solar, como entregou-me, dentre outras coisas, embora ele não fosse um ocultista, determinadas chaves para bater cabeça com os enigmas dos agroglifos ou das plantas encontradas no Manuscrito de Voynich, ou, ainda, para assimilar os arranjos alquímicos constantes do Segredo Real de Salomão. Na estrada de questões ufológicas que Geva nos legou também transitam outras questões que seus escritos instigaram. Umas coisas puxaram outras, ainda bem.
Quem sabe, agora, sem o véu material que condicionava sua existência na Terra, nosso velho Geva possa nos proporcionar muito mais conhecimentos cósmicos diretamente do plano extrafísico. Apaixonado como era pela interação da humanidade terrena com as estrelas, acreditamos que fará isso, sim. Que não demore. E, sendo, assim, até breve Geva.
Sign in to your account