Sete fotografias [acesse a galeria abaixo da imagem principal], que constituíam o caso da cidade de Campeche (México), foram um desafio nas últimas semanas para os pesquisadores, pois se tratava de um objeto muito bem definido, que supostamente havia sobrevoado uma plataforma petrolífera da empresa pública Petróleos Mexicanos (PEMEX), na Sonda de Campeche,em 29 de maio. O jornalista e correspondente internacional da Revista UFO, Jaime Maussán, mandou analisar estas imagens em Monterrey, capital de Nuevo León, com o especialista em foto digital Guillermo Anaya, e compartilhamos alguns dos pontos mais destacados de suas conclusões:
“É uma câmera Kodak C300 de 3.2 megapixeles, com um enfoque que permite excelente resolução ao centro da imagem, exatamente por onde se conseguiu encontrar os detalhes da manipulação digital com grande facilidade”, afirmou. Para esta análise, conforme Anaya, foram utilizados os programas Adobe Lightroom, Photoshop CS4 e Nik Pró 3.0. “O modelo utilizado é uma espécie de queimador [Recipiente ou dispositivo no qual se reproduz a combustão de gás, álcool, querosene etc], já que encontramos rastros de desgaste em sua superfície, como as registradas em uma estufa de cozinha, onde o gás produz sinais de oxigênio queimado, com marcas azuis e negras”, disse. “No caso do cobre, as manchas são avermelhadas e azuis, então deve se tratar de uma peça usada para algum processo industrial, e as similitudes deste objeto são muito claras com um aquecedor ambiental de gás, empregado em eventos ao ar livre e para a criação de frangos, por exemplo“.
Numa das partes do relatório, Anaya assegurou que “havia um fio que sustentava o objeto, ali se realizou um trabalho de clonagem e, por último, se transportou a imagem”. Na foto de título OVNI AAA 002, “se aprecia uma excessiva saturação de alvos, devido ao horário. A luz do Sol, ao incidir no metal, fez uma imagem “dura”, que escondia detalhes importantes”, segundo ele. Outro dos passos empregados na análise foi obscurecer a foto, baixar o contraste e passar para um tom azul, “ao fazer isto, a imagem apresentou pixels alterados, disparidades de blocos – diferentes ao original – e se apreciaram detalhes, como a superfície do objeto”, salientou.
“Em outra das cenas, conseguimos observar a clonagem digital que se realizou por simples cópia, usando uma seleção retangular na parte central da tomada, de onde se conseguiu ver um fio amarrado que aparece na parte inferior do mesmo. Na fotografia rotulada como OVNI AAA 003, ao lhe realizar uma análise de contraste tonal e a aproximação, se aprecia uma linha ao centro, além do que se revelou a natureza do metal do objeto, sendo este claramente de cobre, ressaltando alguns tons azuláceos, o que corresponde a um metal que foi exposto ao fogo como se fosse um queimador e os buracos correspondem a algum tipo de arreio”, relatou Anaya. Na foto OVNI 001 e 004 “sobressai o detalhe de um fio voando e amarrado em três pontos, a fim de sustentar no ar ao suposto disco voador, possivelmente um fio de cor branca para que passasse desapercebido, mas se esqueceram de cortar um trecho, como podemos ver”, completou.
Por último, três imagens estão em menor resolução, o que torna difícil sacar conclusões, dada a compressão dos pixels, mas se consegue notar esta mudança. Anaya assegurou que os envolvidos na elaboração destas fotografias tentaram cuidar do método para bater as fotos, já que a maior luminosidade causa mais saturação de alvos, o que permite esconder os detalhes finos. Graças a este estudo foi possível determinar a manipulação digital que realizaram nestas imagens e que tanta admiração tem provocado na Internet. Agora, mais que explicadas, arquivadas como mau exemplo. Assista ao vídeo em que o consultor da Revista UFO Yohanan Díaz apresenta a investigação das fotografias.
Aqui no Brasil, a falácia sobre um imaginado ser extraterrestre “com mais de 4.000 anos”, batizado de “ET Bilu” e criado por seus tutores, também continua sem crédito algum.